LOC.: O ensino técnico deve permitir ao trabalhador uma formação ampla, em que o jovem compreenda a dinâmica do mundo moderno, a complexidade do processo produtivo e se aproprie das novas tecnologias. Essa é a visão do doutor em educação pela Universidade de Brasília Adilson César Araújo.
TEC./SONORA: doutor em educação pela Universidade de Brasília, Adilson César Araújo
“Uma formação que contribua para que esse trabalhador possa intervir de forma ativa no setor produtivo, e assim contribuir também para o seu desenvolvimento profissional, e por consequência o desenvolvimento econômico do país.”
LOC.: Um levantamento do Senai e do Sesi mostra que um a cada três empresários considera o ensino profissionalizante como o ponto mais forte da educação pública brasileira. Além disso, a mesma pesquisa mostra que para 9 em cada 10 empresários, os cursos técnicos permitem ingresso mais rápido no mercado de trabalho.
Karla Lacerda ainda durante o ensino médio fez curso técnico em química no Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Senai. Depois, começou a trabalhar na indústria farmacêutica.
TEC./SONORA: Karla Lacerda
“Me abriu portas para que eu pudesse ser efetivada lá. Ter essa experiência do técnico também me ajudou muito no meu primeiro contato com o mercado de trabalho, porque eu fui um pouco mais madura. Então o técnico me possibilitou ser contratada, ter esse meu primeiro emprego de carteira assinada e tudo mais.”
LOC.: O Senado Federal aprovou em julho a criação da Frente Parlamentar em Favor da Educação Profissional e Tecnológica. O senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, aponta que um dos motivos da alta taxa de empregabilidade dos estudantes do ensino profissional é a ainda baixa procura dos jovens pelas formações técnicas.
O senador compara a diferença na busca por ensino profissionalizante no Brasil e no exterior.
TEC./SONORA: senador Izalci Lucas (PSDB-DF)
“Se tivermos jovens preparados, técnicos, nós evidentemente garantimos que eles possam ir para o mercado de trabalho. Hoje, no mundo todo desenvolvido, 60%, 70% em alguns países, dos jovens fazem cursos técnicos, no Brasil nós não chegamos a 10%. Portanto, faltam técnicos no mercado, então é evidente que a formação, principalmente do sistema S, que tem participado com qualidade na educação profissional, praticamente tenham mercado garantido, emprego garantido. Então a educação profissional é fundamental.”
LOC.: A pesquisa do Sesi e do Senai ainda apontou os pontos positivos do ensino profissionalizante apresentados pelos empresários. Entre os mais citados, estão: preparar melhor para o mercado de trabalho, ter cursos mais focados e mais práticos e ter boa aceitação no mercado de trabalho.
Reportagem, Janine Gaspar