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Baixar áudioA Cúpula do Clima de Belém (PA) terá o financiamento da preservação de florestas tropicais, como a Amazônia, e transição energética como eixos centrais dos debates, em Belém (PA). O evento acontece entre os dias 6 e 7 de novembro e já conta com 143 delegações confirmadas.
Os líderes mundiais, ministros e representantes de organizações internacionais devem discutir o enfrentamento da crise climática durante a Cúpula. As discussões também passam por transição energética justa e sustentável e, ainda, pela conservação das florestas e da biodiversidade.
Segundo o portal oficial da COP no Brasil, o encontro entre as autoridades não tem caráter deliberativo. O objetivo é alinhar compromissos e preparar as negociações que devem ocorrer ao longo da COP30.
Os principais eixos do Brasil no evento foram apresentados em 31/10 pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, pelo presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, e pelo secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, a CEO da COP30, Ana Toni e embaixador Maurício Lyrio, em Brasília (DF).
A Cúpula foi convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representa um marco central no processo de mobilização e diálogo internacional sobre a agenda climática antes da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30).
A agenda da Cúpula do Clima inclui a Plenária Geral dos Líderes, com discursos de chefes de Estado e representantes de organismos internacionais, além de sessões temáticas presididas pelo Presidente Lula, dedicadas aos temas, como: Clima e Natureza: Florestas e Oceanos; Transição Energética; e Dez anos do Acordo de Paris: NDCs e Financiamento. O evento será realizado no Parque da Cidade da capital paraense.
O programa também conta com o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), que reunirá países florestais tropicais e investidores. O mecanismo é voltado a viabilizar o financiamento da preservação de florestas tropicais.
A COP30 vai acontecer de 10 a 21 de novembro, também em Belém. No evento global, os participantes se dedicam a discutir os principais desafios e compromissos no enfrentamento da mudança do clima.
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Baixar áudioDez municípios do Amapá enfrentam uma infestação da “vassoura-de-bruxa”, que afeta lavouras de mandioca e compromete a produção agrícola. Desse total, oito estão em estado de emergência devido ao avanço da praga (ver lista abaixo).
A doença, causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), representa uma ameaça à segurança alimentar de comunidades indígenas e não indígenas.
Municípios em situação de emergência decretada:
Com o objetivo de garantir o abastecimento local e proteger a renda das famílias afetadas, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu na quarta-feira (15) o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. A reunião tratou das ações conjuntas do Governo Federal no combate à praga.
Segundo Fávaro, o enfrentamento da vassoura-de-bruxa é prioridade na agenda do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Para conter a disseminação da doença e oferecer suporte aos produtores, a Pasta implementou convênios e destinou R$ 2,2 milhões ao custeio da defesa agropecuária no estado.
“O Brasil é uma referência mundial em defesa agropecuária. Caso sejam necessários mais recursos, estaremos prontos para disponibilizá-los, sem precarizar o trabalho”, assegurou o ministro.
Por sua vez, o ministro Waldez Góes destacou que o trabalho articulado entre o Governo, o estado e os municípios tem sido fundamental para mitigar os impactos sociais e econômicos provocados pela praga.
“Estamos há alguns meses enfrentando a vassoura-de-bruxa da mandioca no Amapá. A doença já está presente em dez municípios, dos quais oito com situação sanitária reconhecida oficialmente pelo governo federal. O ministro Fávaro tem liderado esse processo, garantindo recursos para o combate, o controle e o investimento em pesquisa e ciência, para que possamos retomar a produção de mandioca no estado”, afirmou Góes.
O Mapa autorizou a comercialização segura da mandioca braba e da macaxeira e, no mesmo pacote de ações, iniciou a distribuição de mudas sadias para plantio.
A macaxeira, também chamada de mandioca de mesa, passou a ter permissão para ser processada, cortada e embalada diretamente nas regiões produtoras. Com isso, o produto chega ao consumidor final por meio de feiras, supermercados ou venda direta, sem necessidade de deslocamento para centros industriais.
Já a mandioca braba, utilizada na produção de farinha, teve flexibilização nas regras de comercialização. O processamento agora pode ocorrer dentro das comunidades rurais, em casas de farinha móveis, com autorização para transporte e venda segura da farinha produzida. “Essas medidas atendem à demanda dos produtores, que podem manter sua renda, e dos consumidores, que continuam tendo acesso a um alimento essencial para os amapaenses”, explicou Fávaro.
Além das estratégias imediatas, o Mapa investe em pesquisa e inovação por meio da Embrapa, com foco no desenvolvimento de variedades de mandioca tolerantes ou resistentes à praga.
De acordo com Fávaro, o Governo reforçou o orçamento da empresa e solicitou à presidente da instituição, Silvia Massruhá, que priorize esse tema. “É uma doença nova no mundo, mas temos confiança de que a Embrapa vai conseguir avançar”, destacou.
Até que a variedade resistente esteja disponível, a distribuição de mudas sadias tem sido adotada como estratégia para manter o ciclo produtivo e garantir alimento à população do Amapá.
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Baixar áudioGestores públicos municipais de todo o Brasil já podem aderir à Declaração das Cidades na COP30, que reúne compromissos em áreas ambientais e sociais para serem assumidos até o início da conferência climática.
A iniciativa, articulada pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), está aberta para assinatura até novembro de 2025, quando ocorrerá a COP 30, em Belém (PA). Nesse contexto, a Declaração das Cidades propõe ações para enfrentar a emergência climática. Confira:
Dez ações prioritárias da Declaração das Cidades na COP 30
Na abertura do Fórum de Desenvolvimento Sustentável das Cidades 2025, na quarta (15), o diretor-presidente do ICS, Jorge Abrahão, destacou a relevância dos municípios na agenda climática e social, lembrando que 90% da população brasileira vive em áreas urbanas.
“É nas cidades que aterrizam todos os desafios que a a gente tem globalmente. No Brasil, 90% das pessoas vivem em cidades. Então, nós temos um dos países mais urbanizados do mundo e daí a importância de a gente estar pensando em como avançar nas cidades de uma maneira geral. Nós estamos falando de qualidade de vida das pessoas. Como é que as pessoas podem ter vida digna nas cidades.”
Atualmente, cerca de 350 municípios já integram o programa de apoio à gestão e planejamento do ICS e participam ativamente das discussões sobre sustentabilidade e desenvolvimento urbano.
Com informações da Agência Brasil.
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Baixar áudioA Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende que a 30ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro em Belém (PA), avance com ações práticas e resultados mensuráveis. A entidade apresentou, nesta quarta-feira (15), o documento Visão da Indústria sobre a COP30, com propostas para conciliar crescimento econômico e social na agenda climática.
O texto foi lançado durante o evento Pré-COP30: O Papel do Setor Privado na Agenda do Clima, em Brasília, e será levado à COP30 como contribuição do setor industrial. O evento da Confederação ocorre a menos de um mês da Conferência em Belém – segunda edição do encontro mundial no Brasil depois da Rio 92 e que marca os dez anos do Acordo de Paris.
Em entrevista à imprensa, o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que o setor produtivo deve ter papel ativo nas negociações.
“O setor da indústria normalmente é aquele mais cobrado no sentido de geração de carbono e talvez o mais cobrado no sentido de sustentabilidade. Como é que nós não vamos participar dessa discussão de soluções, já que temos obrigação de responder pelas melhores soluções? Só o desenvolvimento econômico permite o desenvolvimento social”, defendeu.
Para Alban, é preciso quebrar o paradigma de que haveria um conflito entre desenvolvimento industrial e sustentabilidade. “As políticas públicas não podem estar desassociadas da atividade econômica, do setor produtivo e, obviamente, da sociedade civil. Como é que nós podemos garantir crescimento econômico? É com atividade econômica. Quem gera riqueza? O setor produtivo. Quem gera oportunidades? O setor produtivo”, argumentou.
Além do presidente da CNI, participaram da abertura o chair da Sustainable Business COP (SB COP), Ricardo Mussa; o high-level climate champion da COP30, Dan Ioschpe; e o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Hailton Madureira.
Mussa explicou que a SB COP, coalizão global lançada pela CNI para coordenar ações de sustentabilidade no setor privado, mostra como empresas podem gerar resultados concretos. “Queremos falar de ação e resultados. As entregas da SB COP mostram que é possível alinhar setor produtivo e setor público em torno de soluções reais”, disse.
Ioschpe destacou a necessidade de cooperação entre governos e empresas para cumprir as metas do Acordo de Paris. Madureira defendeu que “não haverá justiça climática sem justiça urbana”.
O documento defende que o financiamento climático seja o eixo central da COP30. O setor propõe medidas para destravar o acesso ao capital, como a simplificação de processos em bancos multilaterais, e a flexibilização de regras fiscais para países em desenvolvimento.
O setor vê o Roadmap Baku-Belém — plano de ação que deve definir como mobilizar até US$ 1,3 trilhão anuais até 2035 — como essencial para ampliar recursos para mitigação e adaptação.
A CNI também propõe regras mais flexíveis e mensuráveis para os indicadores da Meta Global de Adaptação. Defende ainda que as metas sejam implementadas gradualmente, com fase de testes, e que incluam métricas financeiras confiáveis.
A CNI considera o mercado de carbono uma oportunidade estratégica para o Brasil. Segundo o documento, o país pode se consolidar como um dos principais emissores de créditos de alta integridade ambiental. A entidade reforça a importância de regulamentar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), de forma a integrar o mercado nacional às regras do Artigo 6 do Acordo de Paris.
A Confederação também alerta que o debate sobre transição justa não deve servir de pretexto para criar barreiras comerciais, a exemplo do Mecanismo de Ajuste de Fronteira de Carbono da União Europeia, que aplica preço ao carbono em produtos importados. Para a entidade, instrumentos como esse “podem se transformar em novas e injustas barreiras ao comércio internacional”.
O diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, afirmou que a COP30 representa um marco para consolidar avanços e parcerias.
“Na última década, as empresas e instituições brasileiras avançaram no desenvolvimento de soluções para a descarbonização da economia e o uso sustentável dos recursos da nossa bioeconomia. A COP30 em Belém nos permitirá dar um novo salto, expandir parcerias e converter esses avanços em resultados concretos para o país e para o planeta.”
O superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, destacou que o evento em Belém é a chance de “transformar o diálogo global em investimentos e competitividade para o Brasil”.
A Sustainable Business COP reúne cerca de 40 milhões de empresas em mais de 60 países. Ricardo Mussa afirmou que o diferencial da iniciativa é a escala.
“Nunca houve uma mobilização tão ampla do setor privado em torno da agenda climática. Em um cenário internacional marcado por instabilidade geopolítica, é ainda mais urgente que as empresas se unam. Esse esforço coletivo é o que pode transformar soluções locais em impacto global”
A SB COP recebeu mais de 670 propostas de sucesso do setor privado e selecionou 48 cases de destaque — 19 deles brasileiros. A premiação ocorrerá durante a COP30. Entre os projetos estão a reciclagem de 5,5 bilhões de garrafas PET por ano e a restauração de 350 mil hectares de manguezais.
A participação da CNI na COP30 tem correalização do SENAI e do SESI e apoio de entidades como Amcham Brasil, ABEEólica, CCAB e U.S. Chamber of Commerce. As atividades contam com patrocínio de empresas como Schneider Electric, JBS, Suzano, Braskem, Vale, Ambev e Itaúsa.
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Baixar áudioEm meio aos debates sobre sustentabilidade que antecedem a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), uma pesquisa da Nexus com a Ajinomoto Brasil revela que apenas 50% dos brasileiros conhece o que são sistemas alimentares sustentáveis — um conjunto de práticas que envolvem desde a produção até o descarte dos alimentos e que são fundamentais para garantir o equilíbrio entre saúde, meio ambiente e economia.
Principais pontos da pesquisa
Segundo o estudo, 47% dos entrevistados nunca ouviram falar sobre sistemas alimentares sustentáveis e 3% não souberam responder. O desconhecimento é maior entre pessoas com baixa renda e escolaridade, além de moradores das regiões Norte e Centro-Oeste.
Sete em cada dez brasileiros reconhecem a importância da sustentabilidade para o futuro do planeta. Quando o tema é associado diretamente à produção e ao consumo de alimentos, 68% dos entrevistados acham de extrema relevância.
A pesquisa mostra ainda que selos e certificados de qualidade dos produtos são desconhecidos por 80% da população, e apenas 16% dizem verificar rótulos com frequência na hora da compra. O hábito é mais comum entre quem tem renda acima de cinco salários mínimos.
Por outro lado, quando o conceito é explicado, 60% dos entrevistados reconhecem sua importância, mostrando que o problema está menos na rejeição e mais na falta de comunicação e educação sobre o tema.
O levantamento, feito com mais de 2 mil pessoas em todo o país, buscou entender como a população percebe a relação entre alimentação e sustentabilidade, tema que estará no centro das discussões internacionais em Belém (PA), durante a conferência.
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Baixar áudioOs proprietários de imóveis rurais poderão ter até 2030 para cumprir a exigência de identificação georreferenciada em casos de desmembramento, parcelamento, remembramento ou transferência de dessas propriedades. É o que prevê o Projeto de Lei (PL 1664/2025), aprovado pela Câmara dos Deputados. A proposta é de iniciativa da deputada Caroline de Toni (PL-SC) e recebeu parecer favorável do deputado Thiago Flores (Republicanos-RO).
A matéria foi aprovada pela Comissão de Agricultura da Câmara na forma de substitutivo que ampliou a abrangência do projeto original. Pelo texto aprovado, o novo prazo será válido para todos os imóveis rurais registrados a partir de 1º de novembro de 2003 que estejam sujeitos à obrigação de georreferenciamento. A proposta inicial previa a prorrogação apenas para imóveis com até 25 hectares.
Conforme a Agência FPA, um dos destaques do projeto é o alívio para os produtores rurais. A FPA defende que esses trabalhadores enfrentam custos e desafios técnicos para cumprir a exigência. Além disso, a matéria traz a segurança jurídica, com a unificação do prazo até 2030 e evita interpretações divergentes.
Na avaliação da FPA, a proposta também estimula a regularização fundiária, para permitir a adequação pelos proprietários sem risco de frear processos de compra, venda ou herança de terras.
O relator, deputado Thiago Flores, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), reforçou que o projeto traz segurança jurídica ao campo e evita que entraves administrativos prejudiquem o direito à propriedade.
“Nosso objetivo é dar tranquilidade ao produtor rural, evitando que exigências burocráticas prejudiquem o direito à propriedade. O georreferenciamento é importante, mas precisa ser implementado com prazos factíveis e justos”, pontuou.
A autora, deputada Caroline de Toni, vice-presidente da FPA da Região Sul, destacou que a medida traz equilíbrio. “A prorrogação do prazo se justifica pelos entraves técnicos, econômicos e operacionais que ainda afetam os pequenos proprietários, sobretudo em regiões com menor infraestrutura fundiária e cartorial. Esse adiamento é razoável e proporcional diante das dificuldades concretas, sem comprometer o objetivo de consolidar a base territorial georreferenciada do país”, mencionou.
Agora, a proposta será analisada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
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Baixar áudioO Banco da Amazônia participou, na quinta-feira (25), de dois painéis da Semana do Clima 2025, em Nova Iorque. Os debates trataram de litígios climáticos, adaptação às mudanças do clima e soluções empresariais de impacto no Brasil.
O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, destacou o papel da instituição no financiamento de iniciativas sustentáveis na Amazônia e no potencial das ações serem replicadas a nível global.
“O Banco da Amazônia tem orgulho de liderar na Amazônia, iniciativas que mostram ao mundo que é possível conciliar floresta em pé, geração de renda e inclusão social. Ao impulsionar sistemas agroflorestais e fortalecer cadeias produtivas da sociobioeconomia, reafirmamos nosso papel como principal financiador do desenvolvimento sustentável da Amazônia e como parceiro estratégico na construção de soluções globais”, afirmou Lessa.
No painel “Brasil de Soluções Empresariais de Impacto: Alavancando o Matchmaking Financeiro”, a instituição apresentou exemplos de sistemas agroflorestais (SAFs) que combinam geração de renda, recuperação de áreas degradadas e conservação da biodiversidade.
Também entraram na pauta o fortalecimento das cadeias produtivas de cacau, açaí, castanha e pescado, além de oportunidades de crédito para negócios da sociobioeconomia, que ainda enfrentam barreiras de financiamento.
Já no painel “Litígios Climáticos e Adaptação: Estratégias para uma transição justa e resiliência”, com a participação do diretor Fábio Maeda, o foco foi nos riscos climáticos físicos e como empresas e agentes financeiros estão integrando esses fatores em suas carteiras e tomadas de decisão.
O debate também explorou o papel crescente dos litígios no apoio — ou, ao menos, na não obstrução — dos esforços de adaptação de longo prazo, especialmente em comunidades vulneráveis, e a importância estratégica das parcerias público-privadas no financiamento climático.
A atuação integrada do Banco da Amazônia nos dois eventos consolidou sua posição como um financiador de referência para uma economia amazônica inclusiva, competitiva e alinhada às metas climáticas globais, reforçando seu papel estratégico na construção de um futuro sustentável para a região e para o Brasil.
As atividades começaram no dia 22, com o Fórum Brasil-EUA de Energia e Tecnologia 2025. O encontro reuniu autoridades, empresários e especialistas para debater temas como energia limpa, minerais críticos e inovação tecnológica. O evento foi promovido pelo jornal Valor Econômico e pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil).
Copiar o textoEm painel, presidente da instituição destacou atuação na proteção e valorização da Amazônia
Baixar áudioO Banco da Amazônia reforçou o compromisso com a sustentabilidade na Semana do Clima 2025, em Nova Iorque. As atividades foram iniciadas com a participação do banco no Fórum Brasil-EUA de Energia e Tecnologia 2025, realizado no último dia 22. Foram debatidos temas como energia limpa, minerais críticos e inovação tecnológica.
Apoiado pelo Banco e promovido pelo jornal Valor Econômico e pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), o fórum reuniu líderes empresariais, autoridades e especialistas globais para discutir parcerias estratégicas, impulsionar a inovação e encontrar soluções para os desafios energéticos do século XXI.
O presidente da instituição, Luiz Lessa, participou da sessão de encerramento “Compromissos Climáticos e a Eficácia da COP 30 no Brasil”. Na ocasião, Lessa destacou a atuação do banco como uma economia que regenera, voltada a proteger e valorizar os recursos da Amazônia.
O Banco da Amazônia tem sua atuação destinada a conectar economia e floresta, e busca aliar tecnologia e conhecimento ancestral, bem como impacto e inclusão social. A instituição tem um modelo de desenvolvimento que une inovação, sustentabilidade e justiça social.
Confira conceitos que guiam a estratégia ESG integrada do Banco:
Com essa estratégia ESG integrada, o Banco reafirma o seu comprometimento com a sustentabilidade, além de se dedicar a estratégias de negócios com enfoque nas metas globais de clima e às diretrizes da COP 30, que será realizada em Belém (PA).
Inclusive, com vistas a apoiar os negócios da capital paraense, o Banco da Amazônia tem apoiado empresários com a linha de crédito Fungetur.
O fundo é vinculado ao Ministério do Turismo (MTur) e destinado a financiar empresas do setor de turismo.A linha possui orçamento específico, com disposição de patrimônio próprio e autonomia financeira e orçamentária.
Por meio do Fungetur, os empresários têm a oportunidade de melhorar o estabelecimento para recepcionar os participantes da Conferência.
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Baixar áudioOs 498 municípios brasileiros classificados pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para o projeto de implantação de sistemas de captação e armazenamento de água de chuva — as cisternas — têm até o dia 15 de outubro para indicar os beneficiários. A iniciativa busca ampliar o acesso à água potável em regiões rurais do semiárido, onde a escassez hídrica ainda compromete a qualidade de vida de milhares de famílias.
De acordo com a Funasa, o programa prevê a instalação de 20,9 mil cisternas nos municípios contemplados, distribuídos em oito estados: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. O investimento total é estimado em R$ 250 milhões.
A medida está prevista na Portaria nº 3.454/2025, publicada no Diário Oficial da União, em 16 de setembro. As prefeituras devem encaminhar à Superintendência Estadual da Funasa a lista de beneficiários, acompanhada da documentação listada no artigo 12 da portaria. O envio deve ser feito por e-mail, observando os critérios de elegibilidade.
Entre os requisitos, podem ser contempladas famílias que residem em áreas rurais, não possuem abastecimento de água adequado e apresentam condições técnicas para a instalação da cisterna. Além disso, há regras de priorização: terão preferência domicílios chefiados por mulheres, lares com pessoas com deficiência, famílias inscritas no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico), comunidades quilombolas e aquelas com maior número de crianças em idade escolar.
O cronograma estabelece que os municípios têm 30 dias para enviar as listas dos indicados e, após esse prazo, a Funasa terá mais 30 dias para análise e divulgação dos resultados. A expectativa é que a medida beneficie diretamente milhares de famílias em situação de vulnerabilidade no semiárido, garantindo segurança hídrica e melhores condições de saúde.
Copiar o textoClima seco mantém alerta aceso e risco de novos focos em várias regiões do país
Baixar áudioO ano de 2025 segue entre os mais críticos para queimadas no Brasil. Entre janeiro e agosto, quase 187 mil quilômetros quadrados foram atingidos pelo fogo, com destaque para o Cerrado, que sozinho concentrou cerca de 64% dessa área. O bioma aparece novamente como o mais afetado do país.
Os dados são do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Apenas quatro anos desde 2003 tiveram áreas queimadas superiores às registradas em 2025: 2010, 2024, 2007 e 2005.
Até agora, em 2025, o Brasil registrou 74,1 mil focos de queimadas, concentrados principalmente nas regiões Norte (26 mil) e Nordeste (25 mil), que somam mais de 70% do total.
O Centro-Oeste contabiliza 11,9 mil focos, impulsionado pelo Mato Grosso. Sudeste e Sul registram 6,5 mil e 3,6 mil focos, respectivamente.
Campeãs de queimadas segundo o INPE
| Estado | Focos (2025) |
|---|---|
| MA | 8402 |
| MT | 8119 |
| TO | 6782 |
| BA | 5089 |
| PA | 4610 |
| MG | 4498 |
| PI | 4301 |
| AM | 2742 |
| GO | 2484 |
| SP | 1391 |
| RS | 1352 |
| RO | 1197 |
| MS | 1179 |
| PR | 1152 |
| SC | 1120 |
| AC | 1026 |
| RR | 965 |
| CE | 864 |
| PE | 505 |
| RJ | 360 |
| ES | 284 |
| PB | 255 |
| RN | 188 |
| DF | 165 |
| SE | 136 |
| AL | 123 |
| AP | 31 |
Estados com mais focos em 2025:
Cidades com mais focos de queimadas:
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
O risco de novas queimadas segue alto em setembro, com o clima seco predominando em grande parte do país. Estados entre Paraná e Tocantins estão sob alerta de baixa umidade, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e essas condições extremas vêm se repetindo desde meados de agosto. As regiões do Cerrado e da Caatinga permanecem como as mais vulneráveis, reforçando a necessidade de atenção e prevenção.
No Distrito Federal, um incêndio florestal atingiu a Floresta Nacional de Brasília (Flona) na tarde da última terça-feira (9). Cerca de 220 hectares foram queimados, quase 6% da unidade de conservação.
Em São Paulo, a Defesa Civil monitora, nesta sexta-feira (12), incêndios em diversas regiões, incluindo vegetação natural e áreas de preservação permanente, além de canaviais. Entre os municípios afetados estão Cajamar, Cruzeiro, Caçapava, Bofete, Piracicaba, Cajuru, Alto Alegre, Adamantina/Flórida Paulista e Socorro. O combate envolve Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, brigadistas locais e apoio de asas rotativas.
Fonte: CBMDF
Em caso de incêndio, acione imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. Não tente apagar o fogo sem equipamento adequado ou treinamento.
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