Linha de Crédito

01/09/2025 04:55h

Medida é vista pela CNI como essencial para reduzir custos, modernizar máquinas e fortalecer a Nova Indústria Brasil

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A indústria brasileira terá acesso a mais R$ 12 bilhões em financiamentos destinados à digitalização e à modernização de máquinas e equipamentos. O anúncio, feito nesta semana pelo governo federal, é considerado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) um passo decisivo para garantir a continuidade da Nova Indústria Brasil (NIB) diante do cenário de custos elevados e disputas no comércio internacional.

A linha Crédito Indústria 4.0, do BNDES e da Finep, busca viabilizar investimentos em tecnologias como robótica, inteligência artificial, computação em nuvem e Internet das Coisas (IoT). A expectativa é de que micro, pequenas e médias empresas sejam as mais beneficiadas, já que o novo modelo mistura a Taxa Referencial (TR) a custos de mercado, reduzindo em até 6% os juros praticados atualmente.

Financiamento como resposta ao “Custo Brasil”

Segundo Samantha Cunha, gerente de Política Industrial da CNI, a medida responde a uma das maiores barreiras ao investimento produtivo: o preço do crédito no país.
“Portanto, neste cenário de alto custo do crédito, a redução do custo de financiamento torna possível que as empresas consigam realizar esses investimentos em inovação e renovação do parque fabril.”

Ela lembra que as máquinas da indústria brasileira têm, em média, 14 anos de uso, o que expõe a defasagem tecnológica e a necessidade de modernização. “Essa situação impacta a produtividade, eleva custos de manutenção, aumenta o consumo energético e reduz a competitividade”, explica.

Conexão com a Nova Indústria Brasil

A nova linha de crédito integra o Plano Mais Produção (P+P), eixo de financiamento da NIB, que já movimentou mais de R$ 470 bilhões em 168 mil projetos desde 2023.

Para Samantha, a medida atende a dois pontos centrais da política industrial: inovação e transição energética.

“O setor precisa acompanhar a tendência global de digitalização, que gera ganhos de produtividade e redução de custos. Mas também precisa avançar na agenda da descarbonização, já que máquinas defasadas significam menor eficiência energética e maior emissão de carbono”, destacou.

Quem pode acessar os recursos

  • Micro, pequenas e médias empresas com projetos de até R$ 50 milhões podem buscar crédito por meio da rede credenciada do BNDES.
  • Médias e grandes empresas com projetos de até R$ 300 milhões terão financiamento direto junto ao banco.
  • Fabricantes de máquinas 4.0 também poderão ser apoiados, em operações de até R$ 300 milhões.
  •  

O BNDES concentra R$ 10 bilhões da linha, voltados para bens de capital com tecnologias digitais, enquanto a Finep destina R$ 2 bilhões para empresas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com foco na redução das desigualdades regionais.

Competitividade em jogo

Samantha Cunha ressalta que, além da modernização do parque fabril, a linha de crédito é estratégica para que a indústria consiga enfrentar o ambiente internacional marcado por tensões comerciais e rearranjos nas cadeias de valor.

“Nós estamos falando de permitir que a indústria se fortaleça e, consequentemente, também o Brasil, para que seu crescimento econômico se torne mais sustentável em razão desses investimentos de mais qualidade em inovação, máquinas e equipamentos.”
 
 

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27/08/2025 04:00h

Sondagem da CNI mostra que empresários seguem preocupados com juros altos; confiança recua em agosto

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O índice de intenção de investimento da indústria da construção recuou em agosto para 40 pontos, menor nível registrado desde abril de 2023, segundo sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O principal fator para a queda é o impacto das altas taxas de juros no setor, que encarecem o crédito e dificultam a abertura de novos empreendimentos, cenário que reforça a tendência de desaquecimento dos planos de expansão das empresas.

“Ainda não temos uma queda da taxa de juros e isso certamente diminui o apetite para alguns tipos de operações do mercado, além de ter uma crise econômica externa também”, afirma Renato Correia, presidente da CBIC, que projeta que o segmento retome o fluxo de lançamentos até o fim do ano. No segundo trimestre de 2025, aponta a pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais, foram comercializados 102.896 imóveis, movimentando cerca de R$ 68 bilhões — o que representa um comportamento de estabilidade em relação aos quatro trimestres anteriores, de acordo com dados da CBIC.  

Ainda que julho tenha apresentado sinais pontuais de recuperação no desempenho da construção civil, incluindo o aumento da Utilização da Capacidade Operacional (UCO) e dos índices de evolução do nível de atividade e de número de empregados, a melhora operacional não se refletiu no humor dos empresários.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da construção caiu 1,3 ponto em agosto, ficando em 45,8 pontos. Valores abaixo de 50 demonstram pessimismo. A percepção negativa é explicada, em parte, pela piora da avaliação em relação à economia brasileira como um todo. O diagnóstico dos empresários é de que os custos de financiamento continuam altos e que a demanda pode perder força nos próximos meses.
 
Com isso, o índice de expectativa de nível de atividade caiu 1,7 ponto e fechou em 51,4 pontos, enquanto o de novos empreendimentos e serviços caiu 0,4 ponto, ficando em 50,1 pontos, muito próximo da linha que separa crescimento de retração. Mais preocupante foi a queda do índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas, que caiu 2,4 pontos e ficou em 49,8 pontos, abaixo do mínimo esperado.

“As expectativas negativas para a compra de insumos e matérias-primas, assim como as expectativas menos positivas para o nível de atividade, número de empregados e lançamento de novos empreendimentos e serviços na construção, são relacionadas às elevadas taxas de juros, que continuam, entre outras coisas, pressionando bastante o ambiente de crédito, que é tão fundamental para o setor”, ressalta a analista de Políticas e Indústria da CNI, Isabella Bianchi.

Efeito cascata

Segundo o economista-chefe do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), Celso Petrucci, os números, na prática, demonstram que, diante da dificuldade de obter crédito em condições favoráveis, muitas construtoras podem optar por adiar projetos e reduzir a aquisição de materiais. Menciona também que o efeito cascata tende a atingir toda a cadeia produtiva, que inclui desde fornecedores de cimento e aço até empresas de serviços especializados, o que pode comprometer a manutenção de empregos.

Outra razão, na visão de Petrucci, que desestimula a ampliação de investimentos na indústria da construção civil é a recomposição pontual dos fundings (busca por capital para expandir ou viabilizar projetos) disponíveis, como a carteira do FGTS.    

“A última vez que o Minha Casa Minha Vida sofreu uma adequação em termos de subsídios e adequação de limites foi em julho de 2023. Quanto mais tempo passa, o custo de construção vai subindo, os lançamentos vão se adequando a uma nova realidade do mercado e vai se perdendo o efeito de todas as coisas melhoradas no programa”, analisa.

O economista-chefe do Secovi-SP defende, sendo assim, que o Minha Casa Minha Vida precisa “passar por uma releitura dos seus limites, descontos e de tudo que ele oferece”.

A Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela CNI em parceria com a CBIC, foi realizada entre os dias 1º e 12 de agosto, ouviu 318 empresas do setor da construção em todo o país, sendo 122 de pequeno porte, 131 médias e 65 grandes.

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Economia
14/08/2025 00:00h

Além da linha de crédito, MP anunciada nesta quarta (13) inclui compras governamentais e abertura de novos mercados

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O governo federal anunciou nesta quarta-feira (13) uma medida provisória, batizada de Brasil Soberano, que pretende reduzir os efeitos da taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. O texto cria uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para as empresas que tiveram prejuízo com as medidas norte-americanas. O plano de socorro ao setor produtivo também inclui as compras governamentais. Nesta modalidade, o governo adquire produtos que seriam exportados, em especial alimentos, para aproveitá-los em programas sociais. 

Ao citar a Índia, o presidente Lula garantiu que outro foco da equipe econômica é a abertura de novos mercados pelo mundo para os produtos nacionais. “A gente vai tentar fazer o que estiver ao nosso alcance para minimizar o problema. Agora, a verdade é que não é possível imaginar que um governo não vai substituir os parceiros comerciais. Nós vamos procurar outros parceiros. Da minha parte, somos vendedores de qualquer coisa. Se os Estados Unidos não querem comprar, nós vamos procurar outro país. Em vez de ficar chorando por aquilo que nós perdemos, vamos procurar ganhar em outro lugar. O mundo é grande e está ávido a fazer negociação com o Brasil”, afirmou.

Indústria

Na semana passada, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) havia apresentado uma lista de oito medidas prioritárias com propostas para atenuar os efeitos das tarifas sobre o setor. A relação foi entregue ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

A entidade também aponta que três em cada quatro produtos das exportações brasileiras aos Estados Unidos estão sujeitos a sobretaxas, principalmente vestuário e acessórios, máquinas e equipamentos, produtos têxteis, alimentos, químicos e couro e calçados.

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04/08/2025 22:00h

Com crescimento anual de mais de 150%, o desempenho do banco reforça o papel da instituição no fomento às micro e pequenas empresas da Região Norte

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As aplicações do crédito destinado a empresas realizadas no Banco da Amazônia somaram R$ 1,1 bilhão, no primeiro trimestre de 2025, um avanço de 22,6% em relação ao último trimestre de 2024 e de 150% na comparação anual. Um dos destaques do período foi o aumento de 71,4% nas contratações de capital de giro, que alcançaram R$ 394,5 milhões.

A performance positiva impulsionou o saldo da carteira de crédito voltado a negócios, que fechou o trimestre com R$ 4,7 bilhões, registrando alta de 27% em relação ao fechamento de 2024.

O relatório do 1º trimestre de 2025 do Banco da Amazônia destaca que esse crescimento está alinhado à estratégia do banco de ampliar o acesso ao crédito para dinamizar a economia regional, especialmente por meio de linhas voltadas a micro e pequenas empresas. Além disso, o documento ressalta que as linhas de crédito oferecem condições facilitadas para capital de giro e são vistas como motivações à modernização, à expansão e à geração de empregos no interior da Amazônia Legal.

“No 1T25, as vendas no comércio varejista dos estados da Amazônia Legal registaram crescimento médio de 6,15%, superando a taxa nacional, que ficou em 3,6%. Todos os estados da região apresentaram resultados positivos, com destaque para Amapá (16,4%), Tocantins (8,2%), Roraima (5,0%) e Acre (4,9%). Esse desempenho acima da média é atribuído a uma combinação de fatores, como o aumento de repasses de benefícios sociais, a recuperação gradual do mercado de trabalho local e a expansão do crédito ao consumo”, registra o documento.

Banco da Amazônia: linhas de crédito

O Banco da Amazônia oferece duas linhas de crédito de capital de giro voltadas à promoção da sustentabilidade financeira dos negócios, para aquisição de matérias-primas, insumos, bens ou produtos para a formação ou manutenção de estoque do empreendimento.

As linhas são segmentadas conforme o porte da empresa:

  • Amazônia Giro Essencial: para micro e pequenas empresas, com até quatro meses de carência e 48 meses de prazo total;
  • Giro Amazônia: destinada às médias e grandes empresas, com até quatro meses de carência e 60 meses de prazo total.

Banco da Amazônia: caso prático e desafios

Um estudo publicado na revista Foco, assinado por Tayanne Rodrigues de Lima, Fabricia da Cruz Bastos e Marcinilda dos Santos Gastão, analisou a atuação do banco junto às Micro e Pequenas Empresas (MPEs), na cidade de Maués (AM). A pesquisa revelou que, embora o acesso ao crédito ainda enfrente obstáculos, como burocracia e dificuldades documentais, programas como as linhas de crédito oferecidas pelo Banco da Amazônia têm sido ferramentas eficazes para alavancar o capital de giro, promover a modernização e impulsionar o crescimento dos negócios locais.

A análise destaca a importância de políticas públicas e financeiras voltadas ao fortalecimento do setor empresarial em regiões com maior “carência” socioeconômica. O estudo identificou avanços relevantes na oferta e contratação de crédito, mas também apontou desafios estruturais, como a necessidade de capacitação dos empreendedores, a simplificação de processos e maior articulação entre o banco, instituições de ensino e entidades de apoio.

Conforme as autoras, o impacto das estratégias do Banco da Amazônia pode ser ainda mais expressivo se houver integração com políticas de educação empreendedora e redução das barreiras de acesso ao crédito. “O fortalecimento de parcerias com instituições de apoio, como o SEBRAE, pode ser um caminho eficaz para democratizar o conhecimento financeiro e ampliar a inclusão produtiva na região”, indicam.

A conclusão do estudo aponta que o crédito, quando aliado ao suporte técnico e ao planejamento estratégico, torna-se um “instrumento poderoso para transformar realidades e promover um crescimento mais justo, sustentável e duradouro no contexto amazônico”.

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01/08/2025 02:00h

Pesquisa da Serasa Experian revela que juros altos, burocracia e exigência de garantias comprometem a sobrevivência e o crescimento de pequenas e médias empresas em um cenário econômico restritivo

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Em um cenário econômico ainda marcado por incertezas e altas taxas de juros, quase metade das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras enfrenta dificuldades para acessar linhas de crédito. É o que revela uma pesquisa recente da Serasa Experian, destacando os desafios que comprometem a saúde financeira e a capacidade de crescimento de boa parte do setor.

Segundo o levantamento, 45% dos empresários entrevistados afirmaram ter enfrentado barreiras ao buscar crédito nos últimos meses. A pesquisa ouviu mais de 500 donos de PMEs em todo o país, entre abril e maio deste ano. Os dados evidenciam o impacto direto de um ambiente financeiro mais restritivo sobre o setor, que é responsável por mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e por cerca de 55% dos empregos formais no Brasil, segundo o Sebrae.

Principais obstáculos

Entre os fatores mais citados pelos empresários como impeditivos para conseguir financiamento estão:

  • Altas taxas de juros (54%)
  • Excesso de burocracia (37%)
  • Exigência de garantias elevadas (28%)
  • Baixo limite de crédito oferecido (22%)

Além disso, muitos empreendedores relataram uma percepção de risco aumentado por parte das instituições financeiras, o que leva à recusa ou à concessão de crédito com condições desfavoráveis.

Efeitos no crescimento e na sobrevivência das empresas

A dificuldade de acesso ao crédito tem afetado diretamente a capacidade de expansão e sobrevivência das PMEs. Segundo a pesquisa, 36% dos empreendedores deixaram de investir em melhorias ou inovação e 27% precisaram reduzir o quadro de funcionários por falta de recursos financeiros.

Para evitar o colapso das operações, muitos têm recorrido a soluções alternativas, como empréstimos com amigos e familiares ou antecipação de recebíveis. No entanto, essas estratégias são limitadas e, muitas vezes, insuficientes para sustentar o negócio no médio e longo prazo.

Digitalização e crédito consciente como saídas

Apesar dos desafios, a pesquisa também apontou tendências positivas. Cerca de 41% dos empreendedores que conseguiram crédito disseram que a presença digital e a organização financeira foram decisivas para a aprovação dos pedidos. O uso de ferramentas de gestão, controle de fluxo de caixa e emissão de notas fiscais eletrônicas pode aumentar a confiabilidade junto às instituições financeiras.

Perspectivas

Com a expectativa de uma possível redução da taxa Selic nos próximos trimestres, especialistas acreditam que o cenário pode se tornar mais favorável para o crédito. No entanto, enquanto isso não se concretiza, é fundamental que as PMEs busquem se preparar melhor, adotando práticas financeiras mais transparentes e estratégias para reduzir riscos percebidos pelos credores.

Com informações do Serasa
 

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30/06/2025 04:00h

Entre as medidas está o “BASA Acredita”, programa de financiamento que oferece condições especiais para mulheres, moradores do Norte e empreendedores em situação de vulnerabilidade

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Entre janeiro e março de 2025, o Brasil registrou a abertura de 1.407.010 pequenos negócios. É o que revela levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O destaque foi para a categoria de microempreendedores individuais (MEIs), que correspondem a 78% do total.

Nos três primeiros meses deste ano, a quantidade de MEIs no país aumentou 35%, em relação ao mesmo período de 2024. Já as micro e pequenas empresas tiveram um salto de 28%. Segundo o governo federal, o crescimento é impulsionado, entre outros fatores, por iniciativas de estímulo ao empreendedorismo, como linhas de crédito que facilitam a captação de recursos financeiros por esses profissionais.

Entre elas está o Programa Acredita no Primeiro Passo, previsto na Lei 14.995, de 2024. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), pelo menos 30 mil micro e pequenos empreendedores do Norte e do Nordeste inscritos no CadÚnico já foram beneficiados durante a fase experimental. Desse total, 60% são mulheres.

Entre as instituições financeiras que contribuem com esta ação está o Banco da Amazônia, que oferece linhas de crédito com juros mais baixos para clientes que vivem em estados como o Pará e Rondônia, por exemplo. Além dessa linha específica, o Banco também atua com outros financiamentos semelhantes, como o BASA Acredita Rural e o BASA Acredita Urbano.

No primeiro caso, a taxa de juros é de 0,5% ao ano, com um bônus de adimplência de 25% ou 40% sobre cada parcela da dívida paga até a data do vencimento. Já o prazo para pagamento é de até dois anos. O limite de crédito é de até R$ 15 mil.

BASA Acredita Urbano

Quanto ao programa BASA Acredita Urbano, o Banco da Amazônia oferta um financiamento voltado para grupos de empreendedores ou indivíduos com renda anual bruta de até R$ 360 mil.

As atividades financiadas pelo BASA Acredita Urbano são as seguintes:

  • Comércio: armarinhos, mercearias, sorveterias, fruteiras e outras;
  • Serviços: barbearias, salões de beleza, costureiras, consertos de sapatos, oficinas diversas e outras atividades;
  • Produção: confecções, padarias, artesanatos, marcenarias e outras.

Vale destacar que, nesse caso, é levada em conta a Taxa de Abertura de Crédito (TAC) de 3% sobre o valor do crédito concedido e juros de 2,74% ao mês.

Sobre o investimento em grupo solidário ou individual, o limite varia de R$ 300 a R$ 6 mil na primeira operação. A condição é a mesma para capital de giro em grupo solidário ou individual. Nos dois casos, as operações subsequentes poderão ter incrementos progressivos de até R$ 21 mil.

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O Programa Basa Acredita funciona por meio de uma parceria entre o Banco da Amazônia e a AmazonCred. Segundo o gerente executivo de microcrédito do Banco da Amazônia, Esmar Prado, o projeto conta com uma equipe capacitada e visa facilitar o desenvolvimento do trabalho dos pequenos empreendedores.

“Cerca de 70% dos empreendedores atendidos pelo programa conseguiram aumentar sua renda familiar e a do negócio atendido, retirando-se, em muitos casos, da condição de pobreza extrema. Além disso, dois terços desses clientes são mulheres, chefes de família, que acabam realizando o sonho de proporcionar uma vida melhor para a família, para os filhos e para si próprias”, afirma.

BASA Acredita FNO

Os financiamentos de microcrédito do Banco da Amazônia também contam com uma linha individual complementar voltada para quem já é cliente do banco na modalidade de microcrédito em grupos solidários. É o BASA Acredita FNO.

Para ter acesso a esse formato, é necessário que a pessoa interessada tenha quitado em dia o crédito na modalidade de grupos solidários, que envolve de três a dez empreendedores, e o limite de crédito é de até R$ 6 mil.

Com o intuito de atender à Lei 13.636, as operações dessa modalidade são realizadas 100% de forma digital, em parceria com a instituição que opera o microcrédito para o Banco da Amazônia.

Caso você já seja cliente especial do Programa BASA Acredita, pode baixar o app BASA Acredita clicando aqui

BASA Acredita pra elas

Ainda dentro do pacote de microcrédito do Banco da Amazônia, uma linha de financiamento é dedicada a mulheres empreendedoras que atuam na Amazônia. Por meio do BASA Acredita pra elas - como é denominado o programa - a ideia é contribuir para o fortalecimento desses projetos.

A iniciativa é voltada para os seguintes públicos:

  • Agricultoras familiares
  • Microempreendedoras urbanas
  • Empreendedoras do setor de comércio e de serviços
  • Artistas que propagam a cultura regional

Nessa linha específica, a taxa de juros, tanto para investimentos quanto para capital de giro, é de 2,64% ao mês. Já o prazo para investimento é de até 24 meses, com 2 meses de carência. Em relação ao capital de giro, o prazo é de até 12 meses, sem carência.
 

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29/06/2025 01:00h

Instituições como o Banco da Amazônia ampliam financiamentos para microgeração, veículos elétricos e projetos sustentáveis em áreas rurais e urbanas

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Entre janeiro e abril de 2025, mais de 258 mil consumidores passaram a usar sistemas de micro e minigeração distribuída de energia elétrica, no país. Esse volume resultou em um aumento de potência de 2,86 gigawatts.

No primeiro quadrimestre deste ano, os sistemas instalados passaram a gerar créditos para 393 mil imóveis, entre casas, comércios e fazendas, por exemplo. Os dados constam do painel interativo da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)

No Brasil, algumas instituições financeiras disponibilizam linhas de crédito para facilitar a aquisição de projetos voltados para micro e minigeração de energia, sobretudo em áreas rurais. Uma delas é o Banco da Amazônia, que atua com um financiamento específico para empreendimentos rurais na Região Norte. Além da produção de energias renováveis, também é possível conseguir recursos para compra de veículos verdes, elétricos ou híbridos. 

Nesse caso, o limite de financiamento será definido de acordo com a capacidade de pagamento do cliente, levando em conta o resultado de uma análise técnica. Vale destacar que o investimento também poderá ser associado a capital de giro.

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Em relação às taxas de juros, serão levadas em conta as dos Fundos Constitucionais de Financiamento, que variam em função do porte e finalidade do crédito.

O gerente executivo de Pessoa Jurídica e Relacionamento do Banco da Amazônia, Luiz Lourenço de Souza Neto, considera que o investimento nessa área representa a construção de um meio ambiente mais equilibrado, mantendo os valores econômicos e sociais da Região Amazônica.

“Aqui se entende como energias renováveis o financiamento de energia solar (instalação de placas fotovoltaicas), eólica, biomassa, biogás e outras fontes que não agridem o meio ambiente e nem esgotam os recursos naturais. Podem ser financiados também veículos que se utilizam de energia limpa, como, por exemplo, caminhões para transporte de produtos que substituam o diesel por gás natural”, destaca.

Área urbana

Os financiamos de projetos de micro e minigeração de energia também atendem instalações situadas nas áreas urbanas. Por meio da linha Energia Verde - Não Rural, os clientes têm acesso a um limite de recursos de até 100% do valor financiado, dependendo do porte e da capacidade de pagamento. 

Para essa situação, o Banco oferta taxas de juros dos Fundos Constitucionais (TFC), diferenciada por setor, porte e finalidade. Já o prazo para pagamento é de até 15 anos, incluída a carência de até 4 anos, dependendo da especificidade da operação.

Porém, alguns empreendimentos não podem ser financiados. Confira a lista de quais são:

  • empreendimentos onde tenha sido comprovada a utilização de mão de obra escrava ou análoga à escrava;
  • empreendimentos onde tenha sido comprovada a utilização de mão de obra infantil e a exploração sexual de menores;
  • proponentes que não estejam em dia com as obrigações trabalhistas;
  • atividades e/ou empreendimentos envolvidos em prática ilegal e/ou não atendam a legislação ambiental vigente;
  • atividades voltadas para jogos de azar;
  • motéis;
  • aquisição de plantas ornamentais, para fins decorativos de ambiente;
  • máquinas, equipamentos, veículos, embarcações e aeronaves usados, com percentual de vida útil inferior a 60% (sessenta por cento);
  • veículos que contenham itens não considerados como de série;
  • veículos de cabine dupla;
  • máquinas, equipamentos, veículos, embarcações, helicópteros e aviões não relacionados diretamente com o desempenho da atividade;
  • tributos federais, estaduais e municipais como item específico de orçamento para financiamento;
  • liquidação de operações de crédito lastreada por recursos do FNO.
     
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27/06/2025 10:00h

Com apoio do PRONAF e linhas do Banco da Amazônia, pequenos produtores têm acesso a crédito com juros baixos e prazos facilitados

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Agricultura Familiar brasileira corresponde a cerca de 23% do valor bruto da produção agropecuária do país. O setor também responde por 67% das ocupações no campo. É o que revela o Anuário Estatístico da Agricultura Familiar de 2024, divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares.

Entre os fatores que contribuem para o fortalecimento desse segmento estão as políticas de crédito, que facilitam a aquisição de recursos financeiros para investimento nas produções, como as disponibilizadas pelo Banco da Amazônia. Um exemplo é a linha conhecida como PRONAF B, destinada às atividades agropecuárias e não agropecuárias desenvolvidas no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas.

Esse modelo de financiamento também visa atender projetos de implantação, ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e prestação de serviços agropecuários e não agropecuários. Nessa linha específica, para as operações contratadas no período de 1° de julho de 2024 a 30 de junho deste ano, as taxas de juros são prefixadas de até 0,5% ao ano.

Prazos e limites de financiamento

Cada financiamento conta com um prazo de até 3 anos. Já o limite de financiamento é de até R$ 4.000,00. Vale destacar que esse formato é voltado para agricultores familiares enquadrados no Grupo “B” do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).

No entanto, o Banco também oferta projetos para outras categorias que pretendem investir em atividades produtivas desenvolvidas em área rural própria ou comunidade próxima, como é o caso da linha PRONAF Custeio.

É importante mencionar que esse tipo de financiamento pode ser utilizado por agricultores familiares beneficiários do PRONAF, desde que não estejam enquadrados nos grupos "A" e "A/C".

Condições para o PRONAF Custeio

No PRONAF Custeio, o limite por beneficiário a cada ano agrícola será de R$ 250.000,00. O prazo para pagamento leva em conta alguns aspectos. Confira:

NO CASO DE CUSTEIO AGRÍCOLA:

  • 3 anos para as culturas de açafrão e palmeira real (palmito);
  • 2 anos para as culturas bienais e manejo florestal sustentável;
  • 14 meses para culturas permanentes;
  • 1 ano para as demais culturas.

NO CASO DE CUSTEIO PECUÁRIO:

  • 6 meses, no financiamento para aquisição de bovinos e bubalinos para engorda em regime de confinamento;
  • 2 anos quando o financiamento envolver a aquisição de bovinos e bubalinos para recria e engorda em regime extensivo e o crédito abranger as duas finalidades na mesma operação;
  • 1 ano nos demais financiamentos.

Juros

Para operações contratadas no período de 3 de julho de 2024 a 30 junho de 2025, os encargos financeiros serão os seguintes, variando de acordo com o tipo de projeto:

  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 2% ao ano: produtos da sociobiodiversidade;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 2% ao ano: produtos inseridos em sistemas de produção de base agroecológica;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 2% ao ano: sistemas orgânicos de produção;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 3% ao ano: cultivo de arroz, feijão, mandioca, trigo, amendoim, entre outros itens;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 3% ao ano: cultivo de milho, cujas operações somadas atinjam o valor de até R$ 20.000,00 por mutuário em cada ano agrícola;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 3% ao ano: custeio pecuário;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 6% ao ano: aquisição de animais destinados à recria e engorda.

O gerente executivo de microcrédito do Banco da Amazônia, Esmar Prado, destaca que o Banco atua de forma ampla quanto ao fomento da agricultura familiar, já que atende pelo menos 13 perfis diferentes de clientes interessados em financiamentos por meio do PRONAF.

“Os critérios de acesso são bem específicos de cada grupo desses, mas, basicamente, alguns pilares. O principal é a caracterização como agricultor familiar, por meio da Declaração de Aptidão ao Pronaf, ou Cadastro da Agricultura Familiar, a vinculação desse produtor com a terra em que ele desenvolve a atividade produtiva e o respeito e regularidade do ponto de vista ambiental”, pontua.

PRONAF Cotas-partes

Outro modelo de financiamento do Banco da Amazônia também busca atender a integralização de cotas-partes por beneficiários do PRONAF associados a cooperativas de produção rural.

Energia solar deve crescer 25% no Brasil em 2025 com apoio de financiamentos sustentáveis

Bioeconomia amazônica ganha impulso com parceria entre Banco da Amazônia e MMA

Nesta linha, os produtores rurais dispõem de um limite de crédito de R$ 75.000,00. Já em relação à cooperativa de produção agropecuária, o valor é de R$ 55.000.000,00.

Para todas as finalidades e beneficiários desta linha de crédito, nas operações contratadas no período de 3 de julho de 2024 a 30 de junho de 2025, os encargos financeiros serão taxa efetiva de juros prefixada de até 6% ao ano. O prazo para pagamento é de até 6 anos, incluída a carência, que deve ser fixada pelo Banco.
 

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26/06/2025 03:00h

Em um contexto de crescimento nesse tipo de matriz energética, Banco da Amazônia oferece crédito com prazos e juros atrativos para incentivar fontes renováveis

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O Brasil deve avançar no setor de energia solar em 2025. Uma projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que, este ano, o país deve adicionar 13,2 gigawatts de capacidade instalada. O volume corresponde a um salto de 25% em relação à atual marca de 51,5 gigawatts. Em 2024, foram adicionados 14,3 gigawatts à matriz energética

Uma das companhias que têm contribuído para esse cenário é o Banco da Amazônia (BASA). Isso porque a instituição financeira também atua com financiamentos para energia renovável voltados tanto para empresas quanto para pessoas físicas.

O banco explica que esse tipo de sistema pode gerar uma economia de 98% na conta de luz. Para se ter uma ideia, um financiamento de uma instalação com custo de R$ 33.245,55 pode promover uma economia média mensal de R$ 550.50, ou seja, cerca de 91%.

Em uma das linhas – a FNO Energia Verdeo BASA atende pessoas físicas com até 100% do valor do projeto. Vale destacar que, nesse caso, o valor mínimo do financiamento é de R$ 10.000 e o máximo é de R$ 100.000. Já o prazo para pagamento é de até 8 anos, incluída a carência de até 6 meses.

A gerente de Desenvolvimento Sustentável do Banco da Amazônia, Samara Farias, explica que se trata de uma linha de crédito pela qual são oferecidos prazos e taxas de juros mais atrativos a pessoas físicas e jurídicas quem têm interesse em adotar fontes de geração de energia limpa.

“Essas iniciativas colaboram com a redução de custos de energia elétrica ao mesmo tempo que promovem o uso de fontes limpas e renováveis. Ao longo de 2024, o Banco já disponibilizou cerca de R$ 4,5 bilhões em recursos somente para o segmento empresarial e, em 2025, a expectativa é aumentar esse montante, reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável da região”, destaca.

Sustentabilidade

Além de atender a projetos relacionados à instalação de energia solar, o Banco da Amazônia disponibiliza outros financiamentos voltados para questões sustentáveis. É o caso da linha FNO Amazônia Rural Verde. Esse formato tem como objetivo estimular o desenvolvimento sustentável, por meio da recuperação e conservação da biodiversidade, assim como mediante projetos agropecuários sustentáveis.

Com um custeio de até 2 anos, esse modelo disponibiliza investimento com prazo de até 5 anos, com 8 anos de carência. Nesse caso, as taxas de juros são anuais, a partir de 4,18% ao ano, levando em conta o porte do produtor.

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De maneira geral, essa linha é destinada a produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas, populações tradicionais da Amazônia e pessoas jurídicas de direito privado do setor rural. 

FNO Empresarial Verde

Dentro do contexto da sustentabilidade, o Banco da Amazônia também atende projetos relacionados a outras áreas, como turismo, saúde e educação. Nesse caso, a linha é a FNO Amazônia Empresarial.

O investimento conta com prazo de até 17 anos com até 4 anos de carência. Em relação à capital de giro, o prazo é de até 36 meses, com carência de até 12 meses.
Confira a lista de projetos atendidos

  • turismo verde
  • saúde, cultura e educação
  • ciência, tecnologia e inovação
  • obras ecológicas
  • geração de energia
  • transportes verdes

Infraestrutura

Outra linha de crédito ofertada pelo BASA tem o propósito de fomentar projetos de infraestrutura que emitem menos gases de efeito estufa: a FNO Amazônia Infraestrutura. A ideia é financiar iniciativas que incorporem soluções baseadas na natureza. Os projetos enquadrados nesse modelo dizem respeito às seguintes áreas:

  • saneamento básico
  • geração e armazenamento de energia renovável
  • transmissão e distribuição de energia
  • usinas de compostagem e/ou aterros sanitários sustentáveis
  • portos e aeroportos sustentáveis
  • sistemas de telefonia fixa ou móvel e banda larga em comunidades

Condições

As condições desse tipo de financiamento incluem prazos de até 24 anos com 8 anos de carência. As taxas de juros levadas em conta são as dos Fundos Constitucionais, diferenciadas por setor, porte e finalidade.
 

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24/06/2025 03:35h

Além da formação de agentes de crédito, edital destina R$ 4 milhões a projetos inovadores nos estados da Amazônia Legal

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Levantamento do Observatório das Economias da Sociobiodiversidade (ÓSocioBio), com base em dados do Banco Central, revela que, em 2024, menos de 2% do orçamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), na Amazônia, chegou às cadeias da sociobiodiversidade. 

Diante desse cenário, um Acordo de Cooperação Técnica assinado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Banco da Amazônia (BASA) pretende reverter esse quadro. Entre outros pontos, a iniciativa visa promover a formação de cem agentes de crédito rural da sociobioeconomia e da agroecologia por ano, durante os cinco anos de vigência da parceria, entre 2025 e 2029. 

O acordo faz parte do Programa de Formação em Sociobioeconomia e Agroecologia para Agentes de Crédito Rural (PFSA). O modelo foi lançado em fevereiro deste ano, por meio da Portaria Conjunta nº 2/2025 do MMA e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Qualificação

O intuito do programa é qualificar agentes de crédito junto às instituições financeiras, para que esses profissionais atuem como promotores de educação financeira em comunidades tradicionais de todo o país, principalmente na Amazônia.

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Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, essa parceria auxilia na construção de soluções para gargalos históricos no acesso e contratação do crédito para as cadeias da sociobiodiversidade. “A partir dele, os recursos do BASA fomentarão um novo ciclo de prosperidade, que é a economia da floresta, transformando a biodiversidade em produtos e gerando emprego, renda e vida digna para a população da Amazônia”, afirma.

Edital AMABIO

Outra iniciativa prevista no acordo é a seleção pública de projetos de bioeconomia na Amazônia, prevista no Edital AMABIO nº 001/2025. Por meio dessa medida, o BASA vai destinar R$ 4 milhões para apoio financeiro não reembolsável a projetos de bioeconomia na Região Amazônica.

Clique aqui para ter acesso ao edital completo 

O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, destaca que o objetivo é fortalecer cadeias produtivas sustentáveis, além de promover inovação nessa área.

“Esse edital é um marco para a bioeconomia amazônica. Ele reconhece o papel estratégico das organizações locais e busca apoiar soluções baseadas na floresta, na ciência e nos conhecimentos tradicionais para gerar renda, inclusão e sustentabilidade”, pontua.

A medida é voltada a organizações da sociedade civil, startups, microempresas e cooperativas que atuam nos estados do Amapá, Amazonas, Pará, Acre e Maranhão. As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pela plataforma digital da instituição financeira, até o dia 31 de julho de 2025.

Os interessados em participar do processo seletivo podem submeter propostas de projetos de até R$ 150 mil. O cronograma de execução deve ser de até 12 meses, em linhas temáticas que incluem o fortalecimento de organizações de base comunitária, e inovação nas cadeias de valor da sociobiodiversidade amazônica.

Outras entregas previstas

Além dessas iniciativas, o Acordo de Cooperação Técnica prevê as seguintes entregas:

  • Implantação de projetos-piloto com apoio técnico da Cooperação Brasil-França (Expertise France);
  • Identificação de territórios prioritários, com base em critérios de vulnerabilidade social e ambiental;
  • Desenvolvimento de ferramentas para avaliação de impacto e rastreabilidade dos resultados;
  • Capacitação de agentes locais e técnicos para estruturação de propostas e acesso ao crédito;
  • Participação conjunta em eventos estratégicos, como a COP30, promovendo a agenda da bioeconomia amazônica.

De maneira geral, entre os objetivos do acordo estão definir critérios de elegibilidade e mensuração de impacto socioambiental dos projetos apoiados; promover o uso de instrumentos financeiros inovadores, como a CPR Verde, PSA e Créditos de Carbono; além de estimular a formação de arranjos produtivos locais e fomentar o empreendedorismo verde.
 

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