Segurança jurídica, modernização no ambiente de negócios e valorização do empreendedorismo. Estes são alguns dos objetivos principais das novas diretorias que tomaram posse esta semana na União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs). Já na presidência da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS), no Congresso, foram reconduzidos o senador Efraim Filho (União/PB) e o deputado Domingos Sávio (PL/MG), respectivamente no Senado Federal e na Câmara dos Deputados.
Maior organização multissetorial do país, a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) reúne empresários de todos os setores da economia e esteve representada pelo presidente Alfredo Cotait, que destacou a importância da FCS para o setor.
“Como nossas áreas são comércio e serviços, sabemos da importância da Frente Parlamentar para que eles sejam os nossos representantes no Congresso para que a gente possa discutir e debater os temas do nosso interesse.”
Pelos próximos dois anos, quem estará à frente da Unecs é Leonardo Miguel Severine, presidente também da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad).
Segundo ele, sua gestão será marcada pelo “fortalecimento do pequeno empresário, que representa a base de nossa economia e a essência de nossa capilaridade, chegando a todos os brasileiros”.
O gestor também falou sobre a importância da união para o fortalecimento do setor.
“Não há como se pensar, investir, empregar, sem falar em condições mínimas de segurança jurídica, modernização no ambiente de negócios, valorização do empreendedorismo e da livre iniciativa e, principalmente, de segurança pública, temas que afetam diariamente nossos associados”.
Com mais de 2.300 Associações Comerciais e Empresariais e 2 milhões de empresas em todo o território nacional, a CACB é um coletivo empresarial que trabalha para o desenvolvimento econômico do país. Para o presidente Alfredo Cotait, é a união que fortalece o sistema.
“Como não somos sindicalizados, não recebemos dinheiro do governo; nós temos que ter nossa sustentabilidade com nossas próprias forças, com nossa própria criatividade. Isso nos dá uma condição de independência, que acaba nos unindo.”
O trabalho de mais de uma década entre a FCS e a Unecs permite a aprovação de projetos que viabilizem o desenvolvimento do setor de comércio e serviços. Exemplo disso são as reformas trabalhista e tributária, o decreto que posiciona os supermercados como atividade essencial e a lei da terceirização.
Os comunicadores de Brasília agora têm uma nova ferramenta de troca de informação e criação de conexões. A revista Nosso Meio, que lançou esta semana na capital federal sua primeira edição impressa, é uma plataforma de conteúdo especializada em negócios e apresenta o trabalho e as ações de jornalistas, publicitários, assessores e profissionais de marketing e suas ações junto às marcas e empresas.
Brasília foi escolhida para ser a primeira capital fora do Nordeste a receber uma edição impressa, não por acaso, explica o fundador do Nosso Meio, Fernando Hélio.
“A gente nasceu, a nossa essência, da comunicação. Quando a gente olha para esse nicho, é indiscutível dizer que Brasília é o mercado mais pujante, é o maior mercado quando se fala de comunicação. É aí que as decisões do nosso país são tomadas e difundidas para o restante do país, então, tem um mercado muito pujante de agências de publicidade, de assessorias de comunicação corporativa, de clientes que demandam.”
Na primeira edição, o Impresso Brasília lançou novas editorias, como ‘Mundo das Pesquisas’, ‘Reputação’ e ‘Inovação – Presente & Futuro’. Entre os profissionais de mercado que se destacam na cena brasiliense, a participação de Marcos Trindade, CEO da FSB Holding; Mariana Oliveira, secretária de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal (STF); Marcos Carvalho, da PwC Brasília, entre outros.
Na matéria de capa, André Curvello, responsável pela comunicação da CNI, apresentou sua perspectiva em relação ao mercado. O executivo falou sobre as diferenças entre a comunicação pública e a corporativa, destacando a importância da credibilidade e transparência no engajamento da sociedade e no combate à desinformação.
Já Marcos Carvalho, da PwB Brasil, destacou em sua entrevista, a importância da conciliação entre pesquisa e comunicação e do poder dos dados e insights como orientadores para empresas e governos na tomada de decisões certeiras.
Em cada lançamento de material impresso, o Nosso Meio promove um evento voltado para os profissionais da comunicação, como o que aconteceu em Brasília na última semana. Para o fundador da Nosso Meio, Fernando Hélio, o diferencial da revista está justamente no conteúdo. “Cada evento que a gente faz, além de proporcionar relacionamento, sempre você vai receber conteúdo.”
“Nosso meio é uma plataforma que caminha por duas vias, que indiscutivelmente são as duas principais vias de qualquer negócio: o conteúdo e o relacionamento”, explica Fernando.
A primeira edição da revista foi impressa um ano depois da criação do portal, em 2021. Com base em Fortaleza, Ceará, a revista já está em sua 14ª edição e circula em todos os nove estados do Nordeste do país, com publicações trimestrais e uma tiragem de 3,5 mil exemplares.
Por meio de eventos e apoio à qualificação, Nosso Meio também faz eventos de network em São Paulo e agora chega à Brasília para abrir mais um campo importante. Na capital, a primeira edição da revista teve tiragem inicial de 1,5 exemplares e terá publicações trimestrais que serão distribuídas aos comunicadores, agências e empresas voltadas para a comunicação.
Em meio à maior adversidade recente que os pais já viveu, em meados de 2020, a Nosso Meio foi criada em Fortaleza, Ceará. Inicialmente como um portal, que unia o trabalho desenvolvido por comunicadores às novidades e desafios do meio. Em um ano, o negócio expandiu e o portal virou revista impressa e hoje atinge — no meio digital e de forma física — todas as capitais do Nordeste, São Paulo capital, e agora, Brasília.
Os conteúdos e as versões digitais das edições impressas estão no site https://nossomeio.com.br.
De brincadeira despretensiosa a um negócio que hoje gera emprego e renda para diversas famílias no norte do país. É assim que a empreendedora Maria Edivângela da Silva, de Palmas (TO), descreve a trajetória da Carne de Jaca — startup tocantinense que vende produtos à base da fruta e que está prestes a entrar no mercado internacional. Confira nova matéria da série de reportagens Histórias Exportadoras, que relatam as caminhadas inspiradoras de empresários brasileiros que decidiram exportar seus produtos.
A então servidora pública e o ex-marido — inconformados com as jacas que amadureciam e acabavam virando lixo no quintal de casa — resolveram fazer daquele problema um produto.
"A Carne de Jaca surgiu como uma brincadeira. A gente tinha jaca no quintal e dava jaca para os amigos de perto, de longe, até para os inimigos, mas as jacas não acabavam. De repente, a gente percebeu que podíamos transformar as jacas que viravam lixo no nosso quintal em um produto muito bem aceito no mercado de veganos e vegetarianos", lembra.
A brincadeira virou coisa séria. Sem saber como precificar o novo produto e contando apenas com uma rede de clientes que se resumia a amigos e conhecidos, Maria Edivângela conta que buscou conhecimento sobre gestão empresarial — e aprendeu a transformar a polpa da jaca em um tipo de carne vegetal.
A startup deixou o quintal da empreendedora e agora gera emprego e renda para outros lares. "A partir da consolidação do produto no mercado, nós fomos construindo uma lista de produtores que têm jaqueiras em seus quintais. A gente gera renda para a nossa família e para as famílias no nosso entorno. Queremos ampliar mais isso, porque a gente sabe que a carne de jaca é um negócio de impacto social e ambiental", projeta.
De olho em um mercado vegetariano e vegano que cresce a cada ano, a empresária conta que conheceu o programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Participar do treinamento fez a diferença.
"O mercado lá fora cresce mais rápido. Com vistas nisso, eu conheci a Apex através de uma aceleração de negócios do Inova Amazônia, que é do Sebrae, e a partir de lá eu fiz o Peiex e fui me constituindo e criando capital intelectual que pudesse me trazer conhecimento suficiente para eu me organizar para exportar", lembra.
Depois, a empreendedora se inscreveu no Elas Exportam, programa desenvolvido pela ApexBrasil, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços, cujo objetivo é aumentar a participação de empresas lideradas por mulheres no comércio exterior.
Ela diz que a exportação deixou de ser um sonho e se tornou possível após participar das iniciativas da Apex, que ela classifica como um "divisor de águas" para a história da Carne de Jaca.
"A ideia de exportar carne de jaca veio quando a gente percebeu que tinha condições de adquirir conhecimentos por meio da Apex. Caímos de cara no estudo, na pesquisa e no desenvolvimento do produto com vistas à exportação e, assim, os nossos planos de levar Carne de Jaca para o mundo vêm se consolidando. Com todo o suporte teórico e prático da Apex, nós vimos as nossas portas se abrirem para o mercado internacional", pontua Maria Edivângela.
Presente em todas as regiões do país, o Peiex orienta os empresários que desejam exportar seus produtos. Os interessados podem entrar em contato com os respectivos núcleos operacionais da ApexBrasil em cada estado do país e assinar um termo de adesão ao programa.
O atendimento às empresas por meio do programa é gratuito. Basta ao empresário estar disposto a dedicar tempo e a investir na melhoria do seu negócio. O diagnóstico do que a empresa precisa melhorar para acessar o mercado exterior dura aproximadamente 38 horas. O empreendedor recebe um plano de exportação com orientações para internacionalizar sua marca.
Nos anos de 2023 e 2024, o Peiex atendeu 6.213 empresas. Dessas, 1086 empresas exportaram, no período, US$ 3.27 bilhões.
Para mais informações, acesse: www.apexbrasil.com.br.
Criado em junho do ano passado pela ApexBrasil, o Mulheres e Negócios Internacionais inspira, promove, qualifica, apoia e potencializa as empresas brasileiras de liderança feminina.
Entre as atividades previstas pelo programa estão ações de inteligência de mercado, capacitação, promoção comercial e atração de investimentos estrangeiros para empresas lideradas por mulheres.
Em um ano de programa, a ApexBrasil promoveu mais de 30 ações, que resultaram em um crescimento de 33,4% no número de empresas apoiadas e na chegada de mais de 70 parceiros.
Números de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, naquele ano, o Brasil tinha 14,6 milhões de Microempreendedores Individuais (MEIs). Uma categoria que enquadra empreendedores que empregam, no máximo, um funcionário, e podem atingir uma renda anual de R$ 81 mil. Regras que precisam ser mudadas, segundo o relator do PLP 108/21, deputado Darci de Matos (PSC-SC). O parlamentar diz que o projeto já está pronto para ser votado, mas encontra dificuldades para andar.
“O governo atual tem restrição por que eles entendem — o que para mim é um entendimento errado — que aumentar o teto do MEI e das microempresas traria um impacto negativo no caixa do governo. Isso não é verdade, pois quando você amplia a base, se você ampliar teto, milhões de MEIs e microempresas vão produzir mais, gerar mais empregos e arrecadar mais para o governo — é o contrário do que eles pensam.” argumenta o deputado.
O PLP 108/2021 teve origem no Senado e tratava apenas dos MEIs, mas segundo o relator, foi alterado na Câmara para beneficiar também as empresas de pequeno porte. O ponto central trazido no texto é a ampliação do teto de remuneração. A proposta é da seguinte alteração de arrecadação por ano:
Para o vice-presidente jurídico da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) Anderson Trautman, é uma luta antiga da categoria.
“É um limite que já foi estabelecido há algum tempo, não é corrigido há vários anos e com isso, com a inflação, ao longo do tempo vai reduzindo o contingente de empresas que podem aderir ao regime. Mesmo aquelas que já estão no regime mas alcançam o patamar do teto”, defende o gestor. Ele ainda ressalta a importância de se fortalecer o Simples, dada a complexidade do sistema tributário brasileiro.
Com as votações no Congresso em ritmo lento em função das eleições municipais, essa pauta deve ficar para novembro, acredita o deputado Darci de Matos.
“Passando as eleições, nós vamos retomar esse tema porque não há como falar de economia forte se você não falar em pequenos negócios. Então, é fundamental que a gente aprove esse projeto. Não vamos abrir mão disso”, afirma o deputado.
Os Pequenos e Microempreendedores Individuais (MEI) são responsáveis por 70% das vagas de emprego existentes no país — formais e informais. Além disso, 90% dos CNPJs brasileiros vêm dos pequenos e são eles que geram 30% do nosso Produto Interno Bruto (PIB).
Só em 2023, as micro e pequenas empresas abriram mais de 1,1 milhão de postos de trabalho no país, de acordo com o Sebrae. Número que representa 80% das vagas com carteira assinada que foram criadas ao longo do ano passado.
Reforma Tributária: representantes dos micro e pequenos empreendedores defendem Simples Nacional
As novas exigências para emissão de notas fiscais por microempreendedores individuais (MEIs) já estão em vigor. Com isso, além de emitir notas fiscais eletrônicas (NF-e) em todas as transações, os profissionais da categoria precisam inserir o Código de Regime Tributário (CRT 4) na NF-e e na Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e). Confira outras regras:
Outra alteração está relacionada à atualização na tabela do Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), que agora inclui novos códigos que podem ser utilizados pelos MEIs. Essa medida serve para descrever a natureza da operação registrada. O intuito da nova determinação é tornar as informações sobre operações realizadas pelos microempreendedores mais claras e específicas.
Número de MEIs no Brasil cresceu cerca de 1,5 mi em um ano
Reforma tributária: CNC defende mudanças para reduzir impactos nos setores de Comércio e Serviços
As mudanças também determinam que MEIs garantam que suas notas fiscais estejam de acordo com as novas regras. Confira alguns elementos que devem ser levados em conta ao se emitir uma NF-e ou NFC-e:
Pequenos e Microempreendedores Individuais (MEI) carregam nas costas a maior carga de empregos do país: 70% das vagas — formais e informais do Brasil — vêm dessas empresas. Além disso, são eles os responsáveis por 90% dos CNPJs brasileiros e por gerar 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Apesar disso, a Reforma Tributária –- conforme aprovada na EC 132/23 — enxerga o Simples Nacional como um benefício de renúncia fiscal e pode mudar a regra vigente.
Na luta de quem representa o setor, a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) promoveu um debate com o objetivo de encontrar caminhos para minimizar os impactos da Reforma. Para o presidente da entidade, Alfredo Cotait Neto, é absurdo o entendimento que o fisco tem sobre o Simples, encarado apenas como uma renúncia fiscal.
“É, na verdade, a maior contribuição já dada para o país. Portanto, não vamos misturar as coisas. Querem gerar receita, deixem o Simples de lado”, alertou.
O presidente da frente parlamentar do empreendedorismo na Câmara, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA) ressalta que já houve mudanças importantes no primeiro texto vindo do governo e que a luta hoje é para manter o Simples da forma mais simplificada possível, permitindo que os pequenos se mantenham na disputa.
“Com o novo sistema, de débito e crédito em cima do que foi pago no consumo, o Simples perdeu competitividade, sobretudo para aquele que está no meio da cadeia produtiva. Nós precisamos trabalhar para que isso possa ser mantido — o Simples é um sucesso e esse sucesso tem que ser garantido na Constituição.”
O parlamentar lamenta não ter conseguido o ajuste desse ponto antes da aprovação da EC 132/23 e também repudia a ideia do Simples como renúncia fiscal.
"Quanto mais empresas no Simples, mais formalidade, mais arrecadação de receitas". Para Passarinho, o trabalho de base será fortalecer o Simples para a manutenção do emprego e da renda.
Entusiasta da Reforma Tributária, o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Décio Lima, comunga do pensamento de que “nada é o pior do que o sistema atual."
O representante da maior entidade de apoio ao micro e pequeno empreendedor entende a Reforma como um marco regulatório revolucionário no processo tributário do Brasil. Apesar disso, avalia que ajustes ainda precisam ser feitos.
“Nós temos, evidentemente, alguns conflitos a serem superados, mas todos muito pequenos diante da grandeza que é concluirmos a Reforma Tributária em todo seu alcance no sistema bicameral – que se conclui no Senado Federal.”
Para Lima, o novo sistema tributário trará impactos positivos para a economia, para simplificação, trazendo crescimento e garantindo a posição do Brasil em uma economia globalizada. A mudança deve trazer ainda segurança jurídica para o empresário e impulsionamento para a pequena economia.
O Simples Nacional é um regime unificado de arrecadação de tributos voltado para microempresas e empresas de pequeno porte previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. A lei é aplicável para micro e pequenas empresas e oferece benefícios tributários e não tributários.
A adesão ao Simples Nacional é facultativa e pode ser pedida pelas empresas que fazem parte das seguintes categorias:
Entre 2008 e 2022, o número de micro e pequenas empresas (MPEs) que exportam cresceu três vezes mais do que o de médias e grandes empresas que vendem para o exterior. É o que aponta um levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Enquanto as médias e grandes empresas que exportam passaram de 6,5 mil para 11,4 mil no período — registrando aumento de 24,3% — a quantidade de MPEs que vendem seus produtos e serviços para outros países saltou de 6,5 mil para 11,4 mil, o que significa crescimento de 76,2%, aponta o estudo.
Os dados também apontam que a maior participação dos pequenos negócios brasileiros no comércio exterior cresce de forma consistente. Desde 2019, o número de MPEs que exportam registra alta média anual de 7,8%.
Em comparação aos grandes negócios, as MPEs apresentam características que tornam mais difícil sua atuação no mercado internacional, como a dificuldade em acessar mercados mais distantes.
Por isso, o suporte de entidades e instituições de apoio ao comércio exterior, como é o caso da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), tem sido fundamental para que os pequenos negócios não só consigam acessar, pela primeira vez, o mercado internacional, mas permaneçam nele com o passar dos anos.
Produtor de cachaça artesanal em Combinado (TO), o pequeno empreendedor Paulo Palmeira de Souza se prepara para exportar os destilados — produzidos pela família há mais de 30 anos.
Depois de participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), iniciativa da ApexBrasil que capacita empresários brasileiros a acessar o mercado exterior, Palmeira se inscreveu em outro programa, o Exporta Mais Brasil.
Esse programa visa conectar empreendedores brasileiros a compradores internacionais por meio de rodadas de negócios setoriais. Em maio, o produtor participou de um encontro para estreitar laços com clientes potenciais da Índia, Peru e Portugal, em Palmas (TO).
Tais capacitações fazem o empreendedor ter a certeza de que exportação não é coisa apenas para grandes empresas. "Eu acredito que a Apex vai me levar muito longe. Eu preciso de uma instituição de nome, que tem credibilidade, que sabe orientar o pequeno empreendedor. Eu sou um pequeno empreendedor na mão da Apex, na esperança de um dia poder crescer", diz.
No ano passado, o Exporta Mais Brasil promoveu 13 encontros pelo país, que atraíram 143 compradores internacionais, resultando em R$ 275 milhões em negócios gerados para 487 empresas nacionais.
Além do Peiex e do Exporta Mais Brasil, a ApexBrasil oferta uma série de programas que visam facilitar a inserção de empresas brasileiras — sobretudo micro e pequenos negócios — no comércio exterior de seus respectivos setores.
A agência também tem parceria com entidades representativas de diversos segmentos, visando a inserção de empresas nacionais no mercado internacional.
Para mais informações sobre essas iniciativas, acesse: www.apexbrasil.com.br.
HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça a trajetória de empresa do interior de SP que já exporta açaí para mais de 20 países
HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça trajetória da empresa Aleccra, do ramo de moda e vestuário, que se destacou com a moda praia em Santa Catarina
A engenheira agrônoma Renata Pignatta poderia se contentar em apenas dar continuidade à empresa fundada pelo avô, em 1950, mas decidiu que, assim como ele, daria um passo ousado. João Pignatta havia investido o pouco dinheiro que tinha na compra de uma ambulância usada e de uma pequena torrefação em Jundiaí para vender café em pó e em grãos de porta em porta. Sua ousadia foi herdada pela neta, que começou a abrir mercados para o Café Caiçara no comércio exterior.
"Meu avô se aventurou em um ramo que ele enxergou que futuramente poderia trazer algo para a família. E acho que hoje, vendo o Café Caiçara buscar novos mercados, o legado que ele quis deixar para a família está acontecendo", destaca.
Ao propor, em 2016, que a empresa passasse a exportar os tipos de café e outros produtos, Renata já sabia a quem recorrer em busca de apoio para internacionalizar o negócio. A engenheira agrônoma conhecia o suporte que a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) oferece a empreendedores nacionais que buscam se aventurar no comércio internacional.
Segundo ela, a agência não apenas orientou a empresa a se adequar às exigências dos compradores internacionais, como ajudou a atrair o interesse deles para o Café Caiçara, por meio de rodadas de negócios do programa Exporta Mais Brasil.
"A Apex representa as empresas brasileiras no mercado exterior, como um grande parceiro. Além de trazer conhecimento sobre esse setor de exportação, a Apex também traz os clientes no mercado exterior, fazendo as rodadas de negócios, para que a gente possa realmente efetuar a exportação. Eu tenho clientes que estão trabalhando com alguns produtos nossos devido a essa rodada de negócios que a Apex patrocinou", diz.
Renata afirma que, agora, já não tem mais receio de pôr em prática o desejo de exportar os produtos do Café Caiçara. "Eu espero que, como o meu avô começou sendo pioneiro em um setor que ele acreditou, eu esteja fazendo a mesma coisa que ele e sendo pioneira aqui na nossa empresa buscando um mercado novo que a gente pouco tem conhecimento, mas que a Apex vem tirando esse medo, e já tirou."
HISTÓRIAS EXPORTADORAS: amor pelo café impulsiona planos ambiciosos do Café Caiçara
Assim como outras inúmeras empresas brasileiras, o Café Caiçara participou do Exporta Mais Brasil. Trata-se de um programa da ApexBrasil que tem o objetivo de conectar empreendedores de todo o país a compradores internacionais.
Todos os anos a agência promove rodadas de negócios entre as empresas nacionais e aqueles que vêm ao país em busca de produtos e serviços ligados a setores específicos. No ano passado, a ApexBrasil realizou 13 edições do Exporta Mais Brasil. Quatrocentos e oitenta e sete negócios foram conectados a 143 compradores internacionais — o que gerou R$ 275 milhões em operações.
Em 2024, a ApexBrasil pretende realizar 14 edições do Exporta Mais Brasil. Cada região do país receberá ao menos um desses encontros.
Para mais informações sobre empresas que internacionalizam suas vendas e programas de incentivo à exportação, acesse: www.apexbrasil.com.br.
O amor pelo café foi o que motivou João Pignatta a comprar uma pequena torrefação no município de Jundiaí, interior de São Paulo, em 1950. Foi assim que surgiu o Café Caiçara. A paixão foi passada de geração em geração e, hoje, cabe à Renata Pignatta — neta do fundador — dar continuidade à trajetória de sucesso da empresa familiar, que acabou de completar 74 anos.
Nesta nova matéria de uma série de reportagens sobre histórias inspiradoras de empreendedores que decidiram exportar seus produtos, vamos mostrar como o Café Caiçara conquistou Jundiaí e região e como pretende fazer o mesmo com os amantes de café ao redor do mundo.
Quando iniciou suas atividades, o Café Caiçara oferecia apenas dois produtos: o café torrado em pó e o café torrado em grãos. Itens que permanecem como as estrelas da companhia até hoje. À medida que os anos se passavam e o aroma conquistava mais adeptos, a empresa idealizada por João Pignatta ampliava seu portfólio de cafés.
Em 1964, a empresa lançou quatro variedades de café torrado e moído: Tradicional, Extra Forte, Superior, Gourmet e Descafeinado. Mas não parou por aí, conta Renata Pignatta. "A gente atualizou o nosso portfólio, trazendo produtos novos, como a cápsula de café, o café solúvel, cappuccino, filtro de papel. A gente se tornou a empresa que é pelo nosso esforço e pelo rigoroso padrão de qualidade dos nossos produtos", acredita.
O sucesso construído ao longo das décadas foi tão grande que a empresa já não é mais apenas uma empresa. Trata-se do Grupo Caiçara Alimentos — que adquiriu outras marcas regionais de café.
Embora o Café Caiçara seja parte de sua vida desde quando era pequena, foi só em 2016 — depois de se formar engenheira agrônoma e adquirir experiência no mercado de trabalho — que Renata passou a trabalhar com o pai na empresa.
Logo ao chegar, ela propôs algo desafiador. "Eu trouxe essa ideia de a gente tentar expandir o nosso mercado para o comércio exterior", lembra.
Renata já sabia, inclusive, onde a empresa poderia encontrar suporte teórico e prático para expandir as vendas para além das fronteiras brasileiras. "Eu fiz contato com a ApexBrasil [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos]. A Apex foi super comunicativa e nos recebeu de braços abertos, nos ofereceu um programa [de treinamento] para quebrar o gelo sobre o mercado exterior", lembra.
O treinamento ao qual ela se refere é o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), iniciativa por meio da qual os empreendedores nacionais que buscam ingressar no comércio exterior recebem um plano de exportação personalizado.
O treinamento deu certo e a empresa está pronta para dar o próximo passo em suas atividades. "Depois que nós fizemos a consultoria com a Apex, eu posso dizer que o Café Caiçara tem potencial e já pratica orçamentos para o mercado exterior. A gente não tem mais receio de participar dessa venda externa", relata.
Embora já tenha 74 anos, o Café Caiçara está apenas dando os primeiros passos quando o assunto é exportação. Assim como o avô, Renata tem planos arrojados para a empresa familiar. "Somos líderes de vendas em Jundiaí e região. Vendemos mais que as empresas nacionais, e eu acho que o meu avô, enxergando o patamar que a gente está junto buscando junto a parceiros como a Apex, estaria bem feliz e grato por a gente estar crescendo e tentando levar nosso café não só para a nossa região, mas para o mundo inteiro", diz a engenheira agrônoma.
A ApexBrasil oferta uma série de programas que visam facilitar a inserção de empresas brasileiras — sobretudo micro e pequenos negócios — no mercado internacional de seus segmentos.
Um deles é o Peiex. Presente em todas as regiões do país, o programa orienta os empresários que desejam exportar seus produtos. Os interessados podem entrar em contato com os respectivos núcleos operacionais da ApexBrasil, em cada estado do país e assinar um termo de adesão ao programa.
O atendimento às empresas por meio do programa é gratuito. Basta ao empresário estar disposto a dedicar tempo e a investir na melhoria do seu negócio. O diagnóstico do que a empresa precisa melhorar para acessar o mercado exterior dura aproximadamente 38 horas. O empreendedor recebe um plano de exportação com orientações para internacionalizar sua marca.
Entre 2021 e 2023, o Peiex atendeu 5,3 mil empresas. Destas, 827 já estão exportando e faturaram, no período, US$ 3,16 bilhões.
Para mais informações sobre empresas que internacionalizam suas vendas e programas de incentivo à exportação, acesse: www.apexbrasil.com.br.
A catarinense Sara Luvison resolveu deixar um emprego estável em uma multinacional para empreender. Apesar de ser formada em comércio exterior, foi com certa naturalidade que ela decidiu que iria abrir uma empresa no ramo de moda e vestuário.
"É um sonho e um ofício de família. Minha mãe sempre costurou, então eu sempre soube fazer isso. Por mais que eu tenha estudado comércio exterior, era na área da moda que eu tinha mais facilidade em lidar, por ter crescido nesse meio. Para mim, tudo fluía mais fácil, então eu me senti mais segura em empreender nessa área", conta.
Foi assim que, há treze anos, surgiu a Aleccra. Em busca de uma identidade para a marca, Sara fabricou diferentes tipos de roupa nos primeiros anos de empresa, desde blusas femininas até vestidos de noiva. Ela, no entanto, ainda sentia falta de um nicho que pudesse dar destaque à empresa.
Moradora do litoral catarinense, ela viu na moda praia uma oportunidade de se estabelecer nesse mercado, com produtos de qualidade e sustentáveis. "Em 2017, a gente lançou os primeiros biquínis. Desde então, a gente é Aleccra Beachwear. Na moda praia, consegui minha excelência no produto", diz.
Conhecida pela moda praia, a empresária percebeu que teria dificuldades para manter a produção no mesmo ritmo durante o inverno brasileiro. Exportar para outros países, especialmente os do Hemisfério Norte, passou a ser um alvo estratégico da Aleccra.
"Para que não me falte produção, eu tenho forte essa necessidade de internacionalizar, porque a estação é trocada lá em cima. Eu posso vender, no inverno [brasileiro], o beachwear lá nos países do norte, eu consigo manter esse equilíbrio na minha empresa", revela.
Em busca da internacionalização do negócio, Sara conheceu o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). A iniciativa visa capacitar empresários brasileiros para as exportações.
Ela conta que participar do Peiex foi importante para aprender o funcionamento do comércio exterior. "Foi muito bom. Nesse treinamento, o técnico, que vinha uma vez por semana na minha empresa me treinar, me passou como que eu vejo mercado, coisas de câmbio, umas coisas que eu já conhecia devido à minha graduação. Ele me deu uma aula da parte burocrática, de como faz pra exportar, e me deu bastante confiança para eu entender que a minha empresa tem essa capacidade", lembra.
Sara Luvison conta que fez uma pesquisa de mercado e constatou que o estado da Flórida, nos Estados Unidos da América, é o mercado que ela deseja alcançar. Além disso, ela explica que a mentora dela trabalha com vendas nesse local, trazendo mais confiança para a Aleccra Beachwear.
"As pessoas, principalmente dos Estados Unidos, querem um produto com qualidade, conforto e originalidade. E é o que estamos trazendo para nossos clientes. Com o biquíni brasileiro elas se sentem bonitas e atraentes. Estamos felizes de estar proporcionando isso e conseguindo", ressalta.
Ela explica que também está procurando aprimorar o negócio, como deixar o website totalmente em inglês e alterar as políticas. Além do Peiex, Sara participa de outro Programa da ApexBrasil, o Elas Exportam, e quando concluir mais esta capacitação, a expectativa é de que tudo esteja pronto para atender os clientes do exterior.
O Elas Exportam é um programa promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A iniciativa visa conectar empresárias experientes em comércio exterior com empreendedoras que desejam iniciar as atividades de exportação, proporcionando mentorias. A proposta é que as participantes aprendam com a vivência de quem já trilhou esse caminho.
Gostou da história da Sara Luvison, da Aleccra? Fique ligado para mais matérias da série Histórias Exportadoras! São casos inspiradores de empreendedores que conquistaram o mundo com o apoio da ApexBrasil.
Para mais informações sobre o Elas Exportam, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.