Coronavírus

23/02/2024 19:30h

Infectologista aponta fatores que podem ter contribuído para o crescimento da doença

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No Brasil, o número de novos casos notificados de Covid-19 aumentou de cerca de 33 mil para 45.177 entre 11 e 17 de fevereiro. O número de mortes também cresceu, passando de 164 para 198. No acumulado, são 38.452.504 casos da doença registrados no país e 709.963 mortes. As informações são do Painel Covid-19 no Brasil, do Ministério da Saúde.

Segundo os dados, o Sudeste é a região com o maior número de casos acumulados (15.327.268), seguida do Sul (8.157.451) e Nordeste (7.536.042). 

Para Manoel Palácios, infectologista do Hospital Anchieta, um dos fatores que pode ter contribuído para o aumento dos casos de Covid-19 foram as variantes dos vírus. Para ele, o surgimento e circulação de novas variantes do SARS-CoV-2, vírus da família dos coronavírus, podem ser mais transmissíveis.

“Outro ponto poderia ser a fadiga das medidas de prevenção, isso quer dizer que com o passar do tempo aconteceu uma redução da adoção das medidas preventivas, como uso de máscaras, distanciamento social e higiene das mãos, principalmente em eventos recentes, como o Carnaval”, pontua Palácios.

Ele também afirma que as reuniões em ambientes fechados, como shoppings e bares, sem ventilação adequada, facilitam a transmissão do vírus.

“Outro ponto importante, que poderia estar explicando o número indicado só aumentado, é a cobertura vacinal incompleta. Ainda que a vacinação já tenha começado e avançado, Inicialmente para grupo sectários, adolescentes, a cobertura incompleta em alguns grupos e ou a excitação vacinal pode deixar partes da população bastante vulneráveis”, ressalta o infectologista.

Vacinação

Segundo o Ministério da Saúde, o número de doses contra Covid-19 aplicadas é de 517.559.034, até o momento — incluindo as doses de primeira, segunda e terceira aplicação, bem como as doses de reforço.

No que se refere à vacina bivalente, recomendada pela pasta como reforço para pessoas com mais de 12 anos que apresentam comorbidades, ou para adultos sem comorbidades, o total de doses aplicadas no Brasil foi de 33.471.484.

Palácios explica que ainda existe um grupo pequeno que não realizou a vacinação contra Covid-19 — e aqueles que tomaram apenas duas ou três doses, sem reforços. Para ele, é preciso acelerar a vacinação para aumentar a imunidade da população, principalmente entre os mais vulneráveis.

“Gerar campanhas de informação e educação também vão ajudar a combater a fadiga das medidas preventivas, reforçando a importância de continuar e seguir as diretrizes de saúde pública”, enfatiza.

Stephany Souza, de 22 anos, mora em Natal, no Rio Grande do Norte. Ela relembra que pegou Covid-19 três vezes, no total. A primeira vez foi em 2020, no início da pandemia, quando estava de quarentena e seguindo as recomendações do Ministério da Saúde. Ela acredita que contraiu a doença nas idas ao supermercado. 

“Eu tive sintomas pertinentes e longos, não cheguei a ficar hospitalizada; mas como não tinha vacina nem muitas informações sobre a doença, fiquei tratando dos sintomas em casa. Eram febre, dor no corpo, garganta doendo, cansaço, um pouco de falta de ar. Eu fiquei pelo menos 15 dias de recuperação, tratando os sintomas em casa”, recorda.

No final de 2020, ela afirma que o trabalho voltou de forma presencial. E, nisso, houve um pequeno surto de doença na empresa e ela contraiu a doença novamente. Os sintomas foram fortes e duraram por uma semana.  Stephany explica que tomou a vacina contra Covid-19 assim que ela ficou disponível em sua cidade. E  após isso, em 2021, teve a doença novamente.

“Durante as duas vezes que tive Covid-19 sem estar vacinada, tive sintomas fortes e por um tempo considerável. Quando eu tive a doença vacinada, eu não tive sequer sintomas, fiquei apenas assintomática. Então é uma prova concreta de que a vacina contribui para evitar que a doença fique mais grave nas pessoas, levando consequentemente a internações, entubações e também a morte”, destaca.

Isolamento

Para quem foi diagnosticado com Covid-19, o protocolo de isolamento continua o mesmo do final de 2022, recomendado pelo Ministério da Saúde. 

Aqueles que realizarem o teste de Covid-19 e obtiverem um resultado negativo no 5º dia poderão encerrar o período de isolamento antes do prazo de 7 dias, desde que não manifestem sintomas respiratórios e febre por pelo menos 24 horas, e não tenham utilizado medicamentos antitérmicos.

Caso continue apresentando sintomas, o período de isolamento pode chegar até dez dias.

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16/01/2024 20:15h

Em relação à bivalente, o total é de 32.364.017. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 38.230.814 casos confirmados da doença e 708.739 mortes

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Até o momento, no Brasil, foram aplicadas 518.745.863 doses da vacina monovalente contra a Covid-19. Em relação à bivalente, o total é de 32.364.017. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 38.230.814 casos confirmados da doença e 708.739 mortes.

Henrique Lacerda, infectologista, destaca a importância de seguir o cronograma de vacinação, incluindo as doses de reforço, para garantir uma proteção eficaz contra doenças infecciosas, como a Covid-19. Cumprir o calendário vacinal é essencial para construir e manter uma imunidade adequada, reduzindo o risco de desenvolver formas graves da doença em caso de infecção pelo vírus.

“Como atualmente a Ômicron e suas variantes é a cepa mais prevalente, então se os pacientes estão suscetíveis a ter a doença porque se expõe de alguma maneira, é importante que ele tenha uma imunidade contra essa nova cepa da Ômicron e suas variantes, consequentemente, ele se tiver a doença deve ter forma mais branda e sintomas mais leves”, explica.

Ângelo Castro, desenvolvedor de Software e morador de Fortaleza (CE), conta que nunca pegou Covid-19, mas já tomou 4 doses da vacina e pretende tomar todas as que forem disponibilizadas pelo estado. 

“A vacinação contra o vírus, eu acho que isso é uma importância, até para poder diminuir o máximo possível de mortes e de casos graves da doença”, comenta.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra a Covid-19 está disponível no SUS para pessoas acima de 6 meses. Adultos com mais de 18 anos devem receber um reforço bivalente após duas doses. A vacinação foi incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos a partir de janeiro de 2024. 
 

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05/01/2024 22:35h

Ainda este ano, o Ministério da Saúde prevê o início da vacinação de pessoas maiores de cinco anos

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A vacinação contra Covid-19 foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos. A medida começou a valer em janeiro de 2024. Ainda este ano, o Ministério da Saúde prevê o início da vacinação de pessoas maiores de cinco anos, que não foram vacinadas ou receberam apenas uma dose, para iniciar ou completar o esquema de duas doses.

Júlia Sousa, estudante de 24 anos e moradora de Brasília - DF, está grávida de 9 meses e conta que pretende vacinar sua filha quando completar a idade necessária.

“Por aqui ninguém teve nenhum sintoma muito forte, graças a Deus, mas a gente sabe que esse vírus é bem agressivo e a gente sabe a importância dessas vacinas. Então, a gente deve vaciná-la sim, e eu acredito que é muito importante essa vacina ter entrado no calendário de vacinas obrigatórias”, comenta.

De acordo com o Ministério da Saúde, crianças de seis meses a menores de cinco anos devem receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 aos seis meses, a segunda aos sete e a terceira aos nove meses.

Aquelas não vacinadas ou com doses atrasadas podem completar o esquema de três doses, respeitando os intervalos de quatro semanas entre as duas primeiras e oito semanas para a terceira. Crianças que já completaram o esquema de três doses não necessitam de doses adicionais.

Para a infectologista Larissa Tiberto, incluir a vacinação contra Covid-19 é importante para aumentar a  adesão à vacina. 

“É necessário tomar essa vacina para diminuir o número de casos graves de covid e até mesmo extinguir a doença.  Uma vez que estiver com calendário vacinal em dia, confere maior proteção a si mesmo e à comunidade, por isso é tão importante a imunização em massa”, avalia.

Até o momento, no Brasil, foram registrados 38.210.864 casos de Covid-19 e 708.638 mortes confirmadas pelo vírus. Ao todo no país, foram aplicadas 519.218.546 doses da vacina monovalente e 31.987.267 doses da vacina bivalente. 

Programa Nacional de Imunizações (PNI) 

O PNI disponibiliza vacinas aprovadas pela Anvisa e testadas em estudos clínicos, com qualidade avaliada pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. 

O antiviral nirmatrelvir/ritonavir está disponível em toda a rede do SUS para tratamento de Covid-19, logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo. O medicamento é indicado apenas para pessoas com mais de 65 anos e pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos.

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23/12/2023 17:15h

No Ceará, foi observada uma alta particularmente rápida, apesar de uma desaceleração entre jovens adultos

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O Nordeste, especialmente o Ceará, continua registrando aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionados à Covid-19. No estado, foi observada uma alta particularmente rápida, apesar de uma desaceleração entre jovens adultos. Os dados são do último boletim InfoGripe divulgado nesta sexta-feira (22).

Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, explica que além do Ceará, outros estados do Nordeste como Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Sergipe também apresentam sinais de aumento.

“O Ceará é quem continua chamando mais atenção nesse momento, por um ritmo bastante acelerado, embora já comece, pelo menos na faixa etária dos jovens adultos, já começa a dar sinais de que pode estar diminuindo esse ritmo de crescimento. Mas na população de idade mais avançada, continua em um ritmo bastante significativo”, alerta. 

O pesquisador observa que, embora os estados do Norte não mostrem um aumento nos casos de Covid-19, há um crescimento notável de infecções respiratórias em crianças e pré-adolescentes, atribuído a outros vírus que afetam principalmente essas faixas etárias.

Gomes enfatiza que durante as festas de fim de ano, as pessoas que forem viajar para esses estados com maior incidência de casos, devem ter atenção redobrada aos cuidados fundamentais, como manter a vacinação em dia.

Júnior Alves, empresário de 25 anos e morador de Brasília - DF, conta que tomou 3 doses da vacina contra Covid-19 e conta que pretende tomar as doses de reforço, pois acredita que manter a vacinação em dia é importante para evitar a contaminação pelo vírus.

“Eu acredito que no mundo que a gente vive hoje, depois da pandemia, a gente tem que manter a vacinação como se fosse uma vacina de gripe, porque eu acredito que o vírus não vai sumir de uma vez, vai ter sempre alguém que possa estar portando esse vírus, então acredito que a gente tem que manter sim uma vacinação, assim como a gente tem a vacinação da gripe de tempo em tempo”, comenta.

Casos de Covid-19 no Brasil

Até o dia 15 de dezembro, o Brasil registrou 38.130.675 casos de covid-19 com 708.237 mortes confirmadas. Até o momento, foram aplicadas 410.510.993 doses da vacina monovalente e 31.704.503 doses da bivalente. 

O estado com o maior número de monovalentes e bivalentes aplicadas é São Paulo, que conta com 106.578.130, 9.355.404 aplicações, respectivamente. Os dados são do Ministério da Saúde.

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06/12/2023 08:15h

A Secretaria de Saúde de Pernambuco observou um aumento contínuo nos casos de Covid-19 desde o final de outubro deste ano, aumentando de 89 para 776 casos

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A Secretaria de Saúde de Pernambuco observou um aumento contínuo nos casos de Covid-19 desde o final de outubro deste ano. O aumento se manifesta tanto no número de casos confirmados semanalmente, aumentando de 89 na Semana Epidemiológica (SE) 44 para 776 na SE48, quanto nas taxas de positividade dos testes, que cresceram de 3,8% na SE44 para 16,6% na SE48. 

José Lancart de Lima, diretor geral de Informações Epidemiológicas,| avalia que a incidência de Covid-19 é homogênea em todos os municípios de Pernambuco, com uma distribuição uniforme que leva em conta as proporções populacionais, ou seja, nenhum município apresenta uma discrepância significativa na incidência da doença em relação ao estado como um todo.

“Entendemos que o esforço é contínuo e conjunto para a proteção da coletividade do estado, para que a gente não tenha maiores adoecimentos, que a gente possa evitar formas graves e, consequentemente, evitar óbitos”, observa.

A Secretaria destaca que, apesar de outubro a dezembro não serem meses de alto risco para vírus respiratórios em Pernambuco, o aumento de casos recente pode ser devido a mais aglomerações e menor adesão a medidas preventivas, como higiene das mãos e uso de máscaras.

O diretor enfatiza que todos os 184 municípios pernambucanos e o distrito de Fernando de Noronha estão abastecidos com vacinas para Covid-19 e assegura que não há escassez do imunobiológico. Lancart reforça a importância da população manter a caderneta de imunização atualizada.

“Além da vacinação como medida de prevenção e proteção, recomendamos que seja dada a importância às medidas não farmacológicas, principalmente a rotina de lavagem de mãos. Então, fazer rotineiramente esse processo, minimiza bastante o risco de contaminação”, ressalta.

Ao todo, em Pernambuco, foram registrados 1.198.076 casos de Covid-19 e 23.133 mortes pelo vírus. A respeito da vacinação no estado, foram aplicadas 23.124.991 doses da vacina monovalente e 1.257.732 doses da vacina bivalente contra Covid-19.

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01/12/2023 20:15h

Infectologista aponta fatores que provocaram o aumento dos casos e alerta para medidas de proteção

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Em Mato Grosso do Sul, 49 municípios registraram novos casos de Covid-19 nos últimos sete dias. Em todo o estado, foram  995 novos casos de contaminação pelo coronavírus neste período. Os dados são do último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do estado.

De acordo com o boletim, Campo Grande foi a cidade que mais registrou ocorrências, com 340 notificações da doença, seguida por Ponta Porã (52), Amambai (41), Dourados (39), Maracaju (33), Sete Quedas (33), Anaurilândia (32), Bela Vista (30), Nova Andradina (28), Itaquiraí (27) e Três Lagoas (26).

Os municípios que apresentaram o menor número de novos casos foram Mundo Novo (11), Nova Alvorada do Sul (10), Bodoquena (9), Sidrolândia (9), Coxim (8), Laguna Carapã (8), Jardim (7), Pedro Gomes (7) e Sonora (7).

Julival Ribeiro, infectologista, explica os fatores que provocaram o aumento nos casos de Covid-19. “Em primeiro lugar, nós sabemos que a vacina nos dá uma proteção durante certo tempo, e com o passar dele, nós vamos perdendo essa proteção. Além disso, pessoas idosas, com doenças crônicas, respondem muito menos à vacinação do que as pessoas sadias.”

De acordo com o infectologista, é recomendado que as pessoas se vacinem contra a Covid-19 e que também façam o reforço com a dose bivalente. “Quando tomamos novas vacinas, esses reforços, ocorre um novo estímulo, que aumenta nossa proteção em relação à doença”, destaca.

A Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul informa que o surgimento de novas variantes do coronavírus é um fator que contribui para o aumento de casos da doença, assim como a baixa cobertura vacinal e diminuição das medidas de prevenção.

Medidas de prevenção

Além da vacinação, que continua sendo a principal estratégia de prevenção, outros cuidados são recomendados pela Secretaria. São eles:

  • Utilizar máscaras se estiver com sintomas respiratórios e evitar contato principalmente com idosos, crianças e pessoas com  fatores de risco (doenças prévias).
  • Realizar isolamento ou distanciamento social;
  • Lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel a 70%.

Julival Ribeiro também recomenda medidas de proteção, principalmente para idosos e pessoas com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, câncer, entre outros. “Na minha visão, ao se deslocar para algum ambiente com baixa ventilação, aglomerados, essas pessoas na realidade devem usar uma máscara. E não esquecer de higienização higienizar suas mãos, sobretudo em locais aglomerados, fechados e com baixa ventilação”, completa o infectologista.

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20/11/2023 04:15h

Esse panorama é registrado ao passo em que o país conta com mais de 38 milhões de casos confirmados da doença e cerca de 707 mil mortes

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Até o momento, no Brasil, foram aplicadas 518.580.683 doses da vacina monovalente contra a Covid-19. Em relação à bivalente, o total é de 30.433.965. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 38.022.277 casos confirmados da doença e 707.286 mortes.

Com base em outros dados disponibilizados pela Fiocruz, o infectologista Julival Ribeiro avalia que em determinadas regiões do Brasil há um aumento no número de casos da doença. Esse aumento é notável em crianças e, sobretudo, em relação a casos graves entre as pessoas mais vulneráveis, como idosos e aqueles com comorbidades.

“Portanto, é muito importante que as pessoas tomem a sua dose de reforço, a vacina bivalente, porque com essa dose a gente estimula o nosso organismo a produzir mais defesa”, enfatiza.

De acordo com a última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, há uma heterogeneidade nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 no Brasil. Enquanto alguns estados registraram um aumento nas novas ocorrências semanais, especialmente entre a população mais idosa, outros mostram estabilidade. 

Os estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais mostram sinais de aumento nos casos da doença. Em Minas Gerais, foi notado um aumento nas internações após um período de estabilidade. Em São Paulo, a situação se estabilizou, principalmente na capital, apesar de algumas áreas do interior ainda relatarem aumento. 

Segundo o boletim, no Rio de Janeiro, a tendência de queda nos casos foi interrompida. O Espírito Santo registra um pequeno aumento recente, enquanto Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e o próprio estado de São Paulo indicam uma pausa no crescimento dos casos.

O auxiliar administrativo de 24 anos e morador de Rio Verde - GO, José Hiago Gomes, conta que tomou três doses da vacina contra covid-19 e pretende tomar mais doses. Ele relata que antes da vacinação contraiu o vírus duas vezes. 

“Eu acho que a vacina em si salva vidas, por mais que tenhamos passado por episódio em que a vacina foi questionada, colocada sobre um olhar duvidoso. A vacinação, seja para qual espécie de doença ou de vírus, ela salva vidas”, comenta. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra o vírus é essencial para prevenir formas graves da doença e está acessível no SUS para todos acima de 6 meses. Adultos com mais de 18 anos, após duas doses, devem receber um reforço da vacina bivalente. 
 

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14/11/2023 20:55h

Especialistas alertam para a importância de se completar o processo de imunização

A fase crítica da pandemia de Covid-19 já passou, mas o coronavírus segue em circulação em todo o país. Ao todo, foram aplicadas 518.496.432 vacinas. A dose de reforço, no entanto, não é prioridade entre os brasileiros. Cerca de 84% da população ainda não recebeu uma dose adicional da vacina, seja ela monovalente ou bivalente, segundo um estudo apoiado pela Pfizer Brasil.

Um boletim da Fiocruz divulgou que, ao longo do ano de 2023, foram notificadas 9.546 mortes decorrentes da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo que 70,4% dessas mortes estavam associadas à COVID-19. Nas últimas quatro semanas, observou-se um aumento significativo, com 82,5% dos óbitos por SRAG relacionados ao coronavírus. Marcelo Daher,  infectologista e consultor da Sociedade Brasileira De Infectologia, relembra a importância dos imunizantes:

“Temos casos de Covid-19 ocorrendo com bastante intensidade neste mês no Brasil. A circulação do vírus, incluindo variantes, continua. Destaco a presença da variante Ômicron, com diversas subvariantes em circulação. Apesar da vacinação, ainda há transmissão e circulação do vírus, resultando em casos, internações e óbitos relacionados à Covid-19 nos dias atuais. A vacina desempenha um papel protetor nesse cenário”, diz.

Daher reforça que é crucial ter cuidado especialmente durante esta época de fim de ano. As comemorações reúnem pessoas de diferentes grupos e faixas etárias. É preciso tomar precauções não apenas para evitar adoecer, mas também para não transmitir a doença a outras pessoas.

“Hoje, a vacina tem a capacidade comprovada de proteger contra casos graves da doença. Existem vários dados que confirmam sua eficácia, aumentando os níveis de anticorpos e reduzindo a chance de a doença se agravar”, completa.

O gestor de políticas públicas Caio Leal, brasiliense de 28 anos, afirma ter ganhado uma sensação maior de segurança e saúde após tomar a dose adicional.

“Em alguns ambientes, sei que estive em contato com pessoas que recentemente tiveram COVID-19, mas de alguma forma, não fui infectado. Certamente, atribuo isso à vacinação e destaco a importância de encarar esse processo não apenas como uma medida individual para se manter saudável e confiante, mas também como um ato coletivo de proteção às outras pessoas”, declara Caio.

Também é o caso da arquiteta Camilla Rodrigues, 23 anos, moradora do Distrito Federal. Camilla conta que contraiu a doença em agosto do ano passado, já com três doses da vacina. Como resultado, teve sintomas não tão intensos.

“Recentemente, no último mês, no dia 4, recebi a vacina bivalente e não tive muitas reações, foi bastante tranquilo em comparação com as reações que tive com as doses anteriores”, diz a arquiteta.
 

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10/11/2023 19:00h

Estado aplicou 8.673.547 doses da vacina monovalente e 476.553 vacinas da bivalente contra a doença

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Até o momento, no Amazonas foram registrados 638.301 casos de Covid-19 e 14.481 mortes pelo vírus. O estado aplicou 8.673.547 doses da vacina monovalente e 476.553 vacinas da bivalente contra a doença. Os dados são do Ministério da Saúde.

Manaus é o município que possui o maior número de doses aplicadas, tanto da monovalente, quanto da bivalente, com 4.825.032 e 243.854 respectivamente. Elza Gomes de 43 anos e moradora de Manaus conta que contraiu covid-19 antes do início da vacinação e teve fortes dores no corpo. Porém, após receber todas as doses disponíveis da vacina, não contraiu o vírus novamente.

“Aqui no estado do Amazonas, depois que as pessoas começaram a se vacinar ficou muito bom porque a doença não voltou mais. Tem alguns casos, mas são poucos, mas são os idosos que têm complicações de hipertensão, os diabéticos são as pessoas que mais têm a recaída do vírus”, avalia.

O infectologista Julival Ribeiro enfatiza a importância da dose de reforço da vacina bivalente, explicando que ela estimula o organismo a produzir mais defesas contra o vírus causador da Covid-19.

“Além do que, vale ressaltar, que para pessoas do grupo de risco é muito importante que  as pessoas não esqueçam de lavar as mãos —  e se forem para ambientes fechados, sem ventilação, usar sua máscara”, indica

De acordo com a Secretaria de Saúde de Manaus, para receber as vacinas primárias ou de reforço, é necessário apresentar um documento com foto, CPF ou Cartão Nacional de Saúde (CNS), além do cartão de vacinação. 

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08/11/2023 18:45h

O estado aplicou 28.267.609 doses da vacina monovalente e 1.656.140 vacinas da bivalente contra a doença. Os dados são do Ministério da Saúde

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Até o momento, no Rio Grande do Sul foram registrados 3.068.773 casos de Covid-19 e 42.521 mortes pelo vírus. O estado aplicou 28.267.609 doses da vacina monovalente e 1.656.140 vacinas da bivalente contra a doença. Os dados são do Ministério da Saúde.

Porto Alegre lidera em número de doses aplicadas de vacinas contra a covid-19, com 3.987.001 da monovalente e 339.159 da bivalente. O infectologista Julival Ribeiro ressalta a importância de a população buscar os centros de saúde para se vacinar contra a covid-19 e outras doenças infecciosas.

“Nós estamos observando ao longo desses meses a importância das pessoas tomarem a vacina para a covid-19, visto que ao longo desses meses, a vacina preveniu várias doenças e sobretudo, casos graves, hospitalizações e mortes”, avalia.

A auxiliar de desenvolvimento infantil de 20 anos e moradora do município de Farroupilha, Maria Luisa Chiaparini conta tomou as 3 doses contra covid-19 e acredita que a vacina pode diminuir os danos causados pelo vírus. 

“Eu pretendo tomar mais doses, porque o cuidado nunca é pouco”, afirma. 

O Município de Farroupilha, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde e da Comissão Intergestores Bipartite  —  formada por municípios Rio Grande do Sul oferece a vacinação contra a covid-19 em todas as Unidades de Saúde, além de drive-thrus e ações extramuros. 

Para a primeira dose, é necessário apresentar um documento com foto, CPF e Cartão SUS. Já para a segunda dose ou dose de reforço, é preciso levar a carteirinha de vacinação, CPF e um documento com foto.

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