LOC.: A indústria brasileira fechou o mês de junho em forte alta de QUATRO VÍRGULA UM POR CENTO, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE. Os números mostram o resultado mais expressivo desde julho de 2020 — quando o país cresceu 9,1%.
O resultado positivo veio depois de duas baixas consecutivas. E o avanço é sinal de recuperação com índices acima do esperado pelo consenso de mercado — que apontava para um crescimento próximo a DOIS VÍRGULA QUATRO POR CENTO, como avalia o economista César Bergo.
TEC/SONORA: César Bergo, economista
“Foi muito importante esse crescimento porque acaba revertendo as expectativas negativas com relação a esse setor que estava devendo durante o ano. Começou muito fraco com as atividades industriais, mas agora ela toma um bom rumo sobretudo no setor de consumo de bens duráveis e também de consumo imediato.”
LOC.: No acumulado do primeiro semestre de 2024 houve crescimento de 2,6%. E nos últimos 12 meses, a produção da indústria nacional acumula avanço de 1,5%.
Os resultados de junho fazem com que a produção industrial ultrapasse o patamar pré-pandemia — ficando 2,8% acima de fevereiro de 2020. São números importantes para o desenvolvimento de um país, já que, como avalia o professor de economia da FAAP-SP, Sillas Sousa, a indústria é um termômetro do desenvolvimento de uma nação.
TEC/SONORA: Sillas Sousa - professor de economia da FAAP-SP
“Riqueza e prosperidade econômica, salvo raríssimas exceções, tem a ver com indústria. É na indústria que a gente tem investimentos de longuíssimo prazo, os empregos são muito melhores, a renda é muito mais alta, a tecnologia intensiva é muito mais generalizada.”
LOC.: Mas o professor Sillas Souza pondera que esse crescimento atingido ainda não é suficiente para colocar o Brasil novamente no rumo do crescimento industrial. Segundo o especialista, para que isso aconteça é necessário que haja uma política industrial consistente e bem pensada.
Reportagem, Lívia Braz