Pelo projeto de lei que determina novas regras para o trabalho remoto de gestantes durante a pandemia, as que não puderem realizar suas atividades remotamente (como recepcionistas, profissionais da saúde, etc), e que só tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19, poderão receber antecipadamente o salário-maternidade, desde o dia do afastamento até 120 dias após o parto. O pagamento ficaria a cargo da Previdência Social.
Para o economista José Oswaldo Cândido Júnior, Doutor e Professor de Relações Institucionais do Ibmec, o PL 2058/2021 é uma boa solução, pois garante o salário das gestantes que não estão completamente imunizadas.
“Ele [PL] garante a questão da extensão do salário-maternidade pelo período que ela estiver afastada. E também aplica alguns condicionantes para a volta da empregada gestante, como encerramento do estado de emergência, após a sua vacinação, ou seja, garantindo que ela esteja com imunização completa.
Para o economista, a medida também pode beneficiar as empresas. “Da forma como estava onerava muito o setor produtivo, que ficava com 100% dos custos. Isso causava também um desincentivo à contratação de mulheres, porque se imaginaria que, enquanto estivesse no período da pandemia, estaria sujeito a essa condicionante de afastamento”, avalia.
Mariana Ambrosini Quintas trabalha em home office, desde o início da pandemia, como profissional de finanças em supply chain, na cidade de Porto Feliz (SP). No momento, está de licença maternidade com um bebê de quatro meses. Na opinião dela, o PL pode beneficiar as gestantes e as empresas.
“Com certeza o projeto é benéfico às gestantes e também às empresas, porque garante que a empresa não tenha que pagar e, por isso, a contratação de mulheres não teria que ser revista. E [é benéfico] para a gestante, porque ela teria uma seguridade em relação ao salário”.
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O projeto de lei 2058/2021 determina:
Atualmente, todas as grávidas em home office são legisladas pela Lei 14.151/21, que determina o afastamento das gestantes durante o período da gravidez. No entanto, muitas trabalhadoras não conseguiam exercer suas atividades de casa, então alguns empregadores utilizaram a Medida Provisória 1.045/2021, que previa a suspensão temporária dos contratos de trabalho. A MP perdeu validade em agosto deste ano.
Por isso, o PL garante segurança jurídica para essas funcionárias e estímulo à contratação de mulheres pelo mercado de trabalho.
Na última semana, o Brasil não registrou nenhuma morte de gestante ou puérpera (mulher em até 45 dias após o parto) por Covid-19. No início da pandemia cerca de 12% do total de gestantes e puérperas infectadas com coronavírus morreram, num total de 1.926 mortes maternas pela doença. Após a inclusão das gestantes no grupo prioritário da vacinação, essa taxa de letalidade entre elas caiu para 1%. As informações são do Observatório Obstétrico Brasileiro.
Pelo projeto, quando a gestante receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19, ela deverá voltar ao trabalho presencial. Mas a funcionária que se recusar a ser vacinada, deverá retornar à empresa mesmo assim. O infectologista do Hospital das Forças Armadas de Brasília, doutor Hemerson Luz, esclarece que a vacina é fundamental para a segurança das grávidas.
“Grávidas e puérperas têm indicação de serem vacinadas, porém as vacinas a serem utilizadas não devem ser as que usam a tecnologia de vetor viral, incluindo a AstraZeneca e a Jansen. As vacinas com indicação são a CoronaVac e a Pfizer. Temos que lembrar que as grávidas podem apresentar quadros complicados da Covid-19. Por isso, a vacinação está indicada para todas as grávidas acima de 18 anos, mesmo sem comorbidades.”
A doutora Lucila Nagata, médica de gestação de alto risco e membro da Comissão de Mortalidade Materna da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, acredita que o ideal é que as gestantes que possam realizar trabalho remoto continuem afastadas. Mas ela considera que é “teoricamente seria seguro para as gestantes, que tomaram suas duas doses de vacina para Covid-19, retornar ao trabalho, desde que trabalhem em locais arejados, amplos e que consigam fazer com que seus colegas mantenham distância segura entre eles, mantendo uso de máscara, higienização adequada e uso de álcool gel”.
O PL 2058/2021 já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e aguarda apreciação pelo Senado. A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) avalia que o projeto é apropriado neste momento.
“A tendência é que a situação se normalize em breve e as restrições em relação ao trabalho também. Então, acredito que o projeto é apropriado neste momento, pois muitas gestantes querem e têm condições de voltar ao trabalho normalmente, e as empresas precisam reestruturar suas forças de trabalho nesse pós-pandemia. Com a vacinação em dia e as medidas de segurança sendo cumpridas conforme orientação do Ministério da Saúde, podemos voltar às atividades normalmente.”
O economista José Oswaldo acredita que o PL será aprovado no Senado.
“Eu acredito que os senadores devem aprovar, de modo a determinar uma lei que seja mais equilibrada, para a saúde da mulher de um lado, mas também olhando a parte do empregador, do setor produtivo, que tem de arcar com esse afastamento; inclusive com os custos da contratação enquanto ela estiver afastada”, comenta.
Se for aprovado na Casa, o projeto precisa da sanção presidencial antes de passar a valer.
Nesta quarta-feira (10),o Brasil recebeu um novo lote de vacinas contra a Covid-19 da Pfizer/Biontech. A remessa chegou ao Brasil pelo município de Campinas (SP) e contabiliza 1,7 milhão de doses do imunizante. No total, esta semana o país já recebeu mais de sete milhões de vacinas para reforçar a Campanha de Vacinação - considerada pelo Ministério da Saúde como a maior da história do país.
Como resultado do avanço da vacinação, o Brasil registrou a queda mais significativa na média móvel de óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia (-31,24%). Um ponto em comum entre os estados que estão apresentando redução no registro de novos casos da Covid-19 e de mortes é que todos estão com situação avançada de vacinação. Para se ter uma ideia, em São Paulo, foram aplicadas 70.326.452 doses da vacina e pelo menos 70% da população está protegida. Já em Minas Gerais, até agora 27.946.204 doses foram administradas e 67,73% das pessoas já tomaram a segunda dose ou dose única.
Para a médica infectologista Ana Helena Germoglio, a vacinação contra a Covid-19 foi o caminho que levou ao controle da doença e redução nos casos. “Os números não nos deixam mentir que a quantidade de casos caiu, mas também a quantidade de internação e, consequentemente, a quantidade de óbitos. Se tinha alguém com dúvida a respeito da segurança e da efetividade da vacina, os números não deixam a gente mentir. Não tem como esconder ou como manipular esse tipo de dado”, afirmou.
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Dados do Ministério da Saúde apontam que 344.188.580 vacinas já foram distribuídas para todo o Brasil. Além disso, para a continuidade da vacinação em 2022, o Governo Federal garantiu mais de 354 milhões de doses. A proteção da população brasileira passa pela vacinação. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, faz uma convocação àqueles que ainda não se vacinaram contra o novo coronavírus.
“O Ministério da Saúde exorta todos aqueles que ainda não se vacinaram, que procurem as salas de vacinação e tomem a vacina. E aqueles que tomaram a primeira dose e não tomaram a segunda dose, que busquem essa segunda dose. Nós sempre defendemos que temos de ter a população como nossa aliada.”
Nessa segunda-feira (8), nove estados e o Distrito Federal não registraram mortes por conta da Covid-19, são eles: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Sergipe, Piauí, Rondônia, Amapá, Roraima e Acre. Além disso, essa é a menor média móvel de mortes decorrentes da doença neste ano. Isso se traduz em cerca de 269 mortes, uma redução de 21%.
A informação faz parte do Localiza SUS, plataforma do Ministério da Saúde que mostra a situação da pandemia no Brasil, além de outros dados como a quantidade de vacinas enviadas aos estados e a aplicação dessas doses. Com essa ferramenta é possível acompanhar, por exemplo, a Campanha de Vacinação contra a Covid-19. Desde que começou, em janeiro de 2021, foram aplicados 280 milhões de doses de vacina. Desta forma, o Brasil alcança a marca de 88% da população-alvo vacinada com a primeira dose e, pelo menos, 69% das pessoas com as duas doses ou dose única.
A pandemia de Covid-19 pode causar impactos duradouros na saúde mental de crianças e adolescentes em todo o mundo. Segundo o relatório Situação Mundial da Infância 2021 do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mais de uma em cada sete crianças, com idade entre 10 e 19 anos, possui algum transtorno psicológico agravado pelo contexto da Covid-19.
A pesquisa foi feita com crianças e adultos de 21 países, entre eles o Brasil, no primeiro semestre deste ano.
“No mundo inteiro, milhões de crianças e adolescentes são afetados por questões relacionadas à ansiedade, depressão, hiperatividade, tristeza e luto, em função de todo esse contexto que estamos vivendo”, afirma Mario Volpi, chefe do programa de Cidadania de Adolescentes do Unicef no Brasil.
A adolescente Ana (nome fictício para não ser identificada) de 17 anos está há quase 19 meses em ensino remoto. Ela conta como a pandemia prejudicou sua saúde mental.
“Desde que a quarentena começou, eu basicamente não saio de casa. Minha vida escolar e social está quase toda na internet. Isso me faz muito mal, porque eu fico o dia todo conectada, em casa, sem fazer exercício físico e sozinha. E com todas essas notícias de vítimas de Covid-19, a gente acaba ficando paranoico com a situação”, descreve a jovem, que atualmente faz tratamento com psicólogo e psiquiatra.
Karolina Peres de Oliveira é mãe de duas crianças (4 e 7 anos), estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal. Ela descreve as mudanças no comportamento dos filhos durante a pandemia.
“Eles ficaram mais irritados facilmente. Meu filho teve dificuldade de interagir socialmente e minha filha teve ansiedade. Assim que começaram as aulas presenciais, eles melhoraram bastante. Meu menino está voltando a ter prazer em conversar com as pessoas. E minha menina melhorou da ansiedade.”
A psicóloga Cleuza Barbieri, especialista em desenvolvimento infantil e adolescente, explica que a ruptura da rotina durante a pandemia aconteceu em um contexto ameaçador para os pequenos, diferentemente de uma mudança positiva, quando a criança sai de férias da escola, por exemplo.
“Nesse caso da pandemia, a ruptura foi muito ameaçadora. As crianças percebem as emoções dos adultos muito facilmente. E quando os pais estão ansiosos e preocupados, isso agrava ainda mais a saúde mental das crianças, jovens e adolescentes.”
De acordo com a psicóloga, os transtornos mais visíveis durante a pandemia foram ansiedade, entre as crianças menores, e depressão, entre os adolescentes e jovens adultos. Todo esse contexto também gerou impactos na qualidade do sono, na alimentação, no humor e até mesmo em sintomas físicos, como dores de cabeça, no estômago e no corpo, em geral.
O Unicef ressalta que os transtornos mentais infantis podem prejudicar significativamente a saúde, a educação, as conquistas e, até mesmo, a capacidade financeira dos jovens no futuro. Segundo análise da London School of Economics, incluída no relatório, os transtornos mentais que levam à incapacidade ou à morte de jovens podem causar uma redução de quase U$ 390 bilhões por ano em contribuições para as economias.
“Os jovens são muito resilientes. Como uma criança, que não dorme direito, que está em ameaça ou que está em angústia, consegue se concentrar para aprender? Se esse conflito e ansiedade forem tratados, a consequência não é tão grave; elas podem ter um futuro brilhante”, recomenda a psicóloga Cleuza Barbieri.
A especialista também destaca que o uso em excesso de tecnologias (celulares, tablets, videogames) sobrecarrega o sistema neuronal e prejudica o desenvolvimento das crianças.
Para evitar esse quadro, a mãe Karolina incentiva as atividades recreativas para seus filhos de 4 e 7 anos. “Eu busco trabalhar o lado artístico deles em casa, com quadros, tintas, papéis para desenhar, leitura e sem uso de aparelhos eletrônicos”.
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O relatório do Unicef aponta que o Brasil está em oitavo lugar, entre os países pesquisados, com 22% dos adolescentes sofrendo de algum transtorno mental, atrás de Camarões (32%), Mali (31%), Indonésia (29%), Zimbábue (27%), França (24%), Alemanha (24%) e Estados Unidos (24%).
“Essa situação demanda, por parte do Estado e dos governos, uma atenção especializada para escutar essas crianças e para dar um espaço de acolhimento, para que elas possam se expressar e entender seus sentimentos. [É preciso] abordar esse tema da saúde mental sem preconceito e ter um aconselhamento para enfrentar esses momentos complexos que estamos vivendo”, aconselha Mario Volpi, porta-voz do Unicef.
No Atlas da Saúde Mental, publicado recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que os governos investem cerca de 2% do orçamento de saúde na área de saúde mental.
“Todos os postos de saúde deveriam ter plantões de psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, que pudessem acolher as pessoas sem que elas adoecessem. Se isso fosse feito, economizaríamos muito dinheiro nas internações e doenças mais graves”, avalia a psicóloga Cleuza Barbieri.
No Brasil, o Ministério da Saúde disponibilizou mais de R$ 99,2 milhões para serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), para ações de combate à pandemia. Outros R$ 650 milhões foram repassados para a aquisição de medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica utilizados no âmbito da saúde mental, em virtude dos impactos ocasionados pela Covid-19.
Para ajudar os jovens a se expressarem e entenderem seus sentimentos, especialmente durante a pandemia, o Unicef lançou o portal podefalar.org.br. O canal foi criado, em parceria com diversas organizações da sociedade civil e empresas especializadas, para atender de forma gratuita e anônima jovens de 13 a 24 anos.
Além disso, qualquer pessoa, que precise de apoio emocional e de prevenção ao suicídio, pode entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo telefone 188 ou pelo site cvv.org.br. Os canais estão disponíveis gratuitamente e com total sigilo, 24 horas todos os dias.
Crianças brasileiras, menores de 12 anos, ainda não podem ser imunizadas contra a Covid-19 no Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os imunizantes aprovados para uso - Astrazeneca, Pfizer, Coronavac e Janssen - ainda não possuem estudos suficientes que comprovem a eficácia e a segurança para serem aplicadas nessa faixa etária.
Alguns países, como Cuba, Chile, China, El Salvador e Emirados Árabes Unidos, já iniciaram a vacinação contra Covid-19 em menores de 12 anos. Nos Estados Unidos, a Pfizer entrou com pedido, em 7 de outubro, na Food and Drug Administration (FDA) - agência reguladora do país - para aprovarem o uso emergencial da vacina em crianças de até 11 anos incompletos.
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A solicitação feita pela empresa farmacêutica é baseada em testes clínicos realizados com 2.268 participantes, que mostraram uma forte resposta imunológica, segundo divulgou a Pfizer, em 20 de setembro. O laboratório também já começou os testes em crianças de dois a cinco anos e em bebês de 6 meses a dois anos. As conclusões desses estudos estão previstas para 2022.
O infectologista Julival Ribeiro, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), acredita que, se os Estados Unidos aprovarem o uso da vacina para a população pediátrica, o Brasil seguirá essa decisão. “A Anvisa também deve receber toda a documentação vinda da Pfizer mostrando os estudos que foram realizados. Então, não tenho dúvida que as vacinas que forem aprovadas por órgãos internacionais deverão também ser liberadas pela agência aqui no Brasil”.
O infectologista afirma que a vacinação para os menores de 12 anos deve ser fundamental, quando houver aprovação das agências reguladoras, principalmente por causa do âmbito escolar. “Esse grupo que está na escola pode adquirir o coronavírus e transmitir dentro do lar para idosos, para os pais, para outras pessoas. É muito importante a vacinação para essa faixa etária, porque já estamos quase no final do ano e esperamos que, no próximo, todas as crianças e adolescentes voltem para escolas mais seguras, com a vacinação completa”.
O diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal (SBI-DF), José David Urbaéz, fala sobre os riscos de crianças brasileiras estarem de fora do plano de vacinação contra a Covid-19. “Se a gente fala de população geral vacinada, nós estamos incluindo obviamente a população pediátrica. Então nós sabemos que, para termos essa imunidade coletiva contra a Covid-19, em torno de 80% da população tem que estar com a vacinação completa. Sem dúvida a gente não alcançará esse limite de vacinação até garantirmos a vacinação para a população infantil de maneira geral”.
Porém, o infectologista enfatiza que é necessário segurança para imunizar as crianças. “É óbvio que estamos aguardando ansiosamente dados de uso seguro nas populações infantis”.
Enquanto a vacina para menores de 12 anos está em estudo, David Urbaéz diz que é imprescindível manter as medidas de cuidado e proteção. “Continuar usando as máscaras, os distanciamentos, a higienização das mãos e da superfície. Isso provavelmente vai ficar para além da pandemia como uma necessidade permanente”.
Segundo a plataforma do Ministério da Saúde, LocalizaSuS, até 10 de outubro, a população jovem vacinada, de 12 a 17 anos, é de 8.114.244. O número é expressivo, segundo o infectologista David Urbaéz. “A imensa maioria de jovens ainda não têm relações de emprego estabelecidas, então é bem mais frequente a disponibilidade de tempo, e todos estão muito ansiosos de contar com uma proteção mais intensa para poderem vivenciar uma vida que se espera para essa idade.”
A estudante Lara Félix de Faria, de 15 anos, mora em Arceburgo (MG) e já está vacinada com a primeira dose. “Para mim, foi um momento mais que especial porque, assim como todo mundo, esperei ansiosamente durante muitos meses para conseguir tomar essa vacina. E hoje me sinto muito feliz em poder falar que eu faço parte da população vacinada e, a cada dia, ver mais pessoas ao meu redor se vacinando, principalmente as pessoas da minha idade. Eu sinto que a cada dia mais os jovens estão tomando consciência da importância da vacina e levando essa consciência para frente.”
Em 8 de outubro, o Ministério da Saúde divulgou o plano de vacinação contra a Covid-19 para 2022. A imunização de crianças está prevista apenas para as de faixa etária de 12 anos ou mais. A Anvisa informou que no momento não existe nenhum pedido para uso de vacinas em crianças menores de 12 anos.
O Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz destaca a relevância de medidas preventivas no bloqueio da doença. Segundo o levantamento, divulgado nessa quinta-feira (7), o Brasil vem tendo uma queda sucessiva no número de casos e mortes, além de uma paralisação na alta da taxa de ocupação de leitos de UTI usados para pacientes adultos com Covid.
A análise mostra ainda que essa diminuição é resultado do aumento da cobertura vacinal em toda a população. No entanto, apesar de mais pessoas vacinadas, o país não está conseguindo manter um bom nível de medidas preventivas para bloquear a circulação do vírus, de acordo com a análise da Fiocruz.
O pesquisador Raphael Guimarães, do Observatório Fiocruz Covid-19, diz que as pessoas estão relaxando no isolamento e que a pandemia ainda não está sob controle. “Apesar da queda [de óbitos], estamos tendo um nível de detecção relativamente alto de transmissão. Isso significa dizer que as medidas preventivas estão cursando bem em alguns aspectos, mas ainda não estamos a ponto de dizer que está tudo controlado. Apesar da vacina, as pessoas estão relaxando nas medidas de proteção e isso é preocupante. Para garantir que a transmissão fique em um nível não preocupante, é preciso que tenhamos um bloqueio da circulação do vírus e só vamos conseguir isso elevando ainda mais a vacinação e se protegendo adequadamente”, explica.
O Índice de Permanência Domiciliar se encontra próximo de zero, o que significa que não há diferença na intensidade de circulação de pessoas nas ruas em comparação ao que era observado antes da pandemia. Sobre a transmissão, o boletim leva em consideração a população que está sob risco de contrair vírus respiratórios.
O cálculo é feito por unidade da federação para, dessa forma, classificar o risco de transmissão comunitária dessas enfermidades. Os pesquisadores dispõem de cinco classificações de risco: pré-epidêmica, epidêmica, alta, muito alta e extremamente alta, como mostra o mapa a seguir:
De acordo com dados coletados no dia 4 de outubro, as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS estão estáveis em boa parte do país. Na grande maioria, os índices estão abaixo de 50%.
O Distrito Federal é exceção: voltou à zona de alerta crítico com 83% da capacidade de ocupação dos leitos Covid-19 e está com a taxa de letalidade em 1,15% pelo terceiro dia seguido. Desde março, a taxa não chegava a esse patamar.
O pesquisador da Fiocruz diz que isso tem dois motivos. “Primeiro, porque ainda estamos mantendo uma quantidade relativamente alta de casos. Se não conseguirmos reduzir os casos, vamos continuar internando. Segundo, é preciso ter uma dinâmica de fechamento de leitos. À medida que a gente não tem tanta demanda quanto tinha antes, os leitos gradativamente vão sendo fechados para reacomodar a rede existente, e os disponíveis para Covid-19 acabam sendo utilizados. Nos próximos dias, o cenário pode melhorar ou piorar. A situação varia de um dia para o outro”, diz Raphael.
Ou seja, a taxa de ocupação de leitos Covid no DF, hoje, não está necessariamente alta. O que ocorreu foi a redução do número de leitos disponíveis para o tratamento da doença em sua forma mais grave. Atualmente, o Governo do Distrito Federal tem um total de 478 leitos Covid-19. Destes, 29 estão vagos.
Questionada sobre os dados da Fiocruz, a Secretaria de Saúde disse que, desde o início da pandemia, tem adotado medidas de controle e prevenção ao novo coronavírus. Essas medidas abrangem abertura de leitos de UTI, aumento na força de trabalho para atendimento de pacientes na rede pública, entre outras. E completou dizendo que nos momentos mais críticos da pandemia a pasta fortaleceu a parte assistencial, de forma que as unidades tivessem sua capacidade de atendimento potencializada.
O Brasil chegou nesta sexta-feira (8) à marca de 600 mil mortes por Covid-19. O país registrou mais 18 casos e xxx óbitos por Covid-19, hoje, de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, mais de 21.550.730 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus.
A quantidade de pessoas recuperadas da doença, por sua vez, chega a 20.665.273 milhões. O Rio de Janeiro ainda é o estado com a maior taxa de letalidade entre as 27 unidades da federação: 5,16% embora não conte com o maior número de vítimas fatais. O índice médio de letalidade do País é de 2,79%.
Os números têm como base o repasse de dados das Secretarias Estaduais de Saúde ao órgão. Acesse as informações sobre a Covid-19 no seu estado e município no portal brasil61.com/painelcovid.
A crise sanitária causada pelo coronavírus trouxe prejuízos à saúde mental de muitos brasileiros, independentemente da idade. Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) apontou que uma em cada quatro crianças e adolescentes apresentam ansiedade e depressão durante a pandemia da Covid-19. A pesquisa monitorou 7 mil crianças e adolescentes de todo o País entre junho de 2020 e junho deste ano.
Já uma pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apontou outro dado alarmante: o índice de pacientes com sintoma de depressão ultrapassa 90% na pandemia. Ao todo, 2.624 pessoas participaram da pesquisa, sendo 897 localizadas em Juiz de Fora.
Para a psicóloga Nina Magalhães, a incerteza do que seria a pandemia somada ao isolamento social resultaram em problemas psicológicos. “Era um momento de muita incerteza para as pessoas e isso causou ansiedade. Além disso, a falta de momentos de lazer, de trabalho presencial e de problemas em casa foram fatores para momentos de ansiedade”, explica.
Com base no aumento de casos de pessoas precisando de atendimentos psicológicos por causa das mudanças que a pandemia trouxe, o Governo de Alagoas vai capacitar profissionais da Atenção Primária de saúde psicossocial do estado.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o curso tem como objetivo aumentar a capacidade dos profissionais da atenção com cuidados com a saúde mental.
O supervisor de Atenção Psicossocial da secretaria estadual, Rodrigo Gluck, explica que o curso é de extrema importância porque o profissional da atenção primária faz o primeiro contato com o paciente que busca ajuda para algum problema mental. “O profissional da atenção primária que recebe primeiro o paciente com algum transtorno psicológico ou em sofrimento e, a partir disso, se o atendimento primário funcionar, os dispositivos especializados vão apresentar um bom resultado. Então, por isso que esse curso é importante para a atenção primária ainda mais em contexto da pandemia da covid-19”, diz.
O curso começa no próximo dia 13 de outubro e as aulas acontecerão na modalidade Educação à Distância (EaD), pela plataforma Educ@Sesau, da Secretaria de Saúde.
O Brasil registrou mais 18.671 casos e 627 óbitos por Covid-19, nesta terça-feira (5), de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, mais de 15.443.612 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus.
O Rio de Janeiro ainda é o estado com a maior taxa de letalidade entre as 27 unidades da federação (5,15%,). O índice médio de letalidade do País estava em 2,79%.
Os dados sobre casos e óbitos acumulados nos estados de AC, AL, AM, AP, CE, MA, PA, PB, PE, PI, RN, RO, RR, SE e TO estavam zerados na plataforma do Ministério da Saúde, nesta terça-feira (05) e, por isso, não é possível calcular a taxa de letalidade dessas UFs.
Com a finalidade de capacitar estudantes e profissionais da saúde de Alagoas a lidarem melhor com doenças que atacam diretamente o sistema respiratório, como é o caso da covid-19, a Secretaria de Saúde Estadual está oferecendo gratuitamente o curso “Prevenção e Controle de Infecções causadas pelo novo coronavírus”.
O curso faz parte de uma parceria entre a secretaria e outras entidades que tiveram grande destaque no combate à pandemia do novo coronavírus. Entre elas, estão a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).
Para Patrícia Bezerra, assessora técnica de Gestão de Desenvolvimento e Educação em Saúde da Secretaria estadual, o curso ajudará os profissionais da saúde na atuação contra vírus respiratórios. “O curso tem como objetivo instrumentalizar o profissional da saúde no caso de surgimento de um vírus respiratório, como é o caso do coronavírus. Ele visa, ainda, identificar um caso e aplicar adequadamente as medidas de prevenção e controle visando reduzir a propagação de infecções entre profissionais de saúde e pacientes", explica.
A assessora técnica tem a expectativa de ajudar muitos profissionais de saúde. “Com esta iniciativa, esperamos alcançar o maior número de trabalhadores, visando a qualificação da força de trabalho do SUS, de forma a potencializar a capacidade de resposta laboral à pandemia ora instalada na Saúde, por intermédio do processo da Educação Permanente em Saúde", conclui.
O curso tem carga horária de 20 horas e está estruturado em três módulos com exercícios de aprendizagem, vídeos e textos.
A iniciativa faz parte do projeto “Cursos EaD para Escolas Estaduais de Saúde Pública”, baseado nas experiências dos profissionais de saúde e as reais necessidades da comunidade, que será disponibilizado no Moodle Educ@Sesau, no período de 11/10 a 15/12 de 2021.
Para mais informações, os estudantes e profissionais de saúde podem acessar o site educasesauead.saude.al.gov.br ou ligar no telefone (82) 3315-1476.
O Brasil registrou mais 27.527 casos e 627 óbitos por Covid-19, nesta quinta-feira (30), de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, mais de 21.427.073 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus. O número de pessoas que morreram pela doença no País é superior a 596.749.
A quantidade de pessoas recuperadas da doença, por sua vez, chega a 20.427.139 milhões. O Rio de Janeiro ainda é o estado com a maior taxa de letalidade entre as 27 unidades da federação (5,25%), embora não conte com o maior número de vítimas fatais. O índice médio de letalidade do País é de 2,79%.
Os números têm como base o repasse de dados das Secretarias Estaduais de Saúde ao Ministério da Saúde.
Com a finalidade de aumentar a cobertura de imunização contra a Covid-19 em todo o País, o Ministério da Saúde decidiu ampliar a vacinação com a dose de reforço para idosos acima de 60 anos. Profissionais da área da saúde e pessoas imunossuprimidas também foram incluídos nessa nova etapa.
Recuperado da doença nos Estados Unidos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez o anúncio em suas redes sociais e também em um evento em comemoração aos 1.000 dias do governo do presidente Jair Bolsonaro, em João Pessoa, na Paraíba.
Segundo Queiroga, estratégias tomadas pelo governo federal estão acelerando o ritmo da vacinação no Brasil. "Graças à estratégia diversificada que o governo federal, por intermédio do Ministério da Saúde, adotou para a aquisição de vacinas, é possível hoje, no final do mês de setembro, já ofertar para os idosos brasileiros uma dose de reforço da vacina. Além dos idosos com mais de 70 anos, os profissionais de saúde que já foram anunciados como contemplados com o reforço, agora, o Ministério da Saúde vai atender aqueles com mais de 60 anos”, disse.
O Ministério da Saúde anunciou, ainda, que em 100 dias, a média móvel de óbitos por Covid-19 no Brasil teve uma redução de 73,30% nos registros. No boletim epidemiológico divulgado pela pasta, quatro estados não registraram novos óbitos pela doença nas últimas 24 horas. Com média móvel em 541,93, registros de novas mortes seguem com tendência de queda desde o mês de junho.
Outro dado importante divulgado pela Saúde: são mais de 230 milhões de vacinas no braço de brasileiros e mais de 91% dos adultos já começaram o ciclo vacinal. Em setembro, o governo distribuiu 100% das primeiras doses para todos os 158 milhões de brasileiros adultos e a imunização completa dessa população está cada vez mais próxima.
O Brasil registrou 15.395 novos casos e 793 óbitos por Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com a mais recente atualização do Ministério da Saúde. Ao todo, mais de 21.381.790 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. O número de pessoas que morreram pela doença no país é de 595.446.
São Paulo é o estado com a maior taxa de letalidade entre as 27 unidades da federação: 3,42% Em seguida estão , Amazonas e Pernambuco, todos com o índice acima dos três pontos percentuais. A taxa de letalidade média do Brasil é de 2,78%.
Os números têm como base o repasse de dados das Secretarias Estaduais de Saúde ao órgão. Acesse as informações sobre a Covid-19 no seu estado e município no portal brasil61.com/painelcovid.
Com a liberação de shows e festivais na capital federal e a vacinação chegando aos jovens de 12 anos na próxima terça-feira (28), o Governo do Distrito Federal pretende lançar um “passaporte digital”, em forma de aplicativo de celular, com informações sobre as imunizações. A ideia do governo local é facilitar a apresentação e a entrada em estabelecimentos onde o comprovante da vacina seja obrigatório.
A novidade, que ainda está em processo de desenvolvimento, foi anunciada pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero, em uma coletiva de imprensa na última quinta-feira (23). Segundo ele, o assunto já está sendo discutido.
"A gente pretende construir em breve. Neste exato momento, estamos fazendo uma discussão técnica sobre de que forma vamos apresentar", afirmou o subsecretário.
O GDF quer juntar dados que constam na plataforma ConecteSUS, do Ministério da Saúde. A ferramenta mostra um certificado digital de imunização com uma foto da pessoa para garantir a informação.
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O Brasil registrou 19.438 novos casos e 699 óbitos por Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, em 24 de setembro. Ao todo, mais de 210.147.125 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. O número de pessoas que morreram pela doença no País é de 593.663. Mais de 20.326.408 milhões de pessoas já se recuperaram da Covid-19 e outros 407.545 casos ainda estão em acompanhamento.
Os números têm como base o repasse de dados das Secretarias Estaduais de Saúde ao órgão. Acesse as informações sobre a Covid-19 no seu estado e município no portal brasil61.com/painelcovid.
Durante toda a pandemia de Covid-19, até o fechamento desta reportagem, às 16h30 do dia 22/09, Aricanduva, em Minas Gerais, não registrou nenhuma morte por decorrência do vírus. Segundo o atual Boletim Covid-19 do município, desde o dia 27/03/2020, quando o governo federal passou a registrar os casos da doença, Aricanduva teve 501 notificações, sendo 153 casos confirmados – atualmente 4 pessoas estão em isolamento domiciliar –, 149 recuperados, 14 em investigação e 334 casos suspeitos com investigação concluída que não deram positivo para Sars-Cov-2.
O Ministério da Saúde confirmou que o município não tem nenhum óbito por Covid-19. Com uma população de 5.231 habitantes, dois postos de saúde e uma unidade de urgência e emergência para suprir as demandas da comunidade, as pessoas que se infectaram com o vírus são atendidas em uma tenda especializada para casos da doença. Caso precisem de internação ou intubação, são encaminhadas para o município vizinho de Capelinha (MG), a 25 km de Aricanduva. O secretário de saúde municipal, Felisberto Santos Oliveira, no entanto, garante que nenhum aricanduvense foi a óbito.
“Nós tivemos a internação do prefeito e outros cidadãos, mas não tivemos nenhuma perda. Mesmo que a internação seja feita em outro município, nós conseguimos registrar por aqui. Elas entram no registro de moradores de Aricanduva”, explica Felisberto.
De acordo com o prefeito de Aricanduva, Valdeir Santos Coimbra (Republicanos), algumas estratégias foram estabelecidas para que nenhuma vida fosse perdida durante a pandemia. “Nós aderimos ao Minas Consciente, fechamos os comércios, colocamos barreiras na entrada e saída da cidade e a população ajudou bastante. Colocamos moto e som na rua [alertando sobre o risco da doença] o dia inteiro e funcionou”, relata.
Ainda segundo o prefeito, a fiscalização foi bastante incisiva sobre aqueles que não queriam seguir as regras de segurança. “A população aceitou bem e aqueles que não quiseram aderir nós acionamos a vigilância sanitária e a polícia militar para fechar alguns comércios que desrespeitavam o decreto municipal”.
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O plano “Minas Consciente”, citado pelo prefeito Valdeir, é uma iniciativa criada pelo Governo de Minas Gerais para que o comércio, serviços e outros setores retornem suas atividades econômicas de forma segura e gradual. O protocolo sanitário do plano reúne também orientações para empregadores, trabalhadores, turistas e para a população em geral sobre práticas adequadas ao enfrentamento da disseminação da Covid-19.
Com o andamento da vacinação e para manter o município com o índice zero de mortes, o secretário de saúde de Aricanduva detalha as estratégias atuais. “Com o retorno das aulas, conversei com a Secretaria de Educação do município e também do estado para que as normas de segurança sejam passadas. Mantemos também as orientações aos comerciantes para que usem máscara, disponibilizem álcool em gel e mantenham o distanciamento social”, explica Felisberto.
Segundo o último boletim de vacinação do município, referente ao dia 22 de setembro, 3.465 pessoas tomaram a primeira dose, 1.707 a segunda, 75 pessoas foram imunizadas com dose única e 17 idosos acima dos 70 anos com a dose de reforço. Segundo a Secretaria de Saúde de Aricanduva, a atual fase de vacinação é para adolescentes a partir dos 13 anos.
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