LOC.: Em março, 61% dos municípios apresentaram um aumento líquido no número de empregos com carteira assinada. Durante os últimos 12 meses, o saldo de empregos atingiu mais de um milhão e meio, contrastando com o saldo de cerca de 1,9 milhão registrado no mesmo período do ano anterior, representando uma queda de 15%. Os dados são da Confederação Nacional de Municípios, CNM.
Além disso, em março, o número de empregos formais atingiu o ponto mais alto registrado na série histórica, totalizando mais de 46 milhões de postos com carteira assinada. Neste mesmo mês, houve um aumento de 0,5% em relação ao mês anterior.
O diretor administrativo da Line Bank BR, Marlon Bento, afirma que um dos fatores que contribuíram para esse resultado foi a baixa sucessiva da Selic, taxa básica de juros da economia, que está possibilitando que empresas tenham acesso ao crédito.
TEC./SONORA: Marlon Bento, diretor administrativo da Line Bank BR
“Quem tomou crédito pode fazer novas contratações e quem estava pensando em demitir não demitiu, manteve os funcionários na empresa para que pudessem continuar avançando nos trabalhos. E também o cenário positivo da construção civil no Brasil. A construção civil aumenta, a industrial aumenta e por aí vai. É uma cadeia sucessiva de desenvolvimento e de formação de emprego.”
LOC.: Em todas as regiões do país, houve um aumento no estoque de empregos. O maior crescimento mensal foi observado na região Centro-Oeste. A maior expansão em comparação com março de 2023 e nos últimos doze meses ocorreu na região Norte.
Por outro lado, o menor aumento mensal foi registrado na região Nordeste, e os menores incrementos em relação a março de 2023 e ao acumulado dos últimos doze meses ocorreram na Região Sul.
Para o economista Cesar Bergo, a tendência para os próximos meses é de preocupação.
TEC./SONORA: Cesar Bergo, economista
“Nós estamos vendo uma queda nas atividades econômicas. Saiu uma estatística com relação ao setor de serviço, houve uma queda na atividade. A indústria também, vem de alguma forma, declinando. Isso vai ter reflexo no mercado de trabalho, que já apresenta uma certa fraqueza."
LOC.: Ele ressalta que o estado de calamidade do Rio Grande do Sul também tem reflexo direto na oferta de empregos.
Para Bento, as projeções para os próximos meses devem ser mais positivas, com a expectativa de que continuem acontecendo cortes na Selic, fazendo com que os empresários continuem tomando crédito. Ele também aponta para um avanço na construção civil brasileira.
Reportagem, Nathália Guimarães