
LOC.: O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que a influenza A é responsável por 74% dos óbitos por Síndrome Respiratória Grave (SRAG) no país. A incidência de SRAG também segue em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento em seis das 27 unidades da Federação, sendo: Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima.
A análise é referente à semana epidemiológica 26, de 22 a 28 de junho.
O Boletim mostra que nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a influenza A liderou com com prevalência entre os casos positivos de 33,4%. Inclusive, a influenza A segue como a principal causa de hospitalizações e óbitos por SRAG também entre os idosos.
As ocorrências de SRAG na população de jovens, adultos e idosos, associadas à influenza A, mantêm um ritmo elevado, conforme o levantamento. No entanto, os dados demonstram sinal de interrupção do crescimento ou queda no em estados de todas as regiões do país.
Apesar de o documento verificar indícios de queda ou interrupção do crescimento dos casos de SRAG associados à influenza no país, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, afirma que a população não pode relaxar nas medidas, como uso de máscaras em caso de sintomas gripais. Ela também reforça a importância da vacinação.
TEC./SONORA: Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe
“Apesar disso, ainda não é hora de relaxar as medidas de controle e proteção, já que a incidência dessas hospitalizações por influência e VCR permanece em um nível bastante elevado na maior parte do país. A gente pede para que as pessoas que ainda não tomaram a vacina contra a influenza, que tome a vacina contra a gripe o quanto antes, o Sistema Único de Saúde disponibiliza essa vacina de graça para a população prioritária. Então é importante que, mesmo que a pessoa já tenha pegado gripe esse ano, que ela tome a vacina, já que esse imunizante protege contra os três principais tipos de vírus da influenza."
LOC.: O documento aponta que a incidência de SRAG apresenta maior impacto nas crianças pequenas, estando associada principalmente ao vírus sincicial respiratório (VSR). Os estados que apresentam aumento dos casos de SRAG em crianças pequenas associados ao VSR são: Mato Grosso. Pará; Paraná e Rondônia.
Em 2025, já foram notificados 119.212 casos de SRAG, 52% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 26,7% foram de influenza A e apenas 1,1% de influenza B. Por outro lado, 45,5% foram de vírus sincicial respiratório, 22,1% de rinovírus e 8% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Reportagem, Bianca Mingote