21/08/2025 02:00h

Em manifestação enviada ao governo norte-americano, entidade afirma que não há base para sanções e pede solução por meio de cooperação bilateral

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou, na segunda-feira (18), um documento formal em defesa do Brasil no processo aberto pelo governo dos Estados Unidos, com base na Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana. A manifestação, assinada pelo presidente da CNI, Ricardo Alban, foi enviada ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) e busca contestar alegações de que o país adota práticas comerciais injustificáveis, discriminatórias ou restritivas.

A investigação foi aberta em julho e reúne seis pontos de preocupação apontados pelos EUA: comércio digital e serviços de pagamento eletrônico, tarifas preferenciais, aplicação de leis anticorrupção, propriedade intelectual, mercado de etanol e desmatamento ilegal. Se confirmadas, as alegações poderiam justificar a aplicação de tarifas adicionais ou outras medidas restritivas contra exportações brasileiras.

No documento, a CNI argumenta que não há base jurídica ou factual para que sejam impostas medidas contra o Brasil. A entidade destaca que o comércio bilateral é mutuamente benéfico, com superávit para os EUA, tarifas baixas e empresas norte-americanas operando em condições de igualdade.

Segundo a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri, a manifestação tem respaldo amplo do setor produtivo. “A CNI apresenta uma contribuição endossada por mais de 40 entidades empresariais com suas próprias manifestações e mostramos com dados concretos e evidências que o Brasil não adota práticas injustificáveis ou que discriminam as operações das empresas americanas e o nosso relacionamento comercial com os Estados Unidos. Reforçamos que medidas restritivas só podem trazer prejuízos a uma relação que é historicamente de benefícios mútuos e entendemos que o caminho certo é o do diálogo, da cooperação entre Brasil e Estados Unidos e continuaremos trabalhando nesse sentido”, afirmou.

Entre os pontos questionados, a CNI defendeu:

  • Comércio digital e PIX: a legislação brasileira está alinhada a padrões internacionais e o sistema de pagamentos não cria vantagem indevida, sendo semelhante ao FedNow norte-americano.
  • Tarifas preferenciais: acordos seguem regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e não prejudicam exportações dos EUA, que já têm mais de 70% de seus produtos entrando sem tarifas no Brasil.
  • Leis anticorrupção: o país tem marco legal robusto, com crescimento expressivo de sanções aplicadas entre 2020 e 2024.
  • Propriedade intelectual: houve avanço na redução do prazo de análise de patentes, hoje próximo ao dos EUA e da União Europeia.
  • Etanol: tarifas não restringem o comércio, e a cooperação deveria se concentrar na abertura de mercados por meio da Aliança Global pelos Biocombustíveis.
  • Desmatamento: o Brasil tem um dos marcos legais ambientais mais rigorosos do mundo, com dados recentes mostrando queda no desmatamento.

A CNI também indicou o embaixador Roberto Azevêdo como representante da instituição na audiência do processo, marcada para setembro.

O que é a investigação da Seção 301

A Seção 301 da Lei de Comércio dos Estados Unidos, de 1974, autoriza o governo norte-americano a investigar práticas de outros países consideradas injustas ou discriminatórias em relação ao comércio com os EUA.

No caso do Brasil, o processo foi aberto em 15 de julho de 2025. Caso se confirme a existência de práticas desleais, o governo norte-americano pode adotar medidas que vão de negociações bilaterais à imposição de tarifas adicionais e sanções comerciais.

Confira a íntegra do documento apresentado pela CNI ao USTR.

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20/08/2025 04:00h

Crescimento do PIB segue em 2,3%, puxado pelo agro e mercado de trabalho, apesar do tarifaço

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Com a indústria impactada pelos juros elevados e pelas incertezas externas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou a projeção do PIB industrial em 2025, no Informe Conjuntural do 2º trimestre, reduzindo de 2% para 1,7%. Em contrapartida, a agropecuária ganhou ainda mais peso no desempenho da economia, a estimativa de crescimento do setor passou de 5,5% para 7,9%, consolidando o campo como principal motor da atividade no próximo ano.

Segundo a CNI, o desempenho do mercado de trabalho também deve ajudar a sustentar o crescimento de 2,3% do PIB, mesmo diante do impacto das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras.

Para o diretor de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, a manutenção da projeção geral do PIB esconde um cenário mais preocupante. “Quando a gente abre os números, aí sim a gente identifica um problema e uma composição pior. Para a indústria, realmente está decepcionando. A composição não é tão positiva, a indústria está sofrendo muito, cada vez com projeção de crescimento menor e a projeção de crescimento para o PIB não se altera, porque a safra agrícola se mostrou até um pouco maior do que nós estávamos imaginando”, afirma.

Telles destaca ainda que as tarifas impostas pelos Estados Unidos, embora relevantes, não são hoje o principal entrave ao setor industrial. “O que tem impactado realmente são as taxas de juros, principalmente, e o volume enorme de importações”, disse.

Cenário da indústria: exportações sob pressão

O cenário externo também adiciona incertezas. Embora o volume exportado tenha subido 2% entre janeiro e julho, a queda de preços no mesmo período reduziu o valor em dólares. Com isso, a CNI revisou para baixo a previsão de exportações brasileiras em 2025, de US$ 347,3 bilhões para US$ 341,9 bilhões, uma queda de US$ 5,4 bilhões em relação ao primeiro trimestre.

O tarifaço imposto pelos Estados Unidos deve agravar a situação. A CNI alerta que a taxa de 50% sobre parte das vendas brasileiras para o mercado norte-americano pode reduzir de forma significativa o fluxo da indústria de transformação.

Cenário da indústria: avanço moderado

A indústria de transformação, que cresceu 3,8% em 2024, terá um avanço mais modesto neste ano, com expectativa de 1,5%. O resultado reflete juros elevados, aumento das importações e queda prevista nas exportações.

“Quase toda essa redução da projeção de crescimento para a indústria se deve à redução da projeção de crescimento da indústria de transformação. É um segmento que precisa ser muito olhado, porque tem uma concorrência muito grande com produtos importados. As importações estão crescendo enormemente e, mesmo com todas as políticas acertadas, como a nova indústria Brasil, o plano Brasil mais produção, depreciação acelerada, uma série de medidas, ainda assim o crescimento da indústria de transformação está se reduzindo muito em relação ao de 2024”, ressalta Telles.

Já a construção deve crescer 2,2%, puxada pela continuidade de obras lançadas no ano passado e pelo programa Minha Casa, Minha Vida. A indústria extrativa também deve ganhar força, com expectativa de alta dobrada de 1% para 2%, impulsionada pela produção de petróleo.

Cenário da indústria: agro e trabalho no comando

Com clima favorável, produção recorde e forte demanda externa, a agropecuária deve liderar a economia em 2025, crescendo 7,9%. O setor de serviços, por sua vez, terá expansão modesta de 1,8%, sustentada pelo mercado de trabalho aquecido e pela elevação da massa salarial.

A taxa de desocupação deve cair para 6%, o menor nível histórico pelo segundo ano consecutivo, enquanto a massa de rendimento real deve crescer 5,5%.

Cenário da indústria: juros e inflação

A inflação deve encerrar o ano em 5%, acima dos 4,8% de 2024, mas em trajetória de desaceleração. Diante desse cenário e das incertezas externas, a CNI prevê que o Banco Central manterá a taxa Selic em 15% ao ano até o fim de 2025.

Cenário da indústria: contas públicas

A CNI projeta que o governo vai cumprir a meta fiscal. O déficit primário deve ficar em R$ 22,9 bilhões, equivalente a 0,2% do PIB, abaixo do limite estabelecido de R$ 31 bilhões. Ainda assim, a dívida pública continuará em trajetória de alta, passando de 76,5% para 79% do PIB em 2025.

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Relatório concluído no Senado prevê autonomia financeira ao Banco Central e garante que Pix siga gratuito para pessoas físicas

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O relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 65/2023), conhecido como PEC do Pix, foi concluído, na última semana, pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM). O texto prevê autonomia orçamentária e financeira ao Banco Central e inclui dispositivo constitucional para assegurar que o Pix permaneça gratuito para pessoas físicas, com gestão exclusiva da autoridade monetária.

Segundo o senador, a medida busca proteger o sistema de futuras taxações e ingerências externas. “Hoje o brasileiro não vive sem o PIX; são 180 milhões de PIX por dia e são apenas 32 pessoas cuidando do PIX. Não pode ser taxado, é exclusivo do Banco Central, o Banco Central não pode transferir essa responsabilidade para outros. Então, a gente tentou blindar com inserções internas, que seriam taxação, e externas”, afirmou Plínio.

A emenda proposta pelo relator garante ainda que o Banco Central mantenha competência exclusiva para disciplinar, atualizar e operar o sistema, assegurando acesso universal, eficiência operacional, segurança e combate a fraudes. O texto também proíbe a concessão ou transferência da gestão do Pix.

Criado em 2020, o sistema de pagamentos instantâneos rompeu barreiras de acesso a serviços financeiros e permitiu que pequenos empreendedores, trabalhadores informais e beneficiários de programas sociais tivessem mais autonomia econômica. De acordo com o Banco Central, o Pix já é utilizado por mais de 188 milhões de pessoas e possibilitou que 71,5 milhões de brasileiros passassem a ter acesso a serviços bancários. Entre 2019 e 2023, os pagamentos em dinheiro vivo caíram 36 pontos percentuais.

A proposta começou a ser analisada, em 2023, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Segundo o senador Plínio, que já apresentou nove relatórios desta emenda, a PEC deve ser votada na CCJ no dia 20 de agosto. “Quase dois anos comigo, idas e vindas. O senador Otto Alencar, presidente da CCJ, me disse que coloca na pauta sem falta. Eu penso que no voto vai dar dessa vez. Porque o líder do PT no Senado, o senador Rogério Carvalho, apresentou uma emenda muito boa mesmo, do perímetro regulatório, que permite o banco também a fazer inserções em tempo de crise nas entidades privadas. E eu estou satisfeito com o resultado”, comenta.

O debate em torno da medida ganhou força após os Estados Unidos iniciarem uma investigação comercial contra o Brasil, alegando que o Pix poderia representar práticas desleais no setor de meios de pagamento eletrônico, por reduzir o uso de cartões de crédito.

Além da blindagem ao Pix, o relatório prevê limites para o crescimento das despesas do Banco Central e preserva os direitos dos atuais servidores e aposentados.

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18/08/2025 07:00h

Foram registrados mais de 38 mil casos de estupro e quase 3 mil mortes violentas intencionais de menores, na região, entre 2021 e 2023, segundo relatório do UNICEF e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

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Casos de violência sexual contra crianças e adolescentes na Amazônia Legal se destacam no estudo “Violência contra crianças e adolescentes na Amazônia”, lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), na quinta-feira (14). O documento revela que seis dos dez estados brasileiros com as maiores taxas de violência sexual contra crianças e adolescentes estão localizados na região. Entre 2021 e 2023, foram registrados somou mais de 38 mil casos de estupro contra vítimas de até 19 anos e quase 3 mil mortes violentas intencionais na mesma faixa etária.

A Amazônia Legal é composta por mais de 700 municípios distribuídos em nove estados do bioma amazônico. O levantamento, elaborado a partir de dados das Secretarias de Segurança Pública de todos os estados brasileiros, aponta que a taxa de violência sexual na região, em 2023, foi de 141,3 casos por 100 mil crianças e adolescentes, 21,4% acima da média nacional. O crescimento dos registros também superou o resto do país. Enquanto o Brasil registrou aumento de 12,5% nas notificações entre 2021 e 2022, na Amazônia, o salto foi de 26,4%.

Os estados com maiores índices na região são Rondônia (234,2 casos por 100 mil), Roraima (228,7), Mato Grosso (188), Pará (174,8), Tocantins (174,2) e Acre (163,7). Municípios até 150 km das fronteiras brasileiras apresentaram taxas ainda mais elevadas que os demais, sendo 166,5 por 100 mil meninos e meninas, enquanto as cidades não-fronteiriças registraram 136,8.

O relatório também expõe desigualdades raciais, sendo negras 81% das vítimas de estupro na região e, nas mortes violentas, crianças e adolescentes negros têm três vezes mais riscos de serem vítimas que brancos. Entre indígenas, os casos de violência sexual mais que dobraram no período analisado.

Diante do cenário, o UNICEF e o FBSP recomendam ações específicas para a realidade amazônica, como capacitação de profissionais que atuam com crianças, fortalecimento do controle do uso da força por agentes de segurança, enfrentamento ao racismo estrutural e políticas de combate a crimes ambientais.

Sinais e cuidados

A psicóloga Isabella Abrantes alerta que a violência sexual contra crianças e adolescentes é um fenômeno com raízes socioculturais, ligado a crenças, valores, vulnerabilidades socioeconômicas, contextos históricos e à falta de acesso a direitos básicos como saúde, educação, alimentação, lazer e, sobretudo, à perpetuação do abuso de poder. “Uma criança violentada ou um adolescente violentado sexualmente, ele pode carregar ao longo da vida traumas importantes, pode ter quadros de ansiedade graves, pode desenvolver depressão ao longo da vida e, principalmente, grandes problemas no relacionamento”, afirma.

Ela reforça a importância de a sociedade estar atenta a sinais. “É um dever da sociedade proteger e amparar as crianças e adolescentes. Para que a gente consiga proteger, é importantíssimo que a sociedade esteja atenta a qualquer sinal ou possibilidade de que essa criança ou esse adolescente esteja sendo abusado”, enfatiza.

Confira alguns sinais que criança ou adolescente vítima de violência pode apresentar:

  • Mudança repentina de comportamento;
  • Isolamento;
  • Medo;
  • Choro;
  • Agressividade;
  • Conversas ou atitudes impróprias para a idade;
  • Repulsa ou forte apego por determinada pessoa;
  • Marcas físicas;
  • Infecções recorrentes.

A especialista orienta que qualquer suspeita seja imediatamente denunciada e que a vítima nunca seja deixada sozinha com o possível agressor. “A maioria dos abusadores são familiares e são pessoas próximas da vítima. Denuncie, vá ao conselho tutelar, vá a uma delegacia especializada, busque rede de apoio, busque entender, busque perceber os sinais, busque pessoas especializadas para te ajudar. Não deixe a criança ou o adolescente sozinha nunca com um possível abusador. Isso potencializa os quadros de violência e, sempre, proteja, nunca culpe a vítima”, ressalta.

Política pública

Na esfera legislativa, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2188/25, que permite o uso de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública para ações de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes e de apoio às vítimas. O projeto segue em análise na Câmara dos Deputados.

Como denunciar

Para denunciar casos de abuso contra crianças e adolescentes, ligue para o Disque 100, procure o Conselho Tutelar mais próximo ou registre um boletim de ocorrência em uma delegacia especializada, como a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

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18/08/2025 04:00h

Oportunidades são para graduandos, mestres e doutores atuarem em empresas como Vale, Nestlé, Braskem e Cargill. Inscrições gratuitas pelo IEL

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O programa Inova Talentos do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) está com 174 vagas abertas para profissionais interessados em desenvolver projetos de inovação e tecnologia em empresas nacionais e multinacionais. Há oportunidades para diferentes formações, com destaque para engenharias, ciência da computação, estatística, farmácia, administração e marketing. As bolsas variam de acordo com o perfil e podem chegar a R$ 12 mil.

A superintendente nacional do IEL, Sarah Saldanha, destaca que o programa aproxima academia e setor produtivo, qualificando profissionais para a nova indústria. "Uma das atividades que o IEL realiza no programa Inova Talento é sua atuação no processo de recrutamento e seleção. Nesse contexto, é nosso papel identificar bons candidatos, selecioná-los e capacitá-los para atuar em sinergia com as empresas, contribuindo para uma nova visão da indústria, dos projetos de inovação e da aceleração da gestão da inovação das empresas. O Programa Inova Talentos é um dos principais mecanismos disponíveis à inovação no país", afirma.

O programa de bolsas do IEL conecta universidades e empresas em projetos de inovação que vão desde pesquisas de ponta até a solução de desafios específicos da indústria. Para a superintendente do instituto, essa integração gera benefícios concretos tanto para as empresas quanto para os estudantes. “Uma parte importante desses bolsistas, após o término do projeto, é contratado pela indústria, o que garante também a continuidade do mindset, da visão de inovação dentro da indústria. No fundo, ganha a universidade, que conecta o seu estudante a uma realidade clara, diária e vivencial da indústria, e ganha o próprio bolsista, que desenvolve as suas pesquisas no âmbito de um ambiente real, podendo inclusive, ao final do projeto de inovação, ser incorporado pela empresa”, comenta.

Os projetos abrangem áreas como ciência de dados, inteligência artificial, manufatura inteligente, biotecnologia, energia e sustentabilidade. Entre as empresas participantes estão Vale, Nestlé, Braskem, Cargill, Suzano e ArcelorMittal.

Inova Talentos: vagas em destaque

  • Banco Bradesco – Modelo híbrido, projeto de 12 meses, 40h semanais, voltado a mestrandos e doutorandos com experiência em ciência e engenharia de dados. Formação em engenharias, estatística, matemática, desenvolvimento de sistemas, sistemas de informação, ciências da computação, economia ou áreas correlatas. Bolsas entre R$ 4,9 mil e R$ 7 mil.
  • Globe Química – Presencial, 12 meses, 40h semanais, para otimização de produtos e atualização regulatória. Formação e bolsas: técnico em química (R$ 2 mil), graduando em química/farmácia (R$ 3,5 mil), mestrando em química analítica (R$ 4,5 mil) ou doutorando em química orgânica (R$ 4,5 mil).
  • Instituto Itaú de Ciência, Tecnologia e Inovação – Remoto, 12 meses, 40h semanais, com oportunidades para diversas formações, incluindo projeto de modelagem de redes de influência em Big Data para personalização de assessoria de investimentos. Aberto a graduandos, mestrandos e doutorandos. Bolsas de R$ 5 mil a R$ 11 mil.
  • Elekeiroz – Presencial, 12 meses, 40h semanais, para desenvolvimento de monômeros verdes e polímeros. Formação e bolsas: doutorando em síntese orgânica/polimerização (R$ 6,3 mil) ou graduado em química/engenharia química (R$ 3,5 mil).

Para participar, o candidato deve acessar o site do programa Inova Talentos, selecionar a vaga desejada e seguir as etapas indicadas. As inscrições são gratuitas. Confira as oportunidades disponíveis na página do Inova Talentos, no Portal da Indústria.

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18/08/2025 00:00h

Indicador médio saltou de 35,04% para 45,43% em apenas um ano, superando a média nacional e ampliando riscos à segurança hídrica

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As perdas nas redes de abastecimento de água pioraram 10,39 pontos percentuais entre 2022 e 2023, nas 100 maiores cidades brasileiras, segundo o Ranking do Saneamento 2025. O levantamento revela que o índice médio passou de 35,04% para 45,43%, no período. O número está acima da média nacional registrada no Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), que foi de 40,3%, em 2023.

As perdas representam o volume de água desperdiçado antes de chegar às torneiras, seja por vazamentos na rede, falhas de medição ou consumo irregular. O problema impacta o meio ambiente, eleva os custos de produção e reduz a receita das companhias de saneamento, onerando todo o sistema e prejudicando o consumidor final.

A Portaria 490/2021 do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) estabelece que municípios com níveis “excelentes” de perdas devem registrar no máximo 25% de desperdício na distribuição. No ranking, 32 cidades ficaram abaixo de 30%, enquanto 26 ultrapassaram 45%. Os extremos vão de Maceió (AL), com 71,73% de perdas, a Suzano (SP), com apenas 0,88%.

Município Estado IAG2013 Nota Rank
Suzano SP 0,88 10,00 1
Nova Iguaçu RJ 1,89 10,00 1
Santos SP 7,18 10,00 1
Duque de Caxias RJ 11,71 10,00 1
Goiânia GO 12,68 10,00 1
Cotia SP 16,13 10,00 1
Taubaté SP 16,82 10,00 1
Limeira SP 18,95 10,00 1
São José do Rio Preto SP 19,26 10,00 1
Campinas SP 19,67 10,00 1
... ... ... ... ...
Macapá AP 53,51 4,67 91
Betim MG 54,39 4,60 92
Salvador BA 54,47 4,59 93
Piracicaba SP 55,40 4,51 94
Cuiabá MT 55,49 4,51 95
Rio Branco AC 56,06 4,46 96
Ribeirão das Neves MG 57,65 4,34 97
Várzea Grande MT 58,87 4,25 98
Belém PA 61,91 4,04 99
Maceió AL 71,73 3,49 100
Fonte: SINISA (2023). Elaboração: GO Associados.

Especialistas alertam que reduzir o desperdício é fundamental para ampliar o acesso à água sem pressionar ainda mais os mananciais. Em um contexto de mudanças climáticas e maior pressão sobre os recursos hídricos, a eficiência na gestão e o combate às perdas se tornam medidas estratégicas para assegurar a disponibilidade do recurso no futuro.

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15/08/2025 10:00h

Medidas anunciadas pelo governo incluem crédito, crédito tributário e Reintegra ampliado para enfrentar o tarifaço americano

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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, avaliou positivamente as medidas anunciadas pelo governo no âmbito do Plano Brasil Soberano, para enfrentar o aumento de até 50% nas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Alban destacou que o plano contempla diversas demandas da indústria, prioriza a continuidade das negociações com os EUA e mantém a abertura para novas ações, caso necessário.

“Recebemos positivamente, não só pelas medidas estarem contemplando muitas das nossas demandas que foram feitas pelas indústrias, pelas federações e pelas associações setoriais, mas principalmente porque ela englobou dois conceitos básicos, que seria continuar negociando como prioridade, e o segundo, que se novas medidas forem necessárias, elas serão tomadas”, avalia Alban.

O presidente da CNI participou da solenidade de anúncio do Plano Brasil Soberano, na quarta-feira (13), no Palácio do Planalto, em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; e os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre.

Plano Brasil Soberano: o tarifaço dos EUA e o impacto sobre exportações brasileiras

A decisão dos Estados Unidos de elevar tarifas para até 50% sobre produtos brasileiros, incluindo setores como carne, café e têxteis, gerou preocupação entre os exportadores. Analistas afirmam que o impacto imediato pode ser amenizado por exceções a quase 700 produtos, mas setores como o agronegócio e a indústria de base teriam perdas significativas. Diversificação de mercados, especialmente com a China, fortalece a resiliência brasileira.

Plano Brasil Soberano: medidas anunciadas

O pacote aprovado inclui:

  • Linha de crédito especial: R$ 30 bilhões, com juros reduzidos, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Brasil;
  • Diferimento no pagamento de tributos federais: por dois meses, ajudando no fluxo de caixa das empresas;
  • Reintegra ampliado: alíquota de retorno de exportação elevada para até 6% para micro e pequenas empresas e até 3% para médias e grandes.
  • Benefícios também incluem prorrogação do Regime Aduaneiro Especial de Drawback por um ano e melhorias nos instrumentos de garantia à exportação.

Alban ressaltou que, além do alívio imediato às empresas, é preciso garantir que as medidas cheguem aos setores mais impactados e sejam acompanhadas de ações estruturais para ampliar a competitividade do país e diversificar mercados de exportação.

“O que nós temos que ter o cuidado é que as medidas atinjam a quem precisa, para que a gente possa ter esse movimento contínuo e que dure o menos possível. Todo o fator que também deixou claro é que temos que exacerbar ao máximo possível novos acordos bilaterais, de preferência com o Mercosul, para que nós possamos ter essa abertura de mercado, podemos continuar trabalhando no Custo Brasil, podemos trabalhar na realidade dos nossos juros que não permitem a competitividade e tantos outros itens”, pontuou o presidente da CNI.

Plano Brasil Soberano: visão de mercado

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) também classificou o pacote de medidas anunciado pelo presidente Lula como positivo. Para a entidade, o Plano Brasil Soberano preserva a competitividade e empregos, ao oferecer crédito, ajustes tributários e prorrogação de prazos no regime de drawback, além de medidas de proteção ao trabalho e possibilidade de compras governamentais.

“A Abiquim reconhece o esforço do governo em viabilizar emergencialmente um pacote robusto e abrangente de medidas de apoio aos exportadores impactados com o tarifaço norte-americano. Além desse pacote de contingência e uma abordagem mais setorial, apoiamos uma firme e resolutiva retomada das negociações entre as autoridades comerciais e diplomáticas dos dois países, tendo já sinalizado claramente que existe espaço para mais exclusões de produtos químicos do tarifaço, e reforçamos que outras medidas seriam muito bem-vindas para auxiliar o setor nesse momento”, afirma o gerente de Comércio Exterior da Abiquim, Eder da Silva.

O setor químico exporta cerca de US$ 2,5 bilhões anuais em insumos para uso industrial aos EUA, e teme não apenas perdas diretas, mas também prejuízos indiretos para segmentos que dependem desses produtos, como plásticos, calçados, alimentos e vestuário. A Abiquim, em parceria com o American Chemistry Council (ACC), destaca que Brasil e Estados Unidos mantêm uma relação econômica historicamente complementar, sustentada por cadeias produtivas integradas e pela presença de mais de 20 empresas químicas de capital norte-americano, no país.

Segundo a associação, dos 700 itens inicialmente sujeitos à tarifa, cinco já foram retirados da lista, representando cerca de US$ 1 bilhão em exportações preservadas. A entidade identificou ainda 90 outros códigos NCM, equivalentes a aproximadamente US$ 500 milhões anuais, e projeta que as exclusões possam alcançar US$ 1,5 bilhão. No entanto, a ampliação desse montante depende de avanços nas negociações diretas entre Brasil e Estados Unidos.

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Levantamento da CNI aponta que juros altos e incertezas internacionais continuam afetando expectativas do setor

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A confiança do empresário industrial brasileiro voltou a cair em agosto, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na quarta-feira (13). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registrou 46,1 pontos, recuo de 1,2 ponto em relação a julho, e permanece abaixo da linha de 50 pontos pelo oitavo mês seguido, que representa sinal de falta de confiança no setor.

O movimento foi influenciado principalmente pela piora das projeções para os próximos meses. O Índice de Expectativas, que mede a percepção sobre o futuro da economia e das próprias empresas, caiu de 49,7 para 47,8 pontos, acumulando dois meses consecutivos em quadro negativo, após mais de dois anos de resultados positivos.

De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a combinação de juros elevados desde o fim de 2024 e o agravamento das incertezas no cenário externo vêm enfraquecendo a confiança. “A confiança vem sendo contaminada pela elevação das taxas de juros desde o final do ano passado. Isso vem contaminando tanto as expectativas quanto a avaliação das condições de negócio. Isso aconteceu ao longo de todo o primeiro semestre deste ano, mas agora em agosto, além disso, a gente tem um agravamento do cenário externo. Trouxe bastante incerteza e certamente isso também ajuda a explicar essa piora nas expectativas”, avalia.

Para Hugo Leonard, economista, o resultado mostra que o pessimismo já se tornou estrutural. “O setor industrial segue navegando em águas turbulentas. O fato de este ser o oitavo mês consecutivo abaixo da linha dos 50 pontos indica um quadro estrutural de incerteza, e não apenas um soluço momentâneo. Em termos práticos, esse desânimo na indústria pode se traduzir em menos contratações, cortes de produção e adiamento de projetos. É um alerta não apenas para o setor, mas também para formuladores de política econômica: se a confiança não reagir, a recuperação industrial pode ser mais lenta que o previsto”, analisa.

O Índice de Condições Atuais, que reflete a percepção sobre o momento presente, oscilou de 42,4 para 42,6 pontos, mantendo avaliação negativa sobre a situação das empresas e da economia. José Augusto Almeida, sócio e head de Inteligência e Dados da empresa Rock Mais, observa que o cenário já afeta diretamente decisões estratégicas. “Quando a confiança da indústria se mantém abaixo da linha do otimismo por vários meses, o reflexo no mercado é claro, empresas adiam investimentos, desaceleram contratações e evitam assumir riscos. Esse comportamento cria um efeito em cadeia, apertando fornecedores, reduzindo demanda por insumos e pressionando cadeias produtivas”, explica.

O ICEI é apurado mensalmente pela CNI e nesta edição ouviu 1.177 empresas, sendo 474 de pequeno porte, 423 de médio porte e 280 de grande porte, entre 1º e 7 de agosto de 2025.

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14/08/2025 01:00h

Servidores receberão R$ 68 por revisão e peritos R$ 75 por perícia; governo garante que BPC não sofrerá cortes indevidos

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O Senado aprovou, na terça-feira (12), a Medida Provisória 1.296/2025, que cria o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB) no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A proposta prevê pagamentos extraordinários a servidores para aumentar a capacidade operacional da perícia médica e acelerar a análise de benefícios, com o objetivo de reduzir as filas e coibir pagamentos indevidos. O texto segue para sanção presidencial.

Poderão receber a remuneração extra os profissionais que atingirem metas específicas de produtividade no atendimento à demanda ordinária. O programa terá duração inicial de 12 meses, prorrogável apenas uma vez, até no máximo 31 de dezembro de 2026.

Além da revisão e reavaliação de benefícios previstas em lei, o PGB também vai priorizar processos e serviços administrativos em análise há mais de 45 dias ou com prazo judicial vencido, além de avaliações sociais para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Principais pontos da proposta:

  • Pagamentos extras: servidores do INSS receberão R$ 68 por processo revisado e peritos médicos receberão R$ 75 por perícia ou análise;
  • Público-alvo dos processos: o programa inclui revisões de benefícios com mais de 45 dias de espera, prazos judiciais vencidos e avaliações sociais do BPC;
  • Critério de participação: para ter direito ao bônus, os servidores devem cumprir metas específicas de desempenho em suas demandas ordinárias;
  • Duração: vigência de 12 meses, prorrogável uma vez, até 31 de dezembro de 2026;
  • Acompanhamento e transparência: criação de comitê consultivo para monitorar o programa. Também serão divulgados relatórios periódicos, com metas e resultados;
  • Garantia no BPC: a proposta exclui o pente-fino no BPC, assegurando que beneficiários do programa não sejam prejudicados.

Parlamentares manifestaram preocupação com possíveis cancelamentos indevidos do BPC, mas, segundo o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, o governo se comprometeu para que isso não ocorra.

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13/08/2025 03:00h

Juros elevados, carga tributária alta e aumento da competição desleal pressionam negócios. Confiança e expectativas para os próximos meses seguem em queda

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As condições financeiras da pequena indústria registraram queda de 0,3 ponto entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025, segundo o Panorama da Pequena Indústria (PPI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na segunda-feira (11). O recuo de 40,6 pontos para 40,3 reflete dificuldades de acesso ao crédito, queda na lucratividade e impacto da elevação da taxa de juros.

“As condições financeiras da pequena indústria pioraram um pouco na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2025. Uma das explicações é a elevação da taxa de juros, que afeta diretamente a questão de acesso ao crédito. A gente percebe uma melhora das condições financeiras de uma forma geral também, o que pode ser atrelado à taxa de juros, uma vez que as dívidas ficam mais caras para as empresas. E, finalmente, a própria lucratividade também é afetada”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

O indicador vem em queda desde o fim de 2024. Apesar da piora nas finanças, o índice de desempenho do setor melhorou, com aumento na produção e maior utilização da capacidade instalada.

A pesquisa mostra que as taxas de juros elevadas foram o principal problema da pequena indústria da construção no segundo trimestre, citadas por 37,3% dos entrevistados, seguidas da carga tributária (35,6%) e da falta ou alto custo de mão de obra não qualificada (24,6%). A competição desleal, causada por informalidade, contrabando ou outros fatores, foi o problema que mais cresceu, passando de 14,4% para 22% em relação ao primeiro trimestre.

Na indústria de transformação, a carga tributária continua no topo das preocupações, apontada por mais de 40% dos empresários. Já a demanda interna insuficiente e os juros altos dividem a segunda posição, com 27% cada. A competição com importados apresentou o maior avanço no período, de 8,3% para 12,3%.

Cenário da pequena indústria: tecnologia e educação como pilares do crescimento

Para Daniele Trindade, diretora de Operações da Trindade Soluções Construtivas, o avanço do setor da construção civil no Brasil depende do equilíbrio entre acesso a crédito, inovação e formação de mão de obra. “A nossa jornada de crescimento fica bem mais lenta, porque limita o nosso acesso às linhas de crédito para ampliação. E isso se aplica aos clientes também, pois eles também buscam linhas de crédito para adquirir os nossos produtos. Esse desempenho melhorou porque a indústria da construção civil tem um grande impacto na economia nacional, o que acaba refletindo em mais empregabilidade e movimentação da economia”, explica.

Ela destaca que a tecnologia e a inovação têm sido aliadas estratégicas para otimizar a produtividade com menos custos, mesmo diante do desafio de encarar a competitividade internacional. “É muito complicado a gente conseguir a competitividade com circuitos que são importados da China, porque eles fazem lá em em grande escala e com custo muito inalcançável para outros países. Eu acredito que o desafio é a gente conseguir equilibrar a importação desses insumos de forma que a gente consiga integrar na nossa cadeia produtiva e aumentar a nossa competitividade, dentro do aspecto de qualidade para o nosso consumidor final”, pontua. “Por aqui, para a gente ter competitividade, a gente acaba focando muito em inovação e tecnologia, para a gente melhorar os nossos processos de produção”, completa.

Além de modernizar processos produtivos, Daniele enxerga que a educação tem papel transformador para ampliar o consumo consciente e a qualificação técnica. “Eu acredito muito na educação de mercado como vetor para desenvolvimento social e econômico. A gente está cada vez mais integrado com os eixos de P&D [Pesquisa e Desenvolvimento] dentro das faculdades, que conectam bem a nossa cadeia de consumidores com bons critérios de consumo, como a sustentabilidade”, afirma.

Cenário da pequena indústria: índice de desempenho

Apesar da pressão financeira, o índice de desempenho da pequena indústria subiu de 44,7 para 45,9 pontos no segundo trimestre, puxado pelo aumento no volume de produção, melhor utilização da capacidade instalada e crescimento do número de empregados.

O terceiro trimestre, no entanto, começou com sinais de cautela. Em julho, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) das pequenas indústrias caiu para 46,7 pontos, acumulando recuo em cinco dos últimos sete meses. As perspectivas também encolheram: o índice que mede as expectativas para os próximos meses recuou para 48 pontos, registrando queda em dois dos últimos três meses.

O PPI é divulgado trimestralmente e reúne dados da Sondagem Industrial, da Sondagem Indústria da Construção e do ICEI.

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