A oferta de vagas remanescentes para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) estava suspensa desde 2021, mas este ano o Ministério da Educação retomou as convocações. Até o fim do ano está prevista a oferta de cerca de 60 mil vagas para alunos que já estão matriculados em instituições de ensino superior de todo o país.
Os alunos que se inscreverem para ocupar as vagas serão selecionados de acordo com as notas obtidas no Enem — consideradas a partir de 2010. Antes essas vagas eram ocupadas por ordem de inscrição.
De acordo com o MEC, até o próximo mês (outubro) serão divulgados o prazo de inscrições e os critérios para participação no processo seletivo.
Para a Elineide Fernandes, que é gestora educacional numa escola referência em Ensino Fundamental da cidade de Cabrobó, em Pernambuco, o financiamento estudantil para a educação superior ajuda, representa uma boa oportunidade para alunos de escolas públicas, mas não é a solução.
“Muitos alunos precisam trabalhar para ajudar em casa não só na idade adulta, mas quando ainda frequentam a escola. A maior parte deles sai do colégio e tem medo de se comprometer com uma dívida para continuar os estudos, por isso acaba desistindo.” A avaliação é da professora que já recebeu diversos prêmios por inovação escolar, e que conhece bem a realidade dos alunos, sobretudo os de cidades mais pobres do país.
Para a gestora, além de ajudar a custear a educação superior, é preciso pensar em formas de garantir emprego e renda ao final da faculdade.
“É preciso ser menos burocrático, porque quanto mais simples, mais fácil as pessoas aderirem. E era preciso que tivesse algo que garantisse uma vaga, fosse um pré-requisito para que ele se candidatasse a uma vaga e que garantisse que seria mais fácil dele ingressar no mercado de trabalho para conseguir custear esse financiamento.”
Enquanto cursar uma faculdade privada no país ainda não é a realidade da maior parte dos estudantes, a médica Andressa Ribeiro, hoje com 32 anos, atribui ao Fies toda sua formação. Depois de anos tentando passar no vestibular de medicina numa instituição pública, ela entrou na faculdade particular e um mês depois conseguiu o financiamento que custeou 93% do valor das mensalidades.
“Meu pai e minha irmã pegaram o empréstimo para pagar a matrícula e não sabíamos como faríamos para pagar as mensalidades. Mas logo no primeiro mês consegui o Fies. Uma faculdade que custava R$7 mil, mas graças ao financiamento minha família pagava R$400 por mês.”
Andressa já está formada em medicina mas ainda paga as parcelas do financiamento. Segundo ela, um valor alto, mas possível de pagar.
“O resto eu pago hoje e é bem pesado o financiamento. Quando a gente começa a pagar é que sentimos o peso das parcelas. Mas, de qualquer maneira, agora eu já trabalho e graças ao Fies consegui meu diploma. Sou médica há dois anos e já tenho estabilidade financeira para pagar as parcelas.”
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação — criado em 2001 — para financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em cursos superiores particulares. Podem concorrer ao financiamento os estudantes que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação, como o Enem, por exemplo.
Os financiamentos têm taxa de juros de 6,5% ao ano, e os alunos começam a pagar as parcelas até 18 meses após a conclusão da faculdade.
Estudantes que se inscreveram para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) neste segundo semestre e não foram contemplados dentro das vagas devem ficar atentos: esta terça-feira (29) é o último dia para consultar os convocados na lista de espera do programa do Ministério da Educação (MEC). A divulgação dos nomes incluídos na lista, que é atualizada todos os dias, abre o prazo de três dias para que o pré-selecionado faça a contratação do financiamento.
A convocação pela lista de espera começou em 18 de julho e tem o objetivo de preencher as vagas que não foram ocupadas após o resultado da seleção. Para acompanhar a situação, os estudantes devem acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, no endereço acessounico.mec.gov.br. Os estudantes são chamados conforme classificação.
Após a divulgação do nome na lista, o candidato precisa complementar sua inscrição para contratar o financiamento no próprio sistema na internet. A professora e doutoranda em Economia Política pela Universidade de Coimbra, Portugal, Jaqueline Damasceno, explica como esse programa promove o acesso à educação superior.
“Essa é a ideia, que: como eu não consigo acessar com a poupança prévia, eu conseguiria fazer isso com a poupança futura. Com a formação, com o aumento do investimento em capital humano que esse indivíduo obtém nos anos que passa na universidade, tendo uma profissão que o qualifica a elevar o seu nível de renda, agora sim, ele teria renda disponível para conseguir pagar por esse serviço”, explica.
Estudante do curso de Cinema e Mídias Digitais, Felipe Gomes viu no Fies a oportunidade de ingressar na universidade financiando 100% o curso. “Eu decidi optar pelo Fies, pela comodidade de poder pagar o financiamento após concluir o curso. O processo foi bem simples e acredito que seja de extrema importância para auxiliar o acesso às faculdades, para quem ainda não está no mercado de trabalho", contou.
Criado em 2001, o Fies é um programa do Ministério da Educação para financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em cursos superiores não-gratuitos. Para participar do Fies, o estudante deve ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio e obtido notas médias igual ou superior a 450 pontos, além de não ter zerado a redação.
O chamado é referente ao processo seletivo do segundo semestre de 2023
Alunos que se inscreveram para o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) neste segundo semestre e não foram contemplados dentro das vagas, devem ficar atentos ao prazo para a lista de espera. As convocações serão feitas pelo Ministério da Educação (MEC) até o próximo dia 29 de agosto.
Essa etapa de convocação pela lista de espera começou no dia 18 de julho e tem o objetivo de preencher as vagas, que eventualmente, não foram ocupadas após o resultado da seleção. O candidato precisa acessar o site do programa para acompanhar a situação.
https://sisfiesportal.mec.gov.br
Os convocados pela lista de espera devem complementar a inscrição em até três dias úteis, a contar do dia seguinte à data de divulgação de sua pré-seleção, pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior https://acessounico.mec.gov.br/
Depois disso, o candidato deve validar as informações declaradas no ato da inscrição. O prazo para a validação é de até cinco dias úteis após a data da complementação da inscrição, que deverá ser realizada diretamente na instituição de ensino superior para a qual o candidato foi pré-selecionado.
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação — criado em 2001 — para financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em cursos superiores não-gratuitos. A professora e doutoranda em Economia Política pela Universidade de Coimbra, Portugal, Jaqueline Damasceno, explica a importância desse programa.
“É permitir que esses indivíduos, tendo esse compromisso financeiro posterior, consigam adiantar o acesso a esse serviço e depois, colocado no mercado, com sua formação, pagar por esse serviço acessado.”
Segundo ela, o perfil financeiro de 60 a 70% da população brasileira, cobre apenas o custo básico da vida: transporte, habitação e alimentação. Não sobrando, assim, dinheiro para uma poupança prévia, ou seja, essa população não consegue poupar para investir em educação. Mas o Fies funciona de maneira que alcançar essa educação se torna acessível.
“Essa é a ideia, que: como eu não consigo acessar com a poupança prévia, eu conseguiria fazer isso com a poupança futura. Com a formação, com o aumento do investimento em capital humano que esse indivíduo obtém nos anos que passa na universidade, tendo uma profissão que o qualifica a elevar o seu nível de renda, agora sim, ele teria renda disponível para conseguir pagar por esse serviço.”
Os alunos inscritos até 2017 têm 18 meses após a conclusão da faculdade para começar a pagar o financiamento.
A personal trainner Elisângela Guimarães, 46 anos, sempre sonhou fazer uma faculdade. Com as contas apertadas, postergou o desejo de ter uma profissão. Só aos 33 anos, vendo a possibilidade de estudar e pagar quando começasse a trabalhar, ela conseguiu entrar na graduação de Educação Física.
“Eu sou formada graças ao Fies. Obviamente que eu me esforcei, eu passei em primeiro lugar na faculdade, mas eu não tinha dinheiro nem para pagar os outros 50%, que eu teria que pagar. Não foi nada fácil e hoje eu já terminei de pagar, graças a Deus ", comemora.
Elisangela viu a vida se transformar pela educação. Depois de quitar a dívida com a Caixa Econômica Federal, que financiou os estudos, ela deu aulas em academias de ginástica e hoje é dona do próprio estúdio de musculação, que fica em Juiz de Fora (MG). “Eu sou muito realizada na minha profissão, eu amo o que eu faço.”
Os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação podem se inscrever no Fies.
Mudança a partir de 2010:
Mas em 2015, os financiamentos concedidos com recursos do Fies passaram a ter taxa de juros de 6,5% ao ano, mudança que torna possível a sustentabilidade do programa.
A medida é válida para contratos firmados até o fim de 2017
Os estudantes com contratos firmados até o fim de 2017 podem efetivar a renovação de seus financiamentos até o dia 31 de dezembro deste ano. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prorrogou o prazo para a realização de aditamentos dos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), referentes ao 2º semestre de 2022 e 1º semestre de 2023. O advogado especializado em Direito Estudantil, Lucas Macedo Castro, explica que o aditamento nada mais é do que uma confirmação das informações fornecidas no momento da contratação do programa.
“O aditamento dos contratos do Fies é um procedimento muito importante porque, para você conseguir o Fies. Você tem que cumprir alguns requisitos e é nesse momento de aditamento, de renovação — realizado ao final de todos os semestres — que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação juntamente com o MEC vai saber se essa pessoa preenche os requisitos necessários para ter o Fies”, explica.
O educador financeiro Francisco Rodrigues acrescenta que o aditamento de contrato ou aditivo permite ainda a inclusão de um termo que foi atualizado para ser colocado no contrato atual. “É para trazer equilíbrio entre os participantes do Fies, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e das instituições financeiras também”, ressalta.
Os pedidos de transferência integral de curso ou de instituição de ensino e a solicitação de dilatação do prazo de utilização do financiamento também tiveram o prazo prorrogado até 31 de dezembro.
O Fies é um programa destinado prioritariamente a estudantes que não tenham concluído o ensino superior e não tenham sido beneficiados pelo financiamento estudantil. Este ano, o teto para financiamentos de cursos de medicina através do FIES, passou para R$ 60 mil por semestre. Mas esse valor será aplicado apenas aos novos financiamentos e na renovação semestral a partir do 2º semestre de 2023, no caso de contratos já em vigor. Para os demais cursos, foi mantido em R$ 42.983,70.
Segundo o advogado Lucas Macedo Castro, essa ampliação do teto do Fies para medicina se aplica justamente às pessoas que têm o contrato com o financiamento estudantil. “Essa é uma medida que veio para ajudar todos os estudantes de medicina, tendo em vista que o valor das mensalidades ultrapassam dez mil reais ou ficam ali no teto de dez mil reais, ou seja, o valor do teto anteriormente de 8.800 reais por mês não era suficiente para essas pessoas se manterem num curso de medicina — consequentemente, elas teriam que arcar com o valor sobressalente, com aquele valor que o teto não alcançava”, avalia.
O educador financeiro Francisco Rodrigues lembra que para entrar no programa de financiamento, o estudante precisa se organizar. “Tenho que saber como está o meu orçamento anual, como está a minha renda e como está o meu custo de vida e se realmente eu me adequo a essa realidade”, alerta.
O estudante que tiver interesse em obter financiamento para o curso superior precisa ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010 e obtido média aritmética das notas nas provas igual ou superior a 450 pontos — e nota na redação superior a zero. O aluno também precisa ter sido selecionado no processo seletivo do Fies. De acordo com o MEC, é importante que o candidato se certifique de que cumpre aos requisitos estabelecidos para concorrer ao financiamento, observadas as regras previstas no edital de cada processo seletivo.
O prazo termina no dia 14 de julho
Os candidatos pré-selecionados da segunda edição do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) devem complementar a inscrição até o dia 14 de julho. O procedimento deve ser feito exclusivamente pela internet, na página do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. A economista Catharina Sacerdote explica que o Fies é um programa do Ministério da Educação (MEC) que oferece financiamentos em universidades privadas de todo o Brasil.
“O Fies é um crédito de financiamento estudantil onde o candidato que participou do Enem, através do Sisu, consegue fazer um financiamento de no mínimo 50% e no máximo 100% dos valores da universidade ou instituição de ensino escolhida”, destaca.
Segundo a especialista, para o estudante ter acesso ele precisa não ter zerado a redação e ainda atender a análise de alguns critérios como a renda per capita da família para saber em qual faixa de financiamento ele estará. “A condição para o estudante ter acesso é a renda per capita do grupo familiar de até três salários mínimos por pessoa — e é entendido como unidade familiar aquelas pessoas que, eventualmente, contribuam com o rendimento ou tenham despesas atendidas por aquela unidade familiar e, principalmente, aquelas que são moradoras de um mesmo endereço domiciliar”, informa.
O educador financeiro, Francisco Rodrigues, ressalta que o financiamento será feito a juros baixos e ainda terá taxas administrativas por ano ou por trimestre. “A pessoa que estará fazendo esse financiamento, ou a família, vai poder pagar ao final do curso essa oportunidade de participar do programa. Ou seja, poderá parcelar, poderá ajustar com a instituição financiadora, poderá renegociar e poderá pagar de 50% a 100% em diversos anos, ou seja, mais de 5 ou 10 anos.” Ele ainda reforça que é necessário ter comprometimento: “Ao tomar uma decisão de se formar, é importante que a pessoa veja isso como projeto de vida e que não pare no caminho para que não tenha prejuízo”, avalia.
A moradora de Santa Maria, no DF, Noemi Higino Pereira (47), conta que só é possível fazer uma faculdade porque o Fies financiou 90% da mensalidade: “Jamais teria condições de pagar uma faculdade, entrar na Unip é um sonho, porque quase ninguém consegue e quem vem da rede pública tem que ter muito esforço — e o Fies é sim uma porta e me deu uma chance de me formar. E, hoje, tô me formando no que eu quero; então é muito importante mesmo.” — comemora.
Andressa Caitano Ribeiro (32) diz que trabalha como médica da família em Águas Lindas, Goiás, pelo Mais Médicos. Ela revela que só foi possível fazer a faculdade através do Fies. “Com toda certeza se não fosse o Fies o meu pai não conseguiria pagar 6 mil reais todo mês de faculdade, mais 2 mil reais para me custear. Então graças ao Fies eu sou médica hoje, eu consegui me formar. Estou atuando na medicina e como eu tô atuando no SUS eu ainda tenho a possibilidade de diminuir bastante a minha dívida no Fies, porque eu trabalho pelo Mais Médico e cada mês que eu trabalho eu consigo um desconto dos juros do Fies. Então vai ser bem tranquilo de pagar —revela.
O candidato deve ficar atento porque o prazo para a validação é de até cinco dias úteis após a data da complementação da inscrição, que deverá ser realizada diretamente na instituição de ensino superior para a qual foi pré-selecionado.
Quem não foi pré-selecionado na chamada única do processo seletivo do Fies constará automaticamente na lista de espera, para fins de preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas, observada a ordem de classificação conforme previsto no Edital nº 8/2023, que trata do cronograma e demais procedimentos do Fies 2023/2.
A eventual pré-seleção dos candidatos participantes da lista de espera ocorrerá durante o período de 18 de julho a 29 de agosto, no Portal Único de Acesso.
O Ministério da Educação abriu as inscrições para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre de 2023. Os interessados devem se inscrever até 23h59 de sexta-feira (7), por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Nesta edição são ofertadas 77.867 vagas em 1.265 instituições privadas.
Para participar do processo seletivo do Fies o candidato deve ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, possuir renda familiar mensal bruta per capita de até 3 salários mínimos, não ter zerado a redação e ter média superior a 450 pontos nas provas.
O economista Marcos Sarmento Melo afirma que o financiamento estudantil é uma ótima iniciativa, pois possibilita aos estudantes que ainda não possuem condições o acesso a um curso superior.
“É interessante porque faz com que o estado subsidie a taxa de juro que a pessoa depois vai pagar possibilitando que ela tenha um pagamento de prestações mais baixas e assim ela possa ao longo do tempo depois quando ela tiver um emprego que tenha uma renda maior possibilitada pelo curso superior, efetuar os pagamentos e aí alimenta todo processo fazendo com que outras pessoas tenham a possibilidade também de tomar o crédito e assim conseguir avançar na carreira profissional”, afirmou Sarmento.
No dia 11 de julho o MEC vai divulgar a ordem de classificação e pré-seleção em chamada única, no Portal Único de Acesso. Os pré-selecionados têm entre os dias 12 e 14 de julho para complementar as inscrições. A convocação por meio da lista de espera está prevista para acontecer entre os dias 18 de julho e 29 de agosto.
O Fies concede financiamento a estudantes de cursos de graduação em instituições de educação superior privadas que aderiram ao Programa e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Desde 2018, o Fies possibilita juros zero a quem mais precisa e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato.
O Ministério da Educação (MEC) divulgou os cronogramas do segundo semestre de 2023 para quem pretende cursar o ensino superior utilizando o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (Prouni) ou o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
O primeiro é o Sisu, cujas inscrições estarão abertas de 19 a 22 de junho, com resultado no dia 27 deste mês. O co-fundador e professor do Galt Vestibulares Rubenilson Cerqueira explica o que é o Sistema.
“O sistema de seleção unificada foi criado em 2010 pelo Ministério da Educação (MEC) como sistema eletrônico para poder democratizar a oferta de vagas em instituições públicas de ensino superior no Brasil. Sendo que a maioria delas são instituições federais, como universidade e institutos, mas também há vagas para outras instituições públicas, sendo elas estaduais e municipais no país”, explica.
Ainda no dia 27 de junho serão abertas as inscrições para o Prouni, que poderão ser realizadas até o dia 30 de junho. O programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares em todo o país. O resultado será divulgado em duas chamadas: a primeira no dia 4 de julho, e a segunda no dia 24 do mesmo mês.
O estudante Renan da Silva Gomes, morador de Cidade Ocidental (GO), conta que a sua experiência com a inscrição do Programa foi positiva. “A respeito da inscrição, foi tudo bem tranquilo, por ser online e ter o passo a passo do que fazer, então eu acabei não tendo nenhuma dificuldade e minha experiência com o Prouni foi muito boa por ser uma programa que dá oportunidade para pessoas que não têm condições de pagar uma faculdade particular, de estar cursando o ensino superior. E minha expectativa é seguir no curso que escolhi e poder me formar”, contou Renan.
Já o Fies, que é o Fundo de Financiamento Estudantil, terá suas inscrições entre os dias 4 e 7 de julho. O resultado será divulgado em chamada única no dia 11 de julho.
O MEC informou que em datas próximas às da abertura de inscrições de cada processo seletivo irá divulgar a quantidade de vagas a serem ofertadas nas edições do segundo semestre deste ano do Sisu, Prouni e Fies, no portal Acesso Único, no endereço eletrônico: acessounico.mec.gov.br.
Para se inscrever em todos os três processos seletivos é usada como base a nota obtida na edição do ano passado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para o Prouni também são válidas as notas do Enem de 2021. Já para o Fies são válidas as notas do Enem a partir de 2010.
Não, as inscrições para cada um dos processos seletivos são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente pela Internet, no Portal Acesso Único.
Etapa do processo seletivo teve início dia 21 de março e se estende até 2 de junho
O Ministério da Educação (MEC) prorrogou para 2 de junho o prazo final para as convocações por meio da lista de espera do processo seletivo do primeiro semestre do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Desde o início da seleção, o MEC já realizou sete chamadas de candidatos da lista de espera. A prorrogação atenderá solicitações de estudantes interessados em financiar os seus estudos.
A doutora em educação e mestre em Administração Estratégica Kélen Abreu explica a importância do Fies na vida de estudantes que não podem arcar com os custos de uma faculdade particular, no momento.
“O ponto mais importante é garantir a igualdade e dar a tranquilidade de fazer esse curso, poder se manter nesse período mesmo com receitas menores, a gente sabe que durante a faculdade você faz estágio e ganha menos, mas saber que só vai pagar esses valores após a formatura, então digo que o fies então ele tá apostando naquele aluno, acreditando que vai transformar realmente a vida dele e a educação transforma. Eu mesmo sou a prova viva de que a educação transforma, você tendo um sociedade com acesso à educação você faz com que o país consiga gerar riqueza, gera conhecimento e realmente cresce muito mais”, defendeu.
A mestre em Administração Estratégica ainda destaca que o fato de o estudante poder quitar sua dívida apenas ao final da graduação faz com que ele estude com mais tranquilidade.
“A forma como funciona, o aluno passa a pagar após sua formação, inclusive está em discussão se o aluno começa pagar após a formação ou após conseguir um emprego, mas independente disso o aluno tem seu período de estudo tranquilo. Muitas vezes aquele aluno geralmente trabalha, trabalha mais para se manter, então não teria condições de pagar ainda na sua faculdade essa conta, então da pra ele ter a tranquilidade para que ele possa a se dedicar aos estudos, fazer uma boa formação, o mercado de trabalho sempre tem vagas disponíveis" ,enfatizou Kélen Abreu.
A moradora do Gama, no Distrito Federal e estudante de nutrição, Júlia Nunes (23), conta que foi através do Fies que está tendo a oportunidade de fazer uma graduação.
"Com o Fies eu estou tendo a oportunidade de estudar e saber que eu tenho que pagar apenas ao final do curso, dar um certo conforto e segurança”, justificou a estudante.
O Ministério da Educação (MEC) realizou sete convocações por meio da lista de espera do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até a última sexta-feira (12). De acordo com o MEC, a data final de convocação será dia 18 de maio.
De acordo com o balanço de divulgação, todos os cursos que estavam disponíveis estão sendo ocupados, ou seja, não haverá sobra de vagas.
A convocação da lista de espera do Fies começou no dia 21 março e se estenderá até o dia 18 de maio, conforme previsto no edital que rege o atual processo seletivo do Fies.
Este ano, o Fies oferece 112.168 vagas, e aquelas que não forem ocupadas nesta edição do primeiro semestre poderão ser ofertadas no processo seletivo do segundo semestre deste ano.
O economista Marcos Sarmento Melo afirma que o financiamento estudantil é uma ótima iniciativa que permite ao estado o subsídio de arcar com as mensalidades de um curso superior a estudantes que não possuem condições no momento.
“É interessante porque faz com que o estado subsidie a taxa de juro que a pessoa depois vai pagar possibilitando que ela tenha um pagamento de prestações mais baixas e assim ela possa ao longo do tempo depois quando ela tiver um emprego que tenha uma renda maior possibilitada pelo curso superior, efetuar os pagamentos e aí alimenta todo processo fazendo com que outras pessoas tenham a possibilidade também de tomar o crédito e assim conseguir avançar na carreira profissional”, afirmou Samento.
A estudante de Biomedicina, Ivanilde Magda (26), conta que está realizando um sonho em poder estudar através do Fies.
“Eu optei pelo Fies porque precisava estudar em uma universidade com grade fechada, já que tenho a necessidade de trabalhar e estudar. Fiquei muito feliz com a oportunidade. Tenho certeza que no fim da minha graduação, terei a oportunidade de pagar meu financiamento podendo ajudar outras pessoas a realizarem o sonho”, contou a estudante.
O Fundo de Financiamento Estudantil é um programa do MEC, instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001. O objetivo do Fies é conceder financiamento a estudantes de cursos de graduação, em instituições de educação superior privadas aderentes ao programa e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
Podem participar todos os inscritos para o Fies que não foram selecionados na chamada única
O Ministério da Educação (MEC) ainda está convocando estudantes por meio da lista de espera do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A convocação da lista de espera começou no dia 21 março e deve continuar até o dia 18 de maio. Todos os candidatos que não foram contemplados na chamada única podem participar e a inclusão na lista de espera é automática.
O Fies é uma das alternativas para que estudantes que não possuem condições financeiras de arcar com os custos de uma faculdade possam cursar o ensino superior. É o que explica o economista Guidi Nunes.
“O estudante de baixa renda tem duas alternativas: a de estudar nas universidades federais onde tem um apoio, tem bolsas do governo federal e tem também o Prouni, para estudar nas universidades particulares. Já o fies é para aquele estudante que tem renda, que trabalha, mas essa renda não é suficiente para pagar o ensino superior. Então ele vai lá, acessa o Fies e faz o seu curso superior. Claro, quando ele terminar o ensino superior vai ter uma carência de seis meses a um ano. É uma opção dele também para começar a pagar o Fies."
Moradora de Samambaia Sul, no Distrito Federal, Rebeca Kathllen (25) cursou o ensino superior em Estética e Cosmetologia, através do Fies. Ela destaca a importância do financiamento para o seu crescimento profissional e pessoal.
“Me formei em Estética e Cosmetologia através do FIES. Foi um processo muito importante na minha vida pessoal e profissional. Além de conseguir pagar por uma faculdade, que eu desejava cursar com um preço bem melhor, eu pude ingressar no mercado de trabalho e pagar o restante do curso. Já ouvi algumas pessoas dizendo que não vale a pena fazer um financiamento, mas na situação que estava minha vida no momento, foi uma ótima escolha”, destacou.
Todos os prazos e procedimentos da convocação por meio da lista de espera foram estabelecidos no edital que rege o atual processo seletivo e pode ser consultado no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.
A lista de espera é destinada a candidatos que não foram contemplados na Chamada Única E é oferecida quando um candidato pré-selecionado não ocupa a vaga. Isso permite que a mesma vaga seja ofertada para o próximo estudante da lista.
Os convocados têm até três dias úteis, a contar do dia seguinte à data de divulgação de sua pré-seleção, para complementar sua inscrição para contratação do financiamento. Esse procedimento para complementação da inscrição também é realizado, exclusivamente, na página do Fies.
Após complementar a inscrição, o pré-selecionado tem até cinco dias, a contar do dia seguinte à data da complementação da inscrição, para apresentar sua documentação para validação na instituição para a qual foi pré-selecionado.
Cada instituição de ensino superior tem uma Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA), responsável pelo recebimento e pela análise da documentação exigida para a emissão do Documento de Regularidade de Inscrição (DRI), necessário para formalizar a contratação do financiamento.
O estudante terá dez dias, contados a partir do terceiro dia útil imediatamente subsequente ao da emissão do DRI, para entregar a documentação exigida para fins de contratação. A validação dessas informações é realizada no âmbito da agência bancária indicada pelo estudante no ato da complementação da inscrição do Fies.