LOC.: A conclusão do Acordo de Livre Comércio com a União Europeia deve ser uma das medidas prioritárias para os governos dos países que formam o Mercosul. A conclusão faz parte de um documento que lista as prioridades a serem perseguidas pelos membros do bloco sul-americano, de acordo com representantes industriais de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Para o ex-diretor da Apex Brasil Márcio Coimbra, vice-presidente da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais, a conclusão do acordo entre os sul-americanos e europeus é de suma importância para as empresas brasileiras, que poderão exportar, sem tarifas, seus produtos para os consumidores da Europa.
TEC./SONORA: Márcio Coimbra, vice-presidente da Abrig
"Para o Brasil, vão se baixar barreiras protecionistas que impedem os produtos brasileiros de chegar na Europa, de forma brutal. O Brasil vai exportar mais e, também, vai importar. A gente vai ter um fluxo de livre comércio com a União Europeia, que gera empregos aqui, lá, ou seja, aquilo que o livre comércio faz: gera benefícios mútuos."
LOC.: Os representantes do setor privado também elencaram o Acordo de Facilitação de Comércio do Mercosul como uma das prioridades para os países que compõem o bloco. O tratado assinado em 2019 visa estabelecer regras e princípios para simplificar o comércio entre os membros do bloco.
A ideia é que as operações de importação e exportação de produtos sejam mais ágeis e baratas. Entre as medidas, o acordo prevê que o despacho de bens não leve mais do que 12 horas ou, nos casos em que houver necessidade de análise, não mais do que 48 horas. Além disso, cria os Guichês Únicos de Comércio Exterior, para agilizar as trocas comerciais. Os guichês serão pontos onde as empresas poderão se informar sobre a documentação exigida para o trânsito de bens.
Reportagem, Felipe Moura.