ApexBrasil

12/09/2024 04:07h

Fundadora da Saboaria Rondônia, Mareilde Freire de Almeida se capacitou junto à ApexBrasil e hoje exporta cosméticos com os cheiros da Amazônia

Baixar áudio

A empreendedora Mareilde Freire de Almeida acreditava que sua empresa de cosméticos sediada em Ouro Preto do Oeste, interior de Rondônia, estava fadada a um mero alcance regional, quiçá nacional. Para a administradora, exportar era coisa "só para os grandes". 

A virada de chave da Saboaria Rondônia — empresa fundada por mulheres empreendedoras rurais — aconteceu quando Mareilde conheceu os programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a ApexBrasil

"No início, eu acreditava que a gente fosse regional, nacionalmente. O internacionalmente eu ainda confesso que carregava que seria só para os grandes. A partir desse contato com a Apex, que desmistifica que exportar também é para o pequeno, tudo se visualiza, o encantamento, aquela vontade de levar ao mundo essa transformação que a gente vem fazendo aqui na vida das pessoas", afirma. 

Após se capacitar em programas da Apex, Mareilde afirma que continuou contando com o apoio da agência para expandir os negócios da Saboaria Rondônia para fora do Brasil.

“Já começamos a participar de reuniões e a Apex sendo a intermediadora disso. Então é importante que o empreendedor já comece a estreitar esse relacionamento com a Apex desde o início para ganhar mais rápido ainda esse alcance de mercado.”

Hoje, a Saboaria Rondônia vende seus produtos fabricados a partir da biodiversidade amazônica para outros países, conta Mareilde. 

"Por meio da Apex, a gente conseguiu ganhar alguns mercados fora do Brasil. No futuro, eu vejo cada vez mais laços bem estreitos para a gente poder levar essa nossa ideia, a riqueza da nossa biodiversidade, a força da mulher empreendedora e, em especial, a rural, o que sem a Apex se torna praticamente inviável, porque a gente enquanto Saboaria Rondônia, tão somente nós, não vamos conseguir criar essas pontes e a Apex é a fonte de construção dessas pontes", acredita.

De acordo com um estudo feito pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre 2008 e 2022, o número de pequenos negócios exportadores cresceu três vezes mais do que as médias a grandes empresas exportadoras. Durante esse período, a quantidade de micro e pequenas empresas brasileiras que passaram a vender para outros países aumentou 76,2%, saltando de 6,5 mil para 11,4 mil, revela o estudo.

Soluções

A ApexBrasil oferece uma série de soluções especializadas para os empreendedores que querem dar o primeiro passo em busca de novos negócios no exterior. Entre elas está a intermediação de Rodadas de Negócios, por meio de reuniões entre compradores, distribuidores e representantes de redes internacionais com empresas brasileiras que querem internacionalizar seus produtos e serviços.

Nessas reuniões, a Apex faz o pareamento entre empresas brasileiras e compradores internacionais com maior potencial de fechar negócio, além de preparar e capacitar os participantes.

Para saber mais sobre as Rodadas de Negócios, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas e soluções da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: empresa que produz semijoias a partir da flora brasileira já vende para nove países

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: empreendedora tocantinense mostra que exportar também é possível para micro e pequenos negócios

Copiar textoCopiar o texto
11/09/2024 00:01h

Contando com a cooperação de comunidades tradicionais, empresa produz cosméticos que carregam a qualidade e os aromas inconfundíveis da região amazônica. Depois de apoio da ApexBrasil, negócio passou a vender para outros países

Baixar áudio

Um levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aponta que iniciativas voltadas à bioeconomia inclusiva podem melhorar a qualidade de vida de 750 mil famílias na Amazônia. Esse potencial impacto positivo foi um dos motivadores para a Saboaria Rondônia, localizada em Ouro Preto do Oeste, no interior do estado, buscar o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). 

Por meio do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), a empresa se capacitou para levar seus cosméticos, que capturam a essência e o aroma da região amazônica, para mercados internacionais. A Saboaria Rondônia deve seu sucesso à cooperação com comunidades indígenas e ribeirinhas, que fornecem os ingredientes essenciais para a produção de seus cosméticos de alta qualidade. 

Nesta nova matéria da série de reportagens sobre histórias inspiradoras de empreendedores brasileiros que decidiram exportar seus produtos, conheça a trajetória da administradora e pós-graduada em cosmetologia Mareilde Freire de Almeida. 

Empreendedorismo feminino

Embora seja natural de Minas Gerais, foi em Rondônia — onde vive há quase 50 anos — que ela deu início à primeira indústria de cosméticos do estado, gerenciada por mulheres rurais, ainda no ano de 2015. "Eu entendi que a riqueza da nossa biodiversidade pode ser transformada em solução. Inicialmente, eu estendi esse convite às mulheres da minha família, em especial as que estão no contexto rural", recorda. 

Os gargalos logísticos e a precariedade de acesso a serviços simples, como à internet, não impediram que a fabricação de cosméticos com a cara da Amazônia continuasse. "Nós estávamos determinadas a fazer a diferença".

Por trás de cada xampu, condicionador, creme e outros produtos de beleza há uma mensagem valiosa, diz a fundadora da Saboaria Rondônia. "A gente começou a abordar comunidades ribeirinhas e indígenas e estamos criando a nossa rede de expansão para deixar um legado, fazer com que as pessoas entendam que manter a floresta em pé pode e deve ser rentável."

Da Amazônia para o mundo

A empreendedora acreditava que exportação era coisa para empresas de grande porte, mas diz que conhecer a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) mudou essa mentalidade. 

"A Apex representa para a minha empresa a "ponte" para fazer essa travessia, porque com o know-how e a capacitação que eles conseguem te dar, a gente teve muitas oportunidades e grandes resultados", afirma Mareilde. 

Ela conta que participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) foi importante para adquirir conhecimento e experiência em mercado internacional. Tudo isso contribuiu para que a Saboaria Rondônia conquistasse mercados fora do Brasil. 

"Eu mesma me qualifiquei no Peiex e a partir dali as portas começaram a ser abertas. A gente começou a participar de eventos a convite da Apex e, com essa visibilidade e toda essa capacitação, as coisas foram acontecendo. As pessoas tomaram conhecimento da Saboaria Rondônia — e aí a gente foi tecendo essas pontes para o alcance de novos horizontes. A Apex é de suma importância", declara. 

Peiex

Presente em todas as regiões do país, o Peiex orienta os empresários que desejam exportar seus produtos. Os interessados podem entrar em contato com os respectivos núcleos operacionais da ApexBrasil em cada estado do país e assinar um termo de adesão ao programa. 

O atendimento às empresas por meio do programa é gratuito. Basta ao empresário estar disposto a dedicar tempo e a investir na melhoria do seu negócio. O diagnóstico do que a empresa precisa melhorar para acessar o mercado exterior dura aproximadamente 38 horas. O empreendedor recebe um plano de exportação com orientações para internacionalizar sua marca. 

Segundo a ApexBrasil, entre 2021 e 2023, o Peiex atendeu 5.334 empresas. Destas, 827 já estão exportando e faturaram, no período, US$ 3,16 bilhões. Para mais informações, acesse: www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: empresa que produz semijoias a partir da flora brasileira já vende para nove países

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: empreendedora tocantinense mostra que exportar também é possível para micro e pequenos negócios

Copiar textoCopiar o texto
07/09/2024 00:01h

Fundadora da empresa tecnológica Autocoat, Viviane Nogueira destaca importância de programa de qualificação da ApexBrasil para internacionalização de seu negócio

Baixar áudio

A química Viviane Nogueira se deparou com um problema ao tentar avançar com sua pesquisa de doutorado em engenharia elétrica na Universidade de São Paulo (USP). Mal sabia ela que, além de desenvolver a solução para a própria dificuldade, contribuiria com pesquisadores de outras áreas do conhecimento e encontraria uma oportunidade de negócio.

Foi durante esse processo que Viviane se deparou com o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), oferecido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que desempenharia um papel crucial em sua jornada.

"Eu trabalhava com dispositivos eletrônicos orgânicos e buscava uma técnica alternativa à técnica usualmente empregada para fazer películas finas de materiais em meio líquido. Eu desenvolvi equipamentos de sala de laboratório para resolver o problema da minha pesquisa de doutorado, mas depois eu descobri que esse meu problema era o problema de vários outros pesquisadores", conta. 

Ao criar o protótipo de um equipamento chamado blade coating, Viviane viu que outros pesquisadores ficaram interessados na novidade e que ali surgia uma oportunidade de negócio. Foi assim que, em 2020, surgiu a Autocoat — empresa de base tecnológica 100% brasileira. 

A técnica promissora consiste na deposição de soluções de materiais na forma de películas finas e tem inúmeras possibilidades de aplicação, que podem ir de medicamentos a sensores de alta tecnologia e telas de celular. A química exemplifica como o equipamento tem ajudado pesquisadores da área farmacêutica. 

"Geralmente, você toma um comprimido para dor de cabeça. Os pesquisadores estão transformando esse comprimido numa folhinha fina que você vai colocar na boca, vai dissolver e vai entrar direto na corrente sanguínea. Não vai passar pelo estômago. Vai ter um efeito mais rápido. É uma alternativa para solucionar alguns problemas. Tem pessoas que têm dificuldade de engolir comprimido. Esse é um dos exemplos de pesquisa que está sendo desenvolvida com a nossa tecnologia", ilustra. 

Limitação

Antes mesmo de a Autocoat entrar no mercado nacional, Viviane sabia que seria preciso buscar o mercado internacional, uma vez que os potenciais compradores dos equipamentos se resumiam a pesquisadores universitários ou de centros de pesquisa. "Toda oportunidade que a gente enxergava de conhecer o mercado internacional, a gente buscava participar", conta. 

Exportar passou a se tornar realidade para a empresa quando Viviane participou de uma palestra da ApexBrasil. No evento, ela conheceu o Programa de Qualificação para Exportação, o Peiex, iniciativa que prepara empreendedores brasileiros para entrarem no comércio internacional. 

"Uma fala do coordenador do programa me chamou atenção. Ele perguntou: 'Qual é o melhor momento para você participar do Peiex? Não é quando você já está certo de que o seu produto pode ganhar mercado externo. Comece bem antes, porque o processo de exportação é complexo e é bom você começar quando você ainda nem tem produto pronto'. A gente ainda não tinha entrado no mercado nacional, mas resolvi fazer a inscrição."

Segundo a empreendedora, o Peiex foi fundamental para que a Autocoat se preparasse para o mercado externo. "Esse processo de exportação parecia assim, bicho de sete cabeças. De fato, é bastante completo, mas o Peiex nos deu subsídios, nos forneceu informações, nos deixou um pouco mais preparados e seguros para entrar no mercado internacional", revela. 

A Autocoat entrou para valer no mercado nacional em 2022, mas já conseguiu exportar seus equipamentos para outros países. "Eu tenho na mente que no futuro eu vou viajar e ir para laboratórios no mundo onde vão ter nossos equipamentos, com a bandeirinha brasileira", projeta a fundadora da empresa. 

Peiex

O Peiex é uma das iniciativas da ApexBrasil para capacitar os empreendedores brasileiros a ingressarem no comércio internacional. De 2021 a 2023, o programa treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Por meio do Peiex, os empresários recebem um diagnóstico completo sobre o negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem implementadas para que a empresa esteja apta às exportações. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Sem a Apex, a minha caminhada teria sido muito mais difícil e mais longa do que efetivamente foi", conta fundador de empresa de jogos digitais

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça trajetória da empresa Aleccra, do ramo de moda e vestuário, que se destacou com a moda praia em Santa Catarina

Copiar textoCopiar o texto
05/09/2024 00:12h

Marcelo Rodrigo de Arruda se firmou no mercado interno e hoje exporta produtos para oito países

Baixar áudio

Quem vê o empreendedor Marcelo Rodrigo de Arruda com sua empresa estabelecida no mercado nacional e exportando para oito países não imagina o quão árdua foi essa trajetória. Falência, vendaval e depressão colocaram tudo a perder. Mas um fator decisivo para conquistar essa transformação foi o apoio do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Há cinco anos, o negócio familiar que, hoje, faz sucesso, estava falido. Morando em outra cidade, Marcelo Rodrigo recebeu a missão de voltar para Praia Grande, no litoral paulista, para tentar reerguer a MCA — empresa que fabrica peças de fibra de vidro, como vasos e estátuas. Ao lado da esposa e do filho, sem funcionários, Marcelo fabricava, embalava e entregava todos os produtos. 

Aos poucos, a empresa voltou a conquistar espaço no mercado, o que fez Marcelo ampliar o quadro de funcionários, chegando aos 20 colaboradores. O que ele não esperava, porém, era que depois de tanto esforço, um vendaval violento destruiria as instalações de sua fábrica. "Derrubou nossa empresa. Caiu tudo", relata. 

Tendo que recomeçar, mais uma vez, Marcelo não desistiu. Durante a pandemia da Covid-19, a MCA cresceu, passou a exportar e chegou a ter 50 funcionários. A responsabilidade de lidar com isso pesou sobre os ombros do empresário, que passou a lidar com mais um vendaval, desta vez interno. "Eu entrei em depressão pós-Covid. Não era pelos meus resultados, que eram os melhores, mas eu me senti pequeno para o tamanho da responsabilidade", conta. 

Superação

A volta por cima veio por meio do estudo. "Quando eu saio para refletir o que está acontecendo de errado, eu volto a estudar e procurar empresas que estão no mercado para me trazer conhecimento, para me alimentar do que está dando certo em outros lugares. Foi assim que eu conheci a Apex". 

Junto à ApexBrasil, o empresário descobriu que a empresa estava exportando da maneira errada, o que resultava em gastos elevados com trâmites burocráticos e pouco retorno. "A exportação era um caminho que não nos trazia resultado. Era apenas mais um agregado dentro do nosso negócio".

Após participar do Programa de Qualificação para Exportação, o Peiex, o empresário revela que passou a enxergar o comércio internacional com perspectivas positivas. "Com a chegada da Apex, a gente conseguiu olhar para a exportação como um negócio importante, que tem na divisão de camadas da nossa empresa um percentual [de participação] grande. Está em torno de 30%. A Apex vem pra tirar um negócio que a gente estava abandonando, porque não via resultado, pra ir pra um negócio que, hoje, cresce 15% ao ano", revela. 

Marcelo afirma que deixou de exportar com base na tentativa e erro e, agora, consegue ser mais assertivo nas negociações com compradores internacionais. "Conseguimos usar as ferramentas da Apex para acessar clientes em outros países", diz. 

A empresa, que há cinco anos estava quebrada, é a maior no ramo de fabricação de vasos de fibra de vidro no mercado nacional, segundo o empresário, e hoje já tem clientes em oito países. 

Peiex

O Peiex capacita representantes de empresas de todos os portes a entender o funcionamento do mercado internacional e a ajustar seus negócios para a exportação. 

Por meio do Peiex, os empresários recebem um diagnóstico completo sobre o negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem implementadas para que a empresa esteja apta às exportações. 

De 2021 a 2023, o programa treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Sem a Apex, a minha caminhada teria sido muito mais difícil e mais longa do que efetivamente foi", conta fundador de empresa de jogos digitais

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça a trajetória de empresa do interior de SP que já exporta açaí para mais de 20 países

Copiar textoCopiar o texto
04/09/2024 03:00h

Negócio surgiu sem pretensão de alcançar mercado externo, mas sucesso inesperado na Dinamarca fez empresária se capacitar junto à ApexBrasil para alcançar outros países

Baixar áudio

Quando fundou a Amarjon Biojoias, a empreendedora de Juiz de Fora (MG) Isabel Ribeiro não vislumbrava o mercado internacional. A empresa que fabrica semijoias a partir de elementos da natureza, como folhas, flores e sementes, só tinha olhos para o Brasil. 

A dificuldade de encontrar público internamente, no entanto, contrastava com o sucesso que os produtos faziam do outro lado do Atlântico, mais precisamente na Dinamarca, onde um cliente revendia os itens da loja.  

Isso fez com que a empresária passasse a considerar as exportações. "Nós vimos o quanto o nosso produto estava valorizado lá fora. Isso despertou em nós o desejo de expandirmos para outros países", lembra. 

Foi então que Isabel conheceu a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). 

"Me indicaram a Apex para que nós pudéssemos adquirir conhecimentos para fazer a exportação de uma maneira melhor e, também, não ficar apenas com o cliente [da Dinamarca], mas expandirmos para outros clientes e outros países", conta. 

A Amarjon Biojoias participou de duas das mais importantes iniciativas da agência: o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) e o Elas Exportam. 

"À medida que a gente teve as capacitações da Apex, nós percebemos que precisávamos olhar não só o produto, mas a marca como um todo: entender o mercado externo, a cultura de cada país, ver como nós poderíamos nos adequar, qual linguagem precisaríamos ter para podermos ter boa aceitação lá fora. Também foi importante entendermos que nós temos que ter um diferencial. Não basta querer exportar", ressalta. 

O objetivo do programa Elas Exportam é aumentar a participação de empresas brasileiras lideradas por mulheres no comércio exterior. Segundo Isabel, participar dessa experiência serviu para impulsionar ainda mais a Amarjon.

"Nós temos aprendido muito com outras mulheres por meio dessas capacitações, das trocas de experiências também. Tudo isso tem agregado bastante."

Sucesso

A Amarjon Biojoias já exporta para nove países, entre eles Estados Unidos, França e Japão. Recentemente, a empresa fechou um acordo com investidores da Turquia para a abertura de uma loja em Istambul. Será a primeira loja internacional da marca, que já conta com três pontos de venda no Brasil. 

Cada passo até o sucesso da empresa foi bastante planejado, característica da qual Isabel não pretende abrir mão. "Muitos empresários querem investir abrindo uma loja Amarjon, querendo que nós tenhamos o modelo de negócio de franquia, mas nós estamos nos estruturando para que esse novo degrau seja alcançado com segurança", avisa. 

Elas Exportam

Um estudo da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em 2023, constatou que 14% das empresas exportadoras brasileiras possuem preponderância feminina em seus quadros societários. 

Em parceria com o MDIC, a ApexBrasil lançou o Elas Exportam. O programa oferece mentorias individuais, oficinas e seminários para auxiliar no desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para a atividade exportadora. 

Para mais informações sobre o Elas Exportam, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: artesanato feito a partir do capim-dourado leva produtos da Yetu Biojoias para Portugal

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "O que começou como um hobby virou meu mundo de cabeça para baixo", diz designer de joias que ganhou 13 prêmios internacionais

Copiar textoCopiar o texto
03/09/2024 11:15h

Empreendedora decidiu fabricar anéis, brincos e outros acessórios a partir de folhas, flores e sementes naturais. Com apoio da ApexBrasil, já está presente nos EUA, França, Japão e outros sete países

Baixar áudio

A empreendedora Isabel Ribeiro apostou na diversidade da flora brasileira para mudar a história do próprio negócio, em 2008. Em busca de um produto que pudesse destacar a empresa no mercado de semijoias, ela passou a fabricar acessórios tendo como base uma folha encontrada no Cerrado, em vez dos tradicionais metais. Assim nasceu a Amarjon Biojoias, em Juiz de Fora (MG).

"O início foi bem difícil, porque a biojoia é desconhecida no mercado e o processo produtivo por ser muito artesanal, acaba se tornando de alto valor. Foi difícil entrarmos no mercado, encontrarmos o cliente certo que valorizasse essa produção. Primeiro, começamos banhando apenas uma folha, que era uma folha extraída do Cerrado brasileiro, e aos poucos fomos aumentando com diversas espécies da flora brasileira", conta. 

À medida que a equipe percebia ter a técnica necessária para transformar mais elementos da natureza em semijoias, a empresa aumentava o número de espécies a serem banhadas a ouro. Folhas, flores e até sementes naturais passaram a servir de base para anéis, braceletes, brincos, colares, pingentes e pulseiras. 

Com o passar dos anos, a proposta inovadora e com pegada sustentável passou a atrair cada vez mais clientes no mercado nacional, o que fez a equipe saltar de três para 15 funcionários, aumentando a capacidade produtiva para três mil peças mensais. 

Se no Brasil Isabel teve que vencer uma resistência inicial quanto às biojoias, no exterior a recepção foi diferente. "Um cliente da Dinamarca iniciou de forma pequena e conseguiu atrair investidores para o negócio. Nós vimos o quanto o nosso produto estava valorizado lá fora. Isso despertou em nós o desejo de expandirmos para outros países", revela. 

Processo de internacionalização

Em busca de novos mercados no exterior, a empreendedora conheceu o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O Peiex tem o objetivo de preparar empresas brasileiras para atuarem no comércio global. 

Ela afirma que participar da iniciativa lhe ajudou a entender o comércio internacional com mais propriedade. "Não basta você querer exportar. O que que você apresenta? Quais os diferenciais competitivos que a tua empresa tem para oferecer que vão atrair o mercado externo? Tudo isso vai sendo construído à medida que a gente vai participando de todas as capacitações, de todos os eventos que nos são oferecidos. Isso nos deu suporte para termos uma visão melhor do mercado externo e uma visão melhor da nossa própria empresa, dos processos internos que precisavam ser aperfeiçoados para nós termos uma estrutura melhor e fazermos boas exportações e boas negociações também", explica. 

A parceria com a ApexBrasil deu tão certo que a Amarjon Biojoias já exporta para nove países, entre eles Estados Unidos, França e Japão. Recentemente, a empresa fechou um acordo com investidores da Turquia para a abertura de uma loja com biojoias em Istambul. Será a primeira loja internacional da marca, que já conta com três estabelecimentos no Brasil. 

Isabel diz que a capacitação obtida por meio do Peiex foi fundamental para o crescimento da empresa. "Sem a Apex nós não estaríamos onde estamos. Aconselho a todas as empresas que têm o desejo de expandir no mercado internacional que procurem a Apex. Isso vai agregar e trazer bons resultados", recomenda. 

Peiex

O Peiex é um programa de capacitação oferecido pela ApexBrasil para empresas brasileiras que estão começando o processo de exportação. Por meio de parcerias com instituições de ensino de todo o país, empresários de todos os portes aprendem sobre o funcionamento do mercado internacional e são capazes de ajustar seus negócios para a exportação. 
De 2021 a 2023, o programa já treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: artesanato feito a partir do capim-dourado leva produtos da Yetu Biojoias para Portugal

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "O que começou como um hobby virou meu mundo de cabeça para baixo", diz designer de joias que ganhou 13 prêmios internacionais

Copiar textoCopiar o texto
29/08/2024 03:00h

Fundadora da Yetu Biojoias, Maria Tereza Castro vende artesanato de capim-dourado para loja em Portugal

Baixar áudio

Formada em relações internacionais, a tocantinense Maria Tereza Castro foi consultora técnica da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Acostumada a capacitar micro e pequenos empreendedores para o comércio internacional, ela conta que uma das queixas que mais escutava deles era: 'exportar é algo para os grandes [negócios], está fora da minha realidade'. 

Não satisfeita em incentivar e qualificar os empresários para vencerem o medo de exportar, Maria Tereza viu uma oportunidade de mostrar que, independentemente de tempo, recurso ou porte, um pequeno negócio pode, sim, vender seus produtos para outros países. "Eu peguei isso como um desafio. Falei: 'vou criar uma empresa do zero e eu vou exportar com menos de um ano'", lembra. 

Assim surgiu a Yetu Biojoias, em junho do ano passado. A empresa vende brincos, colares e outras joias feitas de capim-dourado, uma planta de flor branca cuja haste dourada reluzente nasce no cerrado do Tocantins. 

Por dois anos, Maria Tereza capacitou empreendedores para o mercado externo por meio do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), mas, agora, a empreendedora estava do outro lado da história. 

"Eu fiz o curso, mas não como técnica e, sim, como empresária, para obter a certificação [do Peiex], porque quando você obtém a certificação, você pode participar de feiras, rodadas de negócio", explica. 

Quando ainda participava do Peiex e estruturava a empresa para iniciar as exportações, a empreendedora participou de um evento, na Bahia, que contava com a presença da atriz hollywoodiana Viola Davis, que já ganhou um Oscar de melhor atriz coadjuvante. 

A empresária viu uma oportunidade de entregar um colar de capim-dourado para a atriz norte-americana, que não só gostou do presente, como publicou uma foto nas redes sociais usando a biojoia. "Ela repostou essa foto [que tirou com meu amigo] e ele me marcou. Aí eu já ganhei uma certa visibilidade", conta. 

De Tocantins para o mundo

Em novembro do ano passado, durante um evento do programa Mulheres e Negócios Internacionais, promovido pela Apex, Maria Tereza viu como, além da capacitação, a rede de contatos fornecida pela agência pode ser a porta de entrada para as exportações. A empreendedora fechou parceria com a Casa Brasiliana, em Portugal, para exportar suas biojoias para o país europeu. 

"Em janeiro, eu encaminhei pequenas remessas por courier, de até mil dólares ou mil euros de valor total, e depois encaminhei outras peças por um programa dos Correios, para a Casa Brasiliana, em Portugal. Em fevereiro, a gente já começou a expor na Casa Brasiliana e eles funcionam como uma espécie de vitrine, que tira 30%, e o restante fica pra mim", conta. 

Menos de sete meses depois de fundar a Yetu Biojoias, a empresária mostrou que, com o parceiro certo, é possível acessar o mercado internacional. 

"A meta de um ano que eu estabeleci era mais para mostrar a eles que era possível, não que de fato você vai exportar em um ano. Comigo aconteceu dessa forma", pontua. 

Mulheres e Negócios Internacionais

Criado em junho de 2023, o programa Mulheres e Negócios Internacionais é uma iniciativa da ApexBrasil com o objetivo de promover, qualificar, apoiar e potencializar as exportações de empresas lideradas por mulheres, por meio de cursos, rodadas de negócios e outras ações.

Desde o início do programa, já foram realizadas mais de 30 ações, com mais de 70 parceiros, resultando no crescimento de 33,4% no número de empresas apoiadas.

Para mais informações sobre o programa Mulheres e Negócios Internacionais, clique aqui. Para conhecer outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Sem a Apex, a minha caminhada teria sido muito mais difícil e mais longa do que efetivamente foi", conta fundador de empresa de jogos digitais

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: em pouco tempo, empreendedor transforma hobby por chocolate em negócio exportador

Número de MPEs que exportam cresceu três vezes mais do que o de grandes negócios, entre 2008 e 2022

Copiar textoCopiar o texto
28/08/2024 03:00h

Fundadora da empresa, Maria Tereza Castro conta que treinamento e rede de contatos da ApexBrasil foi determinante para que ela concluísse a primeira venda para o exterior

Baixar áudio

Uma planta com pequenas flores brancas se destaca por suas reluzentes hastes douradas, no cerrado tocantinense. O capim-dourado é parte da cultura das mulheres quilombolas da região do Jalapão e, também, matéria-prima para a confecção de artesanato, como bolsas, brincos e chapéus. 

Peças feitas a partir do "ouro do Cerrado" já conquistaram seu espaço em lojas no Brasil e até mesmo no exterior, mas a jovem empresária Maria Tereza Castro queria ir além quando fundou a Yetu Biojoias, que fabrica joias a partir do capim-dourado. 

Yetu, no idioma iorubá, significa "ancestralidade", história que a empreendedora quer contar por meio do próprio negócio. 

"Eu percebi que existe a exportação desse produto, só que indireta. As pessoas vêm aqui no estado, compram as peças de capim-dourado e revendem. Elas não contam a história do produto. Esse capim não é plantado, ele tem que ser colhido, ele nasce naturalmente no Jalapão. Tem a época certa da colheita. As mulheres quilombolas que fazem as peças de capim-dourado. O diferencial que eu pensei foi criar uma empresa e contar essa história", diz. 

A Yetu Biojoias nasceu em junho de 2023, na capital do estado, Palmas. O negócio foi projetado, desde o início, para a exportação. Formada em relações internacionais pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), Maria Tereza já sabia a quem recorrer para encurtar o caminho de entrada no comércio exterior. 

Tendo trabalhado como voluntária e depois como técnica na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), ajudando empresários a exportarem pela primeira vez, a jovem agora estava do outro lado, buscando se qualificar para o comércio internacional. 

Ela se inscreveu no Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) e confirmou, na própria pele, o que já havia garantido a outros empreendedores: a iniciativa faz mesmo a diferença. 

"Além desse network, contatos e pontes que a Apex faz, porque é um órgão já estabelecido no Brasil e no mundo — a Apex tem vários escritórios no exterior —, eles prestam muito bem esse auxílio para pessoas que não têm nenhuma experiência ou falam: 'ah, eu quero exportar, mas eu não sei como exportar'. Tem o Peiex para fazer isso", afirma. 

Em um evento promovido pela Apex, apenas alguns meses depois da Yetu Biojoias surgir, Maria entendeu como a rede de contatos da agência é um diferencial para os pequenos empreendedores. 

"Em uma rodada de negócios em São Paulo, eu conheci o Maurício, que é um dos gerentes da Casa Brasiliana, que é uma loja colaborativa que tem em Lisboa, em Portugal, e aí no evento ele me falou: 'me manda o catálogo, que a gente não tem peça de capim- dourado'. Eu mandei o catálogo, a gente conversou e, em janeiro, eu mandei as primeiras peças para a Brasiliana. Eles vão revender as minhas peças", conta. 

Peiex

O Peiex tem como objetivo qualificar os empreendedores brasileiros para inserirem suas empresas no comércio internacional. O programa é implementado em todas as regiões do país por meio de parcerias da ApexBrasil com instituições de ensino ou federações de indústria. 

Elas constituem os chamados núcleos operacionais do Peiex. Por meio do núcleo operacional, o empreendedor recebe um diagnóstico sobre o seu negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem adotadas até que ele se torne apto às exportações. A participação é gratuita. 

Desde 2021 até 2023, 827 das 5.334 companhias que passaram pelas mãos do programa já começaram a exportar, o que lhes rendeu, ao todo, US$ 3,16 bilhões de dólares. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Sem a Apex, a minha caminhada teria sido muito mais difícil e mais longa do que efetivamente foi", conta fundador de empresa de jogos digitais

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça trajetória da empresa Aleccra, do ramo de moda e vestuário, que se destacou com a moda praia em Santa Catarina

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça a trajetória de empresa do interior de SP que já exporta açaí para mais de 20 países

Copiar textoCopiar o texto
26/08/2024 03:00h

Larissa Moraes deixou a carreira de advocacia para apostar na produção de alta joalheria. Com apoio da Apex, ela já viu suas joias no tapete do Oscar, do Emmy e em lojas no exterior

Baixar áudio

Sem formação em administração nem experiência como empreendedora, a designer de jóias Larissa Moraes se viu em apuros quando potenciais clientes internacionais bateram à porta em busca de suas premiadas jóias. 

"Eu comecei a receber e-mails de pessoas super importantes querendo trabalhar comigo. Eu não me preparei para esse momento. Eu não sabia como fazer exportação", lembra.

Por indicação de uma amiga, Larissa conheceu a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) — que possui diversos programas de apoio a empreendedores brasileiros que desejam vender seus produtos para outros países, como o Programa de Qualificação para Exportação. 

O suporte dado pela agência foi fundamental para que a empreendedora desse conta da demanda crescente. "Tenho certeza de que eu não teria conseguido sem a ajuda da Apex. Eu estava me sentindo órfã, porque não tinha a quem recorrer. Eu fiz o Peiex e a Renata [técnica da Apex] me deu o telefone dela, me pegou na mão. Foi uma coisa impressionante", pontua. 

Hoje, a empreendedora tem parceria com lojas da Europa e dos Estados Unidos e, agora, ela se prepara para lançar uma nova coleção de joias, com o apoio da agência. 

"A gente já começou a trabalhar a segunda coleção. A Apex está proporcionando isso. Ela vai colocar a gente para conversar com lojistas muito importantes e temos chance de vender nessas lojas. Isso é fantástico."

Trajetória surpreendente 

Quando ainda era advogada, Larissa tinha o hobby de desenhar, até que um desses desenhos — que esboçava uma coleção de jóias — abriu um novo mercado à sua frente.

"Eu fui produzindo aos poucos e me chamaram para uma feira de joalheria e outra feira de design. Eu levei um susto quando eles me procuraram, porque eu não tinha nenhuma formação. Era uma brincadeira", afirma. 

Depois de se inscrever e vencer um dos prêmios mais importantes da joalheria internacional, Larissa abandonou a carreira e resolveu apostar na produção de jóias de alto padrão, mesmo com poucos recursos. A aposta não poderia ter dado mais certo. 

A designer não só conseguiu vender as joias que ela própria desenha para o exterior, como alcançou clientes impensáveis. "Várias celebridades já usaram minhas joias. Usaram um brinco meu no Oscar do ano passado. No Emmy de 2022, eu fiquei na lista das melhores joias do tapete vermelho. Essa história é muito incrível. Se não tivesse acontecido comigo, eu acho que não acreditaria", conta. 

Peiex

O Peiex tem como objetivo qualificar os empreendedores brasileiros para inserirem suas empresas no comércio internacional. O programa é implementado em todas as regiões do país por meio de parcerias da ApexBrasil com instituições de ensino ou federações de indústria. 

Eles constituem os chamados núcleos operacionais do Peiex. Por meio do núcleo operacional, o empreendedor recebe um diagnóstico sobre o seu negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem adotadas até que ele se torne apto às exportações. A participação é gratuita. 

Desde 2021 até 2023, 827 das 5.334 companhias que passaram pelas mãos do programa já começaram a exportar, o que lhes rendeu, ao todo, US$ 3,16 bilhões de dólares. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Sem a Apex, a minha caminhada teria sido muito mais difícil e mais longa do que efetivamente foi", conta fundador de empresa de jogos digitais

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça trajetória da empresa Aleccra, do ramo de moda e vestuário, que se destacou com a moda praia em Santa Catarina

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça a trajetória de empresa do interior de SP que já exporta açaí para mais de 20 países

Copiar textoCopiar o texto
24/08/2024 03:00h

Confira a trajetória da advogada que desenhava para relaxar e, de repente, passou a exportar joias de alto padrão

Baixar áudio

Formada em Direito, Larissa Moraes já não sentia mais prazer na advocacia. Para aliviar a tensão do trabalho, recorria ao hobby de desenhar quando chegava em casa. Mal sabia ela que de um desses momentos de relaxamento viria uma obra que mudaria sua vida para sempre. 

"Desenhei uma coleção de jóias e guardei na gaveta. Não tinha pretensão com ela. Alguém falou: 'coloca no Instagram'. Fui produzindo [as jóias] aos poucos, até que uma designer de Brasília viu os meus desenhos e perguntou se eu sabia que estava desenhando alta joalheria", lembra Larissa. 

Vendo que ali se apresentava uma oportunidade de empreender, Larissa deixou o emprego e gastou todas as economias para fabricar as jóias que havia desenhado. "A coleção ficou pronta em janeiro de 2020. O evento ia ser em abril, mas a pandemia chegou em março", conta. 

Desempregada e sem saber o que fazer com o monte de jóias que havia produzido para vender, Larissa recebeu de uma amiga a sugestão para se inscrever em alguns concursos. "Eu achei ótimo. Na minha cabeça, eu ia me inscrever só para colocar: 'participou do concurso tal'. Procurei os dez melhores concursos de jóias do mundo e alguns estavam com inscrições abertas", diz. 

Mais uma vez, um ato pouco pretensioso da advogada trouxe uma reviravolta surpreendente, daquelas que só se veem nas telas de cinema. 

"O que começou como um hobby virou meu mundo de cabeça para baixo. Com essa coleção de joias, eu consegui 13 prêmios internacionais. No prêmio mais importante, eu ganhei o ouro, a prata e o bronze. No concurso de pérolas nos Estados Unidos, eu fui a escolha do presidente, que é o máximo que você pode ter. Eu fui publicada na Forbes duas vezes e uma revista de referência de joalheria fez uma matéria sobre mim. Eu fui publicada em 20 países diferentes. Foram mais de 200 publicações, sem dinheiro para marketing, nunca paguei um tráfego. É uma história de cinema e eu estou estrelando. Acho isso fantástico", celebra.  

Apoio determinante

A ascensão meteórica da designer de joias brasileira passou a chamar a atenção de grandes marcas do exterior, que a procuravam em busca de parcerias. Mas, sem conhecimento sobre comércio internacional e com poucos recursos para atender a demanda crescente, ela resolveu pedir ajuda. "Eu estava presa em casa, sem saber o que fazer, mas uma amiga do design falou: 'o Peiex pode te orientar nisso'," recorda. 

Larissa se inscreveu no Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) — iniciativa que capacita empreendedores nacionais a vender seus produtos para outros países. 

"Imagina você começando uma empresa, vivendo tudo isso, você precisa de apoio. É muito difícil seguir sozinho. Eu não paguei nada pelo Peiex. Me pegaram pela mão, me ajudaram. Eu sinto muita gratidão pela Apex", afirma. 

Em seguida, a designer participou do Programa Mulheres e Negócios Internacionais, iniciativa da agência que oferece mentoria para que empresas lideradas por mulheres conquistem seu espaço no comércio exterior. 

"A gente tem muitas aulas, palestras e material de conhecimento. Eu estou fazendo a minha parte e estudando para transformar a Larissa Moraes Jewelry na Cartier brasileira. Eu vou chegar lá", projeta. 

Desde que participou dos programas da Apex, Larissa assinou contrato com duas lojas no exterior para vender seus produtos, sendo uma na Europa e outra nos Estados Unidos. Agora, ela desenha uma segunda coleção que, com o apoio da agência brasileira, será apresentada para lojistas importantes. 

Mulheres e Negócios Internacionais

Idealizado pela Apex em junho de 2023, o programa tem como objetivo fazer com que as empresas de liderança feminina comecem a exportar ou exportem ainda mais, por meio de cursos, rodadas de negócios e outras oportunidades. 

Em um ano de iniciativa, a ApexBrasil promoveu mais de 30 ações, que resultaram em um crescimento de 33,4% no número de empresas apoiadas e na chegada de mais de 70 parceiros. 

Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br. 

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Sem a Apex, a minha caminhada teria sido muito mais difícil e mais longa do que efetivamente foi", conta fundador de empresa de jogos digitais

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça trajetória da empresa Aleccra, do ramo de moda e vestuário, que se destacou com a moda praia em Santa Catarina

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça a trajetória de empresa do interior de SP que já exporta açaí para mais de 20 países

Copiar textoCopiar o texto