
LOC.: O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou que R$ 516, 2 bilhões serão destinados ao Plano Safra 25/26, voltados à agricultura empresarial. No entanto, na avaliação dos membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o valor plano ficou abaixo das expectativas do setor.
Em coletiva de imprensa online, o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), disse que o programa não supre o que o setor agropecuário realmente necessita. Ele destacou que, apesar de o governo denominar o crédito como recorde, o valor recuou 5,41% com destinação aos investimentos. O montante passa, portanto, de R$ 107,3 bilhões para R$ 101,5 bilhões.
Segundo ele, o cenário demonstra cautela aos produtores para projetos de longo prazo.
De acordo com Lupion, o descontrole fiscal do governo e a alta dos juros podem aumentar os custos dos produtores na próxima safra.
TEC./SONORA: Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR)
“A irresponsabilidade fiscal do governo vai elevar o custo do produtor rural em mais de 58 bilhões de reais em juros. Esse é o recorde que o governo federal está oferecendo.”
LOC.: Entre os um dos principais entraves ao financiamento da produção, Lupion mencionou a tributação das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). Segundo ele, a exigência de aplicação dos recursos captados com LCAs deve aumentar de 50% para 60%, o que poderia injetar até R$ 64 bilhões adicionais ao setor sem custos ao Tesouro Nacional.
Além disso, por meio de uma rede social da FPA, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) disse que, neste plano, o crédito ficará mais caro para o produtor, considerando a taxa Selic em 15%.
TEC./SONORA: senadora Tereza Cristina (PP-MS)
"É muito difícil pegar empréstimo com a Selic a 15%. Neste plano, Safra, o crédito ficará mais caro para o produtor. Agricultura não se faz com marketing. Precisa de crédito, precisa de seguro e precisa de confiança para que o agricultor possa planejar a Safra. Hoje o governo está tirando dinheiro do agro e deixando a produção em risco."
LOC.: Na coletiva, a FPA também apresentou propostas para reduzir os gastos públicos, como a transferência da gestão do Cadastro Ambiental Rural para o Ministério da Agricultura; a redução do número de ministérios de 31 para 19 e o combate aos supersalários e reestruturação de imóveis públicos.
Reportagem, Bianca Mingote