Alta da inflação e do câmbio mudam a trajetória da taxa de juros
A expectativa futura da inflação brasileira teve alta nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,73%.
O cenário de alta da inflação, junto com a escalada do dólar no Brasil (hoje projetado a R$ 5,00 até o final de 2024) mudam a trajetória da taxa básica de juros do país, a Selic. Até então, vivíamos um cenário de certeza da queda da Selic.
Hoje, houve a segunda projeção de alta desta taxa, segundo o próprio mercado. Projeta-se a Selic a 9,50% ao ano.
A alta de projeção também ocorre para o Produto Interno Bruto (PIB), com crescimento cotado a 2,02%. Esta é a décima projeção de crescimento seguida do indicador.
As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil.
De acordo com a cotação da companhia Morningstar, o euro também seguiu a tendência de queda
No último fechamento, o preço do dólar caiu quase 0,80% e está cotado a R$ 5,20, a valores comerciais, de acordo com a companhia Morningstar. Para o turismo, o preço é maior.
O movimento de queda reflete uma tendência de venda das moedas, pelos próprios investidores, quando elas alcançam um valor máximo. Este é um mecanismo “de mercado” que contribui para um ponto de equilíbrio dos preços. Neste caso, não houve intervenção do Banco Central para a queda de valores.
A desaceleração de preços no último fechamento também teve relação com a percepção de que uma possível guerra no Oriente Médio, entre Irã e Israel, não deve acontecer. A possibilidade de uma guerra nesta região produtora de petróleo foi o principal motivo para a escalada de preços das moedas na semana anterior.
Além disso, contribuiu para este cenário a expectativa de juros altos nos Estados Unidos. No Brasil, influenciaram o desequilíbrio das contas públicas e uma nova meta fiscal para 2024 e 2025.
No último fechamento, o euro comercial seguiu a tendência de queda, de 0,50%, cotado a R$ 5,55.
Os dados são da companhia Morningstar.
De acordo com a cotação da companhia Morningstar, o euro está cotado a R$ 5,58
Nos últimos dias, o dólar pode alcançar um recorde histórico, que não havia sido observado em mais de um ano. A moeda esteve próxima de R$ 5,30 em um dos fechamentos; influenciada por questões externas e internas. A possível guerra no Oriente Médio, a partir dos ataques de Irã a Israel, deterioraram o humor dos investidores e levaram a um “nervosismo de mercado”. Todas as moedas consideradas mais fracas, em relação ao dólar, sofreram algum choque negativo.
Antes disso, os investidores já estavam de olho na taxa de juros dos Estados Unidos, que se encontra estável e sem perspectivas de queda. Isto favorece que saiam investimentos de países emergentes, por exemplo, para serem alocados em títulos americanos. A situação interna brasileira de dúvidas quanto ao cumprimento da meta fiscal também não colaborou para uma cotação mais equilibrada do dólar.
Porém, as falas do presidente do Banco Central, Campos Neto, em Washington, aliviaram a alta. Em viagem junto à comitiva do Ministério da Fazenda, o economista afirmou que o câmbio no Brasil é flutuante e que não haverá intervenções nesta política. Esta fala é bem recebida pelo mercado.
No último fechamento, o dólar comercial esteve quase estável, cotado a R$ 5,24.
Já o euro comercial teve leve queda e está cotado a R$ 5,58.
Para as moedas de turismo, os valores são superiores.
Os dados são da companhia Morningstar.
De acordo com a cotação da companhia Morningstar, o euro está cotado a R$ 5,59
Após alcançar o seu maior valor em mais um ano, o dólar arrefeceu diante das falas do presidente do Banco Central, Campos Neto. Em Washington, nos Estados Unidos, em viagem junto ao Ministro da Fazenda, o economista afirmou que o câmbio no Brasil é flutuante e que não haverá intervenções nesta política.
Essa informação é bem interpretada pelo mercado e evita que as cotações subam ainda mais. Hoje, o dólar comercial está cotado a R$ 5,23, mas os valores para a cotação de turismo são superiores.
O euro comercial também teve leve queda e está cotado a R$ 5,59.
Os dados são da companhia Morningstar.
Analistas consideram inflação e alta do dólar neste cenário
A expectativa da inflação brasileira teve queda nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,71%.
Apesar disso, alguns produtos, atualmente, estão com alta de preços. Essa alta, somado à escalada do dólar em relação a outras moedas, fez com que analistas subissem a projeção da taxa básica de juros da economia, a Selic, até o final de 2024. A tendência de baixa se reverteu e, após 3 meses, esta é a primeira previsão de alta desta taxa, a 9,13%.
O dólar estará cotado a R$ 4,97, até o final do ano — de acordo com o boletim.
A alta de projeção também ocorre para o Produto Interno Bruto (PIB), com crescimento cotado a 1,95%. Esta é a nona projeção de crescimento seguida do indicador.
As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil.
De acordo com a cotação da companhia Morningstar, o euro está cotado a R$ 5,46
O mercado ainda repercute a divulgação dos dados da inflação nos Estados Unidos, e o dólar permanece forte com relação ao real.
Naquele país, os preços ao consumidor vieram acima do esperado, a 0,4% em março de 2024. Em 12 meses, o índice teve aumento de 3,5%. Ou seja, neste cenário, espera-se saída de divisas do Brasil e atração de investimentos ao exterior. Menos dólares em circulação levam ao aumento do preço desta moeda. O mesmo panorama ocorre para o euro.
Assim, o real se desvaloriza. Este cenário persiste mesmo com a inflação brasileira divulgada, a qual veio abaixo do projetado por especialistas. Neste caso, a tendência é de permanência de queda dos juros brasileiros.
Hoje, o dólar comercial custa R$ 5,09 no Brasil. O euro comercial seguiu a tendência de alta e está cotado a R$ 5,46.
Para os valores das moedas de turismo, as cotações são ainda maiores.
Os dados são da companhia Morningstar.
Grande parte das principais variáveis monitoradas estão estáveis
A projeção da inflação brasileira obteve alta nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,76%.
Este cenário acompanha a possibilidade de uma economia mais aquecida no médio prazo. O projetado de crescimento da economia para 2024 subiu pela oitava vez seguida e é previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,90% até o final deste ano.
Neste cenário, a Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira — há quase três meses é projetada a 9,00%. Para 2025 e 2026, há também previsão de estabilidade para a taxa.
Já o câmbio, após escaladas e ultrapassar a barreira dos R$ 5,00, está previsto para R$ 4,95 até o final deste ano.
As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil.
Grande parte das principais variáveis monitoradas estão estáveis
A projeção da inflação brasileira esteve estável nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,75%.
Este cenário acompanha a possibilidade de uma economia mais aquecida no médio prazo. O projetado de crescimento da economia para 2024 subiu pela sétima vez seguida e é previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça aproximadamente 1,90% até o final deste ano.
Neste cenário, a Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira — há quatorze semanas em sequência permanece a 9,00%. Prevê-se que os próximos anos sejam igualmente de estabilidade para esta taxa.
Já o câmbio, após escaladas e ultrapassar a barreira dos R$ 5,00, está previsto para R$ 4,95 até o final deste ano.
As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil.
Acompanhando a possível alta da economia, está o crescimento da projeção da inflação
A projeção da inflação brasileira teve alta nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,79%. A nova projeção representa alta, após sucessivas quedas.
Este cenário acompanha a possibilidade de uma economia mais aquecida no médio prazo. O projetado de crescimento da economia para 2024 subiu pela quinta vez seguida — e é previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça aproximadamente 1,80%, até o final deste ano.
Em contrapartida, a Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira — há doze semanas em sequência permanece a 9,00%. Prevê-se que os próximos anos sejam igualmente de estabilidade para esta taxa.
Já o câmbio, após escaladas e ultrapassar a barreira dos R$ 5,00, está previsto para R$ 4,95 até o final deste ano.
As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil.
De acordo com a cotação da companhia Morningstar, o euro está cotado a R$ 5,44
Em relação a diferentes divisas internacionais, o dólar ganhou força novamente no último fechamento. Foi o caso da moeda brasileira, que atingiu o patamar de R$ 5,00 - maior valor desde outubro de 2023.
Desde a última divulgação do índice de preços ao produtor dos Estados Unidos (índice PPI, em inglês), que cresceu acima do esperado, houve leve valorização dos títulos públicos daquele país, em um cenário de possíveis quedas futuras de juros mais brandas que o previsto. Assim, o dólar se valoriza.
Entretanto, a valorização foi contida na última semana por dados da economia brasileira, após a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, acerca do volume de serviços de janeiro, que cresceu 0,7%.
Já em relação ao euro, a moeda está estável e cotada a R$ 5,44.
Os dados são da companhia Morningstar.