O El Niño aumenta a infestação do mosquito transmissor da dengue no estado de São Paulo, segundo uma pesquisa publicada na revista internacional PLOS Neglected Tropical Diseases (Doenças Tropicais Negligenciadas). Os pesquisadores usaram dados dos 645 municípios de SP, de 2008 a 2018.
Os resultados do estudo apontaram que, em anos de El Niño, o número de recipientes positivos para larvas nas áreas coletadas nos municípios aumenta em 1,30 unidade em comparação a eventos climáticos mais fracos.
Os cientistas mostraram que os índices de incidência de larvas aumentam a partir dos efeitos do fenômeno climático, com temperaturas acima de 23,3°C e volume de chuvas que ultrapassam 153 mm. O El Niño é um fenômeno climático que é caracterizado pelo aquecimento anormal da superfície do oceano.
Em nota, o coautor do artigo, estatístico e pesquisador do Instituto Pasteur, Gerson Laurindo Barbosa, destacou que não foram analisados os casos de dengue no período. Porém, ele destacou que se há aumento de infestação do vetor, consequentemente existirão mais registros da doença, já que o vírus circula na localidade.
Os dados utilizados para realização do estudo são do levantamento de larvas do Aedes aegypti – índice de Breteau–, de temperatura e precipitação, com ajustes para densidade populacional e, ainda, desigualdades sociais.
Segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou 6.565.224 casos prováveis e totalizou 5.806 óbitos por dengue.
O estado de São Paulo aparece em primeiro lugar no ranking de dengue grave e com sinais de alarme em 2024, com 26.227 casos. Além disso, o coeficiente de incidência de casos prováveis no estado é de 4819,9 e soma 2.141.014 casos prováveis de dengue.
O Informe Semanal de Arboviroses Urbanas mais recente da pasta, publicado no último dia 5, referente à semana 44, mostra que foram notificados 6.553.317 casos prováveis de dengue no Brasil, correspondendo a um coeficiente de incidência de 3.227,2 casos por 100 mil habitantes em todo o país.
Sudeste, Centro-Oeste e Sul são as regiões que têm os maiores coeficientes de incidência. Já entre as unidades da federação, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Goiás têm os maiores. Inclusive, os casos de dengue grave e com sinais de alarme estão concentrados na Região Sudeste (48,1%).
Com vistas a tentar combater os casos e óbitos por arboviroses – dengue, chikungunya, Zika e oropouche –, o governo federal lançou o plano de ação para redução dos impactos das arboviroses, para o período sazonal 2024/2025. As ações serão coordenadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados, municípios, instituições públicas e privadas, além de organizações sociais.
Quatro estados brasileiros e os respectivos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) receberam orientações do Ministério da Saúde sobre as ações que devem ser realizadas no período de baixa transmissão de dengue. O objetivo é diminuir os impactos da arbovirose após a temporada de chuvas em São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde, “o período de baixa ocorrência de dengue é ideal para unir esforços com estados e municípios e implementar ações que vão impactar positivamente no próximo período sazonal de arboviroses”.
Os estados foram orientados a realizar mais testes laboratoriais de dengue, reforçar ações de controle do mosquito e fazer uma força-tarefa para encerrar os óbitos em investigação. Além disso, a secretaria disponibilizou a própria equipe técnica para ir aos territórios e apoiar os estados nessas ações.
O Brasil já registrou 6.545.062 casos prováveis de dengue em 2024, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. O coeficiente de incidência é de 3.223,2 casos a cada 100 mil habitantes. Desde o começo do ano, foram contabilizados 5.680 óbitos pela doença e outros 1.384 ainda estão em investigação.
São Paulo lidera entre os estados com 2.132.735 casos prováveis de dengue em 2024, seguido por Minas Gerais (1.689.699) e Paraná (651.361). Entre os óbitos, os três estados também lideram o ranking: São Paulo com 1.871 mortes por dengue, Minas Gerais, com 1.060, e Paraná, com 682.
Para tentar combater os casos e óbitos por dengue, chikungunya, Zika e oropouche no próximo período sazonal no Brasil, o governo federal lançou o Plano de Ação para redução da dengue e outras arboviroses.
O documento foi elaborado por pesquisadores, gestores e técnicos estaduais e municipais, além de profissionais de saúde que atuam diretamente com as comunidades e conhecem os desafios regionais para o combate das arboviroses. Dessa forma, o plano de combate às doenças tem como base as evidências científicas mais atualizadas, além do apoio de novas tecnologias.
O investimento anunciado pelo Ministério da Saúde é de R$ 1,5 bilhão para aplicar em seis eixos de atuação:
Saiba mais em www.gov.br/saude.
Ao todo, estados brasileiros e o Distrito Federal partilham cerca de R$ 1 bilhão
O estado de São Paulo recebe, no mês de outubro, um total de R$ 45.789.145,28. O valor é transferido por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e refere-se às chamadas transferências fundo a fundo para o ano de 2024. A quantia foi antecipada em 3 meses em relação a 2023. Ao todo, estados brasileiros e o Distrito Federal partilham cerca de R$ 1 bilhão.
Segundo o especialista em orçamento público Cesar Lima, esse valor pode ser utilizado na estruturação de projetos nessa área, levando em conta o que foi colocado no plano de segurança pública.
“Os recursos do fundo são variáveis porque são calçados em tributação. Um dos principais elementos do Fundo Nacional de Segurança Pública é um percentual que vem das loterias. Hoje eu acho que é o principal contribuinte para o fundo. Então, ano a ano esses recursos são variáveis e são repassados com o planejamento de cada ente federado”, destaca.
Os recursos do fundo são repassados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e destinados aos entes federados que tenham instituído plano local de segurança pública. De acordo com a pasta, o FNSP apoia projetos destinados a reequipamento, treinamento e qualificação das polícias civis e militares, corpos de bombeiros militares e guardas municipais.
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Os recursos também podem ser utilizados em projetos de sistemas de informações, de inteligência e investigação. Os estados também podem investir em estruturação e modernização da polícia técnica e científica e em programas de prevenção ao delito e à violência.
De acordo com o governo de São Paulo, o estado registrou 192 homicídios em agosto de 2024. O número é menor do que notado em janeiro, quando o registro foi de 215. Em relação a latrocínio – que é o roubo seguido de morte, foram 9 em agosto contra 17 em janeiro.
O mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com dados até 14 de setembro, destacou um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 nos estados de Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Distrito Federal.
A infectologista Joana D’arc Gonçalves da Silva explica que esse aumento dos casos ocorreu por conta da maior aglomeração de pessoas em São Paulo e do fluxo de indivíduos que entram e saem desse estado para outras regiões do país.
“Em São Paulo, a densidade populacional é maior, as pessoas circulam muito de vários locais do país e do mundo. E esse aglomerado de pessoas e movimentação em diferentes regiões, passando por São Paulo, levam também a um aumento de doenças, principalmente essas de transmissão respiratória e doenças de contato.”
Após a análise da Fiocruz, os levantamentos mais recentes das secretarias estaduais de saúde desses estados mostram uma tendência de queda. Em Goiás, o painel de indicadores da Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde registrou 1.377 casos confirmados da doença na semana epidemiológica entre 15 e 21 de setembro. O número mostra um recuo em relação à semana imediatamente anterior, quando foram registrados 1.980 novos casos e uma queda ainda maior, se comparado ao pico de 2.825 notificações entre 25 e 31 de agosto.
No Rio de Janeiro, o painel da Secretaria de Saúde, atualizado no último dia 23 de setembro, mostra um aumento de 709 casos em relação à semana anterior. Na atualização do dia 16 de setembro, o estado fluminense havia registrado 898 novos casos. Na primeira semana do mês foram 1.415 notificações, o que também revela uma tendência de queda.
No Distrito Federal, o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde indicou 641 novos casos da doença na semana terminada em 21 de setembro, um recuo de 21% em comparação às 811 notificações da semana anterior.
Apenas no Mato Grosso do Sul, o mais recente Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde registrou 368 novos casos confirmados de Covid-19 na semana epidemiológica 37, um aumento desde a semana epidemiológica 35, quando o estado confirmou 20 novos casos e, na semana seguinte, 197 notificações.
Em São Paulo, os dados mais recentes publicados pela Secretaria de Estado de Saúde sobre a situação epidemiológica da Covid-19 são de 27 de junho de 2024. Nem mesmo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde atualizou as informações sobre o estado paulista. A equipe de reportagem do Brasil 61 entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde, mas não obteve resposta até o fechamento da reportagem.
Apesar dos dados mostrarem uma tendência de queda dos casos de Covid-19 nesses estados, a pesquisadora do Boletim InfoGripe da Fiocruz, Tatiana Portella, reforça a importância de estar em dia com a vacinação.
“É muito importante que todas as pessoas dos grupos de risco — como idosos, crianças, pessoas com comorbidade — estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19. A gente mantém as recomendações de sempre, como o uso de máscaras em locais fechados. Também dentro dos postos de saúde é importante usar máscara. E em caso de aparecimento dos sintomas, o recomendado é ficar em isolamento em casa, se recuperando da infecção, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas.”
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A temperatura pode variar entre 12ºC e 38ºC
Nesta quinta-feira (19), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de baixa umidade em Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Campinas, Ribeirão Preto, Araçatuba, Marília, Araraquara, Piracicaba, Bauru e Assis.
O dia começa com possibilidade de chuva na metropolitana de São Paulo, macro metropolitana, Vale do Paraíba e litoral sul paulista. Durante a tarde e à noite, a previsão é de variação de nuvens e sem chuvas em todo o estado.
A temperatura mínima fica em torno de 12°C, em Itapeva, e a máxima prevista é de 38ºC, em Presidente Epitácio. A umidade relativa do ar varia entre 40% e 95%.
As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
A temperatura pode variar entre 9ºC e 37ºC
Nesta quarta-feira (18), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de baixa umidade em São José do Rio Preto, Araçatuba e Ribeirão Preto.
Durante a manhã e à tarde, a previsão é de pancadas de chuva no Litoral Sul, Metropolitana de São Paulo, Vale do Paraíba, Macro Metropolitana e Itapetininga. À noite, há possibilidade de chuva apenas no Vale do Paraíba Paulista.
A temperatura mínima fica em torno de 9°C, em Itapeva, e a máxima prevista é de 37ºC, em General Salgado. A umidade relativa do ar varia entre 45% e 100%.
As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
A temperatura pode variar entre 8ºC e 37ºC
Nesta terça-feira (17), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de acumulado de chuva na Metropolitana de São Paulo, Itapetininga, Macro Metropolitana, Vale do Paraíba e Litoral Sul Paulista.
O dia começa com pancadas de chuva no Litoral Sul Paulista, Metropolitana de São Paulo, Vale do Paraíba Paulista, Macro Metropolitana Paulista, Itapetininga, Campinas e Piracicaba. Possibilidade de chuva nas microrregiões de São Joaquim da Barra, Ituverava, Franca e Batatais.
Durante a tarde, chuvas isoladas no Vale do Paraíba, litoral sul e Metropolitana de São Paulo. Possibilidade de chuva nas microrregiões de Ituverava e Franca. À noite, as chuvas continuam no Vale do Paraíba, Litoral Sul e Metropolitana de São Paulo.
A temperatura mínima fica em torno de 8°C, em São José do Barreiro, e a máxima prevista é de 37ºC, em Pedregulho. A umidade relativa do ar varia entre 55% e 95%.
As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
A temperatura pode variar entre 14ºC e 38ºC
Nesta terça-feira (10), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo de onda de calor em todo o estado de São Paulo, em cidades como Sorocaba, Ourinhos e Francisco Morato.
A previsão é de poucas nuvens e sem chuvas em todo o estado durante o dia e à noite.
A temperatura mínima fica em torno de 14°C, em Campos do Jordão, e a máxima prevista é de 38ºC, em Ouroeste. A umidade relativa do ar varia entre 20% e 60%.
As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
A temperatura pode variar entre 12ºC e 40ºC
Nesta sexta-feira (6), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de declínio de temperaturas em todo o estado de São Paulo, em cidades como Taboão da Serra, Santos e Paraibuna.
Também há alerta para vendaval em Campinas, Bauru, Piracicaba, Itapetininga, Macro Metropolitana, Araraquara, Vale do Paraíba, Metropolitana de São Paulo, Assis, Ribeirão Preto e Litoral Sul Paulista.
O dia começa com possibilidade de chuva no Litoral Sul Paulista, Vale do Paraíba Paulista, Macro Metropolitana Paulista, Metropolitana de São Paulo, Itapetininga, Assis, Campinas e Piracicaba.
Durante a tarde e à noite, as chuvas se concentram no Vale do Paraíba, Metropolitana de São Paulo e Macro Metropolitana.
A temperatura mínima fica em torno de 12°C, em São Bento do Sapucaí, e a máxima prevista é de 40ºC, em Paulo de Faria. A umidade relativa do ar varia entre 50% e 100%.
As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
A temperatura pode variar entre 10ºC e 28ºC
Nesta quinta-feira (5), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo de onda de calor em Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Campinas, Piracicaba, Bauru, Ribeirão Preto, Araçatuba, Marília, Araraquara, Vale do Paraíba e Macro Metropolitana Paulista.
Também há alerta para declínio de temperaturas em Bauru, Itapetininga, Presidente Prudente, Marília, Macro Metropolitana, Assis, Litoral Sul e Metropolitana de São Paulo.
O último alerta é para tempestades em Bauru, Itapetininga, Presidente Prudente, Assis, Litoral Sul, Marília e Macro Metropolitana Paulista.
A previsão é de chuvas no Vale do Paraíba, Litoral Sul e Metropolitana de São Paulo. Nas demais regiões, variação de nuvens.
A temperatura mínima fica em torno de 10°C, em Ribeirão Branco, e a máxima prevista é de 28ºC, em Santa Albertina. A umidade relativa do ar varia entre 45% e 90%.
As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.