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Baixar áudioO Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) anunciou um investimento privado de R$ 1,6 bilhão destinado ao Porto de Santos (SP). O aporte será realizado pela DP World, empresa global de logística, com o objetivo de ampliar as operações no terminal.
O projeto prevê elevar a capacidade de movimentação para 2,1 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) até 2028. Entre as melhorias estão a construção de um novo píer, a modernização dos equipamentos e a ampliação do cais em 190 metros.
O acordo foi firmado durante missão oficial do MPor a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, realizada entre 18 e 21 de novembro. Sob a liderança do ministro Silvio Costa Filho, a comitiva brasileira retornou ao país com o anúncio do investimento e com avanços nas negociações voltadas à ampliação da malha aérea internacional em diversas regiões.
“Viemos mostrar que o Brasil é um parceiro seguro, previsível e aberto a investimentos que gerem desenvolvimento. O saldo desta missão é a prova de que o mercado internacional confia no atual momento do país, seja aportando recursos na nossa infraestrutura portuária, seja comprando a tecnologia da nossa indústria aeronáutica”, avaliou Costa Filho.
A programação em Dubai incluiu encontros com autoridades locais. Entre os temas tratados destacam-se:
Turismo e rotas comerciais: Em reunião com o presidente da Emirates Airlines, Tim Clark, o governo brasileiro avançou nas tratativas para levar voos da companhia ao Nordeste. A medida descentraliza a entrada de turistas estrangeiros no Brasil;
Sustentabilidade: Encontros com a Autoridade Geral de Aviação Civil da Arábia Saudita e a Dnata discutiram investimentos na produção de combustível sustentável de aviação (SAF) no Brasil e cooperação técnica para o desenvolvimento de eVTOLs, os chamados “carros voadores”;
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Baixar áudioA Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) vai realizar, no dia 3 de dezembro, a entrega do Prêmio ApexBrasil–Exame: Melhores dos Negócios Internacionais 2025. A cerimônia será realizada no Teatro B32, em São Paulo, às 18h.
O evento vai contar com a presença de líderes empresariais, especialistas em comércio internacional e autoridades. Esta será a segunda edição da iniciativa, que premia em reconhecimento às companhias e instituições que fortalecem a presença do Brasil no mercado internacional.
Durante a cerimônia, serão reconhecidas as empresas nacionais e os investidores estrangeiros que se destacaram ao longo de 2025. Ao todo, foram 352 inscritos, distribuídos em 18 categorias diferentes.
Para a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Repezza, o momento será de valorização do talento, da inovação e do compromisso com o desenvolvimento sustentável do país.
“Este ano, tivemos mais de 350 inscrições de empresas que fazem o comércio exterior acontecer no Brasil. Esse número é 70% maior do que as inscrições que a gente teve no ano passado. Mostra como a gente tem um número cada vez maior de empresas batalhando, conquistando o mundo e levando a imagem e os produtos brasileiros para o mundo todo”, pontua.
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O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destaca que o prêmio vai além de uma celebração de resultados, pois permite a criação de um espaço de diálogo, que promove um esforço coletivo de empresas que acreditam no potencial global do Brasil.
“O que nos interessa aqui é premiar aqueles que se destacaram, criando uma marca nova para quem trabalha com o comércio exterior no Brasil, de poder participar de um reconhecimento pela luta dos seus colaboradores, pela disputa que fazem tentando levar o nome do Brasil, os produtos brasileiros para o mundo”, afirma.
De acordo com a ApexBrasil, a cerimônia promove uma oportunidade única de conexão entre empresários, startups, investidores, cooperativas, entidades setoriais e gestores públicos, interessados em ampliar parcerias e explorar novas oportunidades no mercado internacional.
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Baixar áudioCom o intuito de ampliar a participação brasileira no mercado internacional, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou o Programa de Incubação de Startups em Portugal. Com isso, dez startups nacionais vão poder desenvolver, de forma presencial, projetos de expansão internacional no país europeu e em outros mercados daquele continente.
Essas empresas também vão atuar em atração de investimentos e promoção comercial. A previsão é de que a primeira turma seja iniciada em 2026, com duração de até nove meses. O Programa – desempenhado em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) – foi lançado oficialmente no último dia 11 de novembro, após a cerimônia de abertura do Pavilhão Brasil no Web Summit 2025, na capital portuguesa.
Na ocasião, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, afirmou que essas empresas têm uma boa oportunidade de mostrar o potencial que dispõem para competir com companhias de todo o mundo.
“Começou o programa de internacionalização de startups brasileiras na Europa, em Lisboa, no escritório novo da ApexBrasil, podendo acumular uma experiência e cumprir um plano de trabalho que a ApexBrasil e o Sebrae vão fazer para que eles trabalhem por nove meses e tentem um espaço aqui na Europa e no mundo para fazer sucesso”, destaca.
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As startups selecionadas foram escolhidas entre 108 empresas de alto potencial internacional e vão atuar diretamente do Escritório da ApexBrasil em Lisboa. A unidade foi inaugurada em 2025, com o propósito de fortalecer a presença brasileira na Europa.
“Ano que vem virão outras dez. Essa é uma grande oportunidade, e nós estamos dando um passo à frente, mostrando que o Brasil é um parceiro global confiável e inovador”, complementa Viana.
As empresas escolhidas foram previamente identificadas pela curadoria do Web Summit e pela plataforma global de inovação Plug and Play, parceira da ApexBrasil na seleção. Confira as empresas selecionadas:
Durante o lançamento da iniciativa, o presidente do Sebrae, Décio Lima, destacou a importância da parceria. “O Sebrae está aqui junto com a Apex porque esse é um mundo que não tem mais volta. Se nós não tivermos um mecanismo de indução, que é o papel do Sebrae, do espírito empreendedor e de preparação para o mercado globalizado, não estaremos cumprindo com responsabilidade a nossa tarefa”, disse.
“Vivemos um momento extraordinário. A economia, de forma cartesiana, nos mostra isso: temos deflação, pleno emprego, saímos do mapa da fome. Somos o único país do mundo com seis biomas e, portanto, um exemplo vivo do conceito de sustentabilidade. Somos também o único país com 87% de consumo de energia limpa. Hoje, o Brasil é uma verdadeira escola para salvar o planeta, não apenas pela Amazônia” defende Lima.
O Pavilhão Brasil no Web Summit Lisboa 2025 foi inaugurado no dia 11 de novembro. A cerimônia marcou o início das atividades da delegação brasileira no evento, que é considerado um dos maiores do mundo quando o assunto é tecnologia e inovação.
A participação brasileira foi organizada pela ApexBrasil, em parceria com o Sebrae e outras entidades. Ao todo, a delegação brasileira contou com mais de 370 startups e empresas inovadoras de todas as regiões do país.
O Pavilhão Brasil foi o principal espaço de visibilidade institucional e comercial das startups nacionais no evento. O ambiente reuniu painéis, pitch sessions, encontros de negócios, mentorias e ações voltadas à promoção de soluções tecnológicas, à geração de parcerias estratégicas e ao fortalecimento da imagem do Brasil como polo global de inovação, criatividade e sustentabilidade.
Durante a programação, as startups tiveram a oportunidade de apresentar soluções escaláveis e sustentáveis, com alto potencial de internacionalização, em áreas como tecnologia verde, inteligência artificial, saúde digital, agritech, fintech, indústria criativa e sustentabilidade.
Com o objetivo de ampliar o alcance da participação brasileira no Web Summit Lisboa 2025, foram gravados episódios do ApexPod em Movimento. Trata-se de uma versão itinerante do podcast oficial da entidade.
Os conteúdos abordam temas como inovação nas diferentes regiões do país, o papel de Portugal como porta de entrada para o mercado europeu e os aprendizados gerados pela presença do Brasil no evento. Os episódios podem ser assistidos no canal da ApexBrasil no YouTube.
Em agosto de 2025, o Brasil registrou mais de 20 mil empresas inovadoras ativas. Os dados constam em levantamento do Observatório Sebrae Startups. De acordo com o estudo, no período de um ano, houve um salto de 30%. Vale destacar que o país também conta com uma distribuição cada vez mais pulverizada.
No Sudeste do país, por exemplo, está concentrado o maior número de empresas inovadoras, com 35,8% do total. Já o Nordeste aparece com 24,7% das startups ativas. Em seguida está o Sul do país, com 20,7%. O Centro-Oeste, com cerca de 9,5%, e o Norte, com 9,2%, completam o panorama.
Além disso, segundo o estudo Startup Ecosystem Index 2025, existem mais de 150 milhões de startups no mundo. Em primeiro lugar estão os Estados Unidos, com cerca de 1,1 milhão (1.148.296). Em seguida está a Índia, com 493,5 mil (493.582). O Brasil aparece na 27ª posição. Os dados mostram que todos os dias são fundadas no mundo, em média, 137 mil startups.
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Baixar áudioAs relações econômicas entre Brasil e Índia se encontram em um ciclo virtuoso. Representantes dos dois países se reuniram em Nova Délhi, a capital indiana, nesta quinta (16) e sexta-feira (17), para tratar do comércio bilateral entre as duas nações, durante o Diálogo Empresarial Índia-Brasil 2025.
O evento foi organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federation of Indian Chambers of Commerce and Industry (FICCI).
A iniciativa faz parte da missão institucional e empresarial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Segundo o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, os dois países compartilham uma visão comum de desenvolvimento sustentável e inclusivo. “Este diálogo é essencial para ampliar investimentos, fortalecer a integração produtiva e consolidar novas oportunidades entre nossos países”, disse.
Para a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza, as conversas foram positivas e apontam para uma aproximação mais sólida entre os dois países, inclusive com expansão de setores beneficiados por possíveis acordos.
“O grande tom do seminário é que existe uma complementaridade muito grande entre Índia e Brasil e uma vontade muito grande de estabelecer uma nova etapa do nosso relacionamento, em que o pragmatismo seja a grande marca”, pontuou.
“Esse pragmatismo vem não só da necessidade de ampliar e diversificar nossos mercados, mas também das oportunidades que existem não só em comércio como em investimentos, tanto no agronegócio quanto máquinas, equipamentos, energias renováveis e outros tipos de infraestrutura que ajudem no desenvolvimento sustentável dos dois países”, completou a diretora.
A programação do Diálogo Empresarial Índia-Brasil 2025 contou com a presença de autoridades e mais de 100 representantes de empresas e instituições das duas nações. Ao longo do evento, os participantes assistiram a painéis, reuniões bilaterais e sessões temáticas acerca de investimentos, sustentabilidade e inovação.
Entre os objetivos da iniciativa estão a busca pela ampliação do comércio, atrair investimentos, gerar empregos e fortalecer a cooperação entre Brasil e Índia. Na ocasião, também houve debates sobre as possibilidades de expansão do Acordo Mercosul-Índia para inclusão de mais setores beneficiados.
Durante o evento, a FICCI fez a entrega do “Green Certificate” ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e ao ministro do Comércio e Indústria da Índia, Piyush Goyal, em reconhecimento ao compromisso conjunto dos dois países com o desenvolvimento sustentável.
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Para a ApexBrasil, a premiação reforça a atuação conjunta de ambas as nações no grupo BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China). O grupo foi formado em 2009, durante a COP 15, e visa à cooperação em questões de mudança climática, com foco em desenvolvimento sustentável e na necessidade de transições justas para sociedades de baixo carbono.
Na ocasião, também foi assinado o Termo de Referência do Fórum Empresarial de Líderes Brasil–Índia. Trata-se de uma iniciativa da CNI e da FICCI que pretende estreitar o diálogo entre o setor privado dos dois países e fortalecer a agenda de cooperação econômica e industrial.
O comércio bilateral entre Brasil e Índia alcançou US$ 12,1 bilhões, em 2024. Destacaram-se as exportações brasileiras de açúcar, petróleo bruto, óleos vegetais e algodão. A Índia, por sua vez, se firmou como um dos principais fornecedores de diesel, produtos farmacêuticos e químicos ao país sul-americano.
Um estudo divulgado pela ApexBrasil – denominado Perfil de Comércio e Investimentos – Índia 2025 – identifica 385 oportunidades de exportação para empresas brasileiras em setores como proteína animal, celulose, etanol, pedras preciosas e máquinas agrícolas, refletindo o alto potencial de complementaridade entre as duas economias.
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Baixar áudioO Brasil encerrou sua participação na Expo Osaka 2025, evento que reuniu mais de 30 milhões de visitantes e contou com a presença de 180 países. Com o tema “Designing Future Society for Our Lives” (“Projetando a Sociedade Futura para Nossas Vidas”), esta edição foi realizada entre os dias 13 de abril e 13 de outubro no Japão, na ilha artificial de Yumeshima, localizada na baía de Osaka.
O Pavilhão Brasil, coordenado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), destacou a cultura, a sustentabilidade e o potencial econômico do país. A ideia levou os brasileiros a conquistarem o prêmio Silver (Prata) na categoria “Conceito”.
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O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, entende que esse reconhecimento diz respeito não apenas ao talento criativo, mas também à forma por que o Brasil comunica sua identidade, cultura e visão de futuro ao mundo. Para ele, a premiação reflete o empenho coletivo de profissionais que planejaram e executaram o projeto com dedicação.
“Mais do que um troféu, é um reconhecimento ao Brasil. Ele reflete não apenas a criatividade e o talento brasileiros, mas também o momento extraordinário que o Brasil vive, sob a liderança do presidente Lula, de confiança e diálogo com o mundo”, pontua.
“É uma oportunidade para fortalecer profundos laços que unem Brasil e Japão. Os dois países têm hoje uma responsabilidade comum, que é inspirar o mundo a escolher o caminho da paz e da cooperação. Essa é a mensagem que deixamos aqui, neste palco da humanidade”, complementa Viana.
A programação contou com debates, reuniões de negócios, apresentações culturais e visitas institucionais. Ao longo do evento, o espaço do Brasil recebeu mais de 700 autoridades e ultrapassou a marca de 1,5 milhão de visitantes.
A comissária do Pavilhão Brasileiro, Maria Luiza Cravo, afirma que o evento promove experiências únicas para os visitantes, que contam com a oportunidade de vivenciar um pouco das culturas estrangeiras.
“São seis meses ininterruptos, doze horas por dia de pavilhão aberto e de pessoas que têm a oportunidade de experienciar um pouco de Brasil, nesse caso, no nosso pavilhão. É uma oportunidade de plantar uma semente de Brasil nos visitantes, sejam japoneses ou de outros países, de forma que eles possam entender um pouco mais do Brasil e possam querer experienciar outras coisas do nosso país”, considera.
Em 2025, Brasil e Japão celebram 130 anos de relações diplomáticas. Atualmente, o país asiático é o 9º principal destino das exportações brasileiras e o 12º maior investidor no Brasil, o que é reforçado pelos laços humanos e culturais que unem as duas nações.
Além da coordenação geral da ApexBrasil, a participação do Brasil na Expo Osaka 2025 também contou com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a parceria institucional da Vale.
Entre os patrocinadores, figuram a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Banco do Brasil, o Bradesco e a Toyota.
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Baixar áudioA coalizão empresarial Sustainable Business COP (SB COP) apresentou, na segunda-feira (22), um conjunto de 23 medidas prioritárias para acelerar o alcance das metas climáticas e ampliar o papel do setor privado nas negociações internacionais. O documento foi entregue ao presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, durante o High-Level Event da SB COP, em parceria com a Bloomberg, na Semana do Clima de Nova York.
Lançada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a SB COP é uma aliança global que reúne quase 40 milhões de empresas em mais de 60 países.
As recomendações estão organizadas em cinco objetivos centrais:
● acelerar a transição energética, em linha com a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5ºC;
● promover apoio financeiro para enfrentar a crise climática, possibilitando crescimento econômico compatível com a agenda climática;
● garantir uma transição justa, ampliando acesso à energia e ao saneamento básico por meio de infraestrutura urbana sustentável e capacitação de pessoas;
● fortalecer cadeias de valor sustentáveis, incorporando princípios de economia circular e bioeconomia globalmente;
● reforçar a colaboração global, alinhando estruturas comuns para mercados de carbono e bioeconomia.
De acordo com o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, as propostas tratam de temas estratégicos como transição energética, bioeconomia, economia circular, finanças sustentáveis e cidades inteligentes.
“A SB COP é uma iniciativa inovadora de engajamento do setor privado. Tem uma abrangência internacional, mas também com um desdobramento aqui para o nosso país, em termos de legado”, ressalta Bomtempo.
Outros temas abordados incluem sistemas alimentares, soluções baseadas na natureza, empregos e habilidades verdes. As recomendações também serão debatidas na Pré-COP da CNI, marcada para 15 de outubro, em Brasília.
Além de elencar prioridades, a coalizão empresarial também reunirá exemplos de como as empresas em todo o mundo estão contribuindo para a transição para uma energia sustentável. “São cases recebidos de várias partes do mundo, e a ideia, com certeza, é trabalhar cada vez mais essa agenda de implementação”, explica o superintendente. Os cases serão apresentados na COP30, que acontecerá em Belém (PA), em novembro.
O Sistema de Registro Nacional de Emissões (Sirene) aponta que a indústria responde por menos de 10% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Ainda assim, o setor exerce papel estratégico na promoção de soluções sustentáveis, inovadoras e que gerem desenvolvimento econômico. É o que defende o professor de Engenharia e Mudanças Climáticas da Universidade de Brasília (UnB), Rafael Amaral Shayani.
“A articulação do setor privado é de extrema importância para que as metas do Acordo de Paris e dos novos acordos que vão ser feitos na COP 30 sejam alcançadas. O papel do poder público é estimular o setor privado, mas na prática são as empresas que podem fazer bastante coisa para reduzir a emissão de gás de efeito estufa”, destaca o professor.
O High-Level Event, onde o documento foi entregue, reuniu autoridades e lideranças empresariais, como Ricardo Mussa, chair da SB COP; o vice-presidente da CNI, presidente da Federação das Indústrias de Rondônia https://portal.fiero.org.br/ e do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé; e o presidente da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), Alex Carvalho.
Foram convidados os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; da Casa Civil, Rui Costa; o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; e o governador do Pará, Helder Barbalho.
Entre os convidados internacionais, estão Paul Polman, referência global em liderança empresarial na agenda climática; Michael Bloomberg, empresário e ex-prefeito de Nova York; e Teresa Ribera, vice-presidente executiva para uma Transição Limpa, Justa e Competitiva da União Europeia.
O documento com as propostas é resultado de meses de trabalho de grupos temáticos formados por CEOs e executivos de empresas brasileiras e multinacionais, entre elas Natura, JBS, Solvay, Ambipar, MRV, Schneider Electric, re.green e eB Climate. A iniciativa também reúne parceiros institucionais, como o Fórum Econômico Mundial, a Câmara de Comércio Internacional (ICC), as redes Brasil e Austrália do Pacto Global da ONU, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a International Finance Corporation (IFC).
Em junho, a SB COP passou a integrar a Marrakech Partnership for Global Climate Action, ligada à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). A plataforma conecta iniciativas de atores não estatais e busca acelerar a implementação do Acordo de Paris.
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Baixar áudioO presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, apresentou ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a agenda da missão empresarial que será realizada em Washington, nos dias 3 e 4 de setembro. O objetivo é sensibilizar empresários e o governo dos Estados Unidos, e fortalecer a defesa comercial do Brasil diante da investigação aberta pelos Estados Unidos, com base na Seção 301 da Lei de Comércio, que prevê sobretaxa de 50% sobre exportações brasileiras.
“A nossa estratégia de reunião, para que não haja nenhum tipo de dicotomia, muito pelo contrário, nós temos que ser um pouco mais convergentes nesse momento, para que tenha uma unicidade. Também a nossa estratégia de tentar buscar o máximo de novas associações possíveis, aquelas que são efetivamente de interesse americano para se sensibilizar de uma forma mais rápida e que talvez não tenham sido contempladas porque não têm representatividade financeira, mas para muitas pequenas indústrias aqui tem uma grande representatividade”, afirmou Alban.
A comitiva reunirá associações setoriais, federações estaduais e grandes empresas para ampliar o diálogo com o governo e o setor produtivo norte-americano. A estratégia inclui buscar exceções à regra tarifária, ampliar a lista de produtos beneficiados e apresentar propostas de cooperação em áreas de interesse mútuo, como biocombustíveis, data centers e minerais críticos.
A programação prevê reuniões na Embaixada do Brasil em Washington, encontros com escritórios de advocacia e lobby, diálogos com lideranças da US Chamber of Commerce e autoridades americanas, além de uma plenária empresarial. A agenda inclui ainda participação em audiência pública no Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), onde o Brasil reforçará sua posição.
Além da missão, a CNI discute com o governo federal contribuições para a medida provisória que busca mitigar os efeitos do tarifaço. A confederação pretende conversar com o Congresso Nacional sobre o plano de compensação destinado aos exportadores, que prevê R$ 9,5 bilhões fora do arcabouço fiscal. “Nós temos algumas sugestões, para que a gente possa deixar esses R$ 9,5 bilhões dentro do arcabouço, dando uma referência positiva ao mercado, de credibilidade, que possamos evoluir”, pontua Alban.
“O momento agora é que nós vamos tratar o assunto eminentemente de forma técnica e comercial. Nós queremos evitar possíveis dicotomias nos approaches, nos posicionamentos, mas sempre de uma forma técnica e comercial, para que a gente possa estimular a mesa de negociação”, conclui o presidente da CNI.
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Baixar áudioA Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) demonstrou preocupação com o tarifaço de 50% imposto sobre os produtos brasileiros pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Segundo a FPA, a nova alíquota produz reflexos diretos e atingem o agronegócio nacional, gerando impactos no câmbio, aumento no custo dos insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras.
Em nota oficial, a frente afirma que, diante desse cenário, é momento de cautela e diplomacia como caminho estratégico para a retomada de acordos: “É momento de cautela, diplomacia afiada e presença ativa do Brasil na mesa de negociações.” FPA em nota oficial.
O Estados Unidos é o segundo país que mais recebe exportações do Brasil, perdendo somente para a China. Os produtos mais exportados são:
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e o setor de cafeicultura esperam que o café seja incluído na lista de produtos isentos de tarifas nos EUA.
“Nós temos esperança de que o bom senso prevaleça, a previsibilidade de mercado, porque nós sabemos que quem vai ser onerado é o consumidor norte-americano. E tudo que gera impactos ao consumo é ruim para fluxo de comércio, ruim para indústria e desenvolvimento dos países”, disse Marcos Matos, diretor geral do Cecafé, ao InfoMoney.
A Associação Brasileira das Industrias Exportadoras de Carnes (Abiec) anunciou que a tarifa trará impactos negativos ao setor produtivo da carne bovina no Brasil, em nota à CNN.
O setor brasileiro de suco de laranja, sendo um dos mais afetados pela taxação, mantém um quadro de preocupação, e faz apelo para que o governo brasileiro conduza a negociação com firmeza.
Para a CBN, Ibiapaba Netto, diretor executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) disse que “Isso significa que 70% do valor total da cotação da Bolsa de Nova Iorque hoje representa imposto para acessar o mercado americano. Isso praticamente inviabiliza qualquer tipo de exportação para o mercado americano sem que haja graves prejuízos para toda a cadeia produtiva aqui do Brasil”.
A tarifa passa a valer dia 1° de agosto de 2025, de acordo com carta enviada para o presidente Luiz Inácio Lula. Nela, Trump diz que um dos motivos da taxação é a forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Copiar o textoO Papa Francisco faleceu, aos 88 anos, na manhã desta segunda-feira (21), no Vaticano, em Roma. O anúncio oficial foi feito pelo camerlengo, cardeal Kevin Joseph Farrell, que destacou a dedicação do pontífice ao serviço da Igreja. "Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados", disse Farrell.
No domingo de Páscoa, o Pontífice apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para a mensagem de Páscoa Urbi et Orbi, deixando sua última mensagem para a Igreja e o mundo.
A saúde do Papa vinha se deteriorando nos últimos anos, com episódios de bronquite e infecções respiratórias.
Francisco deverá ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. O conclave para eleger seu sucessor deverá ocorrer entre 15 e 20 dias após o início da Sede Vacante.
As igrejas no Brasil já celebram missas em homenagem ao pontífice. O Santuário Nacional de Aparecida, localizado no município de Aparecida do Norte (SP), vai realizar seis missas nesta segunda.
O governo brasileiro decretou luto oficial de 7 dias pela morte de Francisco.
Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires em 1936, foi o primeiro papa latino-americano e jesuíta da história. Eleito em 2013, adotou o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, simbolizando seu compromisso com a simplicidade e os pobres.
Durante seu pontificado, promoveu reformas na Cúria Romana e defendeu causas sociais, como a proteção ambiental e a inclusão de grupos marginalizados.
Em outubro de 2024, durante missa na Praça de São Pedro, Francisco proclamou a canonização do padre italiano José Allamano, fundador da congregação dos Missionários da Consolata, por um milagre que teria ocorrido na Amazônia brasileira.
Segundo a organização Consolata América, o milagre ocorreu em 1996, em Roraima, quando um indígena yanomami foi atacado por uma onça e apresentou um grave ferimento na cabeça. Um grupo de missionários teria invocado José Allamano pedindo a recuperação do rapaz, o que se realizou.
Com informações do Vaticano News, CNBB e Agência Brasil
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Baixar áudioO chocolate da Amazônia está conquistando o mundo. Os produtos da Gaudens Chocolate, empresa de Belém (PA), têm chamado atenção internacional. A empresa utiliza cacau nativo da região e ingredientes locais, como cupuaçu e bacuri, para criar um chocolate fino e premiado.
O fundador da marca, o chef Fábio Sicilia, teve a ideia de investir na produção ao perceber que o cacau amazônico não era aproveitado para fabricar chocolates no Brasil. "Ao retornar da Europa, após a minha formação como chef de cozinha, me deparo com o fato de que o cacau era da Amazônia, nativo aqui do Pará, do Amazonas, do Amapá, e que ninguém estava produzindo chocolate com ele. Mergulho no desafio de produzir o melhor chocolate do mundo a partir da terra do cacau. Ninguém produzia, eu começo, convenço muitos produtores a fazer cacau fino para poder ter um chocolate fino", lembra Sicilia.
Depois desse “mergulho”, o reconhecimento chegou: a empresa recebeu prêmios internacionais, como o da Academy of Chocolate de Londres, e começou a exportar. Com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), a Gaudens Chocolate encontrou novos mercados, como o dos EUA. “Estreitando a relação com a Federação da Indústria, eu conheço a ApexBrasil e entro no programa Peiex, que prepara o empresário para exportação. Como CEO da Gaudens, consegui encontrar na ApexBrasil canais para exportação de pequenos produtores. E isso foi o que me encantou”, frisa o empresário.
A prioridade da empresa não é quantidade, e sim qualidade. A produção segue artesanal, voltada para nichos de mercado. “Estamos fazendo um trabalho, já começamos a fazer exportações pequenas. Mas a proposta do negócio é: não vamos converter a nossa qualidade por quantidade. Então, nós estamos buscando mercados de nicho”, diz.
Sicília participou do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da ApexBrasil. A experiência foi importante para abrir canais com compradores de fora. “Me mostrou como funciona o mercado internacional. E, para mim, o mais importante foram as relações com as nossas embaixadas fora do Brasil. Então, a ApexBrasil te ensina como chegar nos mercados. Isso é fundamental”, afirma.
O Peiex traça um diagnóstico completo do negócio e monta um plano de exportação personalizado. Esse planejamento inclui as etapas a serem seguidas para possibilitar a vendas para fora.
Entre 2023 e 2024, mais de 6,2 mil empresas foram atendidas pelo Peiex e 1,1 mil delas exportaram U$ 3,27 bilhões no período. Para mais informações sobre esse e outros programas da ApexBrasil, acesse www.apexbrasil.com.br/solucoes.
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