Pela 11° semana consecutiva, a estimativa do IPCA recua, mas segue acima acima do teto da meta
O mercado financeiro reduziu a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 para 5,05%, segundo o Boletim Focus. A expectativa representa uma queda de 0,60 ponto percentual em relação ao pico registrado em março, quando a estimativa chegou a 5,65%. Apesar da melhora, o índice segue acima do teto da meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional, cuja meta central é de 3%.
Essa trajetória de queda é reflexo, principalmente, da diminuição nos preços dos alimentos e de itens de transporte, embora o custo elevado da energia elétrica, pressionado pela bandeira vermelha, ainda pese no orçamento das famílias, indústrias e comércio, segundo o economista César Bergo.
“Essa perspectiva de redução gradativa da inflação, como está acontecendo agora, é em função da queda nos preços dos alimentos e também dos itens de transporte. Pesa ainda no segmento de habitação o preço da energia elétrica, porque nós estamos praticando a bandeira vermelha. Isso faz com que a energia elétrica nas residências, nas indústrias e no comércio fique mais cara. Isso, de alguma forma, é repassado para os preços. A tendência é de que essa inflação venha caindo gradativamente esse ano, podendo as próximas expectativas demonstrarem isso, mas para o ano que vem já se prevê uma inflação abaixo do teto da meta”, afirmou.
A expectativa é que a inflação possa continuar recuando nos próximos meses, mas há risco de novas pressões devido a fatores externos, como a tarifa de até 50% aplicada pelo presidente Donald Trump sobre diversos produtos brasileiros, que tende a elevar os custos de produção e, consequentemente, ser repassada aos consumidores. Para o economista Francisco Rodrigues, a mudança pode gerar oscilações até o final do ano.
“À medida que há aumentos e reduções no IPCA, os custos operacionais dos municípios podem oscilar. Para os próximos meses, a expectativa é que possa diminuir o IPCA. Porém, a conjuntura econômica e a entrada em vigor do tarifaço dos Estados Unidos em até 50% para diversos itens brasileiros podem fazer com que os custos das empresas e dos produtores aumentem. Provavelmente, eles terão que repassar o aumento desses custos para o consumidor. Então, podemos ver oscilações no IPCA até o final de 2025”, explicou.
A taxa básica de juros, Selic, deve encerrar 2025 em 15% ao ano. A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) foi ajustada de 2,23% para 2,21%, enquanto para 2026 e 2027 as estimativas estão em 1,87% e 1,93%, respectivamente.
Aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos em seus benefícios devem começar a ser ressarcidos a partir de julho, conforme anunciou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A devolução foi confirmada após a constatação de cobranças irregulares feitas por associações e entidades não autorizadas nos contracheques dos segurados.
Segundo o INSS, os valores que serão restituídos referem-se, principalmente, a mensalidades descontadas para clubes de serviço, associações de aposentados ou contribuições que não foram autorizadas previamente pelos beneficiários. Em muitos casos, os segurados sequer tinham conhecimento dessas cobranças.
A operação de ressarcimento é resultado de auditorias internas, denúncias de beneficiários e ações judiciais. Estima-se que mais de 3,4 milhões de pessoas foram atingidas pelas cobranças indevidas, com valores totais que podem ultrapassar R$ 2 bilhões.
A devolução dos valores ocorrerá em três etapas:
1º lote – 24 de julho: 1,5 milhão de beneficiários serão ressarcidos
2º lote – 9 de agosto: novo grupo receberá automaticamente
3º lote – 24 de agosto: último grupo previsto nesta fase
Cada lote será liberado com intervalo de 15 dias, diretamente na conta dos segurados. Os pagamentos ocorrerão de forma automática, sem necessidade de solicitação adicional, desde que o beneficiário já tenha registrado a contestação do desconto irregular.
Têm direito ao ressarcimento os aposentados e pensionistas do INSS que:
A recomendação do Ministério da Previdência é que os segurados verifiquem os extratos mensais de pagamento no portal ou aplicativo do “Meu INSS”, onde estão discriminados todos os descontos efetuados no benefício.
Os beneficiários que identificarem descontos suspeitos e ainda não registraram a contestação podem solicitar o ressarcimento por dois canais:
É necessário apresentar documento de identificação e extratos de pagamento que comprovem o desconto indevido.
A devolução será feita em forma de crédito automático no benefício mensal. Os valores variam conforme a quantia descontada e o tempo em que os descontos foram aplicados. Em casos em que os valores ultrapassem o limite mensal de pagamento do INSS, o ressarcimento poderá ser parcelado.
O governo federal já bloqueou cerca de R$ 2,8 bilhões das contas das entidades responsáveis pelos descontos indevidos, garantindo os recursos para o pagamento.
Um dos 17 pontos vetados pelo presidente Lula do primeiro texto que regulamenta a reforma tributária, desagradou o mercado financeiro, que reagiu por meio de uma nota. O texto assinado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) em parceria com a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) pede que o Congresso derrube os vetos da presidência sobre fundos de investimento.
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A principal alegação, traz o texto, é que como os fundos não são fornecedores de serviços, por isso não deveriam estar classificados como contribuintes dos impostos de consumo: IBS e CBS — que irão substituir PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS.
As entidades destacam que “a redação da Lei Complementar 214 gera insegurança jurídica para uma indústria com patrimônio líquido de R$ 9,2 trilhões e mais de 41 milhões de contas”. E o manifesto ainda põe em xeque a proposta da Reforma, quando diz que “o texto se afasta de propósitos essenciais da reforma, como a simplificação do sistema tributário e a promoção de neutralidade fiscal”.
ANBIMA E CNF alegam que o texto que saiu do Congresso tratava os fundos de maneira correta, “a redação não concedia benefício tributário ou fiscal aos fundos, apenas listava situações específicas para garantir a segurança jurídica.”
Tratamento que, na proposta que foi vetada, valia tanto para os que investem em títulos e valores mobiliários quanto os que aplicam em outros ativos — como é o caso dos fundos imobiliários e dos Fiagros.
Segundo a nota, os trechos vetados representam menos alternativas de diversificação para os investidores, que com a mudança, na redação, quem investir em determinados fundos poderá pagar Impostos de renda também sobre os lucros.
O trabalho das instituições junto aos parlamentares, segundo o comunicado, continua sendo feito de forma transparente para garantir aos investidores mais segurança jurídica e tratamento tributário adequado.
A partir desta segunda-feira (8), os extratos bancários ganharam termos padronizados. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a princípio a medida abrange as denominações existentes para as operações de saque e depósito. O objetivo é facilitar o dia a dia dos clientes e promover acessibilidade nas informações.
As outras operações financeiras serão incluídas posteriormente no processo de padronização.
O diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria, afirma que hoje os bancos possuem mais de 4 mil tipos de nomenclaturas diferentes nas suas operações. Ele destaca que a mudança facilitará a compreensão das pessoas que possuem ou precisam acessar contas bancárias de instituições financeiras diferentes e, ainda, colabora para a ampliação do acesso aos serviços bancários pela população.
"Atualmente, os bancos usam mais de 4 mil tipos de nomenclaturas diferentes em suas operações, o que gera diferenças significativas entre os bancos para um mesmo tipo de operação financeira. A iniciativa vai universalizar as informações e trará mais compreensão ao cliente sobre a operação que ele realizou, além de ampliar o acesso da população aos serviços bancários", afirma Walter.
Confira como fica a padronização dos extratos bancários para depósito e saque:
O diretor Administrativo da Line Bank BR, Marlon Bento, de Porto Alegre (RS), salienta que a medida colabora para minimizar a indução aos erros dos clientes, já que com a padronização ficará mais fácil, na avaliação dele, identificar as operações financeiras.
"Muitas vezes essas nomenclaturas, diferentes de um banco para outro, induzem até mesmo ao erro do usuário, do cliente naquela instituição financeira. Então, na hora da interpretação, podem induzir ao erro. E tendo uma única nomenclatura para todos os bancos, fica muito mais fácil de fazer a interpretação do extrato, de ler o extrato e saber efetivamente o que está acontecendo nas suas devidas contas bancárias", diz.
Marlon avalia, ainda, que a iniciativa colabora para o desenvolvimento do país no setor bancário. "Isso é extremamente importante e é uma medida que é mais um passo no desenvolvimento dos bancos no Brasil e também no desenvolvimento para o usuário."
Segundo Walter Faria, da Febraban, a data escolhida para dar início à implementação da mudança foi definida em conjunto com o Banco Central do Brasil, considerando a complexidade do tema. Segundo ele, tendo em vista que as instituições financeiras terão que realizar ajustes sistêmicos para implementação da medida.
A consulta às novas nomenclaturas poderá ser feita no site da Febraban em: portal.febraban.org.br
O euro, por sua vez, começou esta sexta-feira (24) cotado a R$ 5,56
O dólar começou esta sexta-feira (24) cotado a R$ 5,15, após queda de 0,06%. No dia anterior, o câmbio começou com um recuo mais expressivo, mas se restabeleceu depois que pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos frustraram as expectativas dos investidores.
O cenário sugeriu uma economia mais aquecida do que o esperado, o que pode causar uma pressão na inflação e reduzir espaço para cortes na taxa de juros do país norte-americano.
O euro, por sua vez, começou esta sexta-feira (24) cotado a R$ 5,56.
Os dados são da Companhia Morningstar.
O índice subiu 0,17% em seu último fechamento
No último fechamento, o Ibovespa, que é o índice da bolsa de valores brasileira, obteve leve alta de 0,17% e pode se recuperar, em parte, após dois fechamentos consecutivos com o resultado positivo observado.
De novo, as ações da Vale (VALE3) ditaram a tendência do dia e subiram 1,90%, entre as mais negociadas. Embraer (EMBR3) e Petrobras (PETR4) também contribuíram com este resultado positivo.
No setor de varejo, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 7,15%.
Já as baixas do dia são da MRV (MRVE3), YDUQS (YDUQS) e Eletrobras (ELET3), que caíram 5,70%, 3,81% e 3,60%, respectivamente.
O último fechamento teve volume negociado de R$ 22,5 bilhões.
Os dados referentes à bolsa de valores brasileira podem ser consultados através da B3.
O índice caiu 0,75% e se encontra a 126,7 mil pontos
No último fechamento, o Ibovespa, que é o índice da bolsa de valores brasileira, obteve queda de 0,75%. Trata-se do segundo resultado negativo em sequência. O desempenho foi puxado, principalmente, pelos resultados ruins das ações da Vale (VALE3), que caíram 1,15%.
Entre as ações mais negociadas, o setor bancário também teve queda com Itaú (ITUB4), em 0,55%.
Além das mais negociadas, as ações da Cogna (COGN3), da YDUQS (YDUQ3) e, no varejo, das Casas Bahia (BHIA3), tiveram queda de 11,75%, 9,75% e 7,62%, respectivamente.
Já as altas ficaram com Azul (AZUL4), PetroReconcavo (RECV3) e Hypera (HYPE3), que subiram 6,90%, 4,15% e 4,00%, respectivamente.
O último fechamento foi movimentado em transações e o volume negociado totalizou R$ 54 bilhões.
Os dados referentes à bolsa de valores brasileira podem ser consultados através da B3.
De acordo com a cotação da companhia Morningstar, o euro está cotado a R$ 5,44
Em relação a diferentes divisas internacionais, o dólar ganhou força novamente no último fechamento. Foi o caso da moeda brasileira, que atingiu o patamar de R$ 5,00 - maior valor desde outubro de 2023.
Desde a última divulgação do índice de preços ao produtor dos Estados Unidos (índice PPI, em inglês), que cresceu acima do esperado, houve leve valorização dos títulos públicos daquele país, em um cenário de possíveis quedas futuras de juros mais brandas que o previsto. Assim, o dólar se valoriza.
Entretanto, a valorização foi contida na última semana por dados da economia brasileira, após a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, acerca do volume de serviços de janeiro, que cresceu 0,7%.
Já em relação ao euro, a moeda está estável e cotada a R$ 5,44.
Os dados são da companhia Morningstar.
O índice caiu 0,25% em seu último fechamento
No último fechamento, o Ibovespa, que é o índice da bolsa de valores brasileira, obteve queda de 0,25%. Nesta manhã, o índice se encontra a 127,6 mil pontos. O resultado foi influenciado principalmente pela inflação ao produtor nos Estados Unidos, que veio acima do esperado.
Isto sugere um possível corte mais brando de juros nos Estados Unidos, o que pode indicar a preferência de agentes econômicos por investimentos em dólar, em detrimento de renda fixa e variáveis de outros países, como o Brasil.
Entre as ações mais negociadas, a Vale (VALE3), Petrobras (PETR3; PETR4) e Itaú (ITUB4) obtiveram quedas próximas a 1,00%.
Além delas, estão as baixas da Cemig (CMIG4), Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) e Hypera (HYPE3), que caíram 4,15%, 3,75% e 3,70%, respectivamente.
Já as altas são da Embraer (EMBR3), São Martinho (SMTO3) e Carrefour (CRFB3), que subiram 10,20%, 5,05% e 3,30%.
O volume total negociado no último fechamento foi de R$ 24 bilhões.
Os dados referentes à bolsa de valores brasileira podem ser consultados através da B3.
O presidente Lula sancionou, nesta terça-feira (31), o projeto que cria o Marco Legal das Garantias. O chefe do Executivo, no entanto, vetou alguns dispositivos da proposta, entre eles o que permite que os bens móveis, como os veículos, sejam alvo de cobrança e apreensão extrajudicial — fora da justiça — em caso de inadimplência pelo tomador do crédito.
Hoje, os bancos precisam do aval da justiça para apreender o bem, o que torna o processo de reaver a garantia mais demorado e caro para as instituições financeiras. Elas alegam ser esse um dos motivos para o custo elevado de empréstimos e financiamentos.
O Marco Legal das Garantias visa facilitar a execução das garantias dadas em operações de crédito. A ideia é que, em caso de inadimplência, os bancos e demais instituições financeiras possam ter as garantias em mãos de forma mais rápida e barata, o que pode ter impacto positivo na oferta de crédito.
Doutor em economia e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Hugo Garbe comenta que o projeto quer trazer mais segurança jurídica para o mercado de crédito brasileiro.
"O objetivo é diminuir a insegurança jurídica na execução de garantias para empréstimos. Os bancos alegam que uma das causas do spread gigantesco que nós temos no Brasil em comparação com outros países é essa insegurança jurídica e eu acredito que o marco pode contribuir para uma redução do spread", afirma.
O spread bancário é a diferença entre os juros que os bancos pagam de quem eles tomam emprestado e o que eles recebem daqueles a quem emprestam. No Brasil, especialistas afirmam que essa diferença é grande.
O Marco Legal das Garantias também permite que um mesmo imóvel seja dado como garantia em mais de um empréstimo. Relator do projeto de lei na Câmara dos Deputados, o deputado João Maia (PL-RN) detalha a mudança.
"Hoje, se você tiver um bem que vale um milhão e der ele de garantia de empréstimo por cem mil, ele fica preso, quer dizer, fica novecentos mil de garantia ociosa até você liquidar o empréstimo. O projeto, portanto, aumenta a competição, porque eu posso ir em outro banco e oferecer os outros novecentos até completar o valor do bem", ilustra.
Os vetos presidenciais voltam para análise de deputados e senadores. Para derrubá-los, é necessária maioria absoluta dos votos de congressistas da Câmara e do Senado, ou seja 257 e 41, respectivamente.
Câmara aprova projeto que permite usar imóvel como garantia em mais de um financiamento