LOC.: As vendas do comércio varejista brasileiro cresceram 1% em fevereiro. Esse desempenho levou o volume de vendas do varejo ao seu ponto mais alto, desde o início da série histórica em 2000. A estimativa da CNC é de que vendas totais em fevereiro atingiram mais de 209 bilhões de reais. As informações são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo IBGE.
O economista sênior da CNC Fabio Bentes afirma que, ao longo do anos, os juros têm caído — e hoje estão no menor patamar há um ano e meio.
TEC./SONORA: Fabio Bentes, economista sênior da CNC
“Isso ajuda diversos segmentos do comércio, ajuda a desafixar o orçamento da população, que andou bastante apertado por conta dos problemas decorrentes da pandemia, e vai ajudar aqueles segmentos que ainda não conseguiram se recuperar do tombo causado pela crise sanitária.”
LOC.: O segundo avanço consecutivo nas vendas do comércio varejista em 2024 foi impulsionado pelo setor de farmácias, perfumarias e cosméticos. O setor registrou um aumento de 9,9% em fevereiro. Outros segmentos de destaque foram as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico e o setor automotivo.
Para o sócio proprietário do Madô Burger Brasília, Lélio Reis, a tendência é que o comércio varejista continue melhorando junto com o crescimento da economia.
TEC./SONORA: Lélio Reis, sócio proprietário do Madô Burger Brasília
“Nesse primeiro semestre nós abrimos mais uma unidade do restaurante e trouxemos a expansão da hamburgueria do Mato Grosso para Brasília. Então estamos sentindo essa melhora na economia.”
LOC.: Para os próximos meses, o economista Cesar Bergo também afirma que há expectativas de melhorias para o comércio varejista.
TEC./SONORA: Cesar Bergo, economista
“As expectativas são de melhoria nesse cenário de cenário de taxa de juros, com a queda gradativa da Selic, e com a inflação que tem ficado abaixo de 4%. É lógico que esse movimento do varejo acaba, de alguma forma, impactando o segmento de serviços, o que é uma preocupação do Banco Central. Mas de qualquer forma, não tenha dúvida que esses números surpreendem positivamente.”
LOC.: O economista afirma que esse resultado acaba melhorando também a probabilidade do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. Ele lembra que inicialmente as previsões variavam entre 1.5% e 1.7%, mas o resultado do varejo pode apontar para um crescimento acima de 2%, podendo chegar até 2.2%.
Reportagem, Nathália Guimarães