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A crise sanitária causada pelo coronavírus trouxe prejuízos à saúde mental de muitos brasileiros, independentemente da idade. Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) apontou que uma em cada quatro crianças e adolescentes apresentam ansiedade e depressão durante a pandemia da Covid-19. A pesquisa monitorou 7 mil crianças e adolescentes de todo o País entre junho de 2020 e junho deste ano.
Já uma pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apontou outro dado alarmante: o índice de pacientes com sintoma de depressão ultrapassa 90% na pandemia. Ao todo, 2.624 pessoas participaram da pesquisa, sendo 897 localizadas em Juiz de Fora.
Para a psicóloga Nina Magalhães, a incerteza do que seria a pandemia somada ao isolamento social resultaram em problemas psicológicos. “Era um momento de muita incerteza para as pessoas e isso causou ansiedade. Além disso, a falta de momentos de lazer, de trabalho presencial e de problemas em casa foram fatores para momentos de ansiedade”, explica.
Com base no aumento de casos de pessoas precisando de atendimentos psicológicos por causa das mudanças que a pandemia trouxe, o Governo de Alagoas vai capacitar profissionais da Atenção Primária de saúde psicossocial do estado.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o curso tem como objetivo aumentar a capacidade dos profissionais da atenção com cuidados com a saúde mental.
O supervisor de Atenção Psicossocial da secretaria estadual, Rodrigo Gluck, explica que o curso é de extrema importância porque o profissional da atenção primária faz o primeiro contato com o paciente que busca ajuda para algum problema mental. “O profissional da atenção primária que recebe primeiro o paciente com algum transtorno psicológico ou em sofrimento e, a partir disso, se o atendimento primário funcionar, os dispositivos especializados vão apresentar um bom resultado. Então, por isso que esse curso é importante para a atenção primária ainda mais em contexto da pandemia da covid-19”, diz.
O curso começa no próximo dia 13 de outubro e as aulas acontecerão na modalidade Educação à Distância (EaD), pela plataforma Educ@Sesau, da Secretaria de Saúde.
O Brasil registrou mais 18.671 casos e 627 óbitos por Covid-19, nesta terça-feira (5), de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, mais de 15.443.612 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus.
O Rio de Janeiro ainda é o estado com a maior taxa de letalidade entre as 27 unidades da federação (5,15%,). O índice médio de letalidade do País estava em 2,79%.
Os dados sobre casos e óbitos acumulados nos estados de AC, AL, AM, AP, CE, MA, PA, PB, PE, PI, RN, RO, RR, SE e TO estavam zerados na plataforma do Ministério da Saúde, nesta terça-feira (05) e, por isso, não é possível calcular a taxa de letalidade dessas UFs.
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