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Baixar áudioAinda faltam duas semanas para o fim de 2025, mas o Brasil já superou a marca de R$ 5 trilhões em gastos públicos primários. Até o fim do mês, a previsão da plataforma Gasto Brasil, idealizada pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de São Paulo (ACSP), é que todas as despesas pagas pela União, estados e municípios somem R$ 5,2 trilhões, o equivalente a 44% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2024.
Para Cláudio Queiroz, coordenador do Gasto Brasil e consultor da CACB, a má qualidade desse gasto prejudica diretamente a vida dos brasileiros. “O Brasil seria o melhor lugar para se morar do mundo. Não tem terremoto, não tem maremoto, não tem terroristas. Então, nós conseguiríamos viver bem. E não é realidade por falta de um controle do governo, uma falta efetiva de distribuição”, avalia.
O painel contabiliza apenas aquilo que os governos efetivamente pagam, sem discriminar despesas empenhadas ou juros da dívida, por exemplo. Segundo o levantamento, 42% do total é desembolsado pela União, enquanto estados e municípios correspondem a 28% do total de gastos.
A avaliação da CACB é que esse cenário ajuda a entender a relutância do Banco Central em baixar a taxa básica de juros. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve em 15% ao ano a alíquota da Selic – maior patamar dos últimos 20 anos –, adiando para o ano que vem uma possível trajetória de baixas. A intenção é reduzir a atividade econômica, impulsionada pelos gastos governamentais, para realizar o controle inflacionário.
Segundo Queiroz, a postura tem se mostrado efetiva, em que pese os impactos econômicos. O gestor vê um “estrangulamento” do setor produtivo, principalmente do varejo, com as barreiras para conseguir crédito junto às instituições financeiras. Como resultado, a inflação no Brasil tem desacelerado e, pela primeira vez em 13 meses, está abaixo do teto da meta de 4,5%, ao passo que o crescimento econômico também vem perdendo força, devendo fechar 2025 em 2,2%, menor taxa desde 2020.
Benefícios previdenciários, pagamento de servidores e encargos sociais abocanham quase dois terços dos gastos. Por isso, Queiroz entende ser inevitável, em algum momento, a aprovação de reformas impopulares, como a administrativa e a previdenciária, além da tributária, que começa a vigorar no próximo ano.
“Seja qual for o governo, não importa se ele é de direita, esquerda, centro, vai chegar em 2027 e vai ter que mexer com algumas reformas de impacto para tentar equilibrar as contas públicas”, afirma o especialista.
O maior empecilho para isso, segundo Queiroz, são as eleições de 2026. Governantes não apenas evitam fazer cortes orçamentários em ano eleitoral como elevam as despesas em busca de garantir a própria eleição e de aliados.
A plataforma Gasto Brasil busca ampliar a transparência das contas públicas ao evidenciar, em tempo real, os valores desembolsados pelo governo. A ferramenta apresenta os gastos públicos primários dos governos Federal, estaduais, do Distrito Federal e dos municípios retirados de base do Tesouro Nacional.
Também é possível visualizar as despesas com pessoal por poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública. O objetivo do painel é possibilitar que cada cidadão acompanhe como o poder público utiliza os recursos.
Copiar o textoAgropecuária é o único setor com crescimento; é o segundo mês seguido de queda do índice
Baixar áudioO Banco Central divulgou, nesta segunda-feira (15), o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de outubro de 2025. O indicador — entendido como uma “prévia do Produto Interno Bruto” do Banco Central — mostrou retração de 0,2% em relação a setembro, sendo o segundo mês seguido de queda. A última alta mensal do IBC-Br foi em agosto, quando o índice cresceu 0,4%.
O único setor a apresentar crescimento em outubro foi o agropecuário, que cresceu 3,1%. O setor de indústria e o de serviços apresentaram queda de 0,7% e 0,2%, respectivamente. O cálculo é feito após ajuste sazonal, levando em conta condições específicas dos períodos comparados.
Desconsiderando o ajuste sazonal, a prévia do PIB para outubro de 2025 teve alta de 0,4% frente ao mesmo mês de 2024, e representou crescimento acumulado de 2,5% em um período de 12 meses. Além disso, o IBC-Br apresentou crescimento de 2,4% na comparação com os dez primeiros meses de 2024.
Medido oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e atua como indicador da evolução da economia nacional. A grosso modo, um aumento do índice sinaliza um crescimento da produção e do consumo interno.
A metodologia utilizada pelo BC e pelo IBGE para calcular os índices é diferente. O IBC-Br incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda, como faz o PIB do IBGE.
A diminuição do ritmo de crescimento da economia brasileira já era esperada pelo governo federal e pelo mercado financeiro. O motivo é o alto patamar da taxa de juros, a Selic, no país — mantida a 15% ao ano pelo BC durante a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da última quarta-feira (10) —, o maior em quase 20 anos.
Segundo o Banco Central, a resistência em reduzir os juros tem como objetivo conter as pressões inflacionárias no Brasil. Membros do Copom, como o presidente do BC, Gabriel Galípolo, sinalizaram que a Selic deverá ser mantida no patamar atual por um período “bastante prolongado”, o que só tende a mudar quando os indicadores inflacionários para 2025 e 2026 indicarem uma redução satisfatória.
A estimativa do mercado financeiro é de um crescimento de 2,25% do PIB em 2025, aquém dos 3,4% em 2024. Analistas dos bancos esperam que cortes na Selic venham somente em 2026.
Apesar das preocupações do governo e do mercado quanto aos juros estarem “freando” o avanço da economia, o BC comunicou, após a última reunião do Copom, que o “hiato do produto” segue positivo — ou seja, que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação.
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Baixar áudioA taxa básica de juros já deveria ter iniciado um ciclo de queda para evitar o agravamento da desaceleração econômica e a perda de ritmo do mercado de trabalho. A consideração é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que criticou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a Selic em 15%.
O presidente da entidade, Ricardo Alban, defende que a permanência dos juros nesse patamar é uma medida “excessiva e prejudicial”. Na avaliação dele, isso encarece o crédito, inibe o investimento e compromete a competitividade da indústria.
Alban destaca, ainda, que o próprio Comitê entende que as consequências dos juros elevados ainda não se materializaram por completo. “Há espaço para uma mudança gradual na política monetária sem comprometer a convergência da inflação para a meta”, pontua.
De acordo com a CNI, a taxa de juros real, que é calculada com base nas expectativas de inflação, deve concluir 2025 em torno de 10,5% ao ano. O resultado corresponde a cerca de 5,5 pontos percentuais acima da taxa neutra determinada pelo Banco Central. Diante disso, o país continua entre os que contam com as maiores taxas de juros reais do mundo, atrás apenas da Turquia.
CNI: PIB deve crescer 1,8% em 2026, afetado por juros altos
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Na avaliação do diretor de Economia da CNI, Mario Sérgio Telles, de maneira geral, a desaceleração da economia é praticamente guiada pelas taxas de juros. Para ele, o quadro atual pode comprometer o desenvolvimento do país, no próximo ano, em várias frentes.
“O crescimento das concessões de crédito, que no ano passado foi mais de 10%, este ano deve ser em torno de 3,6% e o ano que vem em torno de 3%. Então, o crédito novo, para gerar consumo, está cada vez crescendo menos. Esse é um fator que faz com que o crescimento da economia seja menor, porque o consumo cresce menos. Para o ano que vem, estamos projetando um crescimento do consumo de apenas 1,8%. É uma queda muito grande, provocada por juros”, destaca.
Estimativas divulgadas pela CNI também revelam que a taxa básica de juros de equilíbrio – compatível com o controle da inflação e o pleno emprego – deveria estar em torno de 10,5% ao ano. Nesse caso, há indício de que a Selic atual está 4,5 pontos percentuais acima do nível necessário. Para a entidade, esse cenário reflete uma postura monetária conservadora do Banco Central.
No 3º trimestre de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro aumentou 0,1%, ou seja, foi verificada uma perda de ritmo na comparação com o 2º trimestre, quando a economia registrou um salto de 0,3%. Também houve retração em relação ao 1º trimestre, que contou com alta de 1,5%.
No que diz respeito ao setor industrial, entre janeiro e outubro deste ano, a produção aumentou apenas 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados constam na Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Impacto no mercado de trabalho e concessões de crédito
No trimestre encerrado em outubro, a quantidade de pessoas ocupadas aumentou somente 0,1%, frente ao mesmo trimestre móvel anterior, encerrado em julho. Diante de uma elevação das taxas médias de juros das operações e da alta da inadimplência, as concessões de crédito saíram de um aumento de 10,7% no acumulado em 12 meses até dezembro de 2024 para apenas 4,5% até outubro deste ano.
A CNI ressalta que o impacto dos juros elevados também se estende ao setor público, já que aumenta o custo da dívida e o déficit nominal. Informações apresentadas pelo Banco Central mostram que, com base nos dados de novembro de 2025, uma elevação de 1 ponto percentual na Selic aumenta a dívida bruta do governo geral em R$ 55,6 bilhões, ao longo de 12 meses.
A entidade argumenta ainda que o momento econômico do Brasil também apresenta “sinais consistentes” de que as pressões de preços começam a ceder. No caso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, por exemplo, houve um salto de 0,18%, o que trouxe a inflação acumulada em 12 meses para 4,46%, dentro do intervalo de tolerância da meta.
Além disso, as expectativas de inflação continuam em tendência de queda. Dados do Boletim Focus mostram que a projeção para o IPCA deste ano caiu para 4,4%, enquanto as expectativas para 2026, 2027 e 2028 recuaram para 4,16%, 3,8% e 3,5%, respectivamente.
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Baixar áudioO Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 1,8% em 2026. Essa é a projeção do relatório Economia Brasileira 2025-2026, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (10). O documento apresenta as principais estimativas para a atividade econômica, emprego, inflação, juros e comércio exterior do país para este e o próximo ano.
O avanço previsto para o PIB em 2026 será impulsionado principalmente pelo setor de serviços, com alta estimada de 1,9%. A indústria deve desacelerar em relação a 2025, com expansão de 1,1%, enquanto a agropecuária deve permanecer praticamente estável (+0,0%).
O diretor de Economia da CNI, Mario Sergio Telles, destaca que o ritmo de crescimento será o mais fraco desde 2020, ano marcado pela pandemia. “Em 2024, o crescimento foi de 3,4%. Ou seja, agora é metade do crescimento de 2024”, afirma.
Segundo Telles, a desaceleração em 2026 será resultado direto da manutenção dos juros elevados. “A concessão de crédito para consumo — que em 2024 foi de mais de 10%, esse ano deve ser em torno de 3,6% e o ano que vem será em torno de 3% — está cada vez menor. Então, esse é um fator que faz com que o crescimento da economia seja menor, porque o consumo cresce menos”, explica.
Apesar disso, a queda do PIB não será maior devido a três fatores:
Durante o lançamento do relatório, na sede da CNI, em Brasília, o presidente da entidade, Ricardo Alban, defendeu a eficiência da redução da taxa de juros e a contenção dos efeitos da política monetária.
“Eu entendo que os juros são algo que pode ser administrado de forma mais efetiva, com entregas mais imediatas do que as reformas estruturais que nós precisamos fazer. Eu vejo que a política monetária precisa incorporar outras ferramentas para atingir o mesmo objetivo, que é minimizar o efeito da política expansionista.”
A CNI projeta que a taxa Selic encerrará 2026 em 12%. Mesmo com a redução prevista, o impacto vai demorar a chegar à economia real. “Entre o início do processo de redução no Banco Central e isso chegar na economia real, tem uma defasagem. Então, o ano de 2026 ainda vai ser marcado por um efeito bastante negativo da política monetária”, explica Mario Sergio Telles.
Para Ricardo Alban, manter os juros em patamar elevado prolongará a desaceleração econômica, afetando especialmente a indústria. “O impacto recai sobre a população, pois isso se reflete em menos emprego e renda. É necessário que o Banco Central não apenas inicie o ciclo de cortes na taxa Selic o quanto antes, mas que, ao final de 2026, tenhamos juros reais menores do que as projeções indicam no momento”, avalia.
De acordo com o relatório, a inflação deve fechar 2026 em 4,1% e os juros reais devem ficar em torno de 7,9%, ainda elevados e capazes de inibir o crescimento econômico e o investimento.
Mesmo sob pressão dos juros altos, o setor da construção deve apresentar bom desempenho em 2026. A CNI estima um crescimento de 2,5%, impulsionado pelo novo modelo de crédito imobiliário, pelo aumento do valor máximo dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e por novas linhas de financiamento para reforma de moradias de baixa renda.
A indústria extrativa, por sua vez, deve crescer 1,6%, beneficiada pela forte extração de petróleo e minério de ferro. Já a indústria de transformação deve ter o pior desempenho entre os segmentos industriais, com expansão de apenas 0,5%, pressionada pelo crédito caro e pela queda da demanda doméstica.
“Esses dois setores — indústria de transformação e construção — estão sendo afetados pela taxa de juros muito alta, o que reduz a demanda interna por bens de consumo industriais e também torna mais caro adquirir imóveis, portanto, desestimula um setor muito dependente de crédito”, explica Telles.
Além disso, a indústria da transformação também é prejudicada pelo crescimento de 15,3% das importações em 2025. “As importações estão tomando conta do pouco que cresce a demanda interna por bens industriais no Brasil”, declara Telles.
A CNI projeta que as exportações alcancem US$ 355,5 bilhões em 2026, alta de 1,6% sobre 2025. O crescimento, porém, deve ser limitado por fatores como a imposição de tarifas pelos Estados Unidos, possível desaceleração da economia argentina — importante parceiro comercial do Brasil —, safra de grãos mais modesta e menor demanda por petróleo.
No caso das importações, espera-se uma menor demanda por insumos importados e aumento das compras de bens de consumo. Com isso, as compras externas devem chegar a US$ 289,3 bilhões, 1,4% abaixo do total de 2025.
O resultado é um superávit comercial estimado em US$ 66,2 bilhões, alta de quase 17% em relação a 2025.
A exemplo do que ocorre nos últimos meses de 2025, o mercado de trabalho deve perder ritmo em 2026, com taxa de desocupação projetada em 5,6% e aumento de 3,4% na massa de rendimento real dos trabalhadores.
Segundo o relatório, a manutenção de condições monetárias restritivas, somada à estabilidade dos principais indicadores de emprego e à desaceleração na criação de vagas formais no fim de 2025, indica que o dinamismo do mercado de trabalho deve seguir limitado, especialmente ao longo do primeiro semestre de 2026.
Para 2025, a CNI projeta crescimento de 2,5% do PIB, ligeiramente acima dos 2,4% estimados no fim do ano passado. Diferentemente de 2024, quando a expansão foi puxada pela indústria e pelos serviços, o crescimento deste ano será liderado pelo agronegócio.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — considerado a inflação oficial do país — deve fechar 2025 em 4,5%, no limite do teto da meta. Mesmo assim, a CNI avalia que o Banco Central deve manter a Selic em 15% na última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), iniciando o ciclo de cortes apenas em 2026.
O levantamento completo está disponível no link.
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Baixar áudioO mercado financeiro reduziu em 0,2 ponto percentual a projeção para a inflação deste ano. Agora, a expectativa é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — considerado a inflação oficial do país — encerre 2025 em 4,43%. Os dados constam no Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central (BC). O boletim reúne, semanalmente, as estimativas de analistas e instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2026, a projeção do inflação também recuou, passando de 4,18% para 4,17%. É a terceira semana consecutiva de queda. Para 2027 e 2028, as previsões se mantêm estáveis em 3,8% e 3,5%, respectivamente.
Com o novo ajuste, a previsão para 2026 volta ao intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — o que estabelece um limite mínimo de 1,5% e máximo de 4,5%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de outubro foi de 0,09%, o menor para o mês em quase 30 anos, segundo o Instituto Brasileio de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a inflação acumulada nos 12 meses caiu para 4,68% — a primeira vez, em oito meses, que o patamar fica abaixo da casa de 5%.
De acordo com o IBGE, a redução na conta de luz foi um dos principais fatores que ajudaram a conter o índice, contribuindo para a queda de 0,3% no grupo Habitação.
A taxa básica de juros (Selic) — principal instrumento do Banco Central para cumprir a meta de inflação — foi mantida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A decisão reflete o recuo da inflação e a desaceleração da atividade econômica, fatores que levaram à manutenção da taxa pela terceira vez consecutiva.
No entanto, o Copom não descarta a possibilidade de voltar a elevar os juros, caso considere necessário. Em nota, o BC destacou que o cenário internacional segue incerto, especialmente devido à conjuntura e à política econômica dos Estados Unidos, que afetam as condições financeiras globais. No âmbito doméstico, a autoridade monetária ressaltou que, apesar da desaceleração da atividade econômica, a inflação ainda está acima da meta — o que sinaliza que os juros vão continuar altos por bastante tempo.
Segundo estimativas do mercado, a Selic deve encerrar 2025 no atual patamar de 15% ao ano. Para 2026, a expectativa é de queda para 12% ao ano. Em 2027 e 2028, as projeções apontam novas reduções, para 10,5% e 9,5% ao ano, respectivamente.
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A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) — a soma de todas as riquezas produzidas no país — é de 2,16% para o fechamento de 2025, patamar que se mantém estável há quatro semanas. Para 2026, a expectativa também permanece inalterada há um mês, em 1,78%.
No caso de 2027, as estimativas vêm recuando: há quatro semanas, o mercado projetava alta de 1,90% para o PIB. O índice passou para 1,88% na semana passada e voltou a cair, chegando a 1,83% na projeção mais recente. Já para 2028, a previsão de crescimento segue estável em 2,00% há quatro semanas.
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Baixar áudioPelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) apresentou crescimento. Com elevação de 1,1 ponto em novembro, o levantamento produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) atingiu a maior marca nos últimos 5 meses, mas segue em nível de pessimismo.
Apesar das altas recentes, Larissa Nocko, especialista em Políticas e Indústria da CNI, entende que ainda não dá para falar que os dirigentes estão retomando a perspectiva positiva na indústria brasileira, principalmente por dúvidas quanto à política econômica e fiscal do país e problemas estruturais enfrentados pelo segmento.
“Os principais problemas que vêm afetando os empresários são problemas como elevada carga tributária, que já não é um problema recente, os juros elevados, a demanda interna, que é considerada insuficiente, e a dificuldade por conta da falta ou alto custo da mão de obra, seja ela qualificada ou não”, afirma a especialista.
Segundo Samuel Dourado, economista especialista em macroeconomia, os desafios do empresariado internamente se somam a incertezas no mercado externo, como a taxa Selic no patamar mais alto dos últimos 20 anos e o aumento do protecionismo nacionalista.
“Hoje você tem uma política monetária no Brasil extremamente contracionista e os juros altos; acaba desincentivando decisões de investimento industriais. Você tem uma incerteza externa, principalmente causada pelo tarifaço, por um ambiente macroeconômico fora do Brasil extremamente desafiador. Mesmo com a melhoria ali de curto prazo, com o câmbio reduzindo, você ainda tem um custo cambial relevante para a indústria”, destaca Dourado.
São por esses fatores que, desde janeiro deste ano, o ICEI está abaixo dos 50 pontos. Ou seja, há 11 meses o empresariado do setor industrial demonstra desconfiança com o cenário de negócios.
Ainda abaixo dos 50 pontos, o índice de condições segue mostrando melhora. Saiu de 43,2 pontos em outubro para 44,3, o mesmo 1,1 ponto do ICEI. Ou seja, o cenário atual ainda é desmotivador. Mas o crescimento de 1,3 ponto do índice de expectativa, que atingiu nível otimista com 50,4 pontos, indica que os industriais têm confiança na melhoria do panorama nos próximos 6 meses.
“A avaliação dos empresários com relação às expectativas para a empresa estão acima de 50 pontos, então estão mostrando confiança, mas a leitura dos empresários com relação à economia brasileira segue abaixo de 50 pontos, indicando uma leitura mais crítica com relação à situação da economia brasileira para os próximos meses”, avalia Nocko.
O levantamento contou com a contribuição de 1.151 empresas entre os dias 3 e 7 de novembro. Desse total, 459 são companhias de pequeno porte, 415 de médio porte e 277 de grande porte.
Copiar o textoCrescimento do PIB segue em 2,3%, puxado pelo agro e mercado de trabalho, apesar do tarifaço
Baixar áudioCom a indústria impactada pelos juros elevados e pelas incertezas externas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou a projeção do PIB industrial em 2025, no Informe Conjuntural do 2º trimestre, reduzindo de 2% para 1,7%. Em contrapartida, a agropecuária ganhou ainda mais peso no desempenho da economia, a estimativa de crescimento do setor passou de 5,5% para 7,9%, consolidando o campo como principal motor da atividade no próximo ano.
Segundo a CNI, o desempenho do mercado de trabalho também deve ajudar a sustentar o crescimento de 2,3% do PIB, mesmo diante do impacto das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras.
Para o diretor de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, a manutenção da projeção geral do PIB esconde um cenário mais preocupante. “Quando a gente abre os números, aí sim a gente identifica um problema e uma composição pior. Para a indústria, realmente está decepcionando. A composição não é tão positiva, a indústria está sofrendo muito, cada vez com projeção de crescimento menor e a projeção de crescimento para o PIB não se altera, porque a safra agrícola se mostrou até um pouco maior do que nós estávamos imaginando”, afirma.
Telles destaca ainda que as tarifas impostas pelos Estados Unidos, embora relevantes, não são hoje o principal entrave ao setor industrial. “O que tem impactado realmente são as taxas de juros, principalmente, e o volume enorme de importações”, disse.
O cenário externo também adiciona incertezas. Embora o volume exportado tenha subido 2% entre janeiro e julho, a queda de preços no mesmo período reduziu o valor em dólares. Com isso, a CNI revisou para baixo a previsão de exportações brasileiras em 2025, de US$ 347,3 bilhões para US$ 341,9 bilhões, uma queda de US$ 5,4 bilhões em relação ao primeiro trimestre.
O tarifaço imposto pelos Estados Unidos deve agravar a situação. A CNI alerta que a taxa de 50% sobre parte das vendas brasileiras para o mercado norte-americano pode reduzir de forma significativa o fluxo da indústria de transformação.
A indústria de transformação, que cresceu 3,8% em 2024, terá um avanço mais modesto neste ano, com expectativa de 1,5%. O resultado reflete juros elevados, aumento das importações e queda prevista nas exportações.
“Quase toda essa redução da projeção de crescimento para a indústria se deve à redução da projeção de crescimento da indústria de transformação. É um segmento que precisa ser muito olhado, porque tem uma concorrência muito grande com produtos importados. As importações estão crescendo enormemente e, mesmo com todas as políticas acertadas, como a nova indústria Brasil, o plano Brasil mais produção, depreciação acelerada, uma série de medidas, ainda assim o crescimento da indústria de transformação está se reduzindo muito em relação ao de 2024”, ressalta Telles.
Já a construção deve crescer 2,2%, puxada pela continuidade de obras lançadas no ano passado e pelo programa Minha Casa, Minha Vida. A indústria extrativa também deve ganhar força, com expectativa de alta dobrada de 1% para 2%, impulsionada pela produção de petróleo.
Com clima favorável, produção recorde e forte demanda externa, a agropecuária deve liderar a economia em 2025, crescendo 7,9%. O setor de serviços, por sua vez, terá expansão modesta de 1,8%, sustentada pelo mercado de trabalho aquecido e pela elevação da massa salarial.
A taxa de desocupação deve cair para 6%, o menor nível histórico pelo segundo ano consecutivo, enquanto a massa de rendimento real deve crescer 5,5%.
A inflação deve encerrar o ano em 5%, acima dos 4,8% de 2024, mas em trajetória de desaceleração. Diante desse cenário e das incertezas externas, a CNI prevê que o Banco Central manterá a taxa Selic em 15% ao ano até o fim de 2025.
A CNI projeta que o governo vai cumprir a meta fiscal. O déficit primário deve ficar em R$ 22,9 bilhões, equivalente a 0,2% do PIB, abaixo do limite estabelecido de R$ 31 bilhões. Ainda assim, a dívida pública continuará em trajetória de alta, passando de 76,5% para 79% do PIB em 2025.
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Baixar áudioApós aumentar a taxa Selic por sete reuniões seguidas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu interromper o ciclo de alta de juros e manter a taxa básica em 15% ao ano, na última quarta (30). A decisão, já esperada pelo mercado financeiro, foi unânime.
Como justificativa, o Copom disse que busca ter cautela diante do cenário de maior incerteza gerado pelas medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. O Comitê do Banco Central também afirmou que a taxa básica de juros pode voltar a ser reajustada. A taxa está no maior nível desde julho de 2006, quando atingiu 15,25% ao ano.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão foi "insuficiente e equivocada", e pode consolidar a desaceleração do setor, já observada ao longo do 1º semestre de 2025. Em nota, a CNI defendeu que o Copom deveria ter iniciado um processo de redução da Selic e não de manutenção. “A política monetária contracionista impõe custos desnecessários à atividade econômica e a um cenário cada vez mais adverso para a indústria”, comunicou a entidade.
"Já tivemos o aumento do IOF sobre as operações de crédito e câmbio e a elevação das tarifas dos EUA sobre as nossas exportações. A alta do IOF sobre o crédito vai aumentar em R$ 4,9 bilhões o custo para as indústrias, enquanto as tarifas dos Estados Unidos podem causar queda na produção industrial e a perda de milhares de empregos no país. O momento pede uma política monetária mais favorável. Precisamos de menos juros e mais crescimento”, apontou o presidente da CNI, Ricardo Alban.
De acordo com Alban, a perspectiva demanda mudança de postura do Copom, para que, a partir da próxima reunião, inicie um ciclo de cortes nos juros. “Se isso não acontecer, o quadro econômico tende a piorar, podendo consolidar uma desaceleração ainda mais intensa do que temos observado”, completou o presidente da CNI.
Com o aumento dos juros, o crédito tem ficado mais caro para empresas e consumidores. O comunicado da CNI citou dados do Banco Central que apontam aumentos das taxas de juros médias nas concessões de crédito. Nas linhas com recursos livres, a taxa média de juros para empresas subiu de 20,6% a.a. em setembro de 2024 para 24,3% a.a em junho de 2025. Para os consumidores, a alta foi de 52,3% para 58,3% a.a. no mesmo período.
"Os juros mais altos inviabilizam diversos projetos de investimento das empresas, que são essenciais para ampliar e modernizar a estrutura produtiva do país. Também tornam cada vez mais difícil o atendimento das necessidades financeiras diárias, que demandam capital de giro. Para os consumidores, os juros elevados dificultam a compra de diversos produtos, sobretudo os de maior valor, mais dependentes de financiamento", explicou o posicionamento da confederação.
Juros altos lideraram problemas da construção no 2º trimestre
Setores industriais, como o da construção, sentem o impacto. As taxas de juros elevadas foram o principal desafio do setor no 2º trimestre de 2025. O entrave foi citado por 37,7% dos empresários, contra 35,3% no 1º trimestre do ano, segundo Sondagem Indústria da Construção, da CNI e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), divulgada recentemente.
“Pelo lado da oferta, se o industrial da construção precisar tomar crédito para adquirir capital de giro e começar um novo projeto, por exemplo, ele vai ser impactado pela elevação do custo do crédito, reflete esse aumento na Selic. E de forma similar, ocorre do lado da demanda: para o consumidor adquirir um bem do setor da construção, ele precisa tomar crédito, o que também acaba sendo encarecido pela elevação das taxas de juros”, explicou a analista de Políticas e Indústria da CNI, Isabella Bianchi.
Lembrada por 30,5% dos empresários, a alta carga tributária segue como o segundo principal problema da indústria da construção. No 1º trimestre, 27,8% dos empresários haviam mencionado a questão.
Taxa “punitiva” para a economia
André Galhardo, economista chefe da Análise Econômica de São Paulo, considera importante que o setor produtivo se manifeste contra a taxa de juros. “Não apenas porque é uma taxa de juros punitiva para a economia brasileira, mas também porque ela tem impactado os negócios de forma ampla. A contestação do setor industrial reflete todo o entendimento do setor produtivo brasileiro. Não é apenas a indústria que passa por um processo por um encarecimento do crédito e está exposta a problemas graves com pedidos de recuperação judicial, diminuição de investimentos e afins. O varejo e as famílias também sentem o impacto de uma política monetária que é muito mais restritiva do que poderia ser neste momento”, afirmou o economista.
Galhardo aponta dados do próprio Banco Central que mostram o endividamento das pessoas físicas no nível mais alto desde maio de 2016. Em junho de 2025, a inadimplência chegou a 4,3%.
“Isso certamente, em alguma medida, é fruto desse aperto monetário que tem prejudicado a solvência das famílias, das pessoas físicas e das pessoas jurídicas no Brasil. A taxa Selic em 15% é motivada pelo risco inflacionário, por questões cambiais e por questões estruturais fiscais. No entanto, ela também é motivada por uma questão que poderia ser resolvida”, disse.
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Baixar áudioO Banco Central divulgou nesta segunda-feira (28), por meio do Boletim Focus, que as estimativas para a inflação nos próximos anos indicam desaceleração. A pesquisa semanal, realizada com mais de 100 instituições financeiras, registra redução nas projeções pela nona semana consecutiva.
Os economistas do mercado financeiro apontam que a expectativa de inflação para 2025 caiu de 5,10% para 5,09%. Para 2026, a projeção recuou de 4,45% para 4,44%. Para 2027 e 2028, as previsões permaneceram em 4% e 3,80%, respectivamente.
Apesar das quedas, as estimativas para 2025 e 2026 superam o teto da meta de inflação adotada em janeiro deste ano, cujo objetivo central é de 3%, com variação entre 1,5% e 4,5%. Caso a inflação acumulada em 12 meses fique fora desse intervalo por seis meses consecutivos, o Banco Central é obrigado a enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, com uma explicação dos motivos do descumprimento.
Em junho de 2025, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com as justificativas do estouro da meta. Entre os principais fatores relatados, foram apontados a atividade econômica aquecida, a valorização do dólar frente ao real, o aumento do custo da energia elétrica e os efeitos de eventos climáticos extremos.
A estimativa do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu em 2,23%, enquanto para 2026, a projeção subiu de 1,88% para 1,89%.
A previsão da taxa Selic, conhecida como taxa básica de juros, para o fechamento de 2025, foi mantida em 15% ao ano. Já para o fim de 2026 e 2027, a expectativa permanece em 12,50% e 10,50% ao ano, respectivamente.
A projeção para a taxa de câmbio no encerramento de 2025 caiu de R$ 5,65 para R$ 5,60. Por outro lado, para o fim de 2026, a expectativa foi mantida, com o dólar cotado a R$ 5,70.
A balança comercial mantém expectativa de superávit em 2025, mas a projeção recuou de US$ 69,3 bilhões para US$ 66,7 bilhões. Para 2026, o saldo positivo passou de US$ 75,2 bilhões para US$ 70 bilhões.
O investimento estrangeiro direto no país tem previsão de entrada de US$ 70 bilhões, tanto para 2025 quanto para 2026.
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Baixar áudioNa última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu aumentar a taxa básica de juros em 0,25 p.p, para 15% ao ano (a.a.). Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão é "injustificada". Além disso, a instituição afirma que a alta vai agravar as condições de competitividade do setor produtivo.
A elevação da taxa básica de juros foi a sétima seguida e este é o maior nível da Selic desde julho de 2006 – época em que estava em 15,25% ao ano.
Conforme a Agência Brasil, o Copom informou em comunicado que o percentual deve ser mantido nas próximas reuniões.
Em nota, o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que é um contrassenso o BC se manifestar de forma contrária ao aumento do IOF e decidir aumentar a taxa de juros. Ele também avaliou que o cenário compromete a capacidade de o Brasil aproveitar “oportunidades abertas a partir da reconfiguração geopolítica em curso”.
Para ele, o patamar aliado da irracionalidade dos juros à carga tributária tem sufocado a capacidade produtiva industrial.
A CNI avaliou, ainda, que a nova alta da Selic não condiz com o cenário atual e prospectivo. Em nota, Alban frisou que a alta da taxa de juros básicos pode trazer graves consequências para a economia, afetando o setor produtivo,
"Sem o início da redução da Selic, seguiremos penalizando a economia e os brasileiros. O cenário torna o investimento produtivo muito difícil no Brasil, com consequências graves para a economia", afirmou, em nota, o presidente da CNI.
Para a CNI, ao menos cinco motivos justificariam a interrupção do ciclo de alta da taxa Selic. Confira:
Segundo a CNI, com a decisão do Copom, a taxa de juros real subiu para 9,8% a.a., 4,8 pontos percentuais acima da taxa de juros neutra – ou seja, que não estimula nem desestimula a econômica, estimada em 5% a.a. pelo BC. Já a Selic em 15% a.a. implica, portanto, em uma política monetária ainda mais contracionista. De acordo com a Confederação, o cenário confirma o Brasil na terceira posição entre as maiores taxas de juros reais do mundo, atrás da Turquia e da Rússia.
A Selic é a principal ferramenta do BC para manter a inflação oficial sob controle, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o Índice recuou para 0,26%,. Dessa forma, o indicador acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação – de 3%.
O presidente da CNI explicou, em nota, que os juros mais altos para as empresas impossibilitam a execução de investimentos destinados à ampliação ou modernização da cadeia produtiva do país. Além disso, aumentam o custo do capital de giro dos empreendimentos.
Já em relação aos consumidores, os juros mais altos limitam a aquisição de bens, especialmente os de maior valor.
Na avaliação da Confederação, a economia dá sinais de desaceleração considerando o crédito cada vez mais caro e menos acessível.
Para a CNI, a desaceleração da atividade econômica também deve ficar mais intensa em função do menor impulso fiscal em 2025. Conforme estimativas da instituição, as despesas federais terão crescimento real de 2,8% em 2025, abaixo do percentual atingido no ano passado, que foi de 3,7%. A redução, em grande parte, está relacionada às políticas de contenção de despesas anunciadas desde o fim de 2024. "Essas medidas são positivas para equilibrar as políticas monetária e fiscal e precisam ser ampliadas", defendeu Alban.
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