Últimas notícias
Tweet parlamentar
;
Recuperados somam 12,64 milhões - 89,5% do total de infectados
O Brasil chegou a 380 mil óbitos em decorrência da pandemia de covid-19. Segundo a atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada nesta quarta-feira (21), em 24h, foram registradas 3.472 mortes.
Na terça-feira (20), o país chegou a 14 milhões de casos da doença desde o início da pandemia. Com a nova atualização, foram confirmados 14.122.795 casos de diagnósticos positivos desde o primeiro, em fevereiro de 2020. Nas últimas 24 horas foram registrados 79.719 novos casos.
Covid-19: força e massa muscular podem ajudar na redução do tempo de internação, aponta estudo
O que são as novas cepas do coronavírus?
O número de pessoas recuperadas está em 12.646.132. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.095.188. Ainda há 3.642 mortes em investigação.
O ranking de estados com mais mortes pela Covid-19 é liderado por São Paulo (90.627), Rio de Janeiro (42.110), Minas Gerais (30.994), Rio Grande do Sul (23.690) e Paraná (20.809). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.449), Roraima (1.466), Amapá (1.488), Tocantins (2.414), e Sergipe e Alagoas com 4.034 mortes cada.
Mutações podem tornar a Covid-19 mais transmissível, alertam especialistas
Ao final de 2019, um vírus até então pouco conhecido pela ciência provocou a morte de dezenas de pessoas na província de Wuhan, na China, por uma doença pulmonar grave – a Covid-19. O coronavírus (Sars-CoV-2), como foi denominado, rapidamente se espalhou a nível de pandemia e hoje registra um total de mais de 140 milhões de casos e 3 milhões de óbitos em todo o mundo.
Como agravante, em 2020, a comunidade médica e científica notificou novas cepas do coronavírus em vários países, inclusive no Brasil, que podem tornar a infecção mais transmissível e contagiosa.
Mas o que são novas cepas? O professor do Instituto de Física da Universidade Federal do Alagoas (Ufal), Sérgio Lira, explica que assim como acontece naturalmente com outros vírus, o Sars-CoV-2 passou por um processo de evolução. “Essas mutações no código genético do vírus ocorrem quando ele se replica dentro do organismo humano e as características mais vantajosas para o vírus sofrem seleção natural. Quando várias dessas mutações se acumulam num subgrupo da população viral, dizemos que esta é uma nova cepa.”
Preciso fazer teste depois de tomar a vacina contra Covid-19?
Câncer de mama: pacientes deixam de realizar procedimentos durante a pandemia
Covid-19: MS divulga informe com orientações sobre a Campanha Nacional de Vacinação
O doutor e pesquisador da Universidade Federal do Ceará (UFC), Marco Clementino, afirma que até o momento centenas de cepas do coronavírus já foram identificadas, mas nem todas são consideradas relevantes para a saúde pública. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) estabeleceu três classificações para monitorar essas mutações: as “variantes de interesse”; “de preocupação” e “de alta consequência”.
Segundo o doutor Marco Clementino, análises preliminares das “variantes de interesse” indicam que suas mutações podem vir a causar impactos na transmissão e na severidade da doença. As “variantes de preocupação” possuem indicadores de aumento na transmissibilidade e no aumento da severidade da doença. Já as “variantes de alta consequência” possuem evidências claras de que nenhuma medida de prevenção consegue reduzir a circulação do vírus.
O CDC considera as variantes B.1.526 (detectada em Nova York – Estados Unidos); B.1.525 (Nova York – Estados Unidos) e P.2 (Brasil) como “de interesse”; e as variantes B.1.1.7 (Reino Unido), P.1 (Brasil), B.1.351 (África do Sul), B.1.427 (Califórnia – Estados Unidos), B.1.429 (Califórnia – Estados Unidos) como “de preocupação”. Atualmente, nenhuma variante de alta consequência foi detectada para o Sars-Cov-2.
O epidemiologista Luciano Pamplona, professor das faculdades de Medicina da UFC e da UNICHRISTUS, explica que entre as centenas de cepas que existem, predominam-se aquelas que possuem maior capacidade de transmissão.
"Se uma cepa for mortal, a pessoal vai pegar, vai adoecer e vai morrer. Esse vírus não tem chance de se espalhar rapidamente. Tende a se espalhar mais as [cepas] que causam infecção assintomática, doenças mais leves, como a P1, por exemplo", explica.
Segundo o pesquisador Marco Clementino, as diferenças entre as cepas ainda são mutações pontuais no genoma do vírus.
“Atualmente, não há indicativos de que uma variante altere os sintomas da doença ou a letalidade. Contudo, temos evidências de que algumas variantes possuem uma taxa de transmissão maior do que outras”, comenta.
Segundo o CDC, as variantes B.1.1.7 do Reino Unido e a B.1.351 da África do Sul são 50% mais transmissíveis que o vírus ancestral. Já as cepas B.1.427 e B.1.429 da Califórnia são 20% mais transmissíveis.
O epidemiologista e coordenador da Sala de Situação da Universidade de Brasília, Jonas Brant, explica que o mecanismo de ação das novas cepas do coronavírus no organismo humano é basicamente o mesmo do vírus ancestral.
“Por enquanto não mudou nada em relação à forma de infecção e à patogenicidade. Mas o que a gente vê é uma maior eliminação do vírus no sistema respiratório e – ainda é difícil ter certeza das causas disso – um aumento importante do número de jovens sendo internados por Covid-19”, afirma.
Segundo Brant, o aumento de jovens internados por Covid-19 pode ser causado tanto pela vantagem dessas novas cepas em infectar pessoas mais jovens, quanto pelo aumento da exposição desse grupo ao vírus através de aglomerações.
O professor da Ufal, Sérgio Lira, afirma que as medidas de prevenção para as novas cepas do coronavírus continuam as mesmas: uso de máscaras, manter os ambientes ventilados, evitar aglomerações, higienizar as mãos etc.
O epidemiologista Jonas Brant recomenda reforçar a filtragem das máscaras.
“Nesse momento em que a probabilidade de entrar em contato com pessoas com vírus é cada vez maior, o uso da máscara de pano deve ser substituído pela máscara cirúrgica, por baixo da máscara de pano, ou pela máscara N95 ou PFF2. O uso de filtragens melhores pode garantir maior proteção.”
Desde o início da pandemia, quase 12,4 milhões de brasileiros se recuperaram da doença
O Brasil registrou 42.980 casos da Covid-19 nas últimas 24 horas. O país também confirmou mais 1.657 óbitos por causa da doença. Os dados divulgados neste domingo (18) são da atualização mais recente do Ministério da Saúde. Até agora, são quase 14 milhões de casos e 373.335 mortes pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
Os dados registrados aos fins de semana e às segundas-feiras costumam ser menores devido a menor quantidade de trabalhadores para fazer novos registros de casos e mortes. O número de brasileiros que já se recuperaram da Covid-19 se aproxima de 12,4 milhões. O total de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, é 1.178.137.
Preciso fazer teste depois de tomar a vacina contra Covid-19?
Covid-19: MS divulga informe com orientações sobre a Campanha Nacional de Vacinação
Pesquisadores da Fiocruz realizam estudo sobre trabalhadores invisíveis da saúde
No recorte por estados, São Paulo é o que registra mais óbitos: 88.350, ao todo. Em seguida, vêm Rio de Janeiro (41.310), Minas Gerais (30.309), Rio Grande do Sul (23.192) e Paraná (20.349). Acre, Roraima, Amapá, Tocantins e Sergipe, por outro lado, são as unidades da federação com menos mortes.
Número é superior à quantidade de pessoas que estão em acompanhamento médico
O Brasil já registra 12.236.295 milhões de pessoas curadas da Covid-19. O número de recuperados no país é maior do que a quantidade de pacientes em acompanhamento médico, 1.144.942 milhão. O registro de pessoas que se recuperaram da doença representa a maioria do total de casos acumulados (89%). As informações foram atualizadas pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (15).
Para ampliar a vacinação, o governo federal contratou mais de 562 milhões de doses para 2021, após acordos com diferentes laboratórios. Dessas, mais de 32,2 milhões já foram aplicadas.
Covid-19: Saiba a forma correta de usar a máscara
Planos de saúde: autorização para teste de Covid-19 deve ser imediata
Neste momento, o Brasil registra 13.746.681 milhões de casos confirmados da doença, sendo 73.174 novos casos nas últimas 24h. Em relação aos óbitos, o país tem 365.444 mortes por coronavírus. Nas últimas 24h, 1.182 mil pessoas morreram pelo vírus.
“Como pega Covid?”, “Como tratar Covid?” e “Falta de ar Covid, o que fazer?” são dúvidas ainda comuns que vêm sendo pesquisadas com frequência na internet nos últimos dias
Como se pega Covid? Como tratar Covid? Em caso de falta de ar por Covid, o que fazer? Essas dúvidas podem parecer bem esclarecidas para toda a população após um ano de pandemia, mas uma análise do Google Trends mostra que ainda há muitas dúvidas entre os brasileiros sobre o novo coronavírus.
A ferramenta do site de pesquisa mostra quais as buscas mais realizadas no Google em cada país e região. Dentro do termo “Covid”, questionamentos básicos evidenciam que é preciso ampliar o acesso à informação para esclarecer pontos da doença e evitar a disseminação da pandemia.
Na última semana, “Como saber se estou com Covid?” foi uma das perguntas mais pesquisadas no site, como aponta o Google Trends. Desde o começo da pandemia, o período entre 21 a 27 de março de 2021 foi o que mais registrou buscas desse questionamento. Naquela semana, o Brasil bateu dois recordes de mortes em decorrência do novo coronavírus em 24 horas, com 3.250 óbitos no dia 23 e 3.650 mortes no dia 26.
Hugo Cândido, especialista em tecnologia da SysCoin, explica como funciona a plataforma que permite visualizar essas buscas. “O Google Trends é uma ferramenta da própria empresa, disponibilizada gratuitamente, para que a gente consiga pesquisar os termos mais populares que são pesquisados na plataforma do Google recentemente. Nós conseguimos entrar com pesquisas e descobrir o quanto as pessoas estão buscando por aquele termo em um passado recente. Um mês, uma semana, dois meses ou até mesmo no último ano. E aí você consegue descobrir a frequência com que as pessoas pesquisam aquele termo”, detalha.
O site não mostra a quantidade absoluta de pesquisas, mas mostra o volume de pesquisas, com valores entre zero — que significa que não havia dados suficientes sobre o termo para uma estatística — e 100 — que representa o pico de popularidade de um termo. O pico de pesquisas da palavra “Covid” também aconteceu entre 21 e 27 de março deste ano.
Outras dúvidas da população pesquisadas no Google com frequência nas últimas semanas são perguntas como: “Estou com Covid, o que fazer?”, “Falta de ar por Covid, o que fazer?”, “Contato com pessoa com Covid, o que fazer?” e “Como pega Covid?”. Hugo Cândido lembra que esses dados podem ser úteis de diversas formas.
“A ferramenta do Google Trends permite fazermos essas pesquisas e tirar insights para campanhas ou descobrir até mesmo a melhor forma de se comunicar com certo público”, diz o especialista em tecnologia. Dentro dessa análise de que as buscas podem ser caminhos para levar informações de qualidade, o portal Brasil61.com preparou uma série de matérias com especialistas esclarecendo as principais dúvidas em relação à pandemia.
A infectologista Evelyne Girão, do Hospital São José (HSJ), em Fortaleza, foi uma das profissionais de saúde convidadas para esclarecer alguns temas. O termo “Falta de ar Covid” mostra que muitas pessoas contaminadas ficam sem saber o que fazer após sentir dificuldade respiratória. Para a médica, esse sintoma é considerado grave e deve ser acompanhado por um especialista.
“Caso o paciente apresente algum sinal de gravidade, febre constante, falta de ar, desmaio, tosse persistente, principalmente se tiver em torno do 7º dia [após a contaminação], ele tem que procurar um médico para fazer uma avaliação. Avaliar a saturação, coletar alguns exames, e caso indicado a necessidade de internação”, pontua.
Entre os dez estados que mais pesquisaram no Google sobre falta de ar durante os últimos 12 meses, nove são unidades da federação do Norte ou Nordeste. O Amapá lidera em buscas sobre esse sintoma da doença, e é o segundo estado com mais casos de contaminações no Brasil a cada 100 mil habitantes. Na aba “assuntos relacionados”, o Google Trends mostra também que a pesquisa sobre “saturação de oxigênio” teve um aumento repentino nos últimos dias.
A ferramenta do site de pesquisas é atualizada a todo instante. No momento em que a reportagem estava sendo escrita, esses eram os cinco tópicos mais buscados em relação ao novo coronavírus incluindo a palavra “como”, para indicar as dúvidas dos brasileiros:
Dentro do campo de perguntas que incluem “o que fazer?”, essas foram as cinco mais pesquisadas no momento:
“Se você tiver uma Covid leve, deve ficar em casa, isolado em um quarto, usando, se possível, um banheiro exclusivo para você. Se for sair do seu quarto, tem que usar máscaras para não contaminar as outras pessoas. Uma das coisas mais importantes hoje é quem está com Covid observar como vai a evolução do seu caso. Imagine uma febre que não passe de jeito nenhum, pacientes às vezes que têm falta de ar, muito cansaço. Eles devem procurar uma unidade hospitalar”, ressalta.
O Google Trends analisa também que nunca se buscou tanto por “UTI” na internet como neste período de pandemia. O site tem um banco de dados computados desde 2004, e aponta que abril de 2020 e março de 2021 foram os meses em que mais se pesquisou por unidade de tratamento intensivo em todo esse período histórico.
Atualmente, o Brasil acumula 361.884 óbitos na pandemia e 13,6 milhões de pessoas que já tiveram contato com a Covid-19. Ao todo, são 12 milhões de curados e 1 milhão de brasileiros com casos ativos da doença.
Dúvida sobre o que fazer após ter contato com alguém contaminado pela Covid-19 é comum nas ferramentas de pesquisas on-line e alerta para necessidade de passos recomendados que evitam a disseminação do vírus
Após um ano de pandemia, é raro não conhecer alguém que foi infectado pela Covid-19. Mas o que fazer após contato com uma pessoa com Covid? Essa é uma pergunta frequente de brasileiros na internet.
De acordo com dados do Google Trends, ferramenta do site de pesquisa que mostra quais as buscas mais realizadas em cada região, a procura por “Contato com pessoa com Covid, o que fazer?”, é a mais frequente nos últimos dias dentro do assunto da pandemia.
Para responder ao questionamento e evitar a disseminação do vírus, Julival Ribeiro, médico membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), é enfático: “nessa situação, é preciso realizar a testagem, mesmo sem sintomas claros da doença.”
“Qualquer pessoa que teve contato com outra que testou positivo para Covid-19 deve realizar o teste de coleta com o swab do nariz, que pode ser o RT-PCR ou o teste de antígeno. É importante fazer o teste para saber se está com coronavírus ou não. Porque se o paciente pegou Covid-19, terá que seguir todas as recomendações. Ficar de quarentena em casa, no quarto, sem poder sair para não infectar outras pessoas. Por isso é muito importante que todos que tiveram contato com alguém contaminado façam o teste para ver se está infectado ou não. Têm pessoas que estão infectadas e não têm sintoma nenhum. São assintomáticas, mesmo assim podem continuar transmitindo o vírus para outras.”
Ou seja, a dúvida buscada no Google tem uma resposta certeira. O primeiro passo a ser feito após ter contato com alguém que foi infectado pela Covid-19 é realizar o teste para saber se também foi contaminado. Isso evita a circulação do vírus entre pessoas assintomáticas. Até que o resultado do exame saia, as recomendações do começo da pandemia continuam valendo. É preciso realizar o uso correto de máscaras e manter o distanciamento social, sem aglomerações.
Google Trends mostra que pesquisas sobre a dúvida “Falta de ar Covid, o que fazer?” têm crescido no Brasil nos últimos dias
O diagnóstico positivo da Covid-19 saiu, o paciente recebeu orientações médicas, mas não foi internado. Eis que surge uma falta de ar em casa. O que fazer? Essa dúvida vem sendo comum neste período de crescimento de casos confirmados do novo coronavírus no Brasil.
Uma análise da plataforma Google Trends, ferramenta do site de pesquisa que mostra quais as buscas mais realizadas em cada região, aponta que as pesquisas por “Falta de ar Covid, o que fazer?” estão em alta na última semana dentro do tema pandemia.
A infectologista Evelyne Girão, do Hospital São José (HSJ), em Fortaleza, ressalta que esse sintoma é considerado grave e deve ser acompanhado por um especialista. Segundo ela, o paciente tem que observar possíveis sinais de alerta durante o período de isolamento necessário.
“Caso ele [o paciente] apresente algum sinal de gravidade, febre constante, falta de ar, desmaio, tosse persistente, principalmente se tiver em torno do 7º dia [após a contaminação], ele tem que procurar um médico para fazer uma avaliação. Avaliar a saturação, coletar alguns exames, e caso indicado a necessidade de internação. Em alguns desses casos, principalmente com baixa oxigenação, a única medicação comprovadamente benéfica e que reduz a mortalidade é o uso do corticoide, que deve ser prescrito somente pelo médico, após o 7º dia e para aqueles pacientes que têm indicação. Não é recomendado passar corticoide para todo mundo, e mostrou-se [por estudos] que o uso do medicamento na primeira semana da doença é maléfico, aumenta o risco de complicação”, diz.
Evelyne Girão lembra ainda que qualquer medicação deve ser prescrita pelo profissional da saúde, e que se automedicar pode expor o paciente em tratamento da Covid-19 a diversos riscos.
Número de óbitos pela doença desde o início da pandemia no País é superior a 358 mil
O mais recente balanço do Ministério da Saúde aponta que o Brasil registrou 3.808 mortes nas últimas 24 horas por Covid-19. Com isso, o número de brasileiros vítimas da doença subiu para 358.425. Ainda existem 3.694 óbitos em investigação. O boletim do órgão que leva em conta as informações das Secretarias Estaduais de Saúde mostra, também, que o número de casos se aproxima de 13,6 milhões.
Apenas entre segunda (12) e terça-feira (13) foram contabilizados mais 82.186 casos. Em relação aos que se recuperaram da Covid-19, a contagem chegou a 12.074.798 pessoas. Mais de um milhão de pacientes são considerados casos ativos da doença atualmente. No recorte por estados, São Paulo lidera como aquele com mais óbitos pelo novo coronavírus: 84.380, ao todo.
Estudos apostam no reposicionamento de medicamentos para tratar Covid-19
Como se pega a Covid-19?
Em seguida, vêm Rio de Janeiro (39.791), Minas Gerais (28.152), Rio Grande do Sul (22.388) e Paraná (19.531). De acordo com o Ministério da Saúde, 47,8 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 já foram distribuídas aos estados e municípios. Desse total, 27,8 milhões de doses foram aplicadas, sendo 21,3 milhões da primeira e 6,4 milhões da segunda.
Segundo o comunicado, cada frasco de imunizante contém 10 doses de 0,5 ml. Entidade reafirma que volume é suficiente e foi aprovado pela Anvisa
Após relatos de gestores municipais, o Instituto Butantan emitiu, em suas redes sociais, uma nota oficial sobre a distribuição de um volume menor na composição das ampolas das vacinas. Segundo o comunicado, cada frasco de imunizante contra a Covid-19 contém 10 doses de 0,5 ml e mais um conteúdo extra, totalizando 5,7 ml.
O Butantan ainda reafirma que o volume foi aprovado pela Anvisa e é considerado suficiente para a extração das 10 doses, podendo render até 11 doses do imunizante. Para isso, o Instituto relembra da importância de fazer a aspiração correta das vacinas contidas em cada frasco, e que eles, inclusive, já produziram informes técnicos que orientam os profissionais da saúde a usarem as doses extras.
Após o ocorrido, a bula da Coronavac irá ser atualizada e ganhará também um vídeo explicativo. Eles poderão ser acessados no site oficial do Instituto Butantan.
Método já é tradição na Medicina, mas especialistas alertam para risco da automedicação
Médicos e pesquisadores de todo o mundo apostam na técnica de reposicionamento de medicamentos para tratar Covid-19. O método consiste em usar uma droga, que já possui aprovação para determinado fim terapêutico, para tratar outra enfermidade. Diversos estudos científicos foram realizados, ou estão em andamento, e alguns já obtiveram bons resultados.
Em entrevista exclusiva ao portal Brasil61.com, o médico neurocirurgião e especialista no enfrentamento de crises em Saúde, Paulo Porto, afirma que o reposicionamento é uma tradição médica.
“Está usando remédio para pressão alta para tratar queda de cabelo. Isso é uma tradição médica. Reposicionamos medicamentos, quando descobrimos que eles têm outras utilidades, além das quais eles foram projetados”, defende.
Confira a entrevista completa sobre tratamento medicamentoso da Covid-19 com médico neurocirurgião e especialista no enfrentamento de crises em Saúde, Paulo Porto, no Entrevistado da Semana do portal Brasil61.com.
Prefeituras indicam Ivermectina para tratar Covid-19
Médicos comentam sobre medicações e interesses farmacêuticos durante a crise da Covid-19
A doutora Mariana Gonzaga, professora de farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro do Conselho Científico do Instituto para Práticas Seguras no uso de Medicamentos (ISMP-Brasil), afirma que o reposicionamento de remédio também é uma prática comum da indústria farmacêutica.
“Os medicamentos normalmente são aprovados para uma indicação terapêutica inicial, que pode depois ser expandida para outras indicações. E pode ser colocado em prática com a realização de novos ensaios clínicos randomizados”, explica.
Para doutora Mariana, o reposicionamento seria uma excelente estratégia para tratar Covid-19, uma vez que a comunidade de saúde já conhece o perfil de segurança dos medicamentos existentes. No entanto, boa parte dos estudos científicos realizados até o momento, inclusive incentivados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não foram capazes de comprovar a eficácia.
“Discutimos muito sobre a possível estratégia de reposicionamento de medicamentos, como hidroxicloroquina e cloroquina, para essa finalidade. Entretanto os resultados desses ensaios clínicos não demonstraram a eficácia destes medicamentos e de vários outros que foram testados nessa prerrogativa”, ressalva.
Em depoimento no Senado Federal, o médico neurocirurgião e especialista no enfrentamento de crises em Saúde, Paulo Porto, apresenta uma Nota Técnica apresentada ao Ministério Público de Goiás, contendo evidências científicas acerca do atendimento integral das pessoas acometidas com a Covid-19.
“Aqui os senhores têm mais 100 páginas de evidências científicas. Este documento, produzido por médicos e pesquisadores, tem mais de 93 evidências e mais de 60 estudos.”
Em entrevista ao portal Brasil61.com, o doutor Paulo Porto cita também uma série de estudos publicados na National Library of Medicine (NIH) sobre o reposicionamento de medicamentos para tratar Covid-19, como “O tratamento antiviral precoce contribui para aliviar a gravidade e melhora o prognóstico de pacientes com Covid-19”; “Favipiravir e a necessidade de tratamento ambulatorial precoce da infecção por SARS-CoV-2 (Covid-19)”; “A hidroxicloroquina é eficaz e consistente quando fornecida precocemente, para paciente com Covid-19: uma revisão sistemática”; “Um curso de cinco dias de Ivermectina para o tratamento de Covid19 pode reduzir a duração da doença” (em traduções livres).
O médico imunologista Roberto Zeballos defende, em suas redes sociais, o reposicionamento de medicamentos para tratar a Covid-19.
“O tratamento tardio é o que mais mata nesse vírus. Independe do remédio, quando você acolhe precocemente, as perdas são mínimas. Olhe Porto Feliz, Porto Seguro, Búzios: é um atendimento imediato, independente da droga A, B ou C. Porque o que conta é usar o corticoide no início da infecção pulmonar”, afirma.
Em seu portal, o Conselho Federal de Medicina reforça que “as autonomias do médico e do paciente na escolha do tratamento devem ser respeitadas, conforme previsto na Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos do Homem, permitindo-lhes definir em comum acordo e de forma esclarecida suas escolhas terapêuticas no enfrentamento da Covid-19, conforme previsto no Parecer CFM nº 4/2020”. O texto alerta, no entanto, que a autonomia não isenta o profissional de suas responsabilidades, conforme prevê o Código de Ética Médica.
Os ensaios clínicos do reposicionamento do medicamento Remdesivir, para tratar Covid-19, tiveram resultados positivos e hoje ele é o único remédio aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esta finalidade. Inicialmente, a droga foi desenvolvida para combater o ebola.
“O Remdesivir tem o potencial de reduzir o tempo para recuperação do paciente. Mas é um medicamento injetável, manejado no âmbito do sistema de saúde e não em paciente que não está internado”, ressalta a médica Mariana Gonzaga.
A especialista também cita o uso de corticoides, como Dexametasona, que se mostrou eficaz no tratamento de pacientes com Covid-19, que precisaram de reposição de oxigênio.
“Para esses pacientes graves de Covid-19, a Dexametasona tem o potencial de reduzir a mortalidade. Mas eu reforço que seria um âmbito hospitalar de um paciente grave.”
Entenda como corticoide pode ser usado para tratar casos graves de Covid-19
O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Dozinetti Giamberardino, orienta que o método de reposicionamento só deve ser feito sob o acompanhamento médico.
“Quando o médico decide usar uma medicação off label (fora da bula), ele deve avaliar todo risco e benefício. Nesse sentido, só é possível fazer medicação off label com a devida informação, autonomia do médico e do paciente e, principalmente, com acompanhamento médico”, aconselha.
O uso indiscriminado de medicamentos sem prescrição médica também preocupa a doutora Mariana Gonzaga.
“Sempre ouvimos essa máxima de que mal também não vai fazer e isso nunca é uma frase que se aplica ao uso de medicamento, já que isso pode estar associado à ocorrência de reações adversas. Temos medicamentos que tem potencial de alterar a função hepática, que podem prejudicar a função neurológica”, alerta.
Segundo a especialista, medicamentos como Ivermectina e Nitazoxanida, mesmo em dose única ou repetida quinzenalmente, possuem documentação de efeitos adversos; e ainda assim, pessoas estão fazendo uso contínuo em doses muito mais altas.
“É muito preocupante, principalmente porque são pessoas que podem estar consumindo álcool, o que potencializaria esses efeitos adversos. São pessoas que podem estar tomando outros medicamentos ou já ter problemas de saúde.”
Além disso, a especialista ressalta que a própria Covid-19 pode causar lesões neurológicas e em órgãos como rins e fígado, o que pode ser potencializado pelos efeitos adversos do consumo indiscriminado de medicamentos.