Com o intuito de expor ideias inovadoras para fomentar as transições digitais e sustentáveis no Piauí e em todo o Brasil, a Jornada Nacional de Inovação da Indústria chega a Teresina (PI) nesta quarta-feira (15). O evento será realizado no Hub de Inovação Espaço S, no Teresina Shopping.
A Jornada é uma iniciativa da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A caravana percorre cidades do país para valorizar soluções locais e impulsionar a inovação.
“[Em Teresina] O evento destacará os desafios e oportunidades da transição ecológica e digital, fundamentais para fortalecer a competitividade da indústria no Piauí”, pontua o analista do Sebrae no Piauí, Helder Freitas..
Ainda no estado piauiense, a Jornada vai marcar presença em Parnaíba, na sexta-feira (17). Mas antes, na quinta-feira (16), o evento será realizado no Recife (PE). A agenda prevista para o Nordeste brasileiro também vai contar com edições em João Pessoa (PB) e em Aracaju (SE), no dia 21 de outubro. Por fim, no dia 25 de novembro, representantes de todos estados da região farão balanço da primeira etapa da Jornada no encontro regional em Salvador (BA).
Em todos esses municípios, o evento contará com a participação de empresários, startups e instituições. Ao longo da programação, haverá compartilhamento de experiências, apresentação de soluções e debates sobre como fortalecer o ecossistema de inovação. Também serão apresentados painéis acerca do tema e workshops sobre Fomento à Inovação e Gestão da Inovação.
A especialista de Inovação da CNI, Marilene Castro, explica que os resultados do trabalho serão compartilhados com empresas de diversos setores, com o objetivo de fortalecer a conexão entre oferta e demanda na área.
“Vamos organizar os elementos de análise, como transição ecológica e digital, bioeconomia, inteligência artificial, descarbonização, uma gama de conteúdos, de temáticas que foram surgindo como desafios e oportunidades durante os painéis, o que permitirá traduzir a percepção das empresas em recomendações para políticas públicas, em estratégias empresariais de inovação, em recomendações para os presidenciáveis do ano que vem, e como também insumos para a defesa de interesse”, destaca.
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Até fevereiro de 2026, devem ser realizados 27 encontros estaduais e cinco regionais. As escalas terão a participação de pesquisadores, entidades empresariais e governamentais, Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), além de representantes de indústria e de deep techs.
A Jornada Nacional de Inovação da Indústria está percorrendo cidades de todo o país com o objetivo de buscar as melhores práticas em soluções tecnológicas e sustentáveis. Os resultados serão apresentados no Congresso Nacional de Inovação, previsto para março de 2026, em São Paulo. A agenda completa dos eventos pode ser conferida no site oficial da mobilização.
A CNI define as deep techs como startups que atuam com tecnologias que têm como base conhecimentos científicos com alta complexidade de desenvolvimento. As soluções dessas companhias têm potencial para liderar mudanças, estabelecer novas indústrias e reinventar as atuais.
Atualmente, o Brasil conta com mais de 20 mil startups. Dados do Deep Tech Radar Brasil 2025, produzido pela Emerge em parceria com o Sebrae, apontam que em todo o Nordeste há 51 deep techs. Desse total, 4 estão no Piauí; 17 em Pernambuco e 1 na Paraíba.
De acordo com o Sebrae, a transição ecológica e digital, no contexto da Jornada Nacional de Inovação da Indústria, “representa um movimento estratégico para transformar a indústria brasileira, impulsionando as empresas rumo a um modelo mais sustentável, competitivo e inovador”.
O Brasil encerrou sua participação na Expo Osaka 2025, evento que reuniu mais de 30 milhões de visitantes e contou com a presença de 180 países. Com o tema “Designing Future Society for Our Lives” (“Projetando a Sociedade Futura para Nossas Vidas”), esta edição foi realizada entre os dias 13 de abril e 13 de outubro no Japão, na ilha artificial de Yumeshima, localizada na baía de Osaka.
O Pavilhão Brasil, coordenado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), destacou a cultura, a sustentabilidade e o potencial econômico do país. A ideia levou os brasileiros a conquistarem o prêmio Silver (Prata) na categoria “Conceito”.
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O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, entende que esse reconhecimento diz respeito não apenas ao talento criativo, mas também à forma por que o Brasil comunica sua identidade, cultura e visão de futuro ao mundo. Para ele, a premiação reflete o empenho coletivo de profissionais que planejaram e executaram o projeto com dedicação.
“Mais do que um troféu, é um reconhecimento ao Brasil. Ele reflete não apenas a criatividade e o talento brasileiros, mas também o momento extraordinário que o Brasil vive, sob a liderança do presidente Lula, de confiança e diálogo com o mundo”, pontua.
“É uma oportunidade para fortalecer profundos laços que unem Brasil e Japão. Os dois países têm hoje uma responsabilidade comum, que é inspirar o mundo a escolher o caminho da paz e da cooperação. Essa é a mensagem que deixamos aqui, neste palco da humanidade”, complementa Viana.
A programação contou com debates, reuniões de negócios, apresentações culturais e visitas institucionais. Ao longo do evento, o espaço do Brasil recebeu mais de 700 autoridades e ultrapassou a marca de 1,5 milhão de visitantes.
A comissária do Pavilhão Brasileiro, Maria Luiza Cravo, afirma que o evento promove experiências únicas para os visitantes, que contam com a oportunidade de vivenciar um pouco das culturas estrangeiras.
“São seis meses ininterruptos, doze horas por dia de pavilhão aberto e de pessoas que têm a oportunidade de experienciar um pouco de Brasil, nesse caso, no nosso pavilhão. É uma oportunidade de plantar uma semente de Brasil nos visitantes, sejam japoneses ou de outros países, de forma que eles possam entender um pouco mais do Brasil e possam querer experienciar outras coisas do nosso país”, considera.
Em 2025, Brasil e Japão celebram 130 anos de relações diplomáticas. Atualmente, o país asiático é o 9º principal destino das exportações brasileiras e o 12º maior investidor no Brasil, o que é reforçado pelos laços humanos e culturais que unem as duas nações.
Além da coordenação geral da ApexBrasil, a participação do Brasil na Expo Osaka 2025 também contou com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a parceria institucional da Vale.
Entre os patrocinadores, figuram a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Banco do Brasil, o Bradesco e a Toyota.
O Brasília (DF) recebe, nesta terça-feira (14), a Jornada Nacional de Inovação da Indústria. O movimento percorre o país para conectar pessoas, ideias, tecnologia e meio ambiente em relação à transição ecológica e digital e é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
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No DF, o encontro será no Parque Tecnológico de Brasília (Biotic), localizado na Granja do Torto, a partir das 9h. Esta etapa também conta com correalização do Sistema Fibra e apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal.
Durante o evento, haverá participação de representantes de indústrias, startups, academia e do governo. A ideia é que o momento sirva para o compartilhamento de desafios e oportunidades. Outro intuito é contribuir com a elaboração de propostas que vão nortear as políticas de inovação, a transição ecológica e a transformação digital da indústria brasileira.
A partir das 13h30, os participantes poderão escolher entre cinco salas temáticas que tratarão de temas como indústria sustentável, transformação digital, ecossistemas de inovação, futuro do trabalho e fomento à inovação. Confira:
Mediador: Ludmyla Macedo de Castro e Moura – Assessora Especial da SEMA
Relator: Kadmo Côrtes - Presidente Executivo do Instituto Desponta Brasil
Mediador: Carlos Jacobino, Presidente Sinfor DF
Relator: Ricardo Sampaio, Coordenador CIIA (SECTI DF)
Mediador: Dani Estevam, Coordenadora do Coalizão pelo Impacto
Relator: Isabela, Sebrae no DF
Mediador: Ivan Alves, Secretário Adjunto SEDET-DF
Relator: Marco Secco, Diretor Geral do SENAI DF
Mediador: Bruno Portela, Secretário Especial Adjunto do Ministério da Economia
Relator: Gilmar Marques, Coordenador da FAP DF
Paralelamente, o evento vai disponibilizar dois workshops voltados a funcionários de empresas, acadêmicos e público em geral. Nesses ambientes, os participantes vão tratar da gestão da inovação e do acesso a mecanismos de fomento.
Na avaliação da especialista de Inovação da CNI, Marilene Castro, a Jornada Nacional de Inovação da Indústria vai além de um ciclo de debates. “É muito mais que um evento, é uma oportunidade de fazer network, trocar experiências, conhecer soluções de ponta e construir parcerias estratégicas. As empresas presentes vão compartilhar caminhos para crescer com sustentabilidade, competitividade e tecnologia, e os participantes terão acesso a conhecimento aplicado e oportunidades reais de inovação”, destaca.
As deep techs – startups baseadas em inovação científica e tecnológica – terão papel fundamental na Jornada, pois são empresas baseadas em descobertas científicas, com alto grau de inovação e potencial para transformar setores inteiros. O Brasil conta hoje com mais de 20 mil startups.
De acordo com dados do Deep Tech Radar Brasil 2025, produzido pela Emerge em parceria com o Sebrae, o Distrito Federal conta com 15 deep techs.
O diretor-técnico do Sebrae, Bruno Quick, entende que essa iniciativa é uma oportunidade para alavancar a criação e o desenvolvimento de deep techs no Brasil. Para ele, o Sistema S e a CNI têm o papel fundamental de levar esse tipo de ideia para os estados e os municípios.
“A gente enxerga uma enorme complementariedade entre o Sistema Indústria, a CNI e o SENAI, o IEL e o SESI. Todo esse sistema está cooperando hoje e esse é o epicentro que a inovação tem aqui na MEI. E a gente entende que hoje, com essa alta capilaridade do Sebrae, essa agenda estratégica e capacidade instalada do sistema indústria, a gente consegue rodar o Brasil, apresentar toda essa rede para as indústrias brasileiras”, pontua.
A Jornada Nacional de Inovação da Indústria está percorrendo o Brasil em busca das melhores práticas em soluções tecnológicas e sustentáveis, que serão apresentadas no Congresso Nacional de Inovação, em março de 2026, em São Paulo. A agenda completa dos eventos pode ser conferida no site oficial da mobilização.
CFEM: ANM antecipa distribuição de R$ 44 milhões de royalties a municípios afetados
A Agência Nacional de Mineração (ANM) antecipou a distribuição de R$ 44,1 milhões (44.169.169,30) a municípios não produtores minerais, mas que são afetados por estruturas utilizadas para a atividade minerária, como ferrovias, portos e dutovias. O montante corresponde a 15% do total arrecadado em setembro de 2025 com a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).
Os valores foram transferidos após processo de construção e publicação da Resolução ANM Nº 143/2023 e finalização da fase de recursos de primeira instância das listas de municípios considerados aptos a receber essa verba.
Clique aqui para ter acesso à lista de valores recebidos por municípios
Da quantia total, 87% (quase R$ 39 milhões) foram destinados a localidades em que passam ferrovias. Já 12,7% (quase R$ 6 milhões) foram enviados a cidades onde estão localizados portos. Outros 0,3% (pouco mais de R$ 120 mil) foram recebidos por municípios com dutovias.
Entre os produtos minerais, o ferro responde por cerca de 88% da distribuição de recursos a cidades afetadas, com mais de R$ 39 milhões.
São Luiz (MA) é apontado como o município afetado que mais recebe recursos da CFEM, com um total de R$ 2,72 milhões, ou seja, 6,18% dos recursos. Em segundo no ranking está Açailândia (MA), que recebe R$ 2,64 milhões. Na sequência aparece Marabá (PA), que conta com pouco mais de R$ 2,39 milhões.
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Vale destacar que a distribuição da CFEM aos entes afetados por estruturas somente ocorrerá depois da análise dos recursos de segunda instância. De acordo com a ANM, a antecipação refere-se apenas a parcela destinada aos não produtores de minérios.
A agência explica que esse valor poderá ser complementado após simulação dos cálculos de valores que serão recebidos por produtores que também podem receber como afetados, além do recalculo dos índices de distribuição, de acordo com o que prevê no Anexo I da Resolução ANM Nº 143/2023.
Depois dessa segunda distribuição, a ANM vai calcular os valores remanescentes que serão destinados a municípios limítrofes aos produtores de minérios.
Conforme a Lei nº 13.540, de 18 de dezembro de 2017, a distribuição da CFEM é realizada de acordo com os seguintes percentuais e critérios:
No último dia 8 de outubro, a ANM também distribuiu recursos oriundos da CFEM aos estados e aos municípios produtores minerais. O valor repassado chegou a R$ 504.768.845,19. O montante é referente à cota-parte da CFEM, arrecadada em setembro e distribuída em outubro.
Da quantia total, R$ 403.815.074,64 foram destinados aos municípios. Os estados e o Distrito Federal partilharam R$ 100.953.770,55. Entre as unidades da federação, os estados que mais receberam recursos da CFEM foram Pará (R$ 42.949.870,14), Minas Gerais (R$ 42.320.765,04), Goiás (R$ 3.234.669,59) e Mato Grosso (R$ 2.440.349,15).
No Brasil, 50 municípios apresentaram nível de ocupação igual ou maior que 70%. Ou seja, a cada 10 pessoas, 7 estavam trabalhando. O indicador mede a proporção de pessoas ocupadas no total da população com 14 anos ou mais de idade. Os dados constam no módulo do Censo 2022 sobre Trabalho e Rendimento, divulgado na quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Do total de municípios do país, três se destacam com os maiores níveis de ocupação. A lista é composta por Fernando de Noronha (PE), com taxa de 82,9%; Vila Maria (RS), com 78,4%; e Serra Nova Dourada (MT), com 78,2%. Esses níveis superam, inclusive, a média nacional, de 53,5%.
Posição | Municípios com maiores níveis de ocupação | Valor (%) |
---|---|---|
1 | Fernando de Noronha (PE) | 83,0 |
2 | Vila Maria (RS) | 78,4 |
3 | Serra Nova Dourada (MT) | 78,2 |
4 | Nova Serrana (MG) | 77,2 |
5 | Irati (SC) | 76,6 |
6 | Coronel Pilar (RS) | 76,5 |
7 | Sapezal (MT) | 75,7 |
8 | São Martinho (SC) | 75,2 |
9 | Chapadão do Sul (MS) | 75,1 |
10 | Nova Mutum (MT) | 74,5 |
11 | São Ludgero (SC) | 74,0 |
12 | Chapadão do Céu (GO) | 73,9 |
13 | Pinhalzinho (SC) | 73,7 |
14 | Laurentino (SC) | 73,5 |
15 | Ipiranga do Norte (MT) | 73,4 |
Em contrapartida, 330 cidades contavam com o indicador menor ou igual a 30%. Isso significa que a cada 10 pessoas 7 foram classificadas como desocupadas ou fora da força de trabalho.
O levantamento levou em conta pessoas que dedicaram pelo menos uma hora completa ao trabalho em uma ocupação; ou tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas na semana por motivo de férias, doença, falta ou jornada variável.
Em relação ao rendimento do trabalho, o levantamento aponta que, no período analisado, em 520 dos 5.571 municípios brasileiros (9,3%), o valor era inferior a um salário mínimo da época, de R$1.212. Por outro lado, em 19 cidades este indicador ficou acima de quatro salários mínimos, o que correspondia a R$ 4.848.
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Nesse recorte, os três municípios com os menores rendimentos médios mensais do trabalho, foram Cachoeira Grande (MA), com R$ 759; Caraúbas do Piauí (PI), com R$ 788; e Mulungu do Morro (BA), com R$ 805. Já os três maiores foram Nova Lima (MG), com R$ 6.929; São Caetano do Sul (SP), com R$ 6.167; e Santana de Parnaíba (SP), com R$ 6.081.
Vale destacar que os 10 municípios com os menores rendimentos médios do trabalho estão localizados no Nordeste do país. Já os 10 entes com os maiores rendimentos médios do trabalho estão situados nas regiões Sul e Sudeste, conforme observado na tabela abaixo.
Posição | Municípios com menores Rendimentos do trabalho | Valor (R$) | Municípios com maiores Rendimentos do trabalho | Valor (R$) |
---|---|---|---|---|
1 | Cachoeira Grande (MA) | 759 | Nova Lima (MG) | 6.929 |
2 | Caraúbas do Piauí (PI) | 788 | São Caetano do Sul (SP) | 6.167 |
3 | Mulungu do Morro (BA) | 805 | Santana de Parnaíba (SP) | 6.081 |
4 | Bacurituba (MA) | 811 | Petrolândia (SC) | 5.989 |
5 | São João do Arraial (PI) | 820 | Vespasiano Corrêa (RS) | 5.779 |
6 | Betânia do Piauí (PI) | 828 | Tunápolis (SC) | 5.417 |
7 | São José do Piauí (PI) | 833 | Marema (SC) | 5.395 |
8 | Salitre (CE) | 851 | Niterói (RJ) | 5.371 |
9 | Tomar do Geru (SE) | 876 | Nova Ramada (RS) | 5.338 |
10 | Cedral (MA) | 878 | Vitória (ES) | 5.242 |
Ainda de acordo com o IBGE, em 2022, enquanto 35,3% dos trabalhadores do país recebia até um salário mínimo, somente 7,6% contavam mais de cinco salários mínimos.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) descartou a possibilidade de o Brasil ser atingido por um ciclone extratropical durante o feriado deste domingo (12). Ao Brasil 61, o órgão informou que esse ciclone deve se formar sobre a Argentina, que também contará com uma onda de ar frio.
Diante desse efeito, o que deve atingir o Brasil neste fim de semana não é o ciclone em si, mas sim uma frente fria associada a esse fenômeno. Essa condição será notada, principalmente nos estados da Região Sul e nos estados adjacentes de Mato Grosso do Sul e São Paulo.
“O núcleo do ciclone mesmo deve se localizar mais ou menos sobre a bacia do Rio da Prata - que fica entre a província de Buenos Aires, na Argentina, e o Uruguai - e avançar em direção ao oceano durante os próximos dias. Então, o que vai atingir o sul do Brasil e os estados adjacentes nesse fim de semana é uma frente fria associada a esse ciclone”, explica Danilo Siden, meteorologista do Inmet.
Entre os estados que devem sentir os efeitos da frente fria estão Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Além disso, estão previstas chuvas intensas nesses estados, principalmente no domingo (12). O Inmet também avalia a possibilidade de queda de granizo nessas regiões, à medida que a frente fria for avançando.
“Não estão previstos eventos de rajadas de vento muito intensas, como foi observado nas últimas semanas em São Paulo. Nós tivemos rajadas de vento próximas de 100 km por hora, mas não estão previstos esses valores de vento durante a passagem desse sistema frontal. Apenas o acumulado de chuva e a queda de granizo devem provocar transtornos durante este fim de semana na Região Sul e nos estados de Mato Grosso do Sul e de São Paulo”, destaca Siden.
As previsões divulgadas pelo Inmet também apontam para a presença de chuvas intensas no sul do Pará e no Amazonas. Até esta segunda-feira (14), as áreas de instabilidade também deverão se concentrar em parte de Roraima, Acre e Rondônia. Os volumes podem superar 80 mm.
“Nesses cenários, o Inmet recomenda à população evitar atividades ao ar livre durante a ocorrência dessas chuvas intensas. Essas chuvas são associadas a descargas elétricas e, durante a ocorrência de um evento de chuva intensa como esse, as pessoas devem procurar abrigo e evitar se abrigar debaixo de árvores e próximo a portas ou outros objetos de formato mais alongado na vertical, que podem atrair descargas elétricas”, orienta o meteorologista.
Em boa parte do Tocantins não há previsão de chuva ao longo dos próximos dias, com tendência de permanência de baixa umidade relativa do ar, que poderá atingir níveis abaixo de 25%.
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Já para boa parte do Nordeste brasileiro, não há previsão de chuva. Além disso, a previsão indica que são esperados baixos índices de umidade relativa do ar, sobretudo no Piauí, oeste da Bahia, parte do Ceará e oeste da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Nessas áreas, os valores ficam abaixo de 30%.
Por outro lado, no litoral leste da região e em parte do Maranhão, são esperadas chuvas rápidas e localizadas. Nesses pontos, os volumes permanecem abaixo de 10 mm.
Após aprovar requerimento da oposição, a Câmara dos Deputados retirou de pauta a Medida Provisória 1303/25. Entre outros pontos, a proposta unificava em 18% a tributação sobre aplicações financeiras a partir de 1º de janeiro de 2026. Ao todo, 251 parlamentares votaram a favor da retirada, enquanto 193 se apresentaram contrários.
Com a decisão da Casa, a MP perdeu a vigência, uma vez que não haveria mais tempo para análise em outra sessão. Caso fosse aprovada pelos deputados, a medida também precisaria ser aprovada pelo Senado até a última quarta-feira (8).
A matéria também visava aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de algumas instituições financeiras. A MP havia sido publicada pelo governo em junho deste ano, depois da revogação do decreto presidencial que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em várias transações. Porém, Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu que a maioria desses aumentos fossem preservados.
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A versão original da proposta apresentava uma expectativa de arrecadação adicional de aproximadamente R$ 10,5 bilhões para 2025 e de R$ 21 bilhões para próximo ano, reduzida para cerca de R$ 17 bilhões, após negociações na comissão mista que analisou o tema.
Sem contar com esse dinheiro extra, a tendência é que o governo federal faça novo bloqueio nas despesas deste ano, incluindo emendas parlamentares. Para 2026, terá de obter cerca de R$ 35 bilhões no Orçamento por meio de cortes ou novas receitas de outras fontes, como IPI e o próprio IOF, por exemplo, já que esses impostos podem ter alíquotas aumentadas por meio de decreto.
Relator da MP, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) disse que buscou atender demandas de diferentes setores da economia e de partidos, com o intuito de viabilizar a votação do texto. "Fizemos esse trabalho ouvindo todos os setores produtivos e dialogando com todos os deputados que quiseram dialogar", afirmou.
Desde quando a MP começou a tramitar no Congresso Nacional, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se posicionou contrária à aprovação do texto que taxava, entre outros pontos, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).
Na avaliação do coordenador Institucional do colegiado, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), no fim, quem pagaria a conta seria o cidadão.
“O governo dá com uma mão e tira com a outra, é sempre assim. Enquanto tenta arrecadar R$ 20 bilhões com essa MP, que tributa investimentos e aumenta impostos sobre quem já paga a conta, deixa de arrecadar R$ 100 bilhões em mercados irregulares e sem fiscalização”, afirmou.
Já o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), entende que não existe justificativa para aumento de impostos, uma vez que o IOF já havia sido restabelecido pelo Poder Judiciário depois derrubada no Congresso.
“A MP já devia ter sido recolhida há muito tempo. Sempre fomos contrários e seguiremos contra qualquer aumento de impostos para o cidadão. O agro e o Brasil mostraram sua força mais uma vez no caminho por um país mais justo”, destacou o congressista
Os estados e os municípios brasileiros produtores minerais receberam R$ 504.768.845,19, referentes à cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), arrecadada em setembro e distribuída em outubro.
A transferência foi feita pela Agência Nacional de Mineração (ANM), na quarta-feira (8). Do valor total, R$ 403.815.074,64 serão destinados aos municípios. Os estados e o Distrito Federal vão partilhar R$ 100.953.770,55.
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O advogado especialista em mineração, Alexandre Sion, explica que boa parte do valor recolhido a título de CFEM é destinada às prefeituras, pelo fato de os entes municipais sofrerem mais diretamente os impactos das atividades minerárias. Para dele, esses recursos têm papel importante no planejamento e execução de atividades nessas localidades.
"Considerando que a atividade mineradora tem como uma de suas características o exaurimento do jazigo, isso é, o minério tem data para acabar, o recebimento da CFEM pelos municípios proporciona recursos para planejar, fomentar e executar diversificação econômica nas atividades, buscando assim a sustentabilidade socioeconômica dos municípios para além da mineração”, salienta Sion.
Clique aqui para ter acesso ao valor repassado a cada estado e município
Os dados divulgados pela ANM revelam que, entre as unidades da federação, os estados que mais receberam recursos da CFEM foram Pará (R$ 42.949.870,14), Minas Gerais (R$ 42.320.765,04), Goiás (R$ 3.234.669,59) e Mato Grosso (R$ 2.440.349,15). Confira o ranking completo:
Entre os municípios produtores que mais receberam os recursos estão: Canaã dos Carajás (PA), com R$ 69.841.606,66; Parauapebas (PA), com R$ 65.982.361,77; Nova Lima (MG), com R$ 19.313.261,40; Itabira (MG), com R$ 18.628.860,95; e Marabá (PA), com R$ 17.133.762,88.
A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi estabelecida pela Constituição de 1988 como uma contrapartida financeira paga pelas empresas mineradoras aos estados, Distrito Federal e municípios pela exploração econômica dos recursos minerais em seus territórios.
O Brasil participou da Anuga 2025, a maior feira de alimentos e bebidas do mundo, entre os dias 4 e 8 de outubro, em Colônia, na Alemanha. A presença brasileira, neste ano, se caracterizou por promover a inserção internacional da agricultura nordestina, ao concretizar a Missão Internacional da Agricultura Familiar do Nordeste.
Essa iniciativa foi concebida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Consórcio Nordeste, o Sebrae Nacional e a União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), com o objetivo de abrir mercados para a produção agropecuária e agroindustrial dos estados do Nordeste.
Ao todo, 27 cooperativas dos nove estados nordestinos apresentaram ao público europeu produtos típicos da região, como cafés, chocolates, cajuína, mel, castanhas, farinhas especiais, flores e goma fresca de tapioca.
Para Alexandre Lima, coordenador do Consórcio Nordeste e secretário da agricultura familiar potiguar, há um largo potencial econômico na internacionalização das cooperativas nordestinas e o apoio da ApexBrasil, nesse sentido, tem sido fundamental:
“Temos aqui produtos de excelência, preparados para qualquer mercado do mundo. Essa nova fase da agricultura familiar é fruto dos investimentos em agroindustrialização e do trabalho conjunto dos governos”, pontuou.
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Segundo ele, a iniciativa representa, também, o reconhecimento, pela ApexBrasil, de que a agricultura familiar do Nordeste tem forte apelo em diversos mercados mundo afora, se beneficiando do crescimento da demanda por bens sustentáveis, tanto do ponto de vista social quanto do ecológico.
“O presidente [da ApexBrasil] Jorge Viana recebeu a ideia e a agência deu um apoio fundamental para que se tornasse realidade”, complementou.
Para o gerente de Agronegócios da ApexBrasil, Laudemir Müller, a presença das cooperativas nordestinas na Anuga contribuiu para o fortalecimento do setor em nível global.
“O mais importante, além do nosso tamanho, é a representatividade que a gente está trazendo. Temos aqui desde produtores, cooperativas, empresas médias, grandes. Estamos trazendo quem está começando e quem já é bastante experiente. Então é ApexBrasil, promovendo o Brasil, gerando emprego no Brasil, exportando e oferecendo segurança alimentar para o mundo”, afirmou.
Este ano, a delegação brasileria contou com 350 empresas, das quais 142 expositoras estiveram distribuídas em seis pavilhões. Algumas delas são de outras regiões do país, como a Bom Princípio Alimentos, do Rio Grande do Sul.
O gerente de exportação da empresa, Vinicius Paiva, avaliou a experiência como positiva e destacou a oportunidade de ampliar negócios:
“Estamos aqui no pavilhão brasileiro, com o apoio da ApexBrasil. É muito importante estarmos aqui, mostrando o que o Brasil tem de melhor para o mundo, entre várias categorias de produtos. Nos sentimos lisonjeados por estar aqui podendo representar nossa empresa e nossa marca mundo afora”, considerou.
A programação da comitiva brasileira também incluiu visitas técnicas a redes varejistas e empresas na Alemanha, como Edeka Zurheide, Rewe, Lidl e Rossmann. Para a ApexBrasil, o objetivo foi compreender o funcionamento do mercado europeu e identificar oportunidades para os produtos brasileiros.
A Alemanha é o maior mercado consumidor de alimentos da Europa, com destaque para produtos naturais, orgânicos, veganos e sustentáveis – segmentos em que a agricultura familiar nordestina apresenta vantagem competitiva.
Segundo a Agência , em 2024, a Alemanha foi destino de 15,9% das exportações brasileiras de alimentos, totalizando USD 17, 6 bilhões, dentro do universo de quase USD 106 bilhões exportados a União Europeia (UE) no período. Atualmente, 13% de todos os alimentos e bebidas importados pela UE são oriundos do Brasil, no que se destacam o café verde, o farelo de soja, a soja em grãos e os sucos de frutas.
Após a participação na Alemanha, a comitiva seguiu para Lisboa, em Portugal, onde participa de um workshop sobre exportação que vai até sexta-feira (10). O evento inclui encontros com potenciais importadores e debates sobre modelos de organização e comercialização de cooperativas no mercado europeu.
Em Portugal, os participantes também acompanham uma apresentação sobre a experiência da Unicafes-BA, em parceria com a ApexBrasil, no desenvolvimento de um projeto de exportação bem-sucedido de produtos da agricultura familiar.
A Anuga Alemanha é um evento realizado a cada dois anos, apontado como a maior feira de alimentos e bebidas do mundo. O evento expõe as principais tendências de mercado nesse setor, além de mobilizar formadores de opinião e mídia especializada.
O horário de verão está suspenso desde 2019 e, de acordo com o governo federal, não será retomado em 2025. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), as atuais condições dos reservatórios são consideradas favoráveis, o que elimina a necessidade de adiantar os relógios em uma hora para economizar energia com o aproveitamento da luz natural.
Apesar disso, a pasta ressaltou, por meio de nota, que continua avaliando periodicamente a adoção do horário de verão, com o objetivo de garantir a segurança e a confiabilidade do suprimento eletroenergético no país.
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As informações foram apresentadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em setembro.
Em 2019, o governo entendeu que o horário de verão deixou de produzir os benefícios esperados, sobretudo, em função da mudança nos hábitos de consumo por parte da população, além da intensificação do uso de equipamentos de refrigeração durante o período da tarde.
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Diante disso, “a máxima de energia havia deixado de ocorrer no período noturno, passando a se concentrar por volta das 15h, o que comprometia a efetividade da política.”
O retorno do horário de verão foi comentado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em algumas ocasiões ao longo deste ano. Em uma delas, o chefe da pasta afirmava “torcer” para que não houvesse necessidade de voltar a adotar o adiantamento dos relógios, mas que a medida não estava descartada.
Para Silveira, a adoção só seria retomada em meio à necessidade urgente, como em casos de escassez de energia em períodos de seca. Porém, atualmente, o governo avalia que não há esse risco.