02/06/2023 20:00h

Queda da imunização é um problema multifatorial que atinge todo o mundo; campanha visa contar com estados e municípios para reverter situação

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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados em abril, quase 26% da população infantil brasileira não recebeu nenhuma dose de vacina em 2021. A estatística faz parte de um cenário mundial de diminuição da cobertura vacinal. No Brasil, essa queda na imunização teve início em 2012, acentuou-se em 2016 e piorou por causa da pandemia de covid-19.

Para ajudar a enfrentar esse problema, a Fundação Oswaldo Cruz, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e o Programa Nacional de Imunização (PNI), realiza o Projeto Pela Reconquista das Altas Coberturas Vacinais.

A ação visa aumentar a cobertura vacinal em todo o país por meio da parceria com estados e municípios, levando em conta as diferenças regionais, como explica a coordenadora da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos e do projeto, dra. Lurdinha Maia: “Foram desenvolvidos planos municipais para a reconquista das altas coberturas vacinais com o ator local - coordenador de imunizações, da atenção primária, sala de vacina, secretários municipais - e um plano de comunicação e educação com ações educativas”, contou. 

A aproximação com os profissionais da ponta do Sistema Único de Saúde e o trabalho conjunto do poder público, parceiros e sociedade civil são enumerados pela coordenadora como os fatores mais poderosos do projeto. 

Fenômeno multifatorial

A queda na cobertura vacinal tem vários motivos. E  causa o reaparecimento de algumas doenças preveníveis que  haviam sido extintas no país. Vacinas essenciais como a BCG, a tríplice bacteriana e as contra hepatite B e poliomielite registram no Brasil taxas de cobertura menores que as médias mundiais. Segundo levantamento do Ministério da Saúde divulgado ano passado, os índices de cobertura vacinal, que chegaram a 97% em 2015, caíram a 75% em 2020. As maiores quedas são das vacinas BCG e Hepatite A.

O infectologista Henrique Lacerda explica que a vacinação infantil é de extrema importância, pois doenças que afetam principalmente as crianças como sarampo, poliomielite, difteria, coqueluche, podem causar complicações graves, que podem ir desde incapacidade até mesmo levar à morte. 

“As vacinas podem além de prevenir essas doenças, reduzir a gravidade, caso essas infecções ocorram. Então, por exemplo, se a criança vacinada contrair a doença, é mais provável que ela tenha uma forma mais leve e tenha menor probabilidade de desenvolver as complicações”, elucidou.

Duas pesquisas publicadas neste ano, uma da Universidade Federal de Minas Gerais  (UFMG) e outra da Sociedade Brasileira de Pediatria, apontam alguns motivos para esse fenômeno. Entre os principais estão a falsa segurança em relação à necessidade  da vacinação por causa do controle de doenças; a desinformação do debate público com desinformação e o crescimento de movimentos antivacinas.

Leia também: Fake news sobre vacinas geram medo e levam pais e responsáveis a negligenciarem a vacinação infantil

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Agronegócios
31/05/2023 22:00h

Aumento na Cédula de Produto Rural e mercado da LCA aquecido mostram movimentação do agro brasileiro segundo boletim do Ministério da Agricultura e Pecuária

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Na atual safra 2022/23, de julho a abril, os registros acumulados da Cédula de Produto Rural (CPR) já somam R$ 218,91 bilhões, valor que representa um aumento de 66% em relação ao mesmo período da safra passada. Os dados constam na edição de maio do Boletim de Finanças Privadas do Agro, que é publicado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da  Agricultura e Pecuária.

O economista Roberto Dardis explica que esse crescimento nos títulos se dá pelo aquecimento do setor, e pelas boas expectativas da safra deste ano. “Quanto mais a safra cresce, as instituições financeiras mais vão poder fazer maior emissão desses títulos. A forma de crescimento da safra vai ser vinculado a novas emissões de títulos”, explicou. O crescimento no estoque de recursos desses instrumentos de financiamento também é mostrado no boletim. O desempenho da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) continua aquecido, sendo considerada no momento a principal fonte de recursos livre do Crédito Rural, com cerca de R$ 400 bilhões em estoque.

De acordo com a norma atual, levando em conta os atuais estoques de LCA, as instituições bancárias precisam reaplicar no Crédito Rural o equivalente a R$ 40,96 bilhões com recursos do LCA. Entretanto, por causa da alta demanda por recursos financeiros, somente na safra 2022/23, os financiamentos  que têm a LCA como fonte já representam quase o dobro, com R$ 73,53 bilhões, principalmente para grandes produtores.

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31/05/2023 04:00h

População será beneficiada com serviços de desbloqueio de cartões, cadastro de senha para receber benefícios sociais e outros

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Atenção você que está esperando a Agência-Barco da CAIXA chegar pelos arredores da Ilha de Marajó! O percurso e as datas do mês de junho já saíram. A embarcação vai atender dez cidades ribeirinhas do Pará neste mês com os serviços de desbloqueio de cartões e cadastro de senhas para recebimento de benefícios sociais como FGTS, Seguro Desemprego, Bolsa Família e INSS. Quem quiser abrir uma conta no banco, essa é a hora. Todas as operações de uma agência bancária podem ser realizadas no barco, com exceção de movimentação de dinheiro em espécie.

Escute agora o cronograma e anote a data em que a CAIXA vai estar mais perto de você. No dia 12 de junho, a Agência-Barco Ilha de Marajó estará na cidade de Muaná. No dia 13, em Limoeiro do Ajuru e dia 14, em São Sebastião da Boa Vista. Dia 15 será a vez de Curralinho. No dia 16, o município de Bagre receberá a Agência-Barco. 

Na semana seguinte, entre os dias 19 e 21 de junho, o atendimento será em Anajás. Nos dias 22 e 23, será a vez de Afuá. 

Entre os dias 26 e 27, a população de Portel será atendida na agência-barco. Já no dia 28, serão beneficiados os moradores de Melgaço. E nos dias 29 e 30 de junho, o atendimento será em Ponta de Pedras.

Em todas essas datas, o horário de atendimento é das nove da manhã às três da tarde. 

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31/05/2023 04:00h

População será beneficiada com serviços de desbloqueio de cartões, cadastro de senha para receber benefícios sociais e outros

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Atenção você que está esperando a Agência-Barco da CAIXA chegar nas cidades ribeirinhas do Amazonas! O percurso e as datas do mês de junho já saíram. A embarcação vai atender sete cidades do estado neste mês com os serviços de desbloqueio de cartões e cadastro de senhas para recebimento de benefícios sociais como FGTS, Seguro Desemprego, Bolsa Família e INSS. Quem quiser abrir uma conta no banco, essa é a hora. Todas as operações de uma agência bancária podem ser realizadas no barco, com exceção de movimentação de dinheiro em espécie.

Ouça agora o cronograma e anote a data em que a CAIXA vai estar mais perto de você em junho. Nos dias primeiro e 2 de junho, a Agência-Barco Chico Mendes estará em Anori. 

Já entre os dias 5 e 7 será a vez de Beruri. No dia 9, será atendida a população de Anamã. Entre os dias 12 e 14, será a vez de Manaquiri. A Agência-Barco segue para atendimento em Careiro da Várzea, nos 15 e 16 de junho.

De 19 a 21, a população de Barcelos recebe a embarcação. E no dia 22, será a vez de Novo Airão, último município do trajeto da Agência-Barco Chico Mendes em junho.

Em todas essas datas, o horário de atendimento é das nove da manhã às três da tarde. 

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30/05/2023 18:40h

Ministério da Saúde orienta estados e municípios a ampliar calendário de ações locais enquanto durarem os estoques

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Termina nesta quarta-feira (31) a campanha nacional de vacinação contra a gripe. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 34,7 milhões de doses foram aplicadas. Para efetiva proteção da população, em especial os mais vulneráveis, é preciso que mais pessoas se vacinem.

A infectologista Joana D’arc destaca a importância de se vacinar contra a gripe todo ano. “É uma vacina que é atualizada anualmente, então todos os anos a gente precisa fazer porque tem novas variantes, e a gente tomando anualmente a gente está protegido. Vale a pena você tomar a sua dose, fazer o seu reforço, mesmo quem não está dentro da população de risco pode fazer uso da vacina sem problema nenhum. É uma proteção a mais pra sua saúde”, afirmou.

Quase 80 milhões de doses contra a doença foram distribuídas em todo o país. Com o encerramento da campanha, o Ministério orienta que estados e municípios ampliem o calendário de ações locais enquanto durarem os estoques de vacinas. A campanha de imunização contra a gripe faz parte da ação “Movimento Nacional pela Vacinação”, lançada em fevereiro para retomar as altas coberturas vacinais  no país. 

A imunização é o melhor jeito de prevenir casos leves e principalmente as complicações da doença, como explica o infectologista Julival Ribeiro. “A melhor maneira de a gente prevenir a influenza ou gripe, sobretudo agora que estamos entrando na fase sazonal da gripe aqui no Brasil, é fazer a sua vacinação. Se vacine e previna infecção da gripe, que pode infelizmente levar, sobretudo em pessoas de risco, a quadros graves com pneumonia e até a óbito”.

A gripe é uma infecção aguda no sistema respiratório, com grande potencial de transmissão. Os principais sintomas da gripe são febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo e dor de cabeça. 

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29/05/2023 20:30h

Segundo endocrinologista, boa parte das respostas aos remédios e tratamentos são específicas de cada sexo, diferenças de gênero levam à desvantagens para mulheres

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Historicamente mulheres são sub-representadas em estudos e análises sobre saúde. Isso faz com que menos tratamentos estejam disponíveis para doenças especificas do sexo feminino, além de impedir que as particularidades do corpo feminino sejam observadas no desenvolvimento de medicamentos. O endocrinologista Flavio Cadegiani destaca que a diferença de gênero na pesquisa médica resulta em desvantagens concretas para pacientes mulheres, visto que ao longo dos anos os estudos estiveram mais voltados para os homens.

SAIBA MAIS: Projeto de Lei visa aumentar participação de mulheres em pesquisas médicas

“Os homens já tiveram muito remédio, muita pesquisa para muita doença que foi analisada para eles exclusivamente, na história. Então não é justo agora a gente não ter essa análise sendo feita específica para mulheres. A partir do momento que você não estuda o sexo feminino, você tem terapias que deixam de ser usadas que seriam especificamente para mulheres. E  aí como você não consegue estratificar por sexo, você não consegue definir a eficácia para a mulher”, explicou o especialista, que é doutor em endocrinologia clínica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Cadegiani analisa que separar os resultados das pesquisas por gênero traria resultados mais efetivos e poderia dar a chance de se criar tratamentos mais eficazes para as mulheres, levando em conta as diferenças fisiológicas entre os sexos, e portanto a reação deles aos medicamentos. 

“Pouquíssimas pesquisas analisam os resultados por sexo, deveria ser obrigatório, porque nós sabemos que as respostas da maioria das medicações é específica de cada sexo, tanto na área da psiquiatria, oncologia, endocrinologia. As respostas são diferentes. Então essa análise por sexo deveria se tornar obrigatória”, concluiu, destacando que com a mistura dos dados relativos a mulheres e homens nas análises, a eficácia desses medicamentos pode se perder nas estatísticas.

Diferenças hormonais

Entre as principais razões que levaram pesquisadores a excluir o sexo feminino dos estudos clínicos estão as mudanças hormonais e a possibilidade de mulheres engravidarem. 

Contudo, o endocrinologista ressalta que, em pesquisas de curto prazo, cujos tratamentos duram até 10 dias, isso deveria servir de incentivo para estudar cada fase feminina, inclusive devendo ampliar a quantidade de mulheres nas pesquisas para retratar todas as variações hormonais.

O especialista enumera cada um dos perfis da mulher que pode ser estudado, segundo as questões hormonais. “As mulheres têm várias fases: há aquela na fase folicular do ciclo, a que está na fase lútea, a que usa anticoncepcional e a que está na menopausa. Então, temos quatro perfis de mulheres”, explica.

Por isso, o endocrinologista entende que os estudos deveriam incluir até mesmo maior quantidade de mulheres do que de homens em pesquisas, para representar esses diferentes grupos de forma igual, em especial em estudos cujos impactos são potencialmente significativos para o público feminino. “As mulheres deveriam representar três quartos ou quatro quintos dos grupos de pesquisa, porque cada um desses grupos deveria ser igualmente representado nos estudos”, considera o dr. Flavio Cadegiani.

Já quanto à possibilidade de gravidez, o endocrinologista defende que os estudos poderiam incluir uma prescrição de anticoncepção para a mulher que deseja participar da pesquisa clínica, indicando que isso não é razão para excluir as mulheres.

Legislação 

Neste sentido, o deputado federal Célio Silveira (MDB-GO) apresentou o Projeto de Lei 3611/2019, que trata da paridade percentual dos gêneros, buscando equiparar a quantidade de homens e mulheres em pesquisas clínicas. “Estudos mostram uma representação deficitária das mulheres na coleta de amostras. Apresentei esse importante projeto que tem por objetivo aumentar a representatividade feminina nas pesquisas clínicas ou biológicas realizadas em seres humanos”, contextualizou.

O projeto já foi aprovado na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. Agora, está aguardando parecer do relator na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados.

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26/05/2023 18:45h

Pode se vacinar com o imunizante bivalente quem já concluiu o primeiro ciclo de vacinação. País ainda apresenta casos da doença

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Ao todo 19.361.935 doses da vacina bivalente contra Covid-19 foram aplicadas no Brasil até o momento, conforme informa o vacinômetro do Ministério da Saúde. Em valores absolutos, São Paulo é o estado com o maior número de doses aplicadas, com mais de 6 milhões, enquanto Roraima apresenta a menor quantidade, com 15.970.

A campanha de imunização com a vacina bivalente teve início em fevereiro para os grupos prioritários, como idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Em abril, o governo federal ampliou a dose de reforço bivalente para todo público com mais de 18 anos.

Podem se vacinar com a dose bivalente todos aqueles que já completaram o esquema primário contra o vírus, ou  quem recebeu duas doses de reforço ou dose única. O intervalo entre a dose mais recente deve ser de quatro meses. O Ministério da Saúde reforça que, tanto as vacinas monovalentes quanto as bivalentes, têm segurança comprovada.

O infectologista Julival Ribeiro explica a diferença entre os dois imunizantes. “A diferença é que a vacina anteriormente só tinha o coronavírus original, e com a cepa bivalente, que é a chamada vacina bivalente, nós temos a chamada cepa original bem como a cepa que estão circulando, da Ômicron, por isso que é chamada bivalente”, ponderou.

Desde o início da pandemia, o Brasil registrou mais de 37 milhões de casos confirmados de Covid-19. Desse total, 25 mil foram registrados nos sistemas do Ministério da Saúde durante a semana epidemiológica de 20 2023. Em relação às mortes, o número total ultrapassa 702 mil, com 243 casos registrados na semana epidemiológica 20.

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26/05/2023 14:15h

Recursos insuficientes, segundo CNM, e pedido de vista em ação do STF estão entre os obstáculos enfrentados

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O pagamento do piso salarial da enfermagem segue cercado de impasses. Um pedido de vista feito pelo ministro Gilmar Mendes nesta semana suspendeu o julgamento do Supremo Tribunal Federal da decisão que liberou o pagamento do piso salarial da enfermagem. O pagamento foi aprovado em lei pelo Congresso Nacional no ano passado.

Desde o último dia 19 o tema estava sendo analisado no plenário virtual da Corte, formato de julgamento em que os votos são depositados em uma página eletrônica do tribunal, sem necessidade de uma sessão presencial ou por videoconferência. Apesar do adiamento, está em vigor a decisão individual do ministro Luís Roberto Barroso, que é favorável ao pagamento com algumas condições. 

Em vigor

Barroso revogou no último dia 15 uma decisão que suspendia o piso. Segundo a decisão do ministro, que está em vigor, nos estados e municípios a remuneração deve ser feita dentro dos limites da verba repassada pela União. Já nas unidades particulares, o ministro previu a possibilidade de negociação coletiva, suspendendo trecho da lei que impedia esse procedimento. A determinação ocorreu após a sanção da lei que permitiu ao governo federal transferir R$ 7,3 bilhões para que estados e municípios paguem o novo valor à categoria.

Entidade representativa das cidades, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) protocolou junto ao STF manifestação sinalizando a necessidade de reanálise da decisão proferida pelo ministro Roberto Barroso. A Confederação alega que há inconsistências na Portaria n° 597 do Ministério da Saúde, que dispõe sobre a distribuição dos recursos federais, além de estimar que 65% das cidades receberão recursos insuficientes para custear o piso da enfermagem. Segundo os estudos realizados pela CNM, apenas na esfera municipal o impacto financeiro da medida será de cerca de R$ 10,5 bilhões por ano.

A advogada especialista em direito da saúde e presidente da Comissão de Direito da Saúde da OAB/DF, Alexandra Moreschi, explica que a judicialização do tema se deu pelo argumento das entidades de que não há recurso para o pagamento do piso. Ela contextualiza que as negociações entre as partes devem continuar de forma a chegar num acordo sobre os recursos. “Deve ser negociada, ao longo do ano, até para manutenção desses valores, tanto para que esse ano seja garantido, como já está, mas que para o próximo ano sejam mantidos e ampliados esses valores. Lógico que comprovados efetivamente os gastos reais, que vão ser apurados conforme houver a liberação dessa verba”, ponderou.

Representantes da categoria apontam que, após longa batalha para a aprovação do piso, chegou o momento em que ele passa a valer como forma de reconhecimento da profissão. O conselheiro Daniel Menezes, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), explica sobre o tema. “Todo movimento que foi feito foi é  legítimo, e agora cabe ao Governo Federal, através dos repasses pelo Ministério da Saúde junto aos Estados e Municípios fazer a equalização desses valores. Essa é a nossa posição, e entendemos que a partir do mês de junho não há qualquer tipo de impedimento para que os colegas comecem a receber os valores do piso”, pontuou.

Segundo estabelecido pela lei, o valor a ser pago para enfermeiros é de R$ 4.750, técnicos devem receber 70% deste valor e auxiliares e parteiras terão o correspondente a 50% do piso. 

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26/05/2023 04:15h

Brasil ainda não tem legislação específica sobre o tema, projeto determina a equidade de gêneros nos estudos

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O Projeto de Lei 3611/2019, que está em tramitação, determina que as pesquisas clínicas ou biomédicas realizadas devem observar a paridade do percentual dos gêneros, buscando equiparar a quantidade de homens e mulheres. O projeto é uma forma de dar mais segurança às mulheres ao produzir estudos e pesquisas voltadas a elas e que levem em conta suas particularidades.

O autor do projeto, deputado federal Célio Silveira (MDB-GO), explica que o objetivo é aumentar a representatividade feminina nos estudos e produzir mais informações sobre elas. “Acredito que as mesmas doses aplicadas em ambos os sexos surtem diferentes resultados. Defendo a aprovação da nossa proposta para melhorar a segurança e eficácia dos medicamentos, além de ajudar na formulação de informações adequadas sobre os efeitos nas mulheres”, elucidou.

O projeto já foi aprovado na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. Agora, a matéria está aguardando parecer do relator na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados. A título de comparação, desde 1993 as pesquisas feitas nos Estados Unidos devem incluir mulheres. 

Falta representação feminina

Essa exclusão de estudos científicos diferenciados, envolvendo as mulheres, é apontado como resultado do machismo enraizado na sociedade, que acaba trazendo muitos prejuízos às mulheres. Na área de pesquisa clínica não é diferente. O estudo JAMA Network Open, publicado em junho de 2021, avaliou como a carga de doenças está associada à representação feminina em ensaios clínicos nos Estados Unidos. 

Os pesquisadores realizaram uma pesquisa transversal usando informações de 20 mil estudos com mais de 5 milhões de participantes. Os pesquisadores descobriram que as mulheres eram consistentemente sub-representadas em estudos de oncologia, cardiologia, neurologia, imunologia e hematologia - resultado preocupante, já que doenças cardiológicas e câncer são as principais causas de morte entre as norte-americanas.

O médico endocrinologista Flavio Cadegiani, doutor em endocrinologia clínica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), defende que as pesquisas deveriam analisar em separado os resultados em cada gênero, levando em conta suas particularidades. 

Além disso, o médico também ressalta que, pela sub-representação feminina, alguns problemas que acometem exclusivamente mulheres acabam não sendo diagnosticados de forma eficiente. “Um exemplo muito prático disso é como a gente ainda não consegue lidar bem, nem no âmbito da pesquisa, com as mulheres com endometriose. Endometriose é uma doença subdiagnosticada porque ela é de difícil localização às vezes nas imagens, então é a dor da mulher histérica, historicamente falando. Então a gente não consegue nem quantificar nem dimensionar as dores adequadamente, e a gente não acredita na mulher como um ato de misoginia”, elucidou.

O especialista explica que a diferença de gênero na pesquisa médica resulta em desvantagens concretas para pacientes mulheres, visto que as fisiologias do corpo da mulher e do homem são diferentes. 

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23/05/2023 12:15h

Prêmio estimado em R$ 180 milhões não acumula

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Cento e oitenta milhões de reais. Esse é o valor estimado do prêmio da Quina de São João. O sorteio será realizado no dia 24 de junho. As apostas para o concurso especial já foram liberadas e podem ser feitas nas lotéricas de todo o país, pelo aplicativo ou pelo Portal Loterias Caixa. A aposta simples custa dois reais e cinquenta centavos. 

A gerente financeira Rita de Cássia de Souza, de 59 anos, mora em Brasília e conta que sempre participa da Quina de São João.  Ela, inclusive, já tem até planos caso ganhe o prêmio milionário.  

“Só para poder manter a vida em ordem, viajar um pouco e ter como ajudar algumas pessoas. Acho que eu faria muita coisa por muita gente”, conta.

O prêmio não acumula. Se não houver ganhador na faixa principal, com acerto de cinco números, o prêmio será dividido entre os acertadores da segunda faixa, com quatro números, e assim por diante. Caso apenas um apostador leve o prêmio principal e aplique na Poupança da CAIXA, o rendimento será de um milhão de reais já no primeiro mês

As apostas podem ser feitas até seis horas da noite do dia 24 de junho. Para outras informações, acesse: www.loterias.caixa.gov.br.

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