15/11/2025 15:00h

Previsão indica mais de 100 mm de chuva em 24h e risco de granizo nas áreas mais afetadas

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Os estados da Região Sul e parte de Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste, podem ser atingidos por uma forte tempestade entre domingo (16) e segunda-feira (17). Diante da previsão, a Defesa Civil Nacional organizou, nesta sexta-feira (14), uma reunião de preparação com as defesas civis estaduais e municipais. Um aviso vermelho (grande perigo) foi emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para a área de maior risco. A Região Sudeste também pode ser afetada.

Em coletiva de imprensa, o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun, reforçou o trabalho conjunto dos órgãos federais. “A Defesa Civil Nacional, o Inmet e outros órgãos do Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil trabalham juntos. A reunião de preparação realizada nesta sexta é uma reunião técnica para informar os estados e municípios da previsão e para alinharmos as ações do fim de semana”, afirmou Braun.

O diretor ressaltou a importância da emissão de alertas em situações como essa e destacou as ferramentas disponíveis, como o Defesa Civil Alerta, implementado em todo o território nacional recentemente. O sistema utiliza a rede de telefonia celular para enviar mensagens de texto e avisos sonoros para celulares em áreas de risco elevado. Os alertas aparecem de forma destacada na tela dos aparelhos e podem soar mesmo em modo silencioso. Não é necessário cadastro prévio e o serviço é gratuito, com alcance de celulares compatíveis (Android e iOS lançados a partir de 2020) e cobertura de telefonia móvel com tecnologia 4G ou 5G.

A ferramenta busca orientar as pessoas sobre as medidas de proteção a serem tomadas. Dessa forma, os alertas terão informações sobre o tipo de risco que está prestes a acontecer e instruções práticas. As definições de conteúdo e do momento de envio dos alertas são de responsabilidade dos órgãos de proteção e defesa civil locais e a ação é operacionalizada por meio da Interface de Divulgação de Alertas Públicos (Idap).

O objetivo do Defesa Civil Alerta é proporcionar maior segurança, sendo complementar aos demais mecanismos de alertas de emergência: SMS, TV por Assinatura, Whatsapp, Telegram e Google Public Alerts. “A população precisa ficar atenta aos alertas e adotar as medidas de autoproteção disponíveis nos canais das defesas civis”, acrescentou Braun.

Previsão e formação de ciclone extratropical

De acordo com o aviso vermelho emitido pelo Inmet, a tempestade pode provocar chuvas acima de 100 milímetros (mm) em 24h e queda de granizo. “Temos novamente uma condição para a formação de um ciclone extratropical, que deve ocorrer entre a noite de sábado (15) e a madrugada do domingo (16). O ciclone vai se formar e, em seguida, se deslocar para o oceano. Porém, ele vai dar origem a uma frente fria que vai transitar entre os estados do Sul e em parte do Centro-Oeste. Poderemos ter chuvas muito fortes, rajadas de vento e queda de granizo. Na segunda-feira, essa frente fria também deve atingir a Região Sudeste, chegando ao estado de São Paulo”, explicou a meteorologia do Inmet, Marcia Seabra.

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15/11/2025 12:00h

Municípios foram atingidos por estiagem, enxurradas, erosão costeira/marinha, seca, granizo e vendaval

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta sexta-feira (14), a situação de emergência em 18 municípios afetados por desastres nos estados de Amazonas, Bahia, Paraíba, Piauí, Goiás, Maranhão, Santa Catarina e Paraná.

As cidades foram afetadas por estiagem, enxurradas, erosão costeira/marinha, seca, granizo e vendaval.  As portarias com os reconhecimentos foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Confira abaixo: 

Como solicitar recursos

Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.

Capacitações da Defesa Civil Nacional

A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.

 

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15/11/2025 04:55h

CACB defende reforma administrativa; IFI alerta que cenário atual é insustentável a médio e longo prazo

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Até agora, em 2025, o Brasil já gastou R$ 4,5 trilhões em despesas primárias da União, estados, municípios e DF. A escalada de gastos é mostrada em tempo real pela plataforma Gasto Brasil, da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), desenvolvida em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de São Paulo (ACSP). 

Com os gastos em alta e sem sinal de desaceleração, o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, Marcus Pestana, analisa que o panorama atual de desequilíbrio fiscal é “insustentável” a médio e longo prazo. “O grande desafio do Brasil é no terreno fiscal. É preciso que a sociedade, os três poderes, os municípios, os estados e a União discutam um novo pacto fiscal, porque a trajetória atual é insustentável.”

A plataforma Gasto Brasil aponta que a Previdência Social sozinha já consumiu R$ 1,2 trilhão neste ano. “As despesas obrigatórias estão crescendo num ritmo acelerado e automático. Previdência, benefício de prestação continuada, auxílio-desemprego, abono salarial, como também as verbas vinculadas à educação e saúde – nem sempre respeitando o limite do crescimento da receita, ou seja, do dinheiro disponível”, avalia Pestana.

Impactos: setor produtivo e geração de empregos 

O vice-presidente Jurídico da CACB, Anderson Trautman, alerta que o aumento do gasto público e da carga tributária pressiona o setor produtivo e afeta diretamente a geração de empregos. “Infelizmente, o ônus tributário cresce à medida que, obviamente, há um descontrole do gasto público. Se fôssemos mais eficientes, precisaríamos de um custo tributário menor. Ocorre o inverso. Isso está trazendo para o setor produtivo um ônus que, em algum momento, se torna excessivo, inclusive, para a manutenção dos negócios no Brasil. Isso não está distante de ocorrer e vários setores têm sinalizado nesse sentido”, salienta Trautman.

Ele também destaca a crescente dificuldade das empresas em contratar mão de obra qualificada. “É fundamental que tenhamos a melhor política social que podemos ter no Brasil, a geração de emprego. Infelizmente, estamos tendo cada vez mais dificuldade no setor produtivo de obtenção de mão de obra.”

Já Marcus Pestana destaca que o cenário de despesas crescentes afeta a confiança do mercado e o empresariado do país. “O investidor quer segurança, regras claras, estabilidade institucional, olhar para o futuro do país e enxergar que o investimento dele vai ter um solo fértil para se multiplicar em resultados. Essa confiança se esboça reagindo a um cenário factível, sólido, com regras fiscais que deem segurança de que não vai se perder o fio da meada e que a coisa não vai degringolar”, diz.

Reforma administrativa

Na avaliação de Pestana, o desempenho econômico do país não é ruim em aspectos como nível de desemprego, balança comercial e reservas internacionais. O problema está na falta de controle nos gastos públicos. “O governo tem que disciplinar seus gastos para não pressionar a taxa de juros, para não precisar se endividar tanto e permitir que a economia funcione bem e que os investidores confiem e venham para o Brasil.”

Para Pestana, a fragilidade fiscal do país precisa de uma reforma na área, além de unir uma série de medidas que promovam o desenvolvimento do país.

Confira medidas que Marcus Pestana, do IFI, considera fundamentais para reequilibrar as contas públicas:

  • Diminuir incentivos e despesas tributárias;
  • Revisitar aspectos da previdência;
  • Fazer uma reforma administrativa;
  • Interromper as vinculações e as indexações orçamentárias.

Anderson Trautman também destaca a necessidade de mudanças administrativas para estimular o desenvolvimento do país, bem como a melhoria na gestão das despesas. 
“Precisamos de uma reforma administrativa que traga o melhor equilíbrio e uma maior eficiência para o gasto público. Nós estamos vendo uma série de mudanças tributárias e todas elas trazendo impactos significativos”, lembra.

Trautman aponta, ainda, que as mudanças são urgentes para garantir a redução da carga tributária para o setor produtivo e resultados melhores no ano que vem.

“É urgente uma reforma administrativa que possibilite uma redução do gasto público ou uma eficiência melhor no gasto público para que nós tenhamos a possibilidade de um alento na carga tributária. Não estou falando nem de uma redução imediata, mas de um alento nas medidas que são incessantes no sentido da elevação da carga tributária, como vimos ao longo de todo 2025. Termos isso de novo ao longo do ano de 2026, mais uma vez trará, sem dúvida alguma, um impacto na nossa economia”, observa.

Gasto Brasil: Mecanismo de transparência e cobrança

O Gasto Brasil busca ampliar a transparência das contas públicas. A disponibilização dos montantes em tempo real permite que qualquer cidadão acompanhe os valores aplicados pelo poder público. 

Para Alfredo Cotait, presidente da CACB, o Gasto Brasil é uma ferramenta de transparência e monitoramento para o cidadão.“Há 20 anos nós criamos o Impostômetro, que é na verdade uma forma de você mostrar para a sociedade quanto nós estamos pagando de impostos. Então nós criamos o Gasto Brasil, que é uma ferramenta para que a população tomasse conhecimento de onde e como estavam sendo gastos as despesas da União, estados e municípios.”

A plataforma apresenta os os gastos públicos primários no país, que englobam o Governo Federal, os Governos Estaduais (incluindo o Distrito Federal) e os Governos Municipais. Além de informações sobre as despesas com pessoal por poderes, Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública.

Os dados do Governo Federal referem-se, na prática, aos números do Governo Central, que incluem também as despesas da autarquia Banco Central, tornando-o tecnicamente mais completo. As despesas do Governo Federal são classificadas em mais de 60 itens, agrupados em 28 categorias. Dentre essas, 11 categorias representam aproximadamente 96% do total das despesas. As duas maiores destas – Previdência e Despesas com Pessoal e Encargos Sociais – correspondem a cerca de 60% do total. A soma destas duas despesas com os gastos com investimentos e com inversões financeiras leva a um resultado de aproximadamente 65% do total.

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15/11/2025 04:50h

A unidade foi inaugurada nesta sexta-feira (14), em Belém (PA), em meio às atividades da COP30. O projeto conta com parceria do SESI, Ministério da Saúde e CN-SESI

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Os trabalhadores industriais que atuam em áreas ribeirinhas da Amazônia vão contar com uma nova estrutura de saúde. Trata-se da embarcação Saúde Conectada – Copaíba. A unidade vai disponibilizar cuidados prioritários, como doenças crônicas, saúde mental e auxílio no combate ao tabagismo e à obesidade.

O barco é movido a energia solar e tem a operação neutra em emissão de carbono. A iniciativa foi capitaneada pelo Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional do SESI (CN-SESI).  

Copaíba – o nome dado à embarcação – faz referência à árvore amazônica medicinal conhecida como “antibiótico da mata”. Como dispõe de conectividade via satélite, a unidade oferece serviços como teleconsultas, telediagnóstico, exames e acompanhamento multiprofissional em fluxo de referência com as redes locais de saúde.

Os beneficiários também têm acesso à atenção primária, exames laboratoriais, eletrocardiograma, eletroencefalograma, audiometria e espirometria. Entre os profissionais que vão atuar no atendimento estão médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e educadores físicos.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Alex Carvalho, a parceria envolvida no projeto contribuiu para um avanço relevante na ideia de levar atendimentos de saúde a localidades mais remotas do país.

“É fruto de uma união, na qual cada um trouxe não só uma parcela de contribuição técnica, estrutural, mas também muita emoção. Contamos com uma indústria genuinamente brasileira, na tecnologia embarcada, nos motores de propulsão, energia renovável não poluente. Temos muitas indústrias espalhadas ao longo dos nossos rios. Então, de certo que isso vai cumprir um papel fundamental na chegada de uma saúde de qualidade”, destaca.

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O SESI-PA será o operador desses serviços. “Haverá tanto parcerias com secretarias de estado quanto municipais de saúde. Também haverá atuação das empresas que têm operações junto a essas comunidades”, explica o superintendente de Saúde e Segurança na Indústria do SESI, Emmanuel Lacerda.

A iniciativa foi lançada nesta sexta-feira (14), no Terminal Hidroviário de Tamandaré, em Belém, em meio às atividades da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).

O evento de lançamento também contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha; do diretor-superintendente do SESI, Paulo Mól; e do presidente do CN-SESI, Fausto Augusto Junior.

Foco na realidade da Amazônia

A unidade foi desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA). Construída para atuar especificamente na Amazônia, a embarcação tem 15 metros de comprimento, 6 de largura e duas cabines de atendimento.

A definição dessas dimensões levou em conta as especificidades da região, que conta com grandes distâncias, sazonalidade dos rios e dispersão geográfica das comunidades.

Na avaliação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a iniciativa é estratégica, já que os atendimentos são voltados para populações que vivem onde o atendimento é historicamente limitado. “É um barco adaptado para chegar às pequenas comunidades, operando com energia solar, manejo adequado de resíduos e zero emissão de carbono”, afirma.

O diretor superintendente do SESI, Paulo Mól, considera que esse processo de integração fortalece a equidade no acesso à saúde. "Quando se tem um atendimento por barco, levando atendimento de barco às populações ribeirinhas, isso é dar cidadania, é fazer com que, de fato, a saúde chegue".

12 linhas prioritárias de cuidado

O modelo foi estruturado com o intuito de atender, de forma prioritária, empresas, trabalhadores da indústria e seus familiares. Porém, há possibilidade de expansão para outros setores, como comércio e agronegócio.

Foram identificadas 12 linhas de cuidado prioritárias. São elas:

  1. Diabetes
  2. Hipertensão
  3. Dor lombar
  4. Eventos cardiovasculares
  5. Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  6. Cefaleia
  7. Transtornos de ansiedade,
  8. Transtornos do sono
  9. Obesidade e sobrepeso
  10. Tabagismo
  11. Depressão
  12. Prevenção e rastreamento de cânceres mais letais ou incapacitantes

Vale destacar que essas condições poderão ser monitoradas à distância pela plataforma, o que possibilita acompanhamento contínuo, intervenções oportunas e manutenção da capacidade laboral.

Na avaliação do presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior, o projeto inaugura uma nova etapa na organização da saúde na região. “A proposta é ampliar a presença da saúde nos territórios, fortalecer a prevenção e garantir que o cuidado chegue a quem vive e trabalha em áreas de difícil acesso”, pontua.

Atendimentos serão feitos em Belém até o fim da COP30

A embarcação deverá permanecer no Píer Tamandaré, em Belém, até 21 de novembro, das 8h às 20h, com atendimentos, exames e ações de orientação em saúde para trabalhadores da indústria e comunidades ribeirinhas selecionadas.

Em seguida, a Saúde Conectada – Copaíba seguirá roteiros programados pelos parceiros por diferentes localidades da região amazônica, com monitoramento contínuo das condições de saúde pela plataforma digital.
 

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15/11/2025 04:45h

Com presença do TCU, debate promovido pelo Banco da Amazônia mostrou como práticas ESG e padrões internacionais podem abrir caminho a investimentos de grande escala

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Durante a programação oficial da COP30, autoridades discutiram os caminhos da transição verde na Amazônia. O encontro ocorrido na última quinta-feira (13) deixou claro que o principal obstáculo ao desenvolvimento sustentável da região não é a falta de projetos, mas a necessidade de aprimorar a governança. O debate foi promovido pelo Banco da Amazônia, em seu pavilhão na Green Zone, em Belém (PA).

Em um cenário em que investidores internacionais exigem segurança jurídica, transparência e regras previsíveis para direcionar recursos à floresta, o banco reuniu especialistas no painel “Governança Pública como Caminho para o Desenvolvimento Econômico e Social”. Entre os participantes estava o ministro e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, convidado de honra da discussão.

O consenso é que a governança se tornou peça central para viabilizar financiamentos de grande porte. Para Nardes, fortalecer esse processo é o primeiro passo para gerar confiança e garantir que os recursos sejam aplicados de forma eficiente e segura.

“A governança é direcionar, avaliar e monitorar. A avaliação do risco, que é um dos fundamentos da governança, é importante para que se possa aplicar bem o dinheiro que pertence ao povo brasileiro. Então, a avaliação do risco é um dos temas mais importantes na governança, mas a definição é direcionar, avaliar e monitorar o tempo todo”, avaliou o ministro.

A discussão partiu do questionamento: como garantir que o dinheiro destinado à Amazônia seja aplicado para o real desenvolvimento sustentável, de forma transparente e auditável?

Para esclarecer o cenário e buscar fomentar o desenvolvimento econômico e a socioeconomia, o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, pontuou que a presença do TCU no painel foi crucial para a compreensão do papel da governança na Amazônia Legal.

“Tudo isso que estamos falando precisa de ter um regramento e uma orientação, para que as coisas aconteçam da forma correta e a nossa última instância, que cuida da governança para que as coisas aconteçam da forma correta, é o Tribunal de Contas da União”, frisou Lessa.

A Controladoria Geral da União (CGU) define que a governança envolve mecanismos e princípios que auxiliam na tomada de decisão e na relação das instituições com a sociedade, alinhando boas práticas de gestão e ética.

Rumo à transição verde na Amazônia  

Ao longo do painel, foram debatidas ideias voltadas a construir práticas de investimento que considerem fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) na tomada de decisões financeiras focadas em finanças sustentáveis.

O espaço do Banco também reuniu outras discussões aliadas à governança, como a adoção dos padrões IFRS S1 (Sustentabilidade Geral) e IFRS S2 (Riscos Climáticos). As normas, que começam a se consolidar como referência global, criam uma linguagem comum para empresas e bancos reportarem riscos socioambientais e climáticos.

O Banco da Amazônia é uma das principais instituições de fomento da região e procura exercer um papel pioneiro nesse processo de implementação. Com uma carteira de crédito de R$62,8 bilhões, a instituição avalia que uma maior transparência é necessária para ampliar os investimentos.

Ativos financeiros 

Com a adoção dessa arquitetura de governança, ativos como Fundos Verdes, green bonds e a CPR Verde (Cédula de Produtor Rural Verde) – título voltado ao financiamento de projetos sustentáveis no campo, regulamentado em 2021 – passam a ter maior chance de aceitação no mercado internacional.

A CPR está em fase de estruturação no Banco da Amazônia. Já o Amazon Bond, por sua vez, é desenvolvido pelo Banco Mundial, tendo o Banco da Amazônia como parceiro nas discussões sobre a implementação e definição das regras para o título.
 

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15/11/2025 04:05h

Setor perde quase US$1 bilhão para o tarifaço, mas mantém saldo positivo ao conquistar novos compradores

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O agronegócio brasileiro deixou de vender para os Estados Unidos, entre agosto e outubro deste ano, US$973 milhões como consequência do tarifaço unilateral imposto por Donald Trump. O valor representa uma queda de 31,3% nas exportações do setor para esse parceiro comercial, em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados da Confederação Nacional de Municípios (CNI).

Os produtos mais afetados são:

  • Café, perda de faturamento de US$ 71 milhões, ;
  • Produtos florestais, US$ 137 milhões;
  • Cana-de-açúcar, US$ 111 milhões;
  • Carne bovina, ramo mais prejudicado, com perdas de US$ 170 milhões. 

O levantamento da CNI traz também a lista dos municípios com mais perdas:

  • Imperatriz (MA), US$ 50 milhões;
  • Santa Cruz do Sul (SC), US$ 44 milhões;
  • Três Lagoas (MG), US$ 42 milhões;
  • Campo Grande (MS), US$ 36 milhões; e
  • Ituiutaba (MG), US$ 34 milhões.

Superávit e novos mercados

Dados do governo federal, no entanto, mostram que os exportadores estão conseguindo encontrar diferentes compradores. Em outubro, as exportações brasileiras tiveram o melhor desempenho para o mês na história, com US$ 15,49 bilhões de receita, 8,5% maior do que em outubro de 2024. No ano, a balança comercial do agronegócio aponta superávit de US$124,97 bilhões, também acima da marca no mesmo período do ano anterior.
 

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15/11/2025 04:00h

Boletim da Fiocruz mostra incidência em níveis de alerta e crescimento impulsionado principalmente pelo rinovírus

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O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (13), alerta para o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças e adolescentes em Mato Grosso do Sul, Pará e Rio de Janeiro. Esses estados apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco e o crescimento tem sido impulsionado principalmente pelo rinovírus. A análise se refere à Semana Epidemiológica 45, que vai de outubro a 8 de novembro.

O cenário nacional indica estabilidade nas tendências de longo e curto prazo, apesar da manutenção de altos registros de SRAG entre o público infantil. No Rio de Janeiro, além do rinovírus, o metapneumovírus e a influenza A também têm contribuído para o aumento das hospitalizações entre crianças de 0 a 4 anos. Em Mato Grosso do Sul, houve aumento entre adultos de 15 a 49 anos, embora ainda sem confirmação laboratorial do vírus predominante.

Além desses estados, outras 11 unidades da Federação apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, porém sem sinal de crescimento consistente. De acordo com a pesquisadora Tatiana Portella, a maior parte desses locais concentra os casos em crianças e adolescentes de até 14 anos, com predominância do rinovírus; nos estados do Sul, o metapneumovírus também tem participação relevante.

Entre os estados monitorados, alguns cenários chamam atenção:

  • Goiás mantém incidência moderada, após uma onda recente de influenza A, que segue em queda.
  • Em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, as hospitalizações por influenza A continuam aumentando. Paraná, Santa Catarina e São Paulo registram continuidade do aumento de SRAG por Covid-19.
  • Espírito Santo e Mato Grosso do Sul apresentam retomada do crescimento de casos por Covid-19.

Entre as capitais, Porto Alegre e São Paulo apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento nas últimas quatro semanas. Na capital paulista, o aumento se concentra entre jovens, adultos e idosos, impulsionado pela influenza A e pela Covid-19 entre os idosos.

Em 2025, já foram notificados 207.852 casos de SRAG no país, sendo 52,7% positivos para algum vírus respiratório. Entre os positivos, destacam-se VSR, rinovírus e influenza A. A incidência segue maior entre crianças, enquanto a mortalidade se mantém mais elevada entre idosos. No acumulado do ano, a influenza A responde por quase metade dos óbitos por SRAG, seguida pela Covid-19, rinovírus e VSR.

O InfoGripe integra a estratégia do Sistema Único de Saúde e oferece apoio às vigilâncias em saúde, contribuindo para identificar áreas prioritárias e orientar ações de prevenção e resposta a surtos de doenças respiratórias.

As informações são da FioCruz.

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14/11/2025 22:20h

Alta ocorre em meio à temporada de resultados corporativos, com volume de R$ 9,62 bilhões

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 O Ibovespa fechou o último pregão em alta, voltando a testar a faixa dos 158 mil pontos. A retomada foi impulsionada principalmente pelas ações da Petrobras e da Localiza, em um dia marcado pela repercussão de balanços corporativos. 

Segundo analistas, o apoio dessas blue chips reforça a tendência de alta no curto prazo, embora haja espaço para realização de lucros se os investidores optarem por tirar parte dos ganhos atuais.

Maiores altas e quedas do Ibovespa

Confira as ações com melhor e pior desempenho no último fechamento:

Ações em alta no Ibovespa

  • Oi S.A (OIBR4): +24,28%
  • Diagnosticos da America S.A. (DASA3): +19,27%

Ações em queda no Ibovespa

  • REAG Investimentos SA (REAG3):  −33,94%
  • Grupo Mateus SA (GMAT3): −10,26%

O volume total negociado na B3 foi de R$ 23.040.332.861, em meio a 3.791.771 negócios.

Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.  

O que é o Ibovespa e como ele funciona?

O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.

O que é a B3, a bolsa de valores do Brasil?

A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.  
 

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14/11/2025 22:20h

Moeda norte-americana recuou 0,74% após sessão marcada por volatilidade e cautela no mercado internacional

O dólar encerrou o último pregão em queda, acumulando recuo de 0,74% frente ao real e fechando cotado a R$ 5,29. A sessão foi marcada pela volatilidade e por uma agenda fraca no Brasil e no exterior. Segundo especialistas, o mercado reagiu principalmente às declarações de dirigentes do Federal Reserve, que demonstraram maior preocupação com a inflação nos Estados Unidos.

De acordo com analistas, a expectativa agora se concentra na retomada da divulgação dos indicadores econômicos norte-americanos que estão atrasados. Especialistas lembram que, em paralisações anteriores do governo dos EUA, os dados levaram semanas para voltar a ser liberados, e que o atraso atual pode ser ainda maior, o que mantém os investidores cautelosos.

Cotação do euro

Já o euro encerrou o último pregão cotado a R$ 6,15.

Cotações

A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.

Código BRL USD EUR GBP JPY CHF CAD AUD
BRL 1 0,1888 0,1624 0,1433 29,1758 0,1499 0,2648 0,2888
USD 5,2955 1 0,8605 0,7594 154,52 0,7939 1,4025 1,5303
EUR 6,1576 1,1622 1 0,8824 179,57 0,9226 1,6298 1,7783
GBP 6,9769 1,3169 1,1332 1 203,50 1,0456 1,8469 2,0152
JPY 3,42761 0,647187 0,55692 0,491461 1 0,5138 0,90771 0,99039
CHF 6,6709 1,2596 1,0839 0,9565 194,63 1 1,7666 1,9275
CAD 3,7761 0,7130 0,6135 0,5415 110,18 0,5661 1 1,0911
AUD 3,4626 0,6536 0,5623 0,4962 100,98 0,5189 0,9165 1

Os dados são da Investing.com

 

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14/11/2025 21:00h

Chances de fortes chuvas e trovoadas, sobretudo a oeste da região; temperaturas variam entre 14°C e 32°C

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A previsão do tempo para o Sul do país, neste sábado (15), indica céu de muitas nuvens para toda a região, exceto a sudeste do Rio Grande do Sul, com alerta de tempestades para toda a região.

Pela manhã, a previsão é de muitas nuvens para toda a região, exceto para o centro-sul do Rio Grande do Sul, com possibilidade de chuvas isoladas para todo o estado do Paraná, centro-oeste e norte de Santa Catarina e extremo-norte do Rio Grande do Sul. No Paraná, as chuvas devem ser mais intensas e acompanhadas de trovoadas isoladas em todo o estado já pela manhã.

À tarde, a possibilidade de chuvas deve se expandir ao noroeste gaúcho. As pancadas de chuva com trovoadas recuam no sudeste do Paraná, mas alcançam o extremo-leste catarinense e o extremo norte gaúcho. Essas condições se mantêm até a noite.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de perigo de tempestades para toda a região, com ainda maior severidade para as porções centro-oeste dos três estados. Há, ainda, aviso de perigo potencial de chuvas intensas para o centro-oeste do Paraná.

Entre as capitais, a temperatura mínima prevista é de 14°C, em Curitiba. Já a máxima pode chegar até 32°C, em Porto Alegre. A umidade relativa do ar varia entre 45% e 100%.

 

5 motivos para acompanhar as previsões do tempo

 

  • Agricultura: garantia de uma boa colheita;
  • Marinha: proteção de marinheiros, navios e passageiros;
  • Aeronáutica: segurança de pilotos, aeronaves e passageiros;
  • Pesca: condições favoráveis e seguras para a atividade;
  • Turismo: garantia de passeios e viagens tranquilas e agradáveis.

 

Importância das observações meteorológicas no INMET

 

As observações meteorológicas do INMET são essenciais para previsões em tempo real, estatísticas climáticas e cooperação internacional. Esses dados precisos ajudam a estudar o clima passado e a produzir Normais Climatológicas conforme a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

 

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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