Pandemia

05/05/2023 21:00h

São Paulo lidera o ranking na lista de estados com maior número de casos confirmados

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O Brasil registrou a marca de 37.487.971 casos confirmados de Covid-19 até o momento. Desse total, 38.553 casos foram registrados nos sistemas nacionais durante a semana epidemiológica (SE) 17. Além disso, o país tem 701.833 mortes por coronavírus, 339 deles registrados nos sistemas oficiais.

De acordo com dados recentes do Ministério da Saúde, São Paulo e Minas Gerais são os estados com maior número de casos da doença, o Acre ocupa a última posição no ranking.

O infectologista Julival Ribeiro explica que apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado o fim da emergência sanitária, manter o ciclo vacinal atualizado é extremamente importante. 

“Mesmo a OMS tendo declarado fim da emergência sanitária no mundo inteiro em relação a COVID-19, eles tomaram essa medida tecnicamente porque o número de casos está caindo, o número de vacinação tem aumentado no mundo inteiro, os casos graves também. Já existem também alguns tratamentos, portanto, essa medida foi muito salutar feita pela Organização Mundial da Saúde. Entretanto, é muito importante a população saber que o vírus ainda continua circulando”. 

Atualmente, 512.864.042 de vacinas contra o Coronavírus já foram aplicadas. “A coisa mais importante é, quem não se vacinou ainda, tomar o seu ciclo de vacina e para aqueles que estão completamente vacinados  fazer a sua dose de reforço, porque a vacina é a melhor estratégia de prevenir casos graves, hospitalizações e mortes”, destacou Ribeiro. 

A enfermeira Grazielly Silva (30), mora em Samambaia Sul, no Distrito Federal. Ela conta quais foram as dificuldades que enfrentou quando foi infectada pelo vírus da Covid-19. 

“Uns três meses depois que começou o pânico da Covid, eu me infectei. Mesmo me mantendo isolada, acabei pegando. Foi bem difícil! Primeiro porque era tudo muito novo e havia muitos casos graves, internações… então o susto foi horrível e eu tive alguns sintomas como perda de paladar, olfato, cansaço. Durou cerca de dez dias e eu melhorei. Hoje eu ainda tenho alguns cuidados que acabei me acostumando, como passar álcool em compras, usar máscaras em locais cheios”, contou.

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20/03/2023 17:40h

A infectologista Larissa Tiberto explica que apenas com uma proteção preventiva contra a Covid-19 teremos chances de acabar de vez com a pandemia

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Mais de 4,5 milhões de brasileiros já tomaram a vacina bivalente contra a Covid-19. Os dados estão disponíveis no LocalizaSUS e concentram as informações encaminhadas por estados e municípios desde o dia 27 de fevereiro, data de lançamento da campanha "Movimento Nacional pela Vacinação". A ação, que busca unir o país no propósito de ampliar as coberturas vacinais, é uma das prioridades do governo federal.

Por possuírem maior risco de desenvolver formas graves do vírus, até o momento, o imunizante está sendo aplicado em pessoas com mais de 70 anos de idade, imunocomprometidas, que trabalhem ou estejam abrigadas em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.

Para poder ter acesso a vacina, o beneficiado precisa ter completado o esquema vacinal primário e respeitar o prazo mínimo de quatro meses desde a última dose recebida. Larissa Tiberto, infectologista, explica a importância de ter o esquema vacinal completo. 

“Estar com o cronograma vacinal completo é fundamental para manter a memória imunológica a fim de diminuir a contaminação e evitar os casos graves da doença, o que diminui também a mortalidade no mundo inteiro”, informa. 

Confira a quantidade de doses aplicadas por estado

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação também está avançando entre os povos e comunidades tradicionais, que já receberam quase 37 mil doses bivalentes, e povos indígenas, com quase 16 mil doses. Com o avanço da cobertura no público inicial, outros grupos prioritários serão imunizados. Por isso, é importante que cada um fique atento às informações divulgadas pelos municípios para saber o momento de procurar uma unidade de saúde.

A infectologista conta que apenas fazendo uma proteção preventiva contra a covid-19 teremos chances de acabar de vez com a pandemia. “A vacina bivalente é uma vacina segura que nos protege contra variante ômicron e as suas subvariantes”, explica.

O movimento está dividido em 5 etapas, são elas:

Etapa 1 - fevereiro

Vacinação contra Covid-19 (reforço com a vacina bivalente)

Público-alvo:

  •     Pessoas com maior risco de formas graves de Covid-19;
  •     Pessoas com mais de 60 anos;
  •     Gestantes e puérperas;
  •     Pacientes imunocomprometidos;
  •     Pessoas com deficiência;
  •     Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);
  •     Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
  •     Trabalhadores  da saúde.

Etapa 2 - março

Intensificação da vacinação contra Covid-19

Público-alvo:

Toda a população com mais de 12 anos.

Etapa 3 – março

Intensificação da vacinação de Covid-19 entre crianças e adolescentes

Público alvo:

Crianças de 6 meses a 17 anos.

Etapa 4 – abril

Vacinação de Influenza

Público-alvo:

  •     Pessoas com mais de 60 anos;
  •     Adolescentes em medidas socioeducativas;
  •     Caminhoneiros
  •     Crianças de 6 meses a 4 anos;
  •     Forças Armadas;
  •     Forças de Segurança e Salvamento;
  •     Gestantes e puérperas;
  •     Pessoas com deficiência;
  •     Pessoas com comorbidades;
  •     População privada de liberdade;
  •     Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
  •     Professores;
  •     Profissionais de transporte coletivo;
  •     Profissionais portuários;
  •     Profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;
  •     Trabalhadores da saúde.

Etapa 5 - maio

Multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas.

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Confira o calendário do Sistema de Assistência Básica à Saúde (SISAB)
 

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23/02/2023 14:25h

Três de suas quatro fábricas têm a produção automobilística suspensa temporariamente para minimizar os efeitos do fornecimento de chips e semicondutores

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A Volkswagen suspendeu temporariamente a produção de três de suas quatro fábricas de produção no Brasil. A parada na empresa, que começou em 20 de fevereiro, faz parte de sua estratégia de flexibilização na produção para minimizar os efeitos do fornecimento de chips e semicondutores. Os funcionários das unidades de São Bernardo do Campo (SP), São José dos Pinhais (PR) e São Carlos (SP) receberão férias coletivas de dez dias. Apenas a unidade de Taubaté (SP) continuará produzindo normalmente.

  • Fábrica Anchieta-São Bernardo do Campo/SP: férias coletivas de 22 de fevereiro a 3 de março
  • Fábrica de São José dos Pinhais/PR: de 22 de fevereiro a 3 de março
  • Fábrica de São Carlos/SP: de 20 de fevereiro a 1 de março

O engenheiro mecatrônico e especialista em chips e semicondutores Diogo Andrade explica que os semicondutores são materiais essenciais para a criação de eletrônicos e automóveis.

“As pessoas não param para pensar, mas o computador que ela está usando está cheio de semicondutores, o celular dela tem chips que são fabricados em Taiwan, na Coreia, os carros de hoje têm módulos que precisam dele. Assistentes virtuais que as pessoas usam dentro de casa, smartwatch, tudo tem um processador que é fabricado nessas fábricas de altíssima tecnologia agregada”, explicou o especialista.

Além disso, o engenheiro mecatrônico afirma que a escassez da matéria-prima se deu devido à pequena quantidade de fábricas que produzem a estrutura, já que é demandada alta tecnologia e especialização que poucos dominam. 

“Essas fábricas, chamadas de Foundry, quase todas concentradas na Ásia, são altamente especializadas e de altíssima tecnologia. E são poucas no mundo. Como o processo de fabricação é guardado a sete chaves, nenhuma outra pode tomar o lugar rapidamente. São necessários anos de investimento e especialização para chegar ao mesmo nível. Então se a demanda aumenta, como ocorreu nesta pandemia, encontramos um grande gargalo”, destacou Diogo Andrade. 

Desde o pico da pandemia em 2020, empresas automobilísticas vem sofrendo um impacto causado pela crise sanitária. Em 2022, a Volkswagen já havia anunciado que a fábrica de Taubaté (SP) estava com falta de chip semicondutores, peça essencial na linha de montagem.  

A companhia automobilística afirma que tem monitorado intensamente os efeitos do fornecimento de componentes e que todas as unidades da Volkswagen do Brasil voltarão a produzir normalmente após as férias coletivas.  

Impactos econômicos

O economista Guidi Nunes explica que a suspensão na produção diminui a oferta de veículos e, consequentemente, os preços se manterão elevados. “Esse cenário manterá os preços elevados e, junto a isso, temos a transição para o carro elétrico”, afirmou. 

Além disso, Guidi Nunes avalia que apesar das faltas de insumos que afetam a produção, a indústria não demitirá funcionários. “A falta de insumos como chips e semicondutores ainda provoca desorganização nas atividades econômicas. Avalio que não acontecerá demissões porque a indústria está com ociosidade, aquém da sua capacidade produtiva”, completou Guidi Nunes. 

Apesar das faltas de insumos e da paralisação temporárias, o diretor operacional da Brasal Veículos Lucianos Chagas assegurou que a estratégia adotada pela fábrica não ocasionará nenhum tipo de danos. 

“Isso não deve ocasionar nenhum problema para o consumidor de veículos Volkswagen, uma vez que a rede está devidamente estocada. Toda rede Volkswagen tem todos os produtos à disposição. Então o impacto será muito pequeno”, disse em entrevista ao portal. 

No ano passado, a montadora seguiu a mesma estratégia para flexibilizar os processos produtivos. Funcionários da Fábrica de São Bernardo do Campo (SP) tiveram redução de jornada, férias coletivas e salários reduzidos. 

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01/12/2022 19:05h

Representante da Pasta também apresentou ações do Governo brasileiro, como o Fórum Consultivo de Mobilidade e a recente construção de uma proposta de Marco Legal para o transporte público no País

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O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), participou, nos dias 29 e 30 de novembro, da segunda edição dos Diálogos de Política Regional (RFDs) 2022 - Política, investimento e instituições para a mobilidade sustentável, na sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, nos Estados Unidos.

Os debates envolveram temas relacionados aos reflexos resultantes da pandemia da covid-19, mais especificamente a crise socioeconômica e as lacunas de desenvolvimento e a desigualdade na América Latina e no Caribe. O setor de transportes foi significativamente afetado, especialmente o público.

O MDR foi representado pelo coordenador geral de Monitoramento do Empreendedorismo da Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, Marcos Daniel Souza. Ele apresentou iniciativas do Governo Federal na área de mobilidade urbana.

“Foi possível ter um diálogo muito qualificado entre países latinos sobre iniciativas para a promoção de uma mobilidade urbana sustentável. O Brasil apresentou projetos da cidade de São Paulo sobre eletromobilidade e também as experiências do Fórum Consultivo de Mobilidade e da recente construção de uma proposta de Marco Legal para o transporte público no país”, conta Souza.

Além disso, foram discutidos assuntos como mobilidade sustentável; sustentabilidade financeira e o futuro dos sistemas de transporte; contribuição para a descarbonização; e Acordo de Paris.

Fórum consultivo de mobilidade

Em 9 de dezembro de 2021, o MDR, realizou a primeira reunião extraordinária do Fórum Consultivo da Mobilidade Urbana. O debateu, entre vários temas, a criação de um Vale Transporte Social para as famílias brasileiras de baixa renda.

Sobre o Marco Legal do Transporte Público Coletivo, está aberta, até 26 de janeiro, consulta pública para levantar contribuições da sociedade. A consulta pública pode ser acessada no Portal Participa+Brasil, disponível neste link. Podem participar cidadãos, empresas, instituições públicas, movimentos e organizações da sociedade civil.

O Marco Legal do Transporte Público Coletivo tem como objetivos aprimorar a Política Nacional de Mobilidade Urbana e organizar uma rede de transporte público coletivo formada por modos e serviços de transporte complementares.

A ideia é que seja formada uma rede única de transporte, organizada com linhas e rotas, que possam ter diferentes funções e modos de deslocamento e que possa ser universalizada. Também há preocupação com a integração dos modais, que devem ser acessíveis física e economicamente, além da adoção de padrões de qualidade para a prestação dos serviços.

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23/11/2022 18:11h

Em 2021, o faturamento das cooperativas baianas apresentaram acréscimo de quase 20% em relação a 2020, totalizando R$ 6,4 bilhões.

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Após dois anos de pandemia, muitos negócios ainda estão recuperando seu lugar no mercado. Mesmo os consolidados, como da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), fundada há 18 anos, sentiram o impacto econômico negativo em 2020. 

“Tivemos uma queda de cerca de 78% do faturamento das nossas receitas. Isso obrigou a gente a se reposicionar no mercado e buscar novas estratégias para poder sobreviver diante de toda essa dificuldade”, explica Dailson Andrade, gerente geral da cooperativa.

A principal estratégia da Coopercuc é o fortalecimento da agricultura familiar, visto que a cooperativa é fruto da organização popular dos agricultores de Canudos, Uauá e Curaçá, que tinham como objetivo principal valorizar o bioma da caatinga aproveitando suas potencialidades. 

São 283 cooperados que dedicam seu tempo, conhecimento e força de trabalho para produção de doces, geleias, polpas e bebidas alcoólicas oriundos de frutas nativas desse bioma, especialmente o umbu e o maracujá da Caatinga. Esses produtos são comercializados em mercados do Brasil e de países europeus, como França e Alemanha, além da loja online.

Apesar das dificuldades e contando com a dedicação de cada cooperado, a Coopercuc conseguiu ampliar seu lugar no mercado privado, abrindo Centros de Distribuição em Brasília, São Paulo e Salvador, ainda em 2020, e adquiriu novos equipamentos para fortalecer sua agroindústria, em 2021. Assim, a cooperativa já recuperou 63% do faturamento. “Esses números são importantes porque mostram que, mesmo na dificuldade, com tudo que foi a pandemia, o cooperativismo se reinventa”, analisa Dailson.

Essa retomada econômica reflete nos índices do cooperativismo a nível estadual. Em 2021, os ingressos – também chamado de faturamento – das cooperativas baianas apresentaram acréscimo de quase 20% em relação a 2020, totalizando R$ 6,4 bilhões. Os dados são do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia (Oceb), órgão que representa as cooperativas do estado perante o poder público e a sociedade civil, e também é sindicato patronal.

De acordo com o presidente do Sistema Oceb, Cergio Tecchio, o cooperativismo na Bahia apresenta constante potencial de expansão. “Nós crescemos em média quase 20% em todos os nossos indicadores econômicos nesse período [de pandemia]. A perspectiva é crescer cada vez mais, pois nosso trabalho dentro do Sescoop/BA e da Oceb para capacitação da governança e da gestão, e dos profissionais que trabalham no cooperativismo, vem crescendo e está começando a dar resultado”, afirma.

O presidente também destaca que dentre os sete ramos estabelecidos dentro do cooperativismo, o Agropecuário, de Crédito e de Saúde se mostram mais resilientes e continuaram crescendo no estado. “Eles se destacaram devido à postura dos dirigentes das cooperativas, dos seus gestores, enfim, dos próprios cooperados que procuraram as cooperativas, principalmente na área de crédito, para realização de negócios. O agropecuário pela sua característica de produção de alimentos, essa atividade não pôde parar e o cooperativismo cresceu junto com seus cooperados, junto com sua comunidade, para gerar alimentos para a população. Saúde também se destacou, pois os cooperados fizeram parte fundamental para superação dos problemas causados pela pandemia”, explica. 

Outro indicador financeiro positivo de 2021 foi o de lucro – ou sobras, na linguagem cooperativista. Foram R$ 99,6 milhões, um acréscimo de 24% em relação a 2020. No cooperativismo, essas sobras representam o resultado positivo anual e devem ser distribuídas aos associados/cooperados proporcionais aos serviços utilizados. Ou seja, em uma cooperativa de crédito, por exemplo, quanto mais o cooperado utiliza os produtos ou serviços, como conta corrente, investimentos e operações de crédito, mais ele ganha.

Com a volta da normalidade no pós-pandemia, as expectativas para os índices de 2022 são boas. “Continuamos fazendo nosso trabalho, nossos cursos e eventos, com isso nós vamos ganhando, cada vez mais conhecimento para ter mais competitividade e levar as cooperativas, de uma forma sustentável, para   atender a sua comunidade, aos seus cooperados e seus familiares”, pontua Cergio Tecchio.

Lá na Coopercuc, Dailson garante que os planos já estão sendo traçados. “Para 2023 a 2025, o nosso planejamento é ultrapassar a meta de R$ 4 milhões de faturamento ao ano. E, em 2025, também queremos chegar a 500 cooperados e consolidar a Coopercuc com uma cooperativa modelo para agricultura familiar no Brasil”, complementa. 

Panorama nacional do cooperativismo

O cooperativismo também cresceu a nível nacional. Em 2021, o ativo total, que é a soma dos recursos que existem dentro das cooperativas ao final de cada ano, alcançou a marca de R$ 784,3 bilhões, um aumento de 20% em relação a 2020. Os ingressos somaram R$ 524 bilhões, 26% maior na comparação. Os dados são do Anuário Coop 2022, divulgado pelo Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), órgão máximo de representação do cooperativismo no país.

Os destaques nacionais entre os sete Ramos são Crédito e Saúde, assim como na Bahia, mas também vale ressaltar o Ramo Infraestrutura:

  • Crédito: As cooperativas do ramo somaram R$ 518 bilhões em ativos totais. As sobras (lucros) totalizaram mais de 10 bilhões. 
  • Saúde: As cooperativas do ramo somaram R$ 53 bilhões em ativos, um aumento de 9% em relação a 2020. Os ingressos foram de R$ 89 bilhões, 17% a mais que no ano anterior.
  • Infraestrutura: As cooperativas do ramo somaram R$ 6 bilhões em ativos totais, um aumento de 23% em relação a 2020. Os ingressos totalizaram R$ 4 bilhões, 16% a mais que no ano anterior.

Outro ponto positivo que ajudou na retomada econômica do cooperativismo foi a geração de empregos. Enquanto a taxa média de desocupação no Brasil atingia 11,1%, resultando em mais de 12 milhões de pessoas desempregadas, o movimento gerava 493.277 empregos diretos, um aumento de 8% frente a 2020. Com destaque para o Ramo Agropecuário, que criou 16,1 mil empregos, e o Ramo Saúde, com 10,2 mil, somente em 2021. 

“É um movimento que traz muitos impactos positivos para vida dos brasileiros. Ele impacta o cooperado, ou seja, o associado da cooperativa, os colaboradores, ou seja, os funcionários que trabalham na cooperativa. Aonde ele está inserido ele traz benefícios para todas as pessoas que estão, de alguma forma, envolvidos nesse movimento de cooperação”, afirma Samara Araújo, gerente de comunicação do Sistema OCB.

Por fim, o cooperativismo injetou mais de R$ 17 bilhões em tributos nos cofres públicos, que são revestidos em melhorias e avanços para toda sociedade. Outros R$ 18 bilhões foram destinados ao pagamento de salários e benefícios, impulsionando o poder de consumo dos colaboradores e de suas famílias. 

Para mais informações, acesse somoscooperativismo-ba.coop.br e as redes sociais do Sistema Oceb.

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02/11/2022 04:30h

Estudo do IBGE aponta que ao final do primeiro ano de crise sanitária, 826,4 mil empresas iniciaram as atividades e 634,4 mil fecharam as portas

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Mesmo com o forte impacto causado pela pandemia de Covid-19, o mercado empresarial brasileiro fechou o ano de 2020 com saldo positivo, aponta o estudo Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, divulgado pelo IBGE. Segundo o levantamento, 826,4 mil empresas iniciaram as atividades, enquanto 634,4 mil fecharam as portas, com saldo final de 192 mil empresas.

O setor que mais contribuiu para o balanço positivo foi do comércio: reparação de veículos automotores e motocicletas, com 39 mil unidades; seguido pelas atividades profissionais, científicas e técnicas, com 35 mil; e, por fim, saúde humana e serviços sociais, com 27 mil. A taxa de entradas de empresas no primeiro ano de crise sanitária, segundo o IBGE, foi de 16,9%, e a de saída, 13%.

“Apesar da taxa ter apresentado uma redução em relação a 2019, é possível que todos os efeitos da pandemia ainda não tenham sido completamente refletidos nas estatísticas. O estudo mostra também que as empresas que fecharam tinham maior proporção de mulheres assalariadas, o que pode ter relação com o fato de estarem proporcionalmente mais empregadas em setores mais negativamente afetados pela Covid-19”, explica Thiego Ferreira, gerente da pesquisa do IBGE. 

Os dados Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE, de 2020, apontam que o país tinha 4,9 milhões de empresas ativas que empregavam 39,4 milhões de pessoas, sendo 32,4 milhões como assalariadas e 7 milhões na condição de sócios ou proprietários. Do total de ocupados das empresas ativas, quase 96% estão presentes nos negócios sobreviventes. 

“O saldo de empresas entrantes no mercado é um bom sinal para a retomada da economia brasileira. Com a gradual queda das taxas de juros no Brasil e uma perspectiva melhor do cenário econômico, aliado também à reabertura da economia no Brasil, os empresários estão dispostos a correr mais riscos, abrir empresas e gerar empregos”, avalia o economista e professor da Universidade Mackenzie, Hugo Garbe. 

Para Garbe, a realidade empresarial brasileira se diferencia de outros países. “O cenário econômico brasileiro, diferente do resto do mundo, tem incentivado empreendedores e isso é muito positivo para o Brasil como um todo”, conclui. 

Empresas de alto crescimento

Após dois anos de alta, o número de empresas de alto crescimento, aquelas que têm crescimento médio do pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano, por um período de três anos, e tem dez ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial da observação, recuou 2,6% e fechou 2020 com 24,4 mil. 

“As empresas gazelas, aquelas que são de alto crescimento, mas tem até cinco anos de idade, encerraram 2020 com 2.768 unidades”, destaca Ferreira. Em 2019, segundo o estudo, a participação das “gazelas” nos negócios de alto crescimento era de 11,2% (2.805). 

Sobrevivência das empresas por estado

No cenário entre os estados brasileiros, Santa Catarina lidera o ranking de sobrevivência das empresas no intervalo de uma década: taxa de 27,6% das unidades locais nascidas em 2010. O Piauí aparece na sequência, com taxa de 25,4%, seguido por Sergipe, com 24,7%.

Com os piores resultados, por outro lado, aparecem o Acre, com a menor taxa de sobrevivência entre todos os estados (12,9%), juntamente com Amazonas (13,3%) e Amapá (13,7%).
 

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13/10/2022 04:00h

Brasileiros encontraram nos empreendimentos próprios uma forma de superar desemprego

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O número de trabalhadores por conta própria já totaliza 25,7 milhões no Brasil. O patamar é recorde na série histórica. No último trimestre móvel, encerrado em julho deste ano, a porcentagem de autônomos cresceu 4,7%, em comparação com o trimestre anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas  (Sebrae), a pandemia  foi uma das causas do aumento do número de empreendedores. “Nós tivemos um acréscimo de vontade empreendedora de 75%, e destes, 23% são por necessidade, a pandemia os trouxe a serem empreendedores por necessidade”, afirma o diretor-presidente do Sebrae, Carlos Melles, que cita também os dados de outra pesquisa, realizada pela GEM (Global Entrepreneurship Monitor).

Júlia Carneiro, 31, é professora e moradora de Patos de Minas (MG). No início da pandemia, ela se encontrou desempregada após não conseguir fechar turmas para as suas aulas do Ensino Fundamental. “O trabalho era pela prefeitura, eu sempre pegava aulas por contrato, e com a pandemia não houve contratação”, explica.

A professora conta que, por morar com os pais, teve a sorte de não ter passado por dificuldades financeiras em casa, mas que, por outro lado, a situação não foi favorável à sua saúde mental. “Foi angustiante, fiquei bem deprimida, sem saber o que fazer. As minhas despesas pessoais eu fui pagando com as economias que eu já tinha e decidi não ficar parada.”Foi assim que Júlia decidiu abrir o próprio negócio de cosméticos. “É algo que eu amo, comprar e usar. Então seria mais fácil começar por algo que gosto e conheço bem. Hoje tenho o meu espaço em casa e trabalho com produtos a pronta entrega, cestas, presentes”, conta.

Geração de empregos

O diretor-presidente do Sebrae, Carlos Melles, ainda destaca que “nos últimos anos, quem gera emprego de carteira assinada no Brasil é a micro e pequena empresa, são elas quem tratam do espírito empreendedor.” Atualmente, o país já possui cerca de 7 milhões de micro e pequenas empresas.

Durante a pandemia, o contador Diogo Fernandes, 26, investiu em seu primeiro comércio no Distrito Federal. Segundo ele, o desejo de empreender sempre esteve presente. “Desde que comecei a minha carreira tive a oportunidade de crescer dentro da empresa, então eu tive esse sentimento de gratidão e sempre quis retribuir. Na pandemia, eu percebi que o cenário do comércio, do empreender, no geral, havia mudado bastante. Decidi que realmente tinha chegado a minha hora de começar”, conta.

Após iniciar os empreendimentos, Diogo não parou mais. Em apenas 13 meses, ele já estava com quatro estabelecimentos, todos no setor de comércio alimentício: uma hamburgueria, uma distribuidora de bebidas, e uma açaiteria e sorveteria, esta última já em processo de abertura de uma segunda loja.
Com isso, o contador chegou a dez empregados contratados, distribuídos entre os seus estabelecimentos. “Eu fico muito feliz de estar gerando emprego, de poder ajudar com isso. E com certeza ainda virão outras oportunidades, ainda pretendo abrir mais lojas”, afirma Diogo.

Crescimento do PIB mais que dobra em três meses, projeta CNI

No Brasil, produção de amendoim cresce 115% em oito anos

Taxa de desemprego

A taxa de desemprego caiu em 22 das 27 unidades da federação no 2º trimestre, na comparação com os três primeiros meses do ano, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE. Outros cinco estados registraram estabilidade.

As maiores taxas de desemprego foram da Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%), e as menores, de Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%).

Na média nacional, a taxa de desemprego ficou no 9,3% no 2º trimestre, ante 11,1% no 1° trimestre, mas com a falta de trabalho ainda atingindo quase 10,1 milhões de brasileiros, conforme já divulgado anteriormente pelo Instituto.

Segundo o economista César Bergo, a decisão de empreender tem sido uma opção cada vez mais viável para o brasileiro: “Quanto maior a motivação, maior a probabilidade de sucesso. Abrir um negócio próprio tem seus riscos, mas é uma forma recomendável de superar uma situação de desemprego.”

Setores em alta

No Brasil, as atividades econômicas de maior crescimento no último trimestre foram os setores de construção (10,3%), alimentação (9%), serviços domésticos (7,7%), transporte, armazenagem e correio (4,9%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,5%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,2%).

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28/09/2022 20:30h

Média diária na última semana ficou em 52 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde. Especialista avaliam como “próxima” a chance de a pandemia acabar

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Dados do Ministério da Saúde indicam que o Brasil apresentou a menor média móvel de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. Com as 46 mortes registradas até ontem, a média móvel no Brasil em decorrência da doença nos últimos sete dias é de 52, uma queda de 29,72%, na comparação com a semana anterior. O número é o mais baixo desde 5 de abril, quando a média móvel de mortes por SARS-Cov-2 estava em 50. É o segundo dia seguido que a média fica abaixo de 60.

A média móvel de mortes é calculada a partir da soma das mortes ocorridas num período de uma semana e divida por sete, número total de dias. Esse dado é usado por cientistas para entender a tendência da pandemia, conseguindo, assim, ter uma visão mais ampla do avanço da doença, ao escapar de oscilações que podem ocorrer, por exemplo, nos fins de semana, quando há menor capacidade de coleta de dados nas unidades de saúde.

De acordo com o infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Dr. Renato Kfouri, o baixo nível da circulação do do vírus da Covid-19 no país se reflete no comportamento das novas variantes. 

“Mesmo a chegada da BA4 e BA5, que encontrou uma população altamente vacinada, não fez com que surgisse uma grande onda nova da doença no final do primeiro semestre, e os números caindo agora, especialmente pelo fato de muitos estarem imunizados e não há o surgimento de nenhuma nova variante no momento circulando”, frisou o médico.

Especialistas tranquilizam pais sobre nova vacina contra a Covid-19

Assim como Kfouri, o Ministério da Saúde entende que tal cenário se dá graças à imunização da população. Em nota, o órgão informou que “mais de 166 milhões de pessoas tomaram a segunda dose ou dose única da vacina - o equivalente a 78% da população brasileira”, o que explica os “baixos índices de contaminação e mortes pelo coronavírus”.

Fim da pandemia

Assim como o Ministério da Saúde, entidades internacionais também vislumbram o fim próximo  da pandemia. Durante evento no quartel general da Organização das Nações Unidos (ONU), em Nova York, o secretário-geral da instituição, António Guterres,  celebrou o crescente índice de cobertura vacinal mundial, principalmente entre populações de alto risco. 

Na mesma cerimônia, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, pediu por mais um esforço para acabar com a crise sanitária. “Não chegamos lá ainda, mas o final está próximo”, afirmou Adhanom, reforçando que a comunidade internacional “nunca esteve numa posição melhor para findar com a emergência de saúde global causada pela Covid-19”.

O Ministério da Saúde reforçou que a vacinação é fundamental para a manutenção do controle da Covid-19, por isso “é necessário que todos os públicos elegíveis busquem os postos de vacinação para completar o calendário vacinal primário, além da aplicação das doses de reforço contra o vírus”, completou o órgão. 

O infectologista Kfouri concorda com a relevância de completar a imunização. “É importante que tenhamos os esquemas vacinais completados. Todos acima de 12 anos com três doses; acima dos 40 anos, com quatro doses; e iniciar, o quanto antes, a vacinação das crianças, porque já temos vacinas aprovadas pela Anvisa a partir dos 6 meses de idade”, lembrou o especialista. Para ele, está mais que comprovado que o “esquema completo de vacinação é fundamental para que a gente continue evitando mortes, hospitalizações, formas graves” da doença.

O Ministério da Saúde informou que vai distribuir cerca de 1 milhão de doses do imunizante Coronavac, até o fim desta semana, para os estados vacinarem crianças de 3 a 5 anos em todo o país.

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Total de casos e mortes

Com as 46 mortes por Covid-19 registradas nas últimas 24 horas, o Brasil totalizou 685.881 óbitos desde o início da pandemia. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). 

Todos os 26 estados e o Distrito Federal divulgaram as informações da pandemia nessa terça-feira (27). Dentre eles, 16 não registraram mortes em decorrência da doença na data, são eles: São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão, Rondônia, Tocantins, Sergipe, Alagoas, Amapá, Roraima e Acre.

Em relação ao número de casos, foram 8.289 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, foram registrados 34.646.577 testes positivos no país.

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18/09/2022 16:30h

De acordo com o Ministério da Saúde, brasileiros e estrangeiros podem optar por apresentar o comprovante de vacinação contra a doença ou teste negativo para entrada no país até um dia antes do embarque

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Com a redução da média móvel de casos de Covid-19 e de mortes pela doença, o Ministério da Saúde decidiu flexibilizar medidas que, até então, eram tidas como importantes para evitar a propagação do vírus. Agora, brasileiros e estrangeiros podem optar por apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 ou teste negativo para entrada no país até um dia antes do embarque. 

A autorização foi validada em portaria interministerial publicada em edição extra do Diário Oficial da União do último dia 12 de setembro. Antes, todo viajante era obrigado a apresentar o comprovante de vacinação antes de embarcar para o Brasil. A exceção eram passageiros com contraindicação médica.

Para a infectologista Helena Germoglio, o atual momento permite essa flexibilização. No entanto, ela ressalta que qualquer alteração no cenário pode exigir uma nova mudança nas regras.

“Outros países já dispensam, há algum tempo, a apresentação de cartão vacinal e de testagem para entrada nos seus territórios. Tem-se percebido que isso não tem levado ao aumento de casos nesses locais. E, com o atual momento que vivemos no Brasil, isso também deve acontecer, com a estabilização dos casos. É claro que o incentivo à vacinação deve ser uma prática constante, independentemente da exigência”, destaca.  

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A flexibilização teve o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão levou em conta o quadro atual de queda no número de mortes e casos de Covid-19 entre os brasileiros.

Nesse sábado (17), por exemplo, o país havia registrado uma média móvel de 72 mortes por dia, um total 43% menor do que o registrado há duas semanas. 
Os dados da pasta mostram que a vacinação também avançou. Mais de 165 milhões de pessoas completaram o esquema vacinal contra a doença com duas doses ou dose única. O total corresponde a 77,7% da população brasileira.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que políticas para testes e quarentena devem ser revisadas regularmente, com o intuito de garantir que sejam suspensas quando não forem mais necessárias. 
 

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08/09/2022 04:00h

Quanto à análise setorial do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), quatro dos 22 segmentos registraram avanços, com destaque para os segmentos de veículos e alimentos, com altas de 1,9% e 1,7%, respectivamente

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O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais fechou o segundo trimestre de 2022 com alta de 2,9%. De acordo com levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), houve crescimento de 2,7% na produção de bens nacionais e de 5,8% nas importações de bens industriais. 

Para o economista e pesquisador da Unicamp, Felipe Queiroz, entre outros pontos, o quadro se deve a um cenário de retomada gradual da economia, após um período de conjuntura crítica provocado pela pandemia. 

“Parte do resultado decorre de um processo contínuo de recuperação da pandemia. Devemos considerar uma taxa de comparação bastante deprimida, que favorece isso. Empresas voltaram a investir. Por outro lado, a projeção e a expectativa de melhora contribuíram para o resultado. O segundo ponto é que a demanda global, em grande medida estava se recuperando e ainda tende a se recuperar, a depender dos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia”, explica. 

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Ainda de acordo com o balanço, no mês de junho, entre os componentes do consumo aparente, a produção interna destinada ao mercado nacional apresentou recuo de 0,9%, enquanto as importações de bens industriais caíram 2,7%. No entanto, quando a comparação é feita com o mesmo mês de 2021, a demanda interna por bens industriais subiu 0,1%. 

“A indústria é um grande empregador para a economia, tem um efeito multiplicador tanto em produtos de cadeias para frente quanto para trás. O setor demanda bens industriais, matérias-primas, bens intermediários de consumo. À medida que o setor emprega mais pessoas, ele produz um efeito benéfico para outros setores, como o de serviços, por exemplo”, destaca Felipe Queiroz.

Classes de produção

No que diz respeito às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação registrou queda de 1,8% sobre maio e elevação de 3,7% no segundo trimestre do ano. A indústria extrativa mineral, por sua vez, registrou salto de 1,5% na margem e recuou 8,7% no trimestre. No acumulado em doze meses, as indústrias extrativas apresentaram alta de 14,5%.

Quanto à análise setorial, quatro dos 22 segmentos registraram avanços, com destaque para os segmentos de veículos e alimentos, que tiveram os melhores resultados, com altas de 1,9% e 1,7%, respectivamente. Em relação ao trimestre, 17 segmentos tiveram alta na comparação dessazonalizada, com destaque para o consumo aparente de derivados de petróleo, da metalurgia e de veículos, com altas de 14,4%, 6,1% e 5,4%.
 

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