20/10/2021 14:50h

Três municípios do Espírito Santo também foram oficialmente incorporados no dia 6 de outubro

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A Câmara Federal debateu nesta terça-feira (19) quais serão os impactos econômicos e sociais na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) após inclusão de novos 81 municípios de Minas Gerais.  Três cidades do Espírito Santo também foram incorporadas. O diretor de planejamento e articulação de políticas da Sudene, Raimundo Gomes de Matos, afirma que agora é preciso repensar o plano de ação e orçamento para o 2022.

“Essa nova divisão, em termos de municípios, precisamos rever toda essa questão de Minas Gerais para incluir territorialmente quais são os municípios que podem acessar os recursos dos fundos constitucionais.”

O diretor da Sudene diz que ao todo são R$130 bilhões em recursos para garantir as igualdades regionais. “Persistir para que nós possamos com a questão da oferta hídrica e com a questão dos indicadores socioeconômicos, dinamizar a economia.”

Com as novas cidades, ao todo são 120 municípios mineiros que fazem parte da Sudene. “A nossa área de atuação passa de 1.990 para 2.074 municípios, com uma população estimada em quase 63 milhões de habitantes.” informou Marcos Falcão, coordenador-geral de estudos e pesquisas, avaliação, tecnologia e inovação da Sudene. 

Ele explica que a Superintendência trabalha com incentivos fiscais para atrair empresas a se instalarem na região que contempla, além dos municípios mineiros e capixabas, os nove estados da região nordeste. 

De Minas Gerais foram incluídos os municípios de Açucena, Água Boa, Aimorés, Alpercata, Alvarenga, Bonfinópolis de Minas, Braúnas, Cantagalo, Capitão Andrade, Carmésia, Central de Minas, Coluna, Conselheiro Pena, Coroaci, Cuparaque, Divino das Laranjeiras, Divinolândia de Minas, Dom Bosco, Dores de Guanhães, Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Frei Inocêncio, Frei Lagonegro, Galileia, Goiabeira, Gonzaga, Governador Valadares, Guanhães, Imbé de Minas, Inhapim, Itabirinha de Mantena, Itanhomi, Itueta, Jampruca, José Raydan, Mantena, Marilac, Materlândia, Mathias Lobato, Mendes Pimentel, Mutum, Nacip Raidan, Naque, Natalândia, Nova Belém, Nova Módica, Paulistas, Peçanha, Periquito, Piedade de Caratinga, Resplendor, Sabinópolis, Santa Bárbara do Leste, Santa Efigênia de Minas, Santa Maria do Suaçuí, Santa Rita de Minas, Santa Rita do Itueto, Santo Antônio do Itambé, São Domingos das Dores, São Félix de Minas, São Geraldo da Piedade, São Geraldo do Baixio, São João do Manteninha, São João Evangelista, São José da Safira, São José do Divino, São José do Jacuri, São Pedro do Suaçuí, São Sebastião do Anta, São Sebastião do Maranhão, Sardoá, Senhora do Porto, Serra Azul de Minas, Sobrália, Taparuba, Tarumirim, Tumiritinga, Ubaporanga, Uruana de Minas, Virginópolis e Virgolândia. Do Espírito Santo, entram na Sudene as cidades de Aracruz, Itarana e Itaguaçu. Confira o mapa abaixo com toda a região da Sudene:

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Regional

O professor Haruf Salmen Espíndola, coordenador do mestrado em Gestão Integrada do Território da Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE), frisou a importância dos municípios também terem planejamento e articulação. “Não adianta estar na Sudene e não ter um projeto para se integrar e se beneficiar disso. Há de se produzir um desenvolvimento integrado, se não tiver essa visão integrada do conjunto de municípios não tem solução viável.” Ele enfatiza principalmente a necessidade de liderança e organização do prefeito de Governador Valadares, André Merlo (PSDB), maior município da região mineira integrado ao Sudene.

Incentivos aprovados pela Sudene permitiram investimentos de R$ 9,8 bilhões por empresas que atuam no Nordeste

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O prefeito da cidade de Divino das Laranjeiras e presidente Associação dos Municípios da Microrregião do Leste de Minas (AssoLeste), Kinka Alves (Avante/ Solidariedade), diz estar grato pela conquista da inclusão do município na Sudene. “Com certeza o progresso vai chegar na nossa região. Eu sei a importância que isso vai ter, as empresas privadas que podem vir para nossa cidade e terão incentivos do governo com financiamentos a longo prazo. Então a gente espera poder gerar empregos, renda, fazer com que a nossa população seja de fato a maior beneficiada com essas conquistas.”

Vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a Sudene foi criada em 1959, extinta em 2001 e recriada em 2007 com o objetivo de promover o desenvolvimento includente e sustentável na sua área de atuação e a integração competitiva da produção regional na economia nacional e internacional. A inclusão de novos municípios foi oficializada pela Lei Complementar Nº.  185, de 6 de Outubro de 2021.

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18/10/2021 19:35h

Empreendedores do estado recebem orientações para a entrega do Plano de Segurança em Barragens

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Para evitar acidentes, empresas do setor hídrico precisam apresentar o Plano de Segurança de Barragens. A Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (SEMA RS) divulgou orientações para os empreendedores que precisam apresentar o Plano. As instruções são para aqueles que estão com dificuldade na elaboração do projeto para barragens hídricas e açudes, que deve ser feito pela plataforma do Sistema de Outorga de Água do Rio Grande do Sul (SIOUT RS).

“A importância das orientações são basicamente duas: segurança e cumprimento da legislação vigente. A regularização dos reservatórios, atendendo os requisitos das legislações, tornam os reservatórios mais seguros, minimizando a probabilidade da ocorrência de acidentes e incidentes”, esclareceu o analista ambiental  da Sema-RS, Francisco Garcia.

É necessário anexar no SIOUT a ficha de inspeção de segurança regular de barragem de terra, o relatório de inspeção de segurança, a anotação de responsabilidade técnica e o cronograma com descrição das datas-limites para elaboração e implantação do Plano de Segurança de Barragem, dentro dos termos da Lei Federal n° 12.334/2010 e da portaria Sema n° 136/201.

O analista ambiental da Sema, que também é coordenador do Grupo de Trabalho Segurança de Barragens (GT), relembra o incidente da barragem de São Gabriel (RS), que rompeu em novembro de 2019 após fortes chuvas na região. A Defesa Civil evacuou o local e não houve vítimas.  A estrutura não chegou a ser interditada, mas a prefeitura e o proprietário foram notificados. “O Grupo de Trabalho atua tanto em vistorias para fiscalização das condições de barragens, com emissão de relatórios periodicamente, como em incidentes como o ocorrido em São Gabriel, em colaboração à Defesa Civil e outras entidades”.

O coordenador de estudos integrados da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Rafael Machado, explica que, para uma barragem ser considerada segura, existem ações que o empreendedor deve desenvolver desde o início das obras. “A barragem tem que ter sido construída por empresas devidamente credenciadas, tem que haver uma série de estudos técnicos e modelagens prévias. Outro aspecto importante é a correta manutenção dessas estruturas, é o principal problema que temos vivenciado no Brasil nos últimos anos.”

Segundo o coordenador, as barragens alvo de fiscalização são aquelas com altura do barramento superior a 15 metros; capacidade do reservatório maior ou igual a 3 milhões de m³; reservatório que contenha resíduos perigosos; e barragens com categoria de Dano Potencial Associado médio ou alto.

Segundo Rafael, com o passar dos anos, as barragens ficam enrijecidas, por isso é necessário passarem por reformas e ações de recuperação. Ele diz que a questão orçamentária é um empecilho neste caso: “O país falha no modelo de gestão. As ações em barragens são muito caras, muitas vezes chegam a ser quase tão custosas quanto a própria construção de uma barragem nova”. 

Rafael Machado enfatiza que as alterações na Política Nacional de Segurança de Barragens foram motivadas pelos acidentes nas barragens de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. As modificações têm como foco aumentar as responsabilidades do empreendedor. “Aumentaram as penalidades aplicáveis, isso aumentou sensivelmente, os empreendedores que descumprirem os requisitos normativos estão passíveis a penalidades muito mais severas, inclusive penalidades financeiras muito pesadas”.

O analista ambiental  da Sema-RS, Francisco Garcia, comenta essas mudanças da Lei federal nº 14.066/2020, que atualizou alguns pontos específicos da Política Nacional de Segurança de Barragens. “Entre as alterações destacam-se o papel da Defesa Civil em situações emergenciais e também a exigência de Plano de Ação Emergencial (PAE) para barragens que possuem dano potencial associado.”

Mas, segundo ele, as novas diretrizes não interferem no Plano de Segurança de Barragens no Rio Grande Sul, porque são regulamentadas pela portaria Sema nº 136 de 2010 que desde então não teve nenhuma modificação.

A Secretaria de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (Sema-RS) informou por nota que o não cumprimento às normas de segurança das barragens e açudes implicará em suspensão, penalidades e sanções previstas na legislação do estado.
 

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16/10/2021 18:05h

A obra foi inaugurada nesta sexta-feira (15) pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)

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O Município de São José do Cedro, Santa Catarina, recebeu nesta sexta-feira (15), um novo viaduto localizado na BR-163/SC. A obra foi inaugurada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

A estrutura faz parte de um importante trecho logístico para o estado, que faz integração da parte oeste de Santa Catarina com as outras regiões, além de ser rota de carga de veículos do Rio Grande do Sul, fundamental para a agroindústria do Brasil. 

O local também faz ligação ao Paraná e às outras regiões do país. O viaduto vai integrar 47,6 quilômetros da BR-163/SC, situado entre os municípios Guaraciaba e Dionísio Cerqueira, onde fica localizado o acesso ao porto internacional de cargas da Receita Federal, que passa por revitalização.

O DNIT informou por nota que as obras haviam sido iniciadas em 2014, foram suspensas e então retomadas em 2019. A pavimentação das vias laterais, drenagem e sinalização ainda estão em fase de conclusão.
 

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16/10/2021 17:17h

O fenômeno foi registrado nesta sexta-feira (15) e notificou ventos de quase 100 km/h. A Defesa Civil alerta para possíveis tempestades neste sábado (16)

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As tempestades de areia fizeram estragos no Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira (15). A Defesa Civil do estado informou que 16 municípios foram afetados, entre eles a capital, Campo Grande, além de Dourados, Rio Brilhante, Miranda, Corumbá, Ponta Porã, Dois Irmãos do Buriti, Porto Murtinho, Juti, Novo Horizonte do Sul, Aquidauana, Anastácio, São Gabriel do Oeste, Nova Andradina, Três Lagoas e Corumbá. 

A tempestade fez o dia virar noite, o céu ficou um misto de poeira com nuvens escuras. Em Campo Grande, as rajadas de vento atingiram entre 54,55 quilômetros por hora (km/h) a 94,45 km/h, disse a Defesa Civil por nota. 

O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Mamedes Luiz Melo, disse que o fenômeno é comum em áreas agrícolas e explica por que ele acontece. “Isso ocorre normalmente em áreas de plantio, que passam todo o período de estiagem, fica toda aquela poeira solta que vai ressecando e normalmente o solo por estar desnudo sem nenhuma vegetação, aquece muito rápido e com a chegada da frente fria formam-se as tempestades de areia.”

O meteorologista afirma que qualquer lugar do país que esteja com condições climáticas citadas anteriormente está sujeito a receber o fenômeno, mas garante que após um ou dois episódios de chuva, a poeira tende a sedimentar dando fim as tempestades de poeira.

Nota publicada no site da Defesa Civil de Mato Grosso do Sul informa que a previsão para este sábado é de mais chuva. “Há chance de chuva com tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento entre 50-90 km/h”.
 

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16/10/2021 16:15h

O documento foi elaborado com o objetivo de promover uma alimentação adequada e saudável para a população brasileira

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Dia 16 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Alimentação, a data foi criada com o intuito de promover uma reflexão sobre o cenário atual da alimentação no mundo. O Guia Alimentar para a População Brasileira é referência mundial, foi considerado o mais sustentável segundo estudo das americanas Selena Ahmed, Shauna Downs e Jessica Fanzo, que avaliaram guias alimentares de outros 11 países.

A nutricionista e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens USP), Francine Silva, explica que o Guia Alimentar tem como objetivo promover uma alimentação adequada e saudável. “Ele tem como base um padrão de alimentação que vai além da ingestão de nutrientes, porque considera a relação entre os alimentos e o hábito de comer alinhados com a sustentabilidade ambiental, com orientações mais próximas à realidade alimentar dos brasileiros.”

O Guia Alimentar teve sua primeira edição publicada em 2006 pelo Ministério da Saúde em parceria com o Nupens USP, passou por um processo de atualização em 2011 e sua última versão é de 2014.  A publicação também busca prevenir doenças através de uma alimentação balanceada. “Visa contribuir para o combate das doenças que estão relacionadas com a má alimentação como por exemplo obesidade, hipertensão e diabetes que são algumas das doenças crônicas com maior ocorrência no Brasil”, explica a nutricionista Francine Silva.

A pesquisadora também faz parte do projeto Nutrinet Brasil que vai acompanhar 200 mil pessoas de todas as regiões do país para identificar características da alimentação que aumentam ou diminuem o risco de doenças. A primeira fase do estudo já foi concluída, “comparamos a alimentação dos participantes antes do início da pandemia com os primeiros meses da pandemia no Brasil. Encontramos um aumento, de 40,2% para 44,6%, no consumo de alimentos que indicam uma alimentação saudável como frutas, hortaliças e feijão.” 

Segundo Francine, passar mais tempo em casa fez com que as pessoas preparassem seu próprio alimento, o que acaba sendo mais saudável do que quando optam por comer em restaurantes. Outro motivo para o aumento de consumo de alimentos saudáveis pode ser explicado pela vontade de adquirir defesas imunológicas, esclarece a nutricionista.

Por outro lado, o consumo de alimentos ultraprocessados também aumentou. “Foi observado um aumento no consumo desses produtos nas regiões norte e nordeste e entre aqueles com menor escolaridade, indicando uma desigualdade social na alimentação dos brasileiros em resposta à pandemia”, diz Francine.

Fome no País

Uma outra pesquisa, do Unicef Brasil, também avaliou como a pandemia teve impacto no prato do brasileiro. “A pandemia exacerbou problemas e desafios já existentes, trazendo aumento do desemprego, diminuição da renda das famílias decorrente do distanciamento social e do fechamento de serviços, isso trouxe um impacto direto na alimentação das pessoas”, enfatiza Stephanie Amaral, oficial de Saúde do Unicef no Brasil.

Dentre os impactos estão a falta de dinheiro para comprar alimentos, indisponibilidade de alimentos saudáveis próximos ao domicílio e a mudança no tipo do alimento consumido, segundo a pesquisa  Impactos Primários e Secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes, realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), para o Unicef.

O estudo aponta que desde o início da pandemia, até maio de 2021, 17% dos brasileiros deixaram de comer em algum momento porque não havia dinheiro para comprar mais comida. Isso equivale a 27 milhões de brasileiros. “Os mais afetados pela insegurança alimentar foram aqueles que já recebiam menos de um salário-mínimo, famílias de classe D e E. Além disso, as famílias que residem com crianças e adolescentes, e as que vivem nas regiões norte e nordeste do país. Também foi observado que houve uma maior prevalência de pessoas pretas ou pardas quando comparadas a pessoas brancas”, afirma Stephanie Amaral.

O papel do Governo Federal é fundamental para sanar este problema grave, Stephanie enfatiza que políticas públicas a longo prazo devem ser criadas, mas que ações emergenciais são necessárias. “A fome não pode esperar políticas públicas serem estabelecidas. A fome precisa de uma ação imediata e também a manifestação do governo. É importante que toda sociedade seja mobilizada para apoiar essas famílias.”
 

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13/10/2021 18:15h

Empresas do setor agrícola estão otimistas com a chegada da tecnologia. O leilão está marcado para o dia 4 de novembro

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O agronegócio brasileiro é líder na digitalização e está à frente dos seus principais concorrentes: Estados Unidos e Europa. O dado é do estudo “A cabeça do agricultor na era digital”, da empresa de consultoria americana Mckinsey, realizado neste ano. Os dados mostram que em 2021 46% dos produtores rurais do Brasil utilizam ferramentas digitais. Já nos Estados Unidos o percentual é de 31%; e na União Europeia, 22%.

Porém, o último Censo Agropecuário realizado pelo Instituto Brasileira de Geografia e Estatística em 2017, mostrou que 70% das propriedades rurais no país não possuíam conexão. A chegada do 5G no Brasil, com leilão marcado para 4 de novembro, tende a mudar esse cenário, afirma o ministro das comunicações Fábio Faria. “Todos os setores serão beneficiados com 5G, mas acredito que o agronegócio será o mais beneficiado. O 5G standalone suporta um milhão de dispositivos, né? É a internet massiva, é mais rápida, mais conectada. Todas as empresas que nós visitamos no mundo estão prontas para atender o agro brasileiro, no outro dia do leilão.”

Existem dois tipos de tecnologia 5G, o superintendente de competição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Abraão Balbino, explica quais são e as diferenças entre elas. “Existe o 5G standalone é o puro, no estado para o qual ele foi desenvolvido, um 5G real. 5G não não standalone é uma espécie de migração das redes 4G”.

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP), Vinicius Marchese, aponta que a conectividade no campo se desdobra em uma série de benefícios quando se trata de eficiência na produção. “A tecnologia 5G vem para dar condições aos produtores para aumentar a produtividade e ser mais eficiente. Só na economia brasileira o agronegócio representa 26% do PIB (Produto Interno Bruto) e pode ter esse ganho de parcelas se a gente realmente conseguir implementar o 5G para que se gere mais eficiência na nossa produtividade”.

O engenheiro agrônomo Marchese afirma que com o 5G as máquinas aumentam sua capacidade de produção e autonomia, o que diminui os custos e aumenta a competitividade. Outro fator que terá grande impacto com a chegada da nova tecnologia é a geração de empregos.  “O 5G vai trazer muito a mão de obra jovem para o campo, a conectividade vai despertar o interesse. Então, o 5G vem cumprindo um papel de cobertura de tecnologia que se desdobra em uma série de possibilidades”, afirma Vinicius Marchese.

“O uso de tecnologias digitais habilitadas pela comunicação móvel é essencial”, garante Felippe Antonelle da Jacto Next, empresa do segmento de máquinas e equipamentos para agricultura de precisão. O gerente de negócios diz que o agronegócio brasileiro passa por uma grande transformação digital. Uma vez que tecnologia era sinônimo de grandes propriedades, agora ela é democratizada para todos os produtores rurais.

“Com a 5G, o produtor terá conhecimento em tempo real de todos os processos e poderá tomar decisões de forma muito mais rápida e assertiva, às vezes de forma preditiva, impedindo que os danos econômicos ocorram antes mesmo dos problemas aparecerem. Sem dúvidas o setor do agronegócio será um dos principais beneficiados com a quinta geração da telefonia móvel, serão ganhos que traduzem crescimento em toda a nossa cadeia produtiva, em todas as suas etapas de produção, antes, dentro e depois da porteira.”

O agricultor e proprietário da empresa Cobucci Agro, Tarcísio Cobucci, conta que as tecnologias já são bastante empregadas na sua empresa e acredita que a 5G vai ampliar o uso de equipamentos de última geração. “Nós usamos a tecnologia no trator com o GPS que nos ajuda a plantar, a pulverizar... Não temos problemas de conectar internet lá na fazenda, mas é claro que vamos precisar da tecnologia 5G, dessa velocidade, na hora que a gente começar a trabalhar com equipamentos com aplicação de drones, para fazer a mapeamento de área.”

O município de Rio Verde (GO) recebeu em dezembro do ano passado uma rede de testes de 5G para o agronegócio. O experimento foi liderado pelo Centro de Excelência em Agro Exponencial (CEAGRE), em parceria com o Instituto Federal Goiano, com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG), com o Estado de Goiás e com a Prefeitura de Rio Verde que coordenou a prova de conhecimento.

“Tivemos bons resultados, foi o primeiro passo para a compreensão  sobre os desafios e oportunidades desse tipo de conexão no local. Nossa região é altamente tecnificada no agro e os implementos agrícolas possuem cada vez mais tecnologia embarcada que precisam de recursos para sua execução no campo, um deles é a conectividade com a internet. A tecnologia 5G pode oferecer uma  rede de conexão mais estruturada aos produtores. A 5G é o futuro e caminhamos para ele, mas a conectividade do agro ainda precisa se desenvolver em vários quesitos, algo que o próprio município e parceiros estão buscando e desenvolvendo políticas públicas para dar suporte nesta jornada”,  informou a CEAGRE por nota. 

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), se o Brasil ampliar a conexão do campo em 25%, o valor bruto da produção agropecuária brasileira pode aumentar 6,3%. 
 

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13/10/2021 04:00h

Tecnologia deve estar disponível em todas as capitais até julho de 2022

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O leilão do 5G já tem data para acontecer: 4 de novembro. A tecnologia 5G é uma nova geração de comunicação móvel e de rede mais veloz. “Ela surgiu nos últimos anos e já vem sendo padronizada. A 5G permite comunicação mais rápida com uma maior quantidade de terminais para uma mesma torre e também com uma latência, que é o que chamamos de delay, o tempo entre a informação sair do meu aparelho e ir para internet e vice-versa, muito menor”, explica o superintendente de competição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Abraão Balbino.

O certame do 5G será não arrecadatório, ou seja, todo o valor será investido em infraestrutura de conectividade e comunicação no país. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, estima que serão R$ 50 bilhões destinados para ampliar a internet móvel e que até o ano que vem todos os estados já terão a tecnologia disponível. “São oito mil localidades que o leilão vai beneficiar, primeiro a gente vai atender as grandes cidades, depois as cidades acima de 500 mil habitantes, 300 mil, 100 mil, até todas as localidades acima de 600 habitantes, todas elas. Até julho do ano que vem, todas as capitais terão 5G standalone funcionando, com número de antenas estabelecido pelo ministério. Mas no Natal deste ano já vamos ter 5G standalone aqui em São Paulo funcionando, tenho certeza disso.”

As vantagens da tecnologia é que ela vai permitir aplicações envolvendo inteligência artificial, realidade aumentada e realidade virtual. Existem dois tipos de rede, a 5G standalone, chamada de 5G ‘puro’: “É o 5G no estado para o qual ele foi desenvolvido, é um 5G real”, esclarece o superintendente da Anatel Abraão Balbino. Já o 5G não-standalone ou “pré-5G”, que é a migração das redes 4G. “Elas vão para o 5G não standalone e depois para o 5G standalone”. 

Segundo o superintendente, a Anatel exige que as operadoras instalem já o 5G puro e não o pré-5G. Para usufruir da nova tecnologia será preciso trocar de aparelho. Mas aqueles que não quiserem, podem continuar utilizando o serviço atual, pois a transição do 4G para o 5G será gradual, de acordo com o superintendente da Anatel. 

Projeto Cidades Inteligentes

A chegada da tecnologia no país vai beneficiar diversos setores como o da educação e o agronegócio, mas também vai fazer diferença no cotidiano dos brasileiros. É o que propõe o projeto Cidades Inteligentes, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
“É uma iniciativa que visa trazer para o espaço urbano as tecnologias de ponta como forma de mostrar à população que elas são indispensáveis para a melhoria e a qualidade de vida das pessoas”, afirma o presidente da ABDI, Igor Calvet.

Segundo o presidente da Agência, a tecnologia 5G vai ser fundamental para ampliar cada vez o projeto. “As cidades serão muito impactadas. Essa nova tecnologia, além da velocidade, trará um tempo de resposta que é chamada latência, muito mais baixa, o que viabilizará muitas tecnologias e inovações, então as tecnologias 5G habilitam as cidades, a indústria, o campo em uma nova era de inovações”.

A Agência já possui um plano de ação para quando a nova tecnologia chegar ao país. Em 2022, vão fornecer a tecnologia em caráter experimental para seis municípios brasileiros,  ainda não definidos, com o objetivo de demonstrar para as pessoas e empresas como a 5G pode revolucionar seus negócios. “Queremos que a infraestrutura pública urbana dê condições para as empresas, através da coletividade, de se transformarem digitalmente”, explica o presidente da ABDI.

No dia 27 de setembro, a cidade de Londrina, no Paraná, foi contemplada com o programa Cidades Inteligentes. A rua Sergipe recebeu tecnologia para aumentar a conectividade na principal avenida comercial da cidade. “Servirá no primeiro momento para que os comerciantes possam trazer a população promoções, coletar informações e produzir mais valor para cada um dos clientes que passarão pela rua Sergipe. Dessa forma, nós estamos dando as condições para que população e comerciantes se insiram na era digital”, enfatizou Igor Calvet.

O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, explicou como vai funcionar. Ao conectar no Wi-Fi, o usuário receberá informações de acordo com o seu perfil. “Vai aparecer uma promoção, se você tem 50 anos de idade, daqui três quadras tem uma loja que está com promoção de um sapato, por exemplo. É a tecnologia a favor do cidadão, a ideia é exatamente fazer com que a rua Sergipe seja um projeto piloto para toda Londrina, para o Paraná e para o Brasil, no sentido de utilizar a tecnologia para gerar mais emprego e renda”. 

Angelo Pamplona, de 59 anos, é comerciante na rua mais movimentada de Londrina e está bastante otimista com a novidade. “As instalações de tecnologia impactam de forma muito positiva. Vai trazer um conforto para o lojista e para o consumidor. Teremos dados dos perfis dos clientes que frequentam a rua, isso poderá ser traçado: a estratégia de marketing e venda, e também para propagar a rua com novos investimentos para novos parceiros”.

A rua Sergipe recebeu tecnologias também nos setores da segurança pública e mobilidade urbana. A ABDI instalou no local cinco luminárias inteligentes com câmeras e wi-fi integrados, software de reconhecimento facial, dois cruzamentos semafóricos com sistemas de inteligência artificial integrados e botoeiras com recursos de acessibilidade, seis câmeras de reconhecimento de placas de veículos e um centro de comando e controle com videowall.

No início de setembro, o município de Pacaraima, em Roraima, também recebeu a tecnologia de ponta. A iniciativa utiliza tecnologias como IoT (Internet das Coisas) e Inteligência Artificial (IA), voltadas para a segurança pública em zonas fronteiriças.

Rua de Londrina (PR) é a primeira com tecnologia de ponta no país

Roraima recebe tecnologia de ponta para auxiliar na segurança da fronteira

“É mais um trabalho do governo do estado em parceria com a ABDI. Foram instaladas 35 câmeras inteligentes de alta resolução, também iluminação de LED, substituindo os postes de madeira por postes de concreto, e também oferecendo wi-fi para população naquela região da fronteira do Brasil com a Venezuela”, explicou o governador de Roraima, Antônio Denarium.

Segundo ele, o projeto é fundamental para diminuir a violência e o crime organizado na fronteira do estado de Roraima, pois as novas tecnologias permitem monitorar com mais precisão o tráfego de pessoas na divisa. “ O sistema faz identificação de face e  identificação de placas, evitando a entrada de quem não seja bem vindo no Brasil.”

O Projeto Cidades Inteligentes também está presente em cidades como Petrolina (PE), Campina Grande (PB), Salvador (BA), Macapá (AP), Curitiba (PR), Francisco Morato (SP), Foz do Iguaçu (PR) e Brasília (DF).
 

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13/10/2021 04:00h

A iniciativa faz parte do projeto Cidades Inteligentes da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que leva para o espaço urbano tecnologias para melhorar a qualidade de vida da população

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No dia 27 de setembro, a cidade de Londrina, no Paraná, foi contemplada com o programa Cidades Inteligentes. A iniciativa faz parte do projeto Cidades Inteligentes, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). “O projeto visa trazer para o espaço urbano as tecnologias de ponta como forma de mostrar à população que elas são indispensáveis para a melhoria e a qualidade de vida das pessoas”, afirma o presidente da ABDI, Igor Calvet.

A rua Sergipe recebeu tecnologia para aumentar a conectividade na principal avenida comercial da cidade. “Servirá no primeiro momento para que os comerciantes possam trazer a população promoções, coletar informações e produzir mais valor para cada um dos clientes que passarão pela rua Sergipe. Dessa forma, nós estamos dando as condições para que população e comerciantes se insiram na era digital”, enfatizou Igor Calvet, presidente da ABDI.

O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, explicou como vai funcionar. Ao conectar no Wi-Fi, o usuário receberá informações de acordo com o seu perfil. “Vai aparecer uma promoção, se você tem 50 anos de idade, daqui três quadras tem uma loja que está com promoção de um sapato, por exemplo. É a tecnologia a favor do cidadão, a ideia é exatamente fazer com que a rua Sergipe seja um projeto piloto para toda Londrina, para o Paraná e para o Brasil, no sentido de utilizar a tecnologia para gerar mais emprego e renda”. 

Angelo Pamplona, de 59 anos, é comerciante na rua mais movimentada de Londrina e está bastante otimista com a novidade. “As instalações de tecnologia impactam de forma muito positiva. Vai trazer um conforto para o lojista e para o consumidor. Teremos dados dos perfis dos clientes que frequentam a rua, isso poderá ser traçado: a estratégia de marketing e venda, e também para propagar a rua com novos investimentos para novos parceiros”.

A rua Sergipe recebeu tecnologias também nos setores da segurança pública e mobilidade urbana. A ABDI instalou no local cinco luminárias inteligentes com câmeras e wi-fi integrados, software de reconhecimento facial, dois cruzamentos semafóricos com sistemas de inteligência artificial integrados e botoeiras com recursos de acessibilidade, seis câmeras de reconhecimento de placas de veículos e um centro de comando e controle com videowall.

Segundo o presidente da Agência, a tecnologia 5G vai ser fundamental para ampliar cada vez o projeto. “As cidades serão muito impactadas. Essa nova tecnologia, além da velocidade, trará um tempo de resposta que é chamada latência, muito mais baixa, o que viabilizará muitas tecnologias e inovações, então as tecnologias 5G habilitam as cidades, a indústria, o campo em uma nova era de inovações”.

A Agência já possui um plano de ação para quando a nova tecnologia chegar ao país. Em 2022, vão fornecer a tecnologia em caráter experimental para seis municípios brasileiros,  ainda não definidos, com o objetivo de demonstrar para as pessoas e empresas como a 5G pode revolucionar seus negócios. “Queremos que a infraestrutura pública urbana dê condições para as empresas, através da coletividade, de se transformarem digitalmente”, explica o presidente da ABDI.

O Projeto Cidades Inteligentes também está presente em cidades como Pacaraima (RR), Petrolina (PE), Campina Grande (PB), Salvador (BA), Macapá (AP), Curitiba (PR), Francisco Morato (SP), Foz do Iguaçu (PR) e Brasília (DF).

Chegada 5G no Brasil

O leilão do 5G já tem data para acontecer: 4 de novembro. A tecnologia 5G é uma nova geração de comunicação móvel e de rede mais veloz. “Ela surgiu nos últimos anos e já vem sendo padronizada. A 5G permite comunicação mais rápida com uma maior quantidade de terminais para uma mesma torre e também com uma latência, que é o que chamamos de delay, o tempo entre a informação sair do meu aparelho e ir para internet e vice-versa, muito menor”, explica o superintendente de competição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Abraão Balbino.

O certame do 5G será não arrecadatório, ou seja, todo o valor será investido em infraestrutura de conectividade e comunicação no país. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, estima que serão R$ 50 bilhões destinados para ampliar a internet móvel e que até o ano que vem todos os estados já terão a tecnologia disponível. “São oito mil localidades que o leilão vai beneficiar, primeiro a gente vai atender as grandes cidades, depois as cidades acima de 500 mil habitantes, 300 mil, 100 mil, até todas as localidades acima de 600 habitantes, todas elas. Até julho do ano que vem, todas as capitais terão 5G standalone funcionando, com número de antenas estabelecido pelo ministério. Mas no Natal deste ano já vamos ter 5G standalone aqui em São Paulo funcionando, tenho certeza disso.”

As vantagens da tecnologia é que ela vai permitir aplicações envolvendo inteligência artificial, realidade aumentada e realidade virtual. Existem dois tipos de rede, a 5G standalone, chamada de 5G ‘puro’: “É o 5G no estado para o qual ele foi desenvolvido, é um 5G real”, esclarece o superintendente da Anatel Abraão Balbino. Já o 5G não-standalone ou “pré-5G”, que é a migração das redes 4G. “Elas vão para o 5G não standalone e depois para o 5G standalone”. 

Segundo o superintendente, a Anatel exige que as operadoras instalem já o 5G puro e não o pré-5G. Para usufruir da nova tecnologia será preciso trocar de aparelho. Mas aqueles que não quiserem, podem continuar utilizando o serviço atual, pois a transição do 4G para o 5G será gradual, de acordo com o superintendente da Anatel. 
 

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13/10/2021 04:00h

O contemplado foi o município de Pacaraima. A iniciativa faz parte do projeto Cidades Inteligentes da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

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No início de setembro, o município de Pacaraima, em Roraima, foi contemplado com o programa Cidades Inteligentes. A iniciativa faz parte do projeto Cidades Inteligentes, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), “O projeto visa trazer para o espaço urbano as tecnologias de ponta como forma de mostrar à população que elas são indispensáveis para a melhoria e a qualidade de vida das pessoas”, afirma o presidente da ABDI, Igor Calvet.

5G trará benefícios para a educação e o agronegócio

Edital do Leilão do 5G traz ajustes para reforçar investimento em educação nos municípios


Pacaraima recebeu tecnologias como IoT (Internet das Coisas) e Inteligência Artificial (IA), voltadas para a segurança pública em zonas fronteiriças.


“É mais um trabalho do governo do estado em parceria com a ABDI. Foram instaladas 35 câmeras inteligentes de alta resolução, também iluminação de LED, substituindo os postes de madeira por postes de concreto, e também oferecendo wi-fi para população naquela região da fronteira do Brasil com a Venezuela”, explicou o governador de Roraima, Antônio Denarium.

Segundo ele, o projeto é fundamental para diminuir a violência e o crime organizado na fronteira do estado de Roraima, pois as novas tecnologias permitem monitorar com mais precisão o tráfego de pessoas na divisa. “ O sistema faz identificação de face e  identificação de placas, evitando a entrada de quem não seja bem vindo no Brasil.”

Segundo o presidente da ABDI, Igor Calvet, a tecnologia 5G vai ser fundamental para ampliar cada vez o projeto. “As cidades serão muito impactadas. Essa nova tecnologia, além da velocidade, trará um tempo de resposta que é chamada latência, muito mais baixa, o que viabilizará muitas tecnologias e inovações, então as tecnologias 5G habilitam as cidades, a indústria, o campo em uma nova era de inovações”.

A  Agência já possui um plano de ação para quando a nova tecnologia chegar ao país. Em 2022, vão fornecer a tecnologia em caráter experimental para seis municípios brasileiros,  ainda não definidos, com o objetivo de demonstrar para as pessoas e empresas como a 5G pode revolucionar seus negócios. “Queremos que a infraestrutura pública urbana dê condições para as empresas, através da coletividade, de se transformarem digitalmente”, explica o presidente da ABDI.

O Projeto Cidades Inteligentes também está presente em cidades como Petrolina (PE), Campina Grande (PB), Salvador (BA), Macapá (AP), Curitiba (PR), Londrina (PR), Francisco Morato (SP), Foz do Iguaçu (PR) e Brasília (DF).

Chegada 5G no Brasil

O leilão do 5G já tem data para acontecer: 4 de novembro. A tecnologia 5G é uma nova geração de comunicação móvel e de rede mais veloz. “Ela surgiu nos últimos anos e já vem sendo padronizada. A 5G permite comunicação mais rápida com uma maior quantidade de terminais para uma mesma torre e também com uma latência, que é o que chamamos de delay, o tempo entre a informação sair do meu aparelho e ir para internet e vice-versa, muito menor”, explica o superintendente de competição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Abraão Balbino.

O certame do 5G será não arrecadatório, ou seja, todo o valor será investido em infraestrutura de conectividade e comunicação no país. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, estima que serão R$ 50 bilhões destinados para ampliar a internet móvel e que até o ano que vem todos os estados já terão a tecnologia disponível. “São oito mil localidades que o leilão vai beneficiar, primeiro a gente vai atender as grandes cidades, depois as cidades acima de 500 mil habitantes, 300 mil, 100 mil, até todas as localidades acima de 600 habitantes, todas elas. Até julho do ano que vem, todas as capitais terão 5G standalone funcionando, com número de antenas estabelecido pelo ministério. Mas no Natal deste ano já vamos ter 5G standalone aqui em São Paulo funcionando, tenho certeza disso.”

As vantagens da tecnologia é que ela vai permitir aplicações envolvendo inteligência artificial, realidade aumentada e realidade virtual. Existem dois tipos de rede, a 5G standalone, chamada de 5G ‘puro’: “É o 5G no estado para o qual ele foi desenvolvido, é um 5G real”, esclarece o superintendente da Anatel Abraão Balbino. Já o 5G não-standalone ou “pré-5G”, que é a migração das redes 4G. “Elas vão para o 5G não standalone e depois para o 5G standalone”. 

Segundo o superintendente, a Anatel exige que as operadoras instalem já o 5G puro e não o pré-5G. Para usufruir da nova tecnologia será preciso trocar de aparelho. Mas aqueles que não quiserem, podem continuar utilizando o serviço atual, pois a transição do 4G para o 5G será gradual, de acordo com o superintendente da Anatel. 

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11/10/2021 18:40h

Para a Anvisa, ainda faltam estudos que comprovem a eficácia e a segurança dos imunizantes para serem aplicados em menores de 12 anos

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Crianças brasileiras, menores de 12 anos, ainda não podem ser imunizadas contra a Covid-19 no Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os imunizantes aprovados para uso - Astrazeneca, Pfizer, Coronavac e Janssen - ainda não possuem estudos suficientes que comprovem a eficácia e a segurança para serem aplicadas nessa faixa etária. 

Alguns países, como  Cuba, Chile, China, El Salvador e Emirados Árabes Unidos, já iniciaram a vacinação contra Covid-19 em menores de 12 anos. Nos Estados Unidos, a Pfizer entrou com pedido, em 7 de outubro, na Food and Drug Administration (FDA) - agência reguladora do país - para aprovarem o uso emergencial da vacina em crianças de até 11 anos incompletos. 

Ministério da Saúde anuncia o planejamento da campanha de vacinação contra a Covid-19 para 2022

Covid 19: apesar do aumento da cobertura vacinal, Brasil segue com taxa de transmissão elevada

A solicitação feita pela empresa farmacêutica é baseada em testes clínicos realizados com 2.268 participantes, que mostraram uma forte resposta imunológica, segundo divulgou a Pfizer, em 20 de setembro. O laboratório também já começou os testes em crianças de dois a cinco anos e em bebês de 6 meses a dois anos. As conclusões desses estudos estão previstas para 2022.

O infectologista Julival Ribeiro, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), acredita que, se os Estados Unidos aprovarem o uso da vacina para a população pediátrica, o Brasil seguirá essa decisão. “A Anvisa também deve receber toda a documentação vinda da Pfizer mostrando os estudos que foram realizados. Então, não tenho dúvida que as vacinas que forem aprovadas por órgãos internacionais deverão também ser liberadas pela agência aqui no Brasil”.

O infectologista afirma que a vacinação para os menores de 12 anos deve ser fundamental, quando houver aprovação das agências reguladoras, principalmente por causa do âmbito escolar. “Esse grupo que está na escola pode adquirir o coronavírus e transmitir dentro do lar para idosos, para os pais, para outras pessoas. É muito importante a vacinação para essa faixa etária, porque já estamos quase no final do ano e esperamos que, no próximo, todas as crianças e adolescentes voltem para escolas mais seguras, com a vacinação completa”.

O diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal (SBI-DF), José David Urbaéz, fala sobre os riscos de crianças brasileiras estarem de fora do plano de vacinação contra a Covid-19. “Se a gente fala de população geral vacinada, nós estamos incluindo obviamente a população pediátrica. Então nós sabemos que, para termos essa imunidade coletiva contra a Covid-19, em torno de 80% da população tem que estar com a vacinação completa. Sem dúvida a gente não alcançará esse limite de vacinação até garantirmos a vacinação para a população infantil de maneira geral”.

Porém, o infectologista enfatiza que é necessário segurança para imunizar as crianças. “É óbvio que estamos aguardando ansiosamente dados de uso seguro nas populações infantis”.

Enquanto a vacina para menores de 12 anos está em estudo, David Urbaéz diz que é imprescindível manter as medidas de cuidado e proteção. “Continuar usando as máscaras, os distanciamentos, a higienização das mãos e da superfície. Isso provavelmente vai ficar para além da pandemia como uma necessidade permanente”.

Segundo a plataforma do Ministério da Saúde, LocalizaSuS, até 10 de outubro, a população jovem vacinada, de 12 a 17 anos, é de 8.114.244. O número é expressivo, segundo o infectologista David Urbaéz. “A imensa maioria de jovens ainda não têm relações de emprego estabelecidas, então é bem mais frequente a disponibilidade de tempo, e todos estão muito ansiosos de contar com uma proteção mais intensa para poderem vivenciar uma vida que se espera para essa idade.” 

A estudante Lara Félix de Faria, de 15 anos, mora  em Arceburgo (MG) e já está vacinada com a primeira dose. “Para mim, foi um momento mais que especial porque, assim como todo mundo, esperei ansiosamente durante muitos meses para conseguir tomar essa vacina. E hoje me sinto muito feliz em poder falar que eu faço parte da população vacinada e, a cada dia, ver mais pessoas ao meu redor se vacinando, principalmente as pessoas da minha idade. Eu sinto que a cada dia mais os jovens estão tomando consciência da importância da vacina e levando essa consciência para frente.”

Em 8 de outubro, o Ministério da Saúde divulgou o plano de vacinação contra a Covid-19 para 2022. A imunização de crianças está prevista apenas para as de faixa etária de 12 anos ou mais. A Anvisa informou que no momento não existe nenhum pedido para uso de vacinas em crianças menores de 12 anos.
 

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