importação

05/11/2025 04:55h

O programa pretende atender 350 empresas das duas regiões do estado

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Empresas de São Paulo que desejam começar a exportar ou avançar na internacionalização passaram a ter mais uma oportunidade para progredir. Isso porque a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou, recentemente, o novo núcleo do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) voltado às regiões do ABC Paulista e da Baixada Santista.

O evento de lançamento foi realizado no último dia 31 de outubro, na Escola SENAI Armando de Arruda Pereira, em São Caetano do Sul (SP). Entre outras questões, a iniciativa visa a ampliar a capilaridade do PEIEX no estado de São Paulo e levar a cultura exportadora a mais regiões industriais do país. A ação foi desenvolvida em parceria com o Sebrae-SP e a Faculdade Sebrae.

Em uma primeira etapa, o programa pretende atender 350 empresas do ABC Paulista e da Baixada Santista. A criação do novo núcleo integrao objetivo de chegar a 2.425 empresas qualificadas no estado de São Paulo até 2027. Os investimentos devem chegar a R$ 21 milhões.

Na avaliação do diretor de Gestão Corporativa da ApexBrasil, Floriano Pesaro, o Brasil vive um bom momento econômico e, por meio do PEIEX, o setor privado tem acesso a novas possibilidades de internacionalização, aumento da produtividade e ganhos de competitividade. Para ele, trata-se de uma oportunidade para os pequenos negócios evoluírem dentro e fora do Brasil.

"Um país que exporta tem melhores empregos. É um país que tem renda mais alta, que ocupa um espaço no mercado global, produzindo mais e produtos de melhor qualidade. Nós sempre achamos que exportar era coisa para grande, mas isso não é verdade. Pequenos negócios conseguem exportar produtos de altíssima qualidade, com um valor agregado altíssimo e, com isso, desenvolvem o país", destaca.

Importância das MPEs na pauta exportadora

A cerimônia também contou com a presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Na ocasião, ele reforçou a importância de estimular as micro e pequenas empresas a participarem do comércio internacional.

“A missão é fazer mais empresas exportarem. O PEIEX está voltado ao ABC Paulista e à Baixada Santista, então vamos procurar estimular ainda mais a exportação”, pontua Alckmin.

“Para impulsionar as pequenas empresas, o presidente Lula lançou o Acredita Exportação, que garante um crédito de 3,1% do valor exportado às micro e pequenas empresas — um incentivo antecipado que melhora a competitividade e apoia quem está começando a exportar. O PEIEX é justamente o primeiro passo dessa jornada: capacitar e preparar as empresas para conquistar novos mercados”, complementa.

Atendimento personalizado e sem custo

Segundo a gerente de Competitividade da ApexBrasil, Clarissa Furtado, no PEIEX, cada empresa é atendida de forma personalizada por um técnico de comércio exterior, e que não há custo para participar do programa.

“São 38 tópicos trabalhados, que vão desde como elaborar um contrato internacional, lidar com logística e encontrar clientes até o planejamento estratégico completo da exportação. É um processo de aprendizado estruturado para que as empresas exportem de forma sustentável”, afirma.

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O evento também contou com a presença do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França; do especialista da Gerência de Inteligência de Mercado da ApexBrasil, Rodrigo Wutke; de representantes do Sebrae-SP, da Faculdade Sebrae, de prefeituras locais e de empresas participantes do programa, entre outros nomes.

PEIEX

O Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) foi criado em 2004 com o intuito de oferecer capacitação gratuita e personalizada para empresas que pretendem iniciar ou aprimorar suas exportações.

Até o momento, a iniciativa já qualificou mais de 30 mil empresas do Brasil. Juntas, essas companhias foram responsáveis pela exportação de aproximadamente US$ 3,6 bilhões, entre 2017 e 2023. Somente em São Paulo, o programa já beneficiou 3,9 mil empresas, desde 2010.
 

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29/10/2025 19:00h

Levantamento encomendado pela CNI também revela que frete caro e demora nas entregas desmotivam compras em lojas digitais com produtos de outros países

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O número de consumidores que desistiram de comprar em sites internacionais devido ao custo com o Imposto de Importação aumentou de 13% para 38%. Além disso, a desistência por causa da chamada “taxa das blusinhas” levou à elevação de 22% para 32% a quantidade de pessoas que foram atrás de um produto similar com entrega nacional.

Os dados constam na pesquisa Retratos do Brasil, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) à Nexus. O levantamento, divulgado na segunda-feira (27), compara dados sobre hábitos de consumo da população em maio de 2024 com outubro de 2025.

Na avaliação do superintendente de Economia da CNI, Márcio Guerra, o impacto da taxação das importações de até US$50 é positivo para o setor produtivo brasileiro, já que busca equilibrar a competitividade entre empresas do Brasil e as instaladas em outros países.

“Esse era o objetivo da taxação, trazer um pouco mais de igualdade em relação aos preços, trazer essa condição que é desigual quando a gente olha a produção de produtos fora do Brasil e dentro do Brasil. Então, o resultado foi positivo para a indústria brasileira, trazendo uma reflexão sobre essa condição de igualdade e o impacto sobre o consumo”, considera.

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Ainda segundo Guerra, esse avanço também pode representar uma evolução no combate à falsificação, levando em conta que não há muito controle sobre a qualidade dos itens adquiridos no mercado virtual, que vêm de outros países.

“A indústria brasileira acaba competindo com, às vezes, produtos de baixa qualidade e muitas vezes até falsificações que contribuem com a questão do mercado ilegal. E isso não é salutar, para comparar produtos de alta qualidade com o produto da indústria brasileira”, afirma.  

A pesquisa também mostra que a quantidade de pessoas que procuraram um produto semelhante em loja física subiu de 13% para 14%. Já o número de consumidores que buscaram itens similares em outro site ou aplicativo internacional aumentou de 6% para 11%. A desistência definitiva foi reduzida de 58% para 42%.

O advogado tributarista Renato Gomes explica que, normalmente, um vendedor estrangeiro não paga imposto no país de origem quando faz uma exportação. Com isso, se não houver uma taxação para esse item chegar ao Brasil, a indústria nacional vai ficar enfraquecida. Diante desse caso, ele acha favorável que haja um equilíbrio para, assim, os empresários brasileiros também contribuírem para o fortalecimento do Produto Interno Bruto do Brasil (PIB).

“Não é justo que eu tenha um produto chegando no Brasil que não paga o tributo na origem e não paga tributo aqui no Brasil, e tá competindo com uma empresa que tem uma carga tributária alta aqui no Brasil para colocar os seus produtos à disposição. Essa competição injusta precisa ter um equilíbrio, um mecanismo que viabilize e privilegie a indústria nacional, porque essa indústria que está gerando riqueza aqui no Brasil, que vai gerar empregos e vai gerar renda para as pessoas que, com essa renda, vão comprar produtos também aqui no Brasil”, destaca.

Em relação à desistência das compras por causa do imposto, o cenário por grupos entrevistados ficou da seguinte forma:

  • 51% entre as pessoas com ensino superior;
  • 46% entre aqueles com 16 e 24 anos ou 25 a 40 anos;
  • 45% entre os que ganham mais de cinco salários-mínimos;
  • 42% entre os que vivem na Região Nordeste.

 ICMS é considerado barreira para importações

O resultado da pesquisa também aponta que houve um salto de 32% para 36% na quantidade de pessoas que deixaram de importar devido ao custo com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Nesse caso, o total de desistência chega a 48% quando se trata de consumidores com ensino superior. Já os mais jovens representam 45%. Os que ganham mais de cinco salários-mínimos respondem 41% - mesma porcentagem em relação aos que vivem na Região Nordeste do país.

Entre aqueles que abandonaram uma compra internacional por causa do custo do ICMS, o quadro é o seguinte:

  • Aumentou de 26% para 34% o percentual daqueles que procuraram um similar com entrega nacional;
  • Caiu de 17% para 14% o total dos que buscaram um similar em loja física;
  • Cresceu de 5% para 9% o percentual dos que procuraram comprar um similar de outro site ou aplicativo de varejo internacional;
  • Caiu de 51% para 41% o percentual dos que desistiram definitivamente do item.

Importações são comprometidas por frete caro e demora no prazo de entrega

O preço do frete internacional e o prazo de entrega demorado também foram apontados como motivos para que boa parte dos consumidores desistisse de fazer compras internacionais no último ano.

Pelo que revela o levantamento, 45% das pessoas abandonaram pedidos ao saberem do valor do frete. Trata-se de um avanço de 5 p.p na comparação com o resultado obtido na pesquisa realizada em maio de 2024.

Outros 32% deixaram de fazer as compras em plataformas internacionais ao verem o prazo de entrega do produto. No quinto mês do ano passado, o percentual era de 34%. A desistência aumenta para 43% entre os consumidores com ensino superior; 40% entre as pessoas de 25 a 40 anos; 39% entre os que ganham mais de cinco salários-mínimos; e 36% entre os moradores da Região Sul.

Importação para uso pessoal

O levantamento também questionou a finalidade das compras importadas. Quanto a esse ponto, três em cada quatro entrevistados, ou seja, 75%, afirmaram que todos os itens foram para uso pessoal. Porém, esse número aumenta a depender do perfil do consumidor:

  • 90% entre os cidadãos com mais de 60 anos;
  • 84% entre os moradores do Norte/Centro-Oeste;
  • 82% entre os que ganham de um a dois salários-mínimos;
  • 81% entre as mulheres e aqueles com ensino fundamental completo.

Por outro lado, apenas 10% dos entrevistados compraram todos os itens para uso no trabalho, percentual maior entre os moradores da Região Sul (19%); pessoas que ganham mais de cinco salários-mínimos ou que têm entre 25 e 40 anos (15%); homens (14%) e cidadãos com ensino superior (12%).

Somente 2% dos consumidores adquiriram itens importados com intenção de revender os produtos.

A pesquisa

Para chegar aos resultados, a Nexus entrevistou 2.008 pessoas com idade a partir de 16 anos, em todas as Unidades da Federação do país. A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 15 de outubro de 2025.

A margem de erro da amostra é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. A amostra é controlada a partir de quotas de sexo, idade, PEA (População Economicamente Ativa), região e condição do município.
 

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18/10/2025 04:45h

O comércio bilateral entre os dois países alcançou mais de US$ 12 bi, em 2024, com destaque para exportações brasileiras de açúcar, petróleo bruto, óleos vegetais e algodão

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As relações econômicas entre Brasil e Índia se encontram em um ciclo virtuoso. Representantes dos dois países se reuniram em Nova Délhi, a capital indiana, nesta quinta (16) e sexta-feira (17), para tratar do comércio bilateral entre as duas nações, durante o Diálogo Empresarial Índia-Brasil 2025.

O evento foi organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federation of Indian Chambers of Commerce and Industry (FICCI).

A iniciativa faz parte da missão institucional e empresarial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Segundo o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, os dois países compartilham uma visão comum de desenvolvimento sustentável e inclusivo. “Este diálogo é essencial para ampliar investimentos, fortalecer a integração produtiva e consolidar novas oportunidades entre nossos países”, disse.

Para a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza, as conversas foram positivas e apontam para uma aproximação mais sólida entre os dois países, inclusive com expansão de setores beneficiados por possíveis acordos.

“O grande tom do seminário é que existe uma complementaridade muito grande entre Índia e Brasil e uma vontade muito grande de estabelecer uma nova etapa do nosso relacionamento, em que o pragmatismo seja a grande marca”, pontuou.

“Esse pragmatismo vem não só da necessidade de ampliar e diversificar nossos mercados, mas também das oportunidades que existem não só em comércio como em investimentos, tanto no agronegócio quanto máquinas, equipamentos, energias renováveis e outros tipos de infraestrutura que ajudem no desenvolvimento sustentável dos dois países”, completou a diretora.   

O evento

A programação do Diálogo Empresarial Índia-Brasil 2025 contou com a presença de autoridades e mais de 100 representantes de empresas e instituições das duas nações. Ao longo do evento, os participantes assistiram a painéis, reuniões bilaterais e sessões temáticas acerca de investimentos, sustentabilidade e inovação.

Entre os objetivos da iniciativa estão a busca pela ampliação do comércio, atrair investimentos, gerar empregos e fortalecer a cooperação entre Brasil e Índia. Na ocasião, também houve debates sobre as possibilidades de expansão do Acordo Mercosul-Índia para inclusão de mais setores beneficiados.

Compromisso conjunto

Durante o evento, a FICCI fez a entrega do “Green Certificate” ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e ao ministro do Comércio e Indústria da Índia, Piyush Goyal, em reconhecimento ao compromisso conjunto dos dois países com o desenvolvimento sustentável.

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Para a ApexBrasil, a premiação reforça a atuação conjunta de ambas as nações no grupo BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China). O grupo foi formado em 2009, durante a COP 15, e visa à cooperação em questões de mudança climática, com foco em desenvolvimento sustentável e na necessidade de transições justas para sociedades de baixo carbono.

Na ocasião, também foi assinado o Termo de Referência do Fórum Empresarial de Líderes Brasil–Índia. Trata-se de uma iniciativa da CNI e da FICCI que pretende estreitar o diálogo entre o setor privado dos dois países e fortalecer a agenda de cooperação econômica e industrial.

Movimentação econômica entre Brasil e Índia

O comércio bilateral entre Brasil e Índia alcançou US$ 12,1 bilhões, em 2024. Destacaram-se as exportações brasileiras de açúcar, petróleo bruto, óleos vegetais e algodão. A Índia, por sua vez, se firmou como um dos principais fornecedores de diesel, produtos farmacêuticos e químicos ao país sul-americano.

Oportunidades de exportação

Um estudo divulgado pela ApexBrasil – denominado Perfil de Comércio e Investimentos – Índia 2025 – identifica 385 oportunidades de exportação para empresas brasileiras em setores como proteína animal, celulose, etanol, pedras preciosas e máquinas agrícolas, refletindo o alto potencial de complementaridade entre as duas economias.
 

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02/09/2025 04:55h

O índice de confiança das empresas exportadoras caiu 4,6 pontos e entrou em terreno negativo, nos últimos dois meses

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A confiança da indústria exportadora brasileira desabou após a entrada em vigor do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais. De acordo com levantamento inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do setor exportador caiu de 50,2 pontos, em junho, para 45,6 pontos em agosto, sinalizando a mudança do otimismo para o pessimismo.

O ICEI varia até 100 pontos, sendo que valores abaixo de 50 indicam falta de confiança. A queda foi puxada principalmente pelo Índice de Expectativas, que mede a percepção em relação aos próximos seis meses, e recuou de 52,2 pontos para 47,2 pontos no período.

“As taxas de juros elevadas penalizam o consumo dentro do país. Mas as empresas exportadoras, com a opção de vender para o exterior, contornavam a queda da demanda no mercado doméstico e, por isso, mostravam confiança superior à média da indústria”, explica Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.

Além da queda de confiança, um outro estudo da entidade mostra a dimensão do problema. Atualmente, 77,8% da pauta exportadora brasileira destinada aos Estados Unidos enfrenta tarifas extras, algumas chegando a 50%. Os setores mais impactados são vestuário e acessórios (14,6%), máquinas e equipamentos (11,2%) e produtos têxteis (10,4%).

Segundo a CNI, caso as sobretaxas sejam ampliadas, o efeito pode representar um impacto negativo de R$ 20 bilhões no PIB brasileiro e a perda de cerca de 30 mil empregos na indústria.

Missão empresarial aos EUA

A CNI está à frente de uma missão empresarial, em Washington (EUA), nos dias 3 e 4 de setembro, voltada a abrir canais de diálogo e buscar a redução das tarifas extras impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A comitiva reúne cerca de 130 empresários e representantes de entidades industriais.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, destaca que a entidade busca diálogo e equilíbrio na relação bilateral. “A proposta eminentemente de empresários para buscarmos lá nos Estados Unidos, a busca de uma relação tão longeva que é a relação bilateral, comercial, cultural, social e econômica entre o Brasil e os Estados Unidos, há mais de 200 anos. Esperamos poder chegar e encontrar um ambiente favorável, onde toda essa questão possa ser feita em uma mesa de negociação e que possamos sensibilizar não só os Estados Unidos, mas mesmo o Brasil nessa complementariedade que nós temos, que é o setor industrial, que é a exportação e importação de produtos manufaturados”, afirmou.

A entidade já apresentou ao governo federal um conjunto de propostas para reduzir os efeitos da crise, entre elas linhas de crédito subsidiadas, postergação de tributos e medidas trabalhistas para preservar empregos.

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21/08/2025 23:30h

Atrasos de até 40 dias no embarque de cargas reforçam a necessidade de ampliar a infraestrutura portuária e melhorar acessos terrestres e dragagens

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O superintendente de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wagner Cardoso, chamou atenção para o colapso nos portos brasileiros. Ele destacou que a falta de áreas para armazenagem de contêineres representa um dos principais gargalos nas exportações brasileiras. A declaração foi feita durante audiência pública da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, na terça-feira (19), conduzida pelo deputado federal Leônidas Cristino (PDT-CE), ex-ministro dos Portos, que reuniu representantes do setor portuário e outras autoridades.

Segundo Cardoso, em 2024, a movimentação de contêineres no Brasil aumentou 20% em relação a 2023. “Nossos portos de contêiner estão congestionados. A carga vem aumentando e o espaço para movimentação de carga aumentou muito pouco. Nossos terminais de contêiner são altamente eficientes, mas não cabe a um terminal de contêiner aumentar o espaço do porto”, declarou.

Dados apresentados indicam que 77% dos embarques foram afetados por cancelamentos ou atrasos. Para Cardoso, os terminais deveriam operar a 65% de sua capacidade para garantir eficiência. “Está sendo comum no Brasil um contêiner ficar 30, 40 dias no terminal para ser exportado. Isso não existe lá fora. No país industrializado, isso só existe em tempo de guerra, em tempo de covid”, enfatizou.

O superintendente da CNI frisou a urgente necessidade de avançar nas licitações de novos terminais, citando o Tecon Santos 10 e o Terminal de Contêineres de Fortaleza (MUC04) como “fundamentais” para destravar o escoamento de cargas.

Portos congestionados: contexto legislativo e setorial

O debate foi promovido pela Comissão de Viação e Transportes, presidida pelo deputado Leônidas Cristino (PDT-CE). Ele ressaltou a relevância estratégica dos portos para o comércio exterior e a necessidade de modernização para garantir competitividade, reduzir custos logísticos e aprimorar a infraestrutura multimodal.

Outros participantes, como o presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), Sérgio Aquino, destacaram a falta de acessos adequados, seja ferroviário ou rodoviário, como problema crítico. “Quando fala de acessos terrestres, imaginar que nós temos portos no Brasil que nem acesso ferroviário dispõem. Isso é um absurdo, pensar num país que queira ser competitivo”, ressaltou. E o diretor do Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI), Mário Povia, alertou que o gargalo muitas vezes está fora dos terminais portuários, em seus acessos.

Além disso, foi cobrada a retomada das dragagens, para assegurar a navegabilidade e a segurança dos canais, especialmente em Santos, onde já se acumula mais de uma década sem intervenção significativa.

O Projeto de Lei 733/2025, que trata da atualização da legislação portuária e irá substituir a Lei 12.815/13, também foi criticado pelo superintendente da CNI. “Nós temos sérias restrições sobre esse PL. Ele enfraquece, justamente, um artigo muito importante, que é da modicidade tarifária, que é o artigo que o exportador ou importador consegue entrar na justiça quando o operador portuário faz preço de monopólio”, avalia. Para ele, a legislação que está em vigor não precisaria ser revogada, mas adaptada.

A CNI defende que a construção de mais terminais de contêineres poderá desafogar os portos brasileiros e recuperar a eficiência do sistema logístico. Parlamentares, especialistas e o setor industrial concordam que esse avanço precisa seguir com melhorias nos acessos terrestres e atualizações legislativas para garantir competitividade e sustentabilidade do setor portuário nacional.

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21/08/2025 02:00h

Em manifestação enviada ao governo norte-americano, entidade afirma que não há base para sanções e pede solução por meio de cooperação bilateral

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou, na segunda-feira (18), um documento formal em defesa do Brasil no processo aberto pelo governo dos Estados Unidos, com base na Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana. A manifestação, assinada pelo presidente da CNI, Ricardo Alban, foi enviada ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) e busca contestar alegações de que o país adota práticas comerciais injustificáveis, discriminatórias ou restritivas.

A investigação foi aberta em julho e reúne seis pontos de preocupação apontados pelos EUA: comércio digital e serviços de pagamento eletrônico, tarifas preferenciais, aplicação de leis anticorrupção, propriedade intelectual, mercado de etanol e desmatamento ilegal. Se confirmadas, as alegações poderiam justificar a aplicação de tarifas adicionais ou outras medidas restritivas contra exportações brasileiras.

No documento, a CNI argumenta que não há base jurídica ou factual para que sejam impostas medidas contra o Brasil. A entidade destaca que o comércio bilateral é mutuamente benéfico, com superávit para os EUA, tarifas baixas e empresas norte-americanas operando em condições de igualdade.

Segundo a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri, a manifestação tem respaldo amplo do setor produtivo. “A CNI apresenta uma contribuição endossada por mais de 40 entidades empresariais com suas próprias manifestações e mostramos com dados concretos e evidências que o Brasil não adota práticas injustificáveis ou que discriminam as operações das empresas americanas e o nosso relacionamento comercial com os Estados Unidos. Reforçamos que medidas restritivas só podem trazer prejuízos a uma relação que é historicamente de benefícios mútuos e entendemos que o caminho certo é o do diálogo, da cooperação entre Brasil e Estados Unidos e continuaremos trabalhando nesse sentido”, afirmou.

Entre os pontos questionados, a CNI defendeu:

  • Comércio digital e PIX: a legislação brasileira está alinhada a padrões internacionais e o sistema de pagamentos não cria vantagem indevida, sendo semelhante ao FedNow norte-americano.
  • Tarifas preferenciais: acordos seguem regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e não prejudicam exportações dos EUA, que já têm mais de 70% de seus produtos entrando sem tarifas no Brasil.
  • Leis anticorrupção: o país tem marco legal robusto, com crescimento expressivo de sanções aplicadas entre 2020 e 2024.
  • Propriedade intelectual: houve avanço na redução do prazo de análise de patentes, hoje próximo ao dos EUA e da União Europeia.
  • Etanol: tarifas não restringem o comércio, e a cooperação deveria se concentrar na abertura de mercados por meio da Aliança Global pelos Biocombustíveis.
  • Desmatamento: o Brasil tem um dos marcos legais ambientais mais rigorosos do mundo, com dados recentes mostrando queda no desmatamento.

A CNI também indicou o embaixador Roberto Azevêdo como representante da instituição na audiência do processo, marcada para setembro.

O que é a investigação da Seção 301

A Seção 301 da Lei de Comércio dos Estados Unidos, de 1974, autoriza o governo norte-americano a investigar práticas de outros países consideradas injustas ou discriminatórias em relação ao comércio com os EUA.

No caso do Brasil, o processo foi aberto em 15 de julho de 2025. Caso se confirme a existência de práticas desleais, o governo norte-americano pode adotar medidas que vão de negociações bilaterais à imposição de tarifas adicionais e sanções comerciais.

Confira a íntegra do documento apresentado pela CNI ao USTR.

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20/08/2025 04:00h

Crescimento do PIB segue em 2,3%, puxado pelo agro e mercado de trabalho, apesar do tarifaço

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Com a indústria impactada pelos juros elevados e pelas incertezas externas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou a projeção do PIB industrial em 2025, no Informe Conjuntural do 2º trimestre, reduzindo de 2% para 1,7%. Em contrapartida, a agropecuária ganhou ainda mais peso no desempenho da economia, a estimativa de crescimento do setor passou de 5,5% para 7,9%, consolidando o campo como principal motor da atividade no próximo ano.

Segundo a CNI, o desempenho do mercado de trabalho também deve ajudar a sustentar o crescimento de 2,3% do PIB, mesmo diante do impacto das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras.

Para o diretor de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, a manutenção da projeção geral do PIB esconde um cenário mais preocupante. “Quando a gente abre os números, aí sim a gente identifica um problema e uma composição pior. Para a indústria, realmente está decepcionando. A composição não é tão positiva, a indústria está sofrendo muito, cada vez com projeção de crescimento menor e a projeção de crescimento para o PIB não se altera, porque a safra agrícola se mostrou até um pouco maior do que nós estávamos imaginando”, afirma.

Telles destaca ainda que as tarifas impostas pelos Estados Unidos, embora relevantes, não são hoje o principal entrave ao setor industrial. “O que tem impactado realmente são as taxas de juros, principalmente, e o volume enorme de importações”, disse.

Cenário da indústria: exportações sob pressão

O cenário externo também adiciona incertezas. Embora o volume exportado tenha subido 2% entre janeiro e julho, a queda de preços no mesmo período reduziu o valor em dólares. Com isso, a CNI revisou para baixo a previsão de exportações brasileiras em 2025, de US$ 347,3 bilhões para US$ 341,9 bilhões, uma queda de US$ 5,4 bilhões em relação ao primeiro trimestre.

O tarifaço imposto pelos Estados Unidos deve agravar a situação. A CNI alerta que a taxa de 50% sobre parte das vendas brasileiras para o mercado norte-americano pode reduzir de forma significativa o fluxo da indústria de transformação.

Cenário da indústria: avanço moderado

A indústria de transformação, que cresceu 3,8% em 2024, terá um avanço mais modesto neste ano, com expectativa de 1,5%. O resultado reflete juros elevados, aumento das importações e queda prevista nas exportações.

“Quase toda essa redução da projeção de crescimento para a indústria se deve à redução da projeção de crescimento da indústria de transformação. É um segmento que precisa ser muito olhado, porque tem uma concorrência muito grande com produtos importados. As importações estão crescendo enormemente e, mesmo com todas as políticas acertadas, como a nova indústria Brasil, o plano Brasil mais produção, depreciação acelerada, uma série de medidas, ainda assim o crescimento da indústria de transformação está se reduzindo muito em relação ao de 2024”, ressalta Telles.

Já a construção deve crescer 2,2%, puxada pela continuidade de obras lançadas no ano passado e pelo programa Minha Casa, Minha Vida. A indústria extrativa também deve ganhar força, com expectativa de alta dobrada de 1% para 2%, impulsionada pela produção de petróleo.

Cenário da indústria: agro e trabalho no comando

Com clima favorável, produção recorde e forte demanda externa, a agropecuária deve liderar a economia em 2025, crescendo 7,9%. O setor de serviços, por sua vez, terá expansão modesta de 1,8%, sustentada pelo mercado de trabalho aquecido e pela elevação da massa salarial.

A taxa de desocupação deve cair para 6%, o menor nível histórico pelo segundo ano consecutivo, enquanto a massa de rendimento real deve crescer 5,5%.

Cenário da indústria: juros e inflação

A inflação deve encerrar o ano em 5%, acima dos 4,8% de 2024, mas em trajetória de desaceleração. Diante desse cenário e das incertezas externas, a CNI prevê que o Banco Central manterá a taxa Selic em 15% ao ano até o fim de 2025.

Cenário da indústria: contas públicas

A CNI projeta que o governo vai cumprir a meta fiscal. O déficit primário deve ficar em R$ 22,9 bilhões, equivalente a 0,2% do PIB, abaixo do limite estabelecido de R$ 31 bilhões. Ainda assim, a dívida pública continuará em trajetória de alta, passando de 76,5% para 79% do PIB em 2025.

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24/07/2025 00:00h

São Paulo, Goiás e o governo federal articulam medidas emergenciais para mitigar os efeitos da tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros

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Diante da entrada em vigor, no próximo dia 1º de agosto, da tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, estados e o governo federal estão se mobilizando para conter os danos à economia e proteger suas empresas exportadoras. As medidas buscam preservar a competitividade dos produtos nacionais e dar fôlego financeiro ao setor produtivo, especialmente em estados fortemente exportadores, como São Paulo e Goiás.

São Paulo: crédito emergencial e articulação diplomática

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou um pacote emergencial que inclui a criação da linha de crédito “Giro Exportador”, com R$ 200 milhões em recursos disponibilizados pela Desenvolve SP. A linha terá juros subsidiados a partir de 0,27% ao mês mais inflação, prazos de até 60 meses e carência de até um ano. Cada empresa poderá acessar até R$ 20 milhões.

“Estamos disponibilizando ao empresariado paulista um conjunto de medidas para preservar a operação das empresas e os empregos gerados por elas”, disse Tarcísio.

Ele também afirmou que o governo avalia liberar créditos acumulados de ICMS e ampliar o Fundo Garantidor para facilitar o acesso ao crédito, principalmente às pequenas e médias empresas.

Além das ações econômicas, o governo paulista tem investido em articulações diplomáticas. Tarcísio reuniu empresários com representantes da embaixada americana e busca construir pontes com governadores e empresas dos Estados Unidos para mostrar que a tarifa prejudica também a economia americana.

Goiás: apoio setorial com uso de fundos estaduais

No Centro-Oeste, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) também reuniu empresários para discutir os impactos do tarifaço. Ele anunciou a proposta de usar três fundos estaduais para socorrer os setores mais atingidos, como a pecuária, mineração e pescados — com destaque para a utilização de créditos de ICMS como instrumento de apoio financeiro.

“Eu tenho que cuidar do meu estado, é essa minha responsabilidade, tenho que cuidar da sobrevivência da empresa. Eu tenho que cuidar para que não desestruture a economia do estado de Goiás, de maneira que estou buscando ações concretas por parte do governo. Nós não vimos nenhuma iniciativa dessa partindo do governo federal. Goiás saiu na frente”, declarou Caiado. 

Novas reuniões setoriais estão previstas para os próximos dias, com foco em ajustar medidas de socorro às especificidades de cada segmento.

Governo federal: plano de contingência e ofensiva política

No âmbito nacional, o governo Lula prepara um plano de contingência liderado pelo Ministério da Fazenda. Segundo o ministro Fernando Haddad, a proposta é desenhar uma linha emergencial de apoio que tenha impacto fiscal controlado, mas que ofereça suporte aos setores mais atingidos.

Em paralelo, o governo avalia o envio de uma comitiva formada por empresários e representantes do governo federal para os Estados Unidos, em uma tentativa de reabrir o canal de negociação com a Casa Branca. Uma delegação de oito senadores embarca nesta semana para Washington, onde já há encontros marcados com parlamentares americanos — embora o foco não seja diretamente negociar as tarifas, mas sim fortalecer o diálogo bilateral.

Apesar dos esforços, fontes do governo admitem que a probabilidade de Trump recuar da medida é baixa. O Brasil ainda aguarda resposta à carta enviada à Casa Branca em maio. Enquanto isso, planos alternativos seguem sendo preparados.

Além de São Paulo e Goiás, outros governos estatuais, como os do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Bahia, Pará e Rio Grande do Sul também têm realizado encontros com empresários para definir estratégias de mitigação.

Entenda o que está em jogo:

  • Tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros entra em vigor em 1º de agosto.
  • São Paulo lançou pacote com R$ 200 milhões em crédito e articulação internacional.
  • Goiás propõe uso de fundos estaduais para apoiar pecuária, mineração e pesca.
  • Governo federal discute linha emergencial e prepara ofensiva diplomática em Washington.
  • Estados como RJ, ES, PR, BA, PA e RS também avaliam medidas locais.
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10/06/2025 13:45h

Concessão bilionária permitirá navios maiores e deve ampliar exportações e importações no segundo maior terminal da América Latina

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O leilão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá (PR) deverá ocorrer em agosto de 2025. A previsão foi anunciada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante agenda oficial na França, juntamente com o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva. O terminal é o segundo maior porto do Brasil e da América Latina, atrás apenas do Porto de Santos (SP).

Os documentos técnicos, com solicitação para agendamento do leilão, já foram encaminhados à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo Costa Filho, a ideia é que, em seguida, sejam tomadas providências para dar início a leilões de outros terminais situados no Brasil.

“Essa parceria é muito saudável para o Brasil. Será um marco para o setor portuário brasileiro. Depois do leilão de Paranaguá, que pode chegar a R$ 1 bilhão, vamos fazer o leilão do canal do Porto de Santos, do Porto da Bahia e do Porto de Itajaí. Isso vai dar previsibilidade ao setor produtivo, sobretudo na rota do desenvolvimento do setor portuário do país”, afirmou o ministro.

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A partir do leilão, o calado do canal passará de 13,5 metros de profundidade para 15,5 metros. Na prática, essa medida aumenta a capacidade do terminal para receber navios de maior porte, o que, consequentemente, também amplia a movimentação de cargas.

O Secretário Nacional de Portos do MPor, Alex Ávila, explica que cada centímetro a mais no calado do canal de acesso corresponde a um aumento de 60 toneladas de carga no porão do navio. Na avaliação dele, a concessão vai colocar o terminal em outro patamar em relação ao comércio internacional.

“Estamos bastante confiantes nesse modelo de leilão, que seguramente terá muita competição. A concessão vai elevar o Porto de Paranaguá a um patamar de 15,5 metros, então teremos um ganho substancial. Além do ganho de escala que virá com o aumento do número de navios”, afirmou.

Movimentação no Porto de Paranaguá

Dados divulgados pela Portos Paraná mostram que o terminal de Paranaguá movimentou, em 2024, 66.769.001 toneladas. O resultado representa um salto de 2,1% em relação ao ano anterior. O volume corresponde a 80% da produção de grãos de toda a região Sul do Brasil. (https://www.portosdoparana.pr.gov.br/Noticia/Porto-de-Paranagua-mostra-eficiencia-e-bate-recorde-de-movimentacao-em-2024)

No ano passado, foram registradas 40 milhões de toneladas em exportação e 26,7 milhões em importação. Os tipos de cargas mais enviados a outros países foram:

  • Soja (13.265.751)
  • Contêineres (9.049.796)
  • Açúcar a granel (6.412.716)

Já as principais cargas trazidas ao Brasil por Paranaguá foram:

  • Fertilizantes (11.140.049)
  • Contêineres (7.276.868)
  • Derivados de petróleo (4.912.767)

Atualmente, o Porto de Paranaguá recebe 2,6 mil navios por ano. O destaque é para cargas de granéis sólidos, como soja e proteína animal. Para o governo federal, a concessão vai proporcionar mais eficiência à operação portuária, inclusive com ampliação da quantidade de embarcações.
 

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01/05/2025 00:01h

. De acordo com o levantamento da Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados, no ano passado, 7 itens estavam nessa situação

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A maior parte dos 10 produtos mais importados pelo Brasil veio de apenas um ou dois países, entre 2015 e 2024. É o que revela novo estudo divulgado pela Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados. De acordo com o levantamento, no ano passado, sete itens estavam nessa situação. Desse total, cinco vieram dos Estados Unidos. O país norte-americano lidera a concentração desses importados na última década. 

Os dados foram elaborados a partir de informações do Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Para classificar os produtos mais importados foi levado em conta o valor em dólares e não o volume de importações. 

O top 10 corresponde entre 8% e 22% do total de importações brasileiras por ano, a depender do ano. Em 2024, por exemplo, a taxa foi de 16,6%. Todos os produtos com mais de 60% vindos de apenas um ou dois países foram considerados com alta concentração. Ao longo de todo o período analisado, pelo menos 6 itens estavam nessa condição. O indicador chegou a 9 nos anos de 2021 e 2022.

Importações de óleo diesel

Ao longo dos 10 anos analisados, 28 produtos se apresentam no top 10. De acordo com o levantamento, somente 3 estão presentes todos os anos: diesel, óleos brutos de petróleo e outros cloretos de potássio, insumo para fertilizantes e outros usos industriais.

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Desses, apenas o óleo diesel teve mais de 60% vindo de um ou dois países no período analisado. Trata-se do principal item importado, em 1º lugar entre 2016 e 2023. Os Estados Unidos são o principal vendedor para o Brasil, responsável por pelo menos 74% de todo óleo diesel importado por ano entre 2016 e 2020. 
 

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