Boletim Focus

02/12/2025 04:25h

Recuo da inflação e desaceleração da atividade econômica mantêm a Selic em 15%, segundo Relatório Focus

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O mercado financeiro reduziu em 0,2 ponto percentual a projeção para a inflação deste ano. Agora, a expectativa é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — considerado a inflação oficial do país — encerre 2025 em 4,43%. Os dados constam no Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central (BC). O boletim reúne, semanalmente, as estimativas de analistas e instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção do inflação também recuou, passando de 4,18% para 4,17%. É a terceira semana consecutiva de queda. Para 2027 e 2028, as previsões se mantêm estáveis em 3,8% e 3,5%, respectivamente.

Com o novo ajuste, a previsão para 2026 volta ao intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — o que estabelece um limite mínimo de 1,5% e máximo de 4,5%.

Conta de luz mais barata puxou inflação para baixo

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de outubro foi de 0,09%, o menor para o mês em quase 30 anos, segundo o Instituto Brasileio de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a inflação acumulada nos 12 meses caiu para 4,68% — a primeira vez, em oito meses, que o patamar fica abaixo da casa de 5%.

De acordo com o IBGE, a redução na conta de luz foi um dos principais fatores que ajudaram a conter o índice, contribuindo para a queda de 0,3% no grupo Habitação.

Juros Básicos

A taxa básica de juros (Selic) — principal instrumento do Banco Central para cumprir a meta de inflação — foi mantida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A decisão reflete o recuo da inflação e a desaceleração da atividade econômica, fatores que levaram à manutenção da taxa pela terceira vez consecutiva.

No entanto, o Copom não descarta a possibilidade de voltar a elevar os juros, caso considere necessário. Em nota, o BC destacou que o cenário internacional segue incerto, especialmente devido à conjuntura e à política econômica dos Estados Unidos, que afetam as condições financeiras globais. No âmbito doméstico, a autoridade monetária ressaltou que, apesar da desaceleração da atividade econômica, a inflação ainda está acima da meta — o que sinaliza que os juros vão continuar altos por bastante tempo.

Segundo estimativas do mercado, a Selic deve encerrar 2025 no atual patamar de 15% ao ano. Para 2026, a expectativa é de queda para 12% ao ano. Em 2027 e 2028, as projeções apontam novas reduções, para 10,5% e 9,5% ao ano, respectivamente.

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PIB

A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) — a soma de todas as riquezas produzidas no país — é de 2,16% para o fechamento de 2025, patamar que se mantém estável há quatro semanas. Para 2026, a expectativa também permanece inalterada há um mês, em 1,78%.

No caso de 2027, as estimativas vêm recuando: há quatro semanas, o mercado projetava alta de 1,90% para o PIB. O índice passou para 1,88% na semana passada e voltou a cair, chegando a 1,83% na projeção mais recente. Já para 2028, a previsão de crescimento segue estável em 2,00% há quatro semanas.

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29/07/2025 03:00h

A pesquisa semanal aponta redução nas projeções pela nona semana consecutiva; mercado financeiro realiza ajustes nas estimativas para crescimento do PIB, taxa de juros e câmbio

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O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (28), por meio do Boletim Focus, que as estimativas para a inflação nos próximos anos indicam desaceleração. A pesquisa semanal, realizada com mais de 100 instituições financeiras, registra redução nas projeções pela nona semana consecutiva.

Os economistas do mercado financeiro apontam que a expectativa de inflação para 2025 caiu de 5,10% para 5,09%. Para 2026, a projeção recuou de 4,45% para 4,44%. Para 2027 e 2028, as previsões permaneceram em 4% e 3,80%, respectivamente.

Sistema de metas contínuas

Apesar das quedas, as estimativas para 2025 e 2026 superam o teto da meta de inflação adotada em janeiro deste ano, cujo objetivo central é de 3%, com variação entre 1,5% e 4,5%. Caso a inflação acumulada em 12 meses fique fora desse intervalo por seis meses consecutivos, o Banco Central é obrigado a enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, com uma explicação dos motivos do descumprimento.

Em junho de 2025, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com as justificativas do estouro da meta. Entre os principais fatores relatados, foram apontados a atividade econômica aquecida, a valorização do dólar frente ao real, o aumento do custo da energia elétrica e os efeitos de eventos climáticos extremos.

PIB

A estimativa do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu em 2,23%, enquanto para 2026, a projeção subiu de 1,88% para 1,89%.

Taxa Selic

A previsão da taxa Selic, conhecida como taxa básica de juros, para o fechamento de 2025, foi mantida em 15% ao ano. Já para o fim de 2026 e 2027, a expectativa permanece em 12,50% e 10,50% ao ano, respectivamente.

Dólar

A projeção para a taxa de câmbio no encerramento de 2025 caiu de R$ 5,65 para R$ 5,60. Por outro lado, para o fim de 2026, a expectativa foi mantida, com o dólar cotado a R$ 5,70.

Outras estimativas

A balança comercial mantém expectativa de superávit em 2025, mas a projeção recuou de US$ 69,3 bilhões para US$ 66,7 bilhões. Para 2026, o saldo positivo passou de US$ 75,2 bilhões para US$ 70 bilhões.

O investimento estrangeiro direto no país tem previsão de entrada de US$ 70 bilhões, tanto para 2025 quanto para 2026.

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16/07/2024 03:00h

Projeção da inflação é reduzida e Selic se mantém estável

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A expectativa futura da inflação brasileira teve sua projeção reduzida nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação para 2024 agora é de 4,00%.

Já a projeção do dólar subiu, em um patamar superior aos R$ 5,00, em meio à recente escalada da moeda. A previsão é de R$ 5,22, até o fim de 2024. 

A alta do câmbio afeta a possibilidade de redução da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, cuja projeção está estável, a 10,50%. 

Já a projeção do produto interno bruto, o PIB, subiu para 2,11%. Contribui para aumento da projeção de mercado o recente relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional, o FMI, que elevou as projeções da economia brasileira. 

As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil. 

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06/03/2024 00:03h

Segundo o Boletim Focus do Banco Central há também queda da expectativa de inflação

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A projeção da inflação brasileira teve queda nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,76%. A nova projeção representa uma queda pela segunda semana consecutiva no crescimento de preços. 

Já a previsão de crescimento da economia para 2024 subiu pela terceira vez seguida em projeções semanais, e é previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça aproximadamente 1,77% até o final este ano. 

Por outro lado, o câmbio do dólar em relação ao real segue estável, a R$ 4,93. 

O mesmo ocorre para o caso da Selic - a taxa básica de juros da economia brasileira - que há 10 semanas seguidas permanece a 9,00%. 

A estabilidade acontece para os próximos anos dessa taxa também. 

As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil
 

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23/02/2024 13:10h

Segundo o Boletim Focus do Banco Central, há também queda da expectativa de inflação

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A projeção da inflação brasileira teve queda nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,81%. 

Já a previsão de crescimento da economia para 2024 subiu com relação à última semana, e é previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça aproximadamente 1,70% este ano. 

Por outro lado, o câmbio do dólar em relação ao real também subiu com relação à última semana, a R$ 4,93. 

Para o caso da Selic, há estabilidade das projeções pela oitava semana consecutiva e a taxa básica está cotada a 9,00% até o final deste ano. 

Para os anos seguintes, o mercado projeta que a Selic siga a tendência de queda. 

As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil. 
 

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08/08/2023 15:15h

Manutenção da inflação é acompanhada por aumento da projeção do PIB, queda do câmbio e da Selic

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O mercado financeiro manteve no mesmo patamar as expectativas de inflação, medidas pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPCA). De acordo com dados do Boletim Focus, a projeção é de 4,84% para 2023. O IPCA é considerado o índice oficial que mensura a inflação brasileira. 

Para 2023, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p), para cima ou para baixo. Portanto, a expectativa de inflação ainda permanece acima da meta.  

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa foi de alta na comparação com a semana anterior. A projeção de crescimento do PIB para 2023 é de 2,26%. Houve elevações consecutivas da projeção do PIB em vista da divulgação de um resultado acima do esperado para o primeiro trimestre.

A projeção do dólar, por sua vez, teve queda pela terceira semana. A moeda é cotada a R$ 4,90 para 2023.

Já a projeção da taxa básica de juros da economia, a Selic, teve queda para 11,75%, após quatro semanas consecutivas no patamar de 12%. Para 2024, a projeção é de 9%, e para 2025, de 8,50%. 

O IGP-M, principal índice para reajuste de aluguel do país, projeta variação negativa de 3,44%, e representa deflação, em uma sequência de quedas semanais desde o início de abril deste ano. Essa é a décima sétima semana seguida de queda do índice. 

Por outro lado, após 12 semanas consecutivas de queda, o IPCA Administrados, que representa serviços e produtos com reajustes definidos por contratos ou regulados pelo setor público, teve a segunda alta seguida. O índice se encontra no patamar de 8,91%. 

As informações foram divulgadas pelo Banco Central nesta semana. Segundo o Banco: “as informações são provenientes do Relatório Focus e resumem as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do Banco Central.” 
 

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01/08/2023 11:45h

Projeção da inflação cai e é acompanhada por manutenção da projeção de juros

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O mercado financeiro reduziu as expectativas de inflação, medidas pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPCA). De acordo com dados do Boletim Focus, a projeção é de 4,84% para 2023, o que representa uma queda de 0,06 ponto percentual na comparação com o índice divulgado há uma semana. 

O IPCA é considerado o índice oficial que mensura a inflação brasileira. 

Para 2023, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p), para cima ou para baixo. Portanto, a expectativa de inflação ainda permanece acima da meta.  

No PIB, a projeção manteve-se estável desde a semana anterior. A projeção de crescimento do PIB para 2023 é de 2,24%. Esta é a segunda semana de estabilidade registrada, após consecutivas altas da projeção do PIB. As altas ocorreram em vista da divulgação de um resultado acima do esperado para o primeiro trimestre.

Já a projeção do dólar teve queda pela segunda semana. A moeda é cotada a R$ 4,91 para 2023.

O IPCA, PIB e Câmbio divulgados nesta semana indicam um cenário positivo da economia brasileira em 2023.

Já a projeção da taxa de juros básica da economia, a Selic, permanece a 12% para 2023, pela quarta semana consecutiva. Para 2024, a projeção é de 9,25% e, 2025, 8,75%. Esta é a quarta semana consecutiva de estabilidade de projeção da taxa de juros. 

O IGP-M, principal índice de reajuste de aluguel do país, projeta variação negativa de 3,97%, e representa deflação, em uma sequência de quedas semanais desde o início de abril de 2023. Esta é a décima sexta semana seguida de queda do IGP-M. 

Por outro lado, após 12 semanas consecutivas de queda, o IPCA Administrados, que representa serviços e produtos com reajustes definidos por contratos ou regulados pelo setor público, teve alta. O índice se encontra no patamar de 8,90%. 

As informações foram divulgadas pelo Banco Central nesta semana. Segundo o Banco, “as informações são provenientes do Relatório Focus e resumem as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do Banco Central.”

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