26/06/2025 16:16h

Derrubada de decreto que aumentava IOF marca início das ações em defesa de um ambiente mais favorável ao setor, responsável por mais de 70% do PIB brasileiro

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O primeiro pleito da agenda prioritária legislativa lançada nesta quarta-feira (25) pela Frente Parlamentar do Comércio e Serviços (FCS) já foi conquistado: a derrubada do decreto presidencial que aumentava as tarifas do IOF. A medida, uma das principais demandas do setor, foi anunciada em primeira mão durante o lançamento da agenda no Congresso Nacional pelo deputado Domingos Sávio (PL-MG), presidente da FCS na Câmara.

A nova agenda reúne mais de 40 propostas voltadas à modernização do ambiente de negócios, desoneração da folha de pagamentos, simplificação tributária, desburocratização e regulação de plataformas digitais, entre outros pontos estratégicos para destravar o crescimento do setor de comércio e serviços — responsável por mais de 70% do PIB brasileiro e pela maior parte da geração de empregos formais no país.

Presente no lançamento, o presidente em exercício da CACB, Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, Ernesto João Reck, falou sobre a importância das pautas, principalmente para as micro e pequenas empresas.

“A agenda legislativa é uma oportunidade de facilitar a vida do empresário, que está na ponta, que discutimos regulação na reforma tributária, trabalho em final de semana e como o pequeno empresário consegue sobreviver.”, destacou.

Durante o evento, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou a importância do setor para o desenvolvimento nacional:

“Estamos falando de pequenos e médios empreendedores, de famílias que dependem deste setor para o seu sustento e de comunidades inteiras que encontram no comércio local sua principal fonte de desenvolvimento. Valorizar o comércio e os serviços é valorizar o Brasil real — aquele que trabalha de portas abertas, que inova, que empreende e acredita no futuro.”

Segundo Motta, a agenda lançada representa um marco no diálogo entre o setor produtivo e o Parlamento:

“Não se trata apenas de um documento técnico, mas de um instrumento de transformação social. Cada proposta tem potencial de impactar positivamente a vida de milhões de brasileiros — seja pela geração de empregos, pela redução de custos para o consumidor ou pela criação de novas oportunidades de negócios.”

Força do setor 

Para o presidente da Unecs, a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços, Leonardo Severini, a agenda reflete a força e a diversidade do setor.

“O comerciante e o prestador de serviços são a cara do brasileiro. Já conquistamos relevância no Legislativo e agora buscamos ampliar esse espaço também no Executivo, no Judiciário, nos meios de comunicação e na sociedade. Queremos construir uma narrativa nacional que reconheça a importância da nossa jornada.”

O senador Efraim Filho (União-PB), que lidera a frente no Senado, reforçou que a agenda foi construída de forma colaborativa e que o documento serve tanto para apontar caminhos como para proteger o setor de retrocessos:

“Temos uma agenda positiva, com medidas que promovem mais simplicidade e menos burocracia. Mas há também uma agenda negativa, com propostas que prejudicam o empreendedor e precisam ser barradas. Nosso papel é garantir que o Brasil continue sendo um país onde empreender seja possível.”

A FCS é composta por mais de 190 parlamentares e o documento lançado esta semana servirá como base para as articulações políticas no segundo semestre de 2025, estabelecendo pontes entre o Legislativo e os setores que sustentam grande parte da economia brasileira.
 

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25/06/2025 00:00h

Com orçamento cada vez mais pressionado por despesas obrigatórias, como salários e Previdência, investimento público fica em segundo plano. Para fechar a conta, governo edita medida provisória que taxa aplicações antes isentas

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O gasto com pessoal continua alto no governo federal e acende mais um alerta sobre a qualidade do gasto público no Brasil. Enquanto o orçamento segue pressionado por despesas obrigatórias, como salários e aposentadorias, o espaço para investimento encolhe ano após ano — e a conta acaba sendo compensada com mais impostos.

Dados da plataforma Gasto Brasil mostram que, em 2024, as despesas com pessoal — ativo e inativo do governo federal — e encargos sociais – atingiram os R$ 362 bilhões, enquanto o investimento ficou em pouco mais de R$ 60 bi no mesmo período. Ou seja, o gasto com pessoal é seis vezes maior do que com investimentos.

Mau uso do dinheiro

O contraste escancara um problema estrutural: o Brasil gasta muito com a máquina pública e pouco com políticas que geram crescimento. Para Claudio Queiroz, criador da plataforma Gasto Brasil e Consultor da CACB, Confederação das Associações Comerciais e Empresarias do Brasil, a distorção compromete o desenvolvimento do país e reduz a capacidade de resposta do Estado a demandas da população.

“O Gasto Brasil surgiu com o intuito de trazer mais transparência sobre as despesas gerais da máquina, do governo, e não de forma fragmentada”, esclarece Cláudio. O consultor explica que a plataforma serve também como um centro de pesquisa, onde é possível visualizar — por bimestre — quem está gastando mais e em que áreas esses recursos estão sendo mais investidos.

Investimento em baixa, rigidez em alta

Segundo a plataforma, as despesas do Governo Federal são classificadas em mais de 60 itens, agrupados em 28 categorias. Dentre essas, 11 categorias representam aproximadamente 96% do total das despesas. As duas maiores delas — Previdência e Despesas com Pessoal e Encargos Sociais — correspondem a cerca de 60% do total.

Para Queiroz, “as novas funcionalidades da plataforma, deixam evidente o mal gasto do  dinheiro público e isso se prova pela busca incessante de receitas.”
MP taxa investimentos para reforçar caixa

Diante do aumento de despesas, o governo federal decidiu buscar novas fontes de receita. Em junho, editou a Medida Provisória 1.303/25, que acaba com a isenção de Imposto de Renda de títulos incentivados, como as LCA e LCI, que, a partir do ano que vem, serão tributados em 5%.

A expectativa da Fazenda com a MP é arrecadar mais de R$ 31 bilhões entre 2025 e 2026, valor que deve ajudar a cobrir despesas como o reajuste dos servidores públicos.

O economista Ricardo Amorim usou as redes sociais para escancarar o problema. Segundo o especialista, em vídeo postado e compartilhado em sua conta do LinkedIn, a troca da tributação do IOF pelas letras de crédito, não muda o impacto final, que acaba recaindo sobre o contribuinte.

“O que significa nos dois casos é crédito mais caro. No caso do IOF é crédito mais caro para todo mundo. Se for especificamente em cima dos títulos — hoje isentos, emitidos para o setor imobiliário ou para o setor do agro — o que vai acontecer é que vai ficar mais caro crédito para comprar imóvel, ou seja, vai ficar mais difícil que o brasileiro possa ter uma casa própria. Ou vai ficar mais cara a produção do agro, o que vai significar alimentos mais caros no supermercado, pagos, obviamente, por todos os brasileiros.”

Para o presidente da CACB, Alfredo Cotait, a plataforma Gasto Brasil é uma ferramenta que permite que a sociedade civil, empresários e gestores públicos tenham acesso simplificado a uma base de dados e monitorem o quanto e como esse direito é investido.

“Nós lançamos o Gasto Brasil, onde mostramos que o governo está gastando mais do que arrecada”, afirmou Cotait.

Mas dados da plataforma mostram que, até maio, o Governo manteve um controle das despesas artificialmente em função da Lei Orçamentária não aprovada e, para equilibrar as contas primárias do Governo Central, seria necessário um esforço na ordem de R$ 300 bilhões de reais.

A busca por receitas adicionais ocorre em meio à tentativa do governo de cumprir as metas do novo arcabouço fiscal, que prevê déficit zero em 2025. Para isso, será necessário controlar despesas obrigatórias e aumentar a arrecadação — sem sufocar a economia.

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20/06/2025 00:00h

Entidades do setor produtivo reforçam pedido de revogação imediata da medida, que impõe restrições ao comércio e afeta renda de trabalhadores

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O Ministério do Trabalho e Emprego anunciou na última terça-feira (17) o quarto adiamento da entrada em vigor da Portaria nº 3.665/2023, que restringe o trabalho em feriados no setor do comércio. A nova data foi prorrogada para 1º de março de 2026, após negociações com lideranças políticas e pressão crescente de entidades do setor produtivo.

A medida — que exige convenção coletiva para autorizar o funcionamento do comércio nessas datas — é alvo de fortes críticas por parte de associações empresariais. Para a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), os sucessivos adiamentos da norma geram insegurança jurídica e dificultam o planejamento de empresários e trabalhadores em todo o país.


A CACB, que representa mais de 2.300 associações comerciais, cobra a revogação imediata da portaria. Segundo o presidente da entidade, Alfredo Cotait, a regra interfere na autonomia dos trabalhadores, restringe o comércio em datas estratégicas e prejudica a geração de renda.


“É um retrocesso. Exatamente nos domingos e feriados que os nossos comerciantes, de várias atividades, têm os seus melhores dias para fazer as vendas. Estão todos necessitados de gerar mais renda e vender os seus produtos”, afirmou Cotait.


Além de ferir a liberdade econômica, a CACB sustenta que a portaria é inconstitucional, por limitar atividades essenciais sem respaldo legal adequado, como explica o vice-presidente jurídico da CACB, Anderson Trautman. 


“Veja a quantidade de surpresas, de dificuldade que temos para uma estabilidade de normas do Brasil. Entendemos que a portaria tem, inclusive, vícios de legalidade e seria passível de questionamento judicial. Mais uma prorrogação não nos traz estabilidade, precisamos que seja revogada”, reafirmou Trautman. 


O que diz a portaria


A decisão representa mais um recuo do governo diante da pressão de empresários e parlamentares. Editada em novembro de 2023, a Portaria nº 3.665 determina que estabelecimentos como supermercados, farmácias, lojas e shoppings só poderão funcionar em feriados mediante autorização em convenção coletiva de trabalho — ou seja, com aval formal de sindicatos.
Ao anunciar o novo adiamento, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o governo busca dar mais tempo para a consolidação de um acordo.


"Mantendo o diálogo, e após conversar com o presidente da Câmara dos Deputados e com as lideranças, decidi prorrogar a portaria, garantindo um prazo técnico para consolidar as negociações", disse o ministro.


A nova data foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (18). Enquanto isso, o setor produtivo segue em alerta e reforça que, mais do que prorrogar, é preciso revogar a regra para restaurar a previsibilidade no ambiente de negócios.
 

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19/06/2025 02:20h

MP 1303/2025 eleva imposto sobre operações como o risco sacado, deve impactar fluxo de caixa das empresas e pressionar preços; especialistas apontam insegurança jurídica

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Uma conta que pode chegar ao bolso do consumidor e impactar negativamente as empresas. Essas são algumas das consequências previstas pelo setor produtivo após a entrada em vigor da Medida Provisória 1303/2025 – que eleva o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre diversas operações. A MP veio em complemento aos decretos de aumento do IOF, em 22 de maio.

Apesar do recuo do governo em alguns pontos — como a retirada da cobrança fixa de 0,95% —, a manutenção da alíquota diária sobre essas operações ainda terá impactos diretos no custo de capital das empresas e entidades e especialistas questionam a legalidade da cobrança.

O advogado tributarista e sócio do Vernalha Pereira, Luis Claudio Yukio Vatari, conta que as mudanças, apesar de não estarem totalmente definidas, já começam a atrair clientes para os escritórios de advocacia, em busca de judicialização.

Segundo ele, na prática, a nova regra pode gerar aumento da tributação, principalmente dos bens e mercadorias, já que é comum os contribuintes se utilizarem da sistemática de antecipação de recebíveis, ou seja, o IOF vira custos das operações de venda, que já sofrem a incidência de PIS/COFINS/ICMS, aumentando a respectivas bases de cálculo.

“Tributar também com IOF essas operações abre espaço para judicialização, pois fere princípios de direito tributário e a própria natureza extrafiscal do tributo”, explica Vatari. “Além disso, o aumento do custo pode impactar negativamente o fluxo de caixa das empresas e restringir o acesso de micro e pequenas fornecedoras  ao crédito, já que muitas dependem dessa estrutura para se financiar. O tema já é motivo de mobilização por parte do setor produtivo ", conclui o especialista.

Mudanças no risco sacado

A Medida Provisória nº 1.303, editada pelo governo federal em 2025, acendeu o alerta em empresas e instituições financeiras ao ampliar a incidência do IOF sobre operações de antecipação de recebíveis, como o chamado risco sacado. A mudança altera a classificação dessas operações — hoje tratadas como cessão de crédito — para enquadrá-las como operações de crédito, sujeitas ao Imposto sobre Operações Financeiras.

Para o advogado Vatari, “apesar do recuo do governo, as empresas vão ser impactadas sim. Pois o custo que as empresas têm com o risco sacado terá um novo componente: o IOF. Ou seja, quem utiliza do instrumento precisa, sim, antecipar um fluxo de caixa. Então se socorre da antecipação, pagando por esse desconto. Com a MP, esse desconto para receber antes aumentará ainda mais. O que as empresas vão fazer? Incluir esse valor no custo dos produtos, sendo que o consumidor é quem suporta a carga tributária."

O risco sacado é uma operação por meio da qual uma empresa compradora solicita a um banco que antecipe o pagamento de seus fornecedores. Quando o prazo acordado chega, a empresa paga o banco, com juros. Essa prática é amplamente usada para dar fôlego ao fluxo de caixa, tanto de grandes companhias quanto de pequenos fornecedores.

Como as empresas serão impactadas?

Para o deputado Domingos Sávio (PL-MG), presidente da Frente parlamentar do Comércio e Serviços na Câmara, a MP é mais uma medida do governo que vai impactar de forma negativa quem mais gera emprego no país. Sávio destaca os piores pontos do documento.
 
“A medida provisória é pior do que o decreto, porque é gananciosa. Ela faz mal para a economia brasileira, principalmente, e por suas situações que estão lá. A tributação sobre o LCI e LCA. Quando o governo desestimula as pessoas a aplicar investimentos no agro e na construção civil, ele vai atrapalhar o crédito rural, imobiliário, tornar esses créditos mais caros, gerando inflação e aumento de juros.”
 
Para o vice-presidente jurídico da CACB, a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, Anderson Trautmann, todas essas medidas trazem insegurança jurídica, justamente num momento de dificuldade de equilíbrio fiscal.
 
“Na nossa ótica, esse enfrentamento do déficit fiscal deveria vir pelo lado da despesa, uma reforma administrativa, uma redução do custo da máquina pública federal e não pelo aumento de receitas”, avalia.

Próximos passos

A Medida Provisória 1.303/2025, publicada pelo governo como alternativa ao decreto que elevou o IOF, já está em vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias para não perder a validade. O texto propõe mudanças na tributação de aplicações financeiras e aumenta a carga tributária para determinados tipos de empresas.

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19/06/2025 00:00h

Enquanto bandeira vermelha encarece a energia já em junho, medida aprovada por parlamentares pode aumentar ainda mais as tarifas pelos próximos 25 anos

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A conta de luz já vai pesar no bolso em junho: a bandeira vermelha patamar 1 foi acionada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o que significa um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Com a previsão de chuvas abaixo da média e as hidrelétricas gerando menos, o país depende das termelétricas — mais caras —, e esse custo extra vai direto para o consumidor. Mas o futuro pode reservar aumentos ainda maiores: uma decisão recente do Congresso pode adicionar um impacto de até R$ 197 bilhões nas tarifas de energia elétrica até 2050.

O alerta vem da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), após o Congresso derrubar os vetos presidenciais à Lei das Eólicas Offshore. Com isso, foram mantidos na norma os chamados "jabutis" — dispositivos sem relação direta com o tema central do projeto — que obrigam o governo a contratar determinadas fontes de energia, como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), independentemente da necessidade do sistema.

“O Poder Legislativo, mais uma vez, demonstra desrespeito pelos princípios constitucionais e democráticos, ao persistir na defesa de propostas que prejudicam a população”, afirma a FNCE, em nota. A entidade também considera entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a constitucionalidade dos trechos mantidos.

Clique aqui para acessar a nota na íntegra

FNCE avalia ir ao STF contra jabutis das eólicas offshore

A especialista em Justiça Energética do Instituto Pólis, Mónica Banegas, alerta que os impactos dessas medidas atingem diretamente os brasileiros mais vulneráveis. “As famílias de baixa renda acabam sendo afetadas de uma forma ainda mais negativa. Se a conta de luz já é pesada para as famílias, de forma geral, para as de baixa renda essa conta é ainda mais pesada. Então, quando a gente fala sobre um potencial aumento na conta de luz, são essas famílias que vão sofrer mais ainda, independentemente da região que elas estiverem”, afirma.

Mónica também critica o momento da decisão parlamentar. “Estamos discutindo o aumento num momento em que deveríamos estar debatendo uma solução que reduzisse a conta de luz efetivamente, para que as pessoas possam viver com mais dignidade, e não o contrário”, argumenta.

Entre os pontos mais críticos da lei estão a contratação de 4,9 GW de PCHs, a ampliação de contratos do Proinfa e incentivos a outras fontes não relacionadas à energia eólica offshore, como térmicas e usinas de hidrogênio. Para a FNCE, além de onerar o sistema, essas medidas aumentam a já elevada sobreoferta de energia, levando ao corte de produção de fontes limpas, como solar e eólica.

A Frente ainda aponta que o impacto vai além da conta de luz residencial. A alta no custo da energia tende a se refletir em toda a cadeia produtiva, pressionando preços e inflação. “Ao derrubar os vetos da Lei de Eólicas Offshore, o Congresso Nacional torna-se responsável pelo aumento na conta de luz dos brasileiros e por instalar o caos definitivo no setor elétrico”, conclui a entidade.
 

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17/06/2025 04:00h

Alívio nas tensões geopolíticas, dados econômicos favoráveis e alta em ações de peso impulsionaram o principal índice da bolsa brasileira

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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira (B3), fechou a última sessão em alta de 1,49%, atingindo 139 mil pontos. A recente aproximação comercial entre China e Estados Unidos contribuiu para um ambiente externo menos adverso, apesar de analistas apontarem possíveis efeitos negativos no médio prazo.

Maiores altas e quedas do Ibovespa

Confira as ações com melhor e pior desempenho no pregão desta terça-feira:

Ações em alta no Ibovespa

  • Spturis (AHEB5): +16,00%
  • Tex Renaux (TXRX4): +14,29%

Ações em queda no Ibovespa

  • Bioma Educ (BIED3): -12,24%
  • Contax (CTAX3): -11,76%

No Brasil, indicadores econômicos ajudaram a sustentar o otimismo dos investidores. O IGP-10 registrou deflação de 0,97% em junho, puxado pela queda de matérias-primas, enquanto o Boletim Focus trouxe nova revisão para baixo nas projeções de inflação. Além disso, o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, apresentou crescimento de 0,2% em abril, acima das expectativas. No mercado corporativo, ações da Vale avançaram 3,26% depois que a empresa conseguiu licença para expandir sua produção no Pará. Setores como bancos, varejo e financeiro também tiveram desempenho positivo, com destaque para Magazine Luiza, com alta de 6,71%, e B3 subindo 3,22%.

Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3

O que é o Ibovespa e como ele funciona?

O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.

O que é a B3, a bolsa de valores do Brasil?

A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.
 

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17/06/2025 02:10h

O mercado de commodities agrícolas registrou novas variações nesta terça-feira (17), com destaque para o café, açúcar cristal e milho, segundo dados do Cepea

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O preço do café arábica caiu 1,36% nesta terça-feira (17), e a saca de 60 kg está sendo negociada por R$  2.167,87 na cidade de São Paulo, segundo dados atualizados do mercado.

No mesmo movimento, mas caindo um pouco menos, o café robusta perdeu 0,72%, sendo negociado a R$ 1.273,96.

Indicador do café arábica nos últimos 5 dias:

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
16/06/2025 2.167,87 -1,36% -7,19% 394,59
13/06/2025 2.197,73 -1,44% -5,91% 396,92
12/06/2025 2.229,75 -0,95% -4,54% 402,12
11/06/2025 2.251,10 -1,13% -3,62% 405,97
10/06/2025 2.276,92 -1,17% -2,52% 408,49

Indicador do café robusta nos últimos 5 dias:

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
16/06/2025 1.273,96 -0,72% -8,64% 231,88
13/06/2025 1.283,26 -3,76% -7,97% 231,76
12/06/2025 1.333,38 -0,79% -4,38% 240,47
11/06/2025 1.343,93 -1,74% -3,62% 242,37
10/06/2025 1.367,66 -0,59% -1,92% 245,36

Preço do açúcar cristal

O preço do açúcar cristal registrou alta nesta terça-feira (17) nas principais praças do estado de São Paulo.

  • Em São Paulo capital, a saca de 50 kg do açúcar cristal subiu 2,14%, sendo cotada a R$ 128,22.
  • Em Santos (SP), a cotação média — sem impostos — aumentou 1,53%, com o valor da saca em R$ 124,91.

Indicador do açúcar cristal no últimos 5 dias em São Paulo:

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
16/06/2025 128,22 2,14% -4,02% 23,34
13/06/2025 125,53 -0,81% -6,03% 22,67
12/06/2025 126,56 -0,39% -5,26% 22,82
11/06/2025 127,06 -2,32% -4,89% 22,91
10/06/2025 130,08 -1,81% -2,63% 23,34

Indicador do açúcar cristal no últimos 5 dias em Santos:

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
16/06/2025 124,91 1,53% -5,71% 22,66
13/06/2025 123,03 -0,29% -7,13% 22,11
12/06/2025 123,39 -0,72% -6,86% 22,28
11/06/2025 124,29 -0,77% -6,18% 22,44
10/06/2025 125,26 -0,93% -5,45% 22,55

Preço do milho

Na região de Campinas (SP), a saca de 60 kg do milho está sendo vendida a R$ 67,50, com queda de 0,16% no dia.

Indicador do milho nos últimos 5 dias:

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
16/06/2025 67,50 -0,16% -2,10% 12,29
13/06/2025 67,61 -0,04% -1,94% 12,21
12/06/2025 67,64 -0,49% -1,90% 12,20
11/06/2025 67,97 0,35% -1,42% 12,26
10/06/2025 67,73 -1,54% -1,77% 12,15

Os valores são do Cepea.

Diferença entre café arábica e café robusta: características, uso e regiões produtoras

Café arábica e café robusta são as duas principais variedades cultivadas e comercializadas no Brasil, ambas medidas em sacas de 60 kg.

  • O café arábica (conhecido também como café Conilon, em algumas regiões) tem sabor mais suave, menor teor de cafeína e alta qualidade sensorial, sendo preferido em cafeterias especializadas e nas exportações de cafés premium. Representa cerca de 70% da produção brasileira, com destaque para estados como Minas Gerais e São Paulo.
  • O café robusta, por sua vez, possui sabor mais amargo, maior concentração de cafeína e corpo mais intenso. É amplamente utilizado na produção de café solúvel e blends comerciais. Seus principais polos produtores são o Espírito Santo e Rondônia, e seu preço costuma ser mais baixo em comparação ao arábica, por conta do perfil mais industrial.

Como é calculada a saca de açúcar cristal?

A saca de açúcar cristal no Brasil é padronizada em 50 quilos, especialmente para comercialização no mercado atacadista e para uso na indústria alimentícia. Essa unidade de medida é adotada pelo Cepea/Esalq-USP, principal fonte de cotações diárias do açúcar cristal no país.

Qual o peso da saca de milho no Brasil?

A saca de milho equivale a 60 kg de grãos, mesmo padrão utilizado para soja e trigo. Essa medida é oficializada por instituições como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Cepea, sendo amplamente usada em negociações e relatórios de preço do milho.
 

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17/06/2025 02:10h

Cotação da soja tem alta no interior e no porto, segundo dados do Cepea

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O preço da soja nesta terça-feira (17), apresenta variações entre o interior e o litoral do Paraná, de acordo com dados atualizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

No interior do Paraná, a cotação da soja teve alta de 0,36% e a saca de 60 kg é negociada a R$ 129,60. No litoral do estado, a cotação subiu pouco menos, 0,31%, chegando a R$ 134,47 em Paranaguá.

Preço da soja nos últimos 5 dias em Paranaguá:

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
16/06/2025 134,47 0,31% -0,07% 24,48
13/06/2025 134,06 -0,15% -0,37% 24,21
12/06/2025 134,26 -0,09% -0,22% 24,21
11/06/2025 134,38 0,22% -0,13% 24,23
10/06/2025 134,09 0,02% -0,35% 24,06

Preço da soja nos últimos 5 dias no Paraná:

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
16/06/2025 129,60 0,36% 0,65% 23,59
13/06/2025 129,14 0,26% 0,30% 23,32
12/06/2025 128,80 0,00% 0,03% 23,23
11/06/2025 128,80 -0,13% 0,03% 23,23
10/06/2025 128,97 0,23% 0,16% 23,14

Trigo

A cotação do trigo também apresentou oscilações nesta terça-feira (17), segundo dados atualizados do mercado.

No Paraná, o preço do trigo teve salto de 0,10%, com a tonelada sendo negociada a R$ 1.506,96. No Rio Grande do Sul, o valor do grão também teve alta e a tonelada do trigo é cotada a R$ 1.349,45. 

Preço médio do trigo nos últimos 5 dias no Paraná:

Data Valor R$/t* Var./Dia Var./Mês Valor US$/t*
16/06/2025 1.506,96 0,10% -1,64% 274,29
13/06/2025 1.505,40 0,16% -1,75% 271,88
12/06/2025 1.503,06 -0,86% -1,90% 271,07
11/06/2025 1.516,12 0,25% -1,05% 273,42
10/06/2025 1.512,36 -1,13% -1,29% 271,32

Preço médio do trigo nos últimos 5 dias no Rio Grande do Sul:

Data Valor R$/t* Var./Dia Var./Mês Valor US$/t*
16/06/2025 1.349,45 0,60% -1,02% 245,62
13/06/2025 1.341,43 0,00% -1,61% 242,27
12/06/2025 1.341,43 -0,34% -1,61% 241,92
11/06/2025 1.346,02 -1,12% -1,27% 242,74
10/06/2025 1.361,22 -0,29% -0,15% 244,21

Os dados são do Cepea.

O que é uma saca de soja ou de trigo? Entenda a unidade de medida no mercado de grãos

A saca de soja e a saca de trigo são as principais unidades de comercialização de grãos no Brasil. Cada saca equivale a 60 quilos, padrão adotado por órgãos oficiais como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Esse formato padronizado facilita o comércio da soja e do trigo, além de permitir um acompanhamento mais preciso das cotações e variações de preços no mercado nacional.
 

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17/06/2025 01:30h

Alívio nas tensões geopolíticas e perspectiva de juros altos no Brasil fortalecem o real nesta segunda-feira (16)

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O dólar comercial encerrou a sessão desta segunda-feira (16) em queda de 0,98%, cotado a R$ 5,58 no menor valor desde outubro de 2024. O movimento foi influenciado pelo recuo global da moeda norte-americana diante de sinais de trégua no conflito entre Israel e Irã, que reduziram a aversão ao risco nos mercados. A queda nos preços internacionais do petróleo, de cerca de 2%, também favoreceu moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil.

Além do cenário internacional, fatores domésticos ajudaram a impulsionar o real. Investidores seguem atentos à possibilidade de elevação da taxa Selic, atualmente em 14,75% ao ano. A expectativa majoritária do mercado é de uma alta de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o que reforça a atratividade do Brasil para o capital estrangeiro.

Cotações

A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
 

BRL USD CAD EUR JPY GBP CHF AUD
BRL - 0.1820 0.2468 0.1574 26.3410 0.1340 0.1480 0.2792
USD 5.4906 - 1.3572 0.8655 144.697 0.7369 0.8136 1.5343
CAD 4.0416 0.7368 - 0.6377 106.610 0.5429 0.5995 1.1305
EUR 6.3371 1.1553 1.5677 - 167.167 0.8513 0.9491 1.7726
JPY 0.0379 0.0069 0.0094 0.0060 - 0.0051 0.5623 0.0106
GBP 7.4405 1.3570 1.8414 1.1743 196.342 - 1.1041 2.0822
CHF 6.7412 1.2288 1.6675 1.0635 177.806 0.9054 - 1.8853
AUD 3.5747 0.6516 0.8844 0.5640 94.2960 0.4802 0.5302 -
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16/06/2025 03:10h

As cotações do boi gordo, suíno e frango no mercado brasileiro apresentaram variações nesta terça-feira (16), conforme dados divulgados pelo Cepea

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O preço do boi gordo registrou estabilidade nesta terça-feira (17), e a arroba do boi continua sendo negociada a R$ 314,35 no estado de São Paulo.

Indicador do boi gordo dos últimos 5 dias:

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
16/06/2025 314,35 0,00% 2,70% 56,77
13/06/2025 314,35 -0,47% 2,70% 56,77
12/06/2025 315,85 0,53% 3,19% 56,96
11/06/2025 314,20 0,64% 2,65% 56,66
10/06/2025 312,20 0,14% 1,99% 56,01

Na Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado, o preço do frango congelado teve alta de 0,68% com o quilo cotado a R$ 7,40. O frango resfriado também apresentou alta e é vendido a R$ 7,42 o quilo, refletindo ajustes no mercado consumidor.

Preço da carcaça suína especial e suíno vivo

A carcaça suína especial registrou aumento de 0,96% nos preços, chegando a custar R$ 12,67 o quilo, nos atacados da Grande São Paulo. O preço do suíno vivo também teve alta em diversas regiões, como em Minas Gerais, onde está sendo comercializado a R$ 8,44, segundo dados do Cepea.

Indicador do suíno vivo:

Data Estado Valor R$ Var./Dia Var./Mês
16/06/2025 MG - posto 8,44 0,12% 4,07%
16/06/2025 PR - a retirar 8,05 0,88% 1,77%
16/06/2025 RS - a retirar 8,13 0,49% 1,88%
16/06/2025 SC - a retirar 8,05 0,50% 4,68%
16/06/2025 SP - posto 8,65 0,70% 2,98%

Preço da carcaça suína especial nos últimos 5 dias:

Data Média Var./Dia Var./Mês
16/06/2025 12,67 0,96% 3,18%
13/06/2025 12,55 0,00% 2,20%
12/06/2025 12,55 0,00% 2,20%
11/06/2025 12,55 0,00% 2,20%
10/06/2025 12,55 0,80% 2,20%

Os valores são do Cepea.

O que é o boi gordo? Entenda o termo do mercado bovino

O boi gordo é o bovino macho pronto para o abate, com peso mínimo de 16 arrobas líquidas de carcaça (aproximadamente 240 kg) e até 42 meses de idade. Atende aos padrões do mercado nacional e internacional, incluindo exportações para Europa, China e cota Hilton.

Diferenças entre frango congelado e frango resfriado

O frango congelado passa por congelamento rápido, com temperaturas abaixo de -12°C, garantindo maior vida útil para armazenamento e transporte a longas distâncias. Já o frango resfriado é mantido entre 0°C e 4°C, com validade de 5 a 7 dias, oferecendo textura e sabor mais próximos do fresco, ideal para consumidores exigentes e restaurantes.
 

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