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Baixar áudioA Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que o setor de serviços deve registrar crescimento de 3,5% em 2025, mantendo um ritmo de expansão acima da média da economia nacional. Para 2026, a entidade estima um avanço mais moderado, de 1,7%, refletindo um ambiente de maior cautela, mas ainda sustentado por fatores estruturais positivos.
De acordo com a CNC, o desempenho do setor está diretamente ligado à força do mercado interno, ao crescimento da renda real e à manutenção do nível de emprego, que seguem estimulando o consumo de serviços em diversas áreas. Segmentos como transportes, turismo, tecnologia da informação e serviços prestados às empresas continuam sendo os principais responsáveis pelo avanço da atividade.
Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE, reforçam essa tendência. Em outubro, o volume de serviços registrou a nona alta consecutiva, consolidando o setor em um patamar 20,1% acima do nível observado antes da pandemia, em fevereiro de 2020. Esse resultado evidencia a capacidade de adaptação e recuperação das atividades de serviços nos últimos anos.
Para o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, mesmo com desafios como juros elevados, incertezas fiscais e menor ritmo de crescimento global, o setor demonstra resiliência. Segundo ele, o avanço dos serviços está ligado não apenas à retomada do consumo, mas também ao investimento em qualificação profissional, inovação e digitalização, fatores que ampliam a competitividade das empresas.
Entre os destaques do ano, os serviços de transportes, especialmente o aéreo, continuam apresentando crescimento expressivo, impulsionados pelo aumento da mobilidade e do turismo. Já os serviços de informação e comunicação mantêm trajetória positiva, acompanhando a expansão do uso de soluções digitais por empresas e consumidores.
Apesar do cenário mais cauteloso para 2026, a CNC avalia que o setor de serviços seguirá desempenhando papel estratégico na economia brasileira, contribuindo para a geração de empregos, renda e crescimento sustentável.
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Baixar áudioFoi aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados, na madrugada desta quarta-feira (17), o pacote que aumenta a arrecadação do governo em vários tributos no próximo ano. Para poder valer em 2026, o PLP 128/25 tem que ser aprovado no Senado Federal ainda nesta semana, antes do Orçamento da União.
Entre as mudanças da proposta, está o corte de 10% em uma série de incentivos fiscais para empresas e empresários. Como houve mudança na taxação do lucro presumido de companhias do Simples Nacional, que reduziu a arrecadação estimada em R$ 5 bilhões, o governo conseguiu majorar a taxação dos juros sobre capital próprio (JCP), fintechs e casas de apostas, para manter a expectativa de coletar próximo de R$ 20 bilhões em 2026.
O deputado federal Mendonça Filho (União-PE), presidente da Frente Parlamentar do Ambiente de Negócios (FPN), lamentou a aprovação de mais uma medida do governo que aumenta a cobrança de impostos e prejudica toda a economia. “Mesmo quando você atinge o setor financeiro, aquilo é repassado na conta ao consumidor na forma de juros mais elevados, de custo de contratação, de empréstimos para pessoas físicas que demandam, por exemplo, o empréstimo pessoal, o crédito, o crediário. Então, todo o ambiente que fomenta a atividade produtiva, vai envolver mais dificuldade”, avalia o parlamentar.
Mendonça alerta que, além de sistema tributário burocrático e complexo, o Brasil possui uma das mais altas cargas tributárias, o que prejudica a atração de investimento privado. Com a insistência do governo federal em taxar o setor produtivo, menos investidores devem apostar no país e o Banco Central tende a intensificar a política contracionista para conter a inflação.
“Não vai ser um um ano fácil, porque o ano de 2026 é um ano eleitoral; então você tem espaço para o populismo. Quer dizer, matérias que têm apelo popular forte, elas são facilmente vendidas na casa e, ao mesmo tempo, boa parte ou a maior parte dos parlamentares estará focando justamente no processo eleitoral, que vai encurtar muito o ano de 2026 para o primeiro semestre”, analisa o deputado pernambucano.
Por causa das eleições, discussões importantes sobre matérias que poderiam melhorar esse cenário econômico devem ser adiadas. É o caso da reforma administrativa, que deve ser retomada apenas em 2027. Por outro lado, pautas populares, como o fim da escala de trabalho 6 por 1, apoiada pela base governista, podem ganhar força no Legislativo.
Confira as mudanças aprovadas no PLP 128/25:
Copiar o textoValor corresponde a royalties da mineração arrecadados em novembro e distribuídos em dezembro
Baixar áudioMais de R$ 564 milhões foram repassados, nesta semana, a estados e municípios brasileiros produtores de minérios. O montante refere-se à Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), arrecadada em novembro e distribuída em dezembro.
A verba é distribuída pela Agência Nacional de Mineração (ANM). De acordo com o órgão, do total repassado, cerca de R$ 113 milhões foram destinados aos estados e ao Distrito Federal, enquanto aproximadamente R$ 451 milhões ficaram com os municípios.
Entre os estados que receberam os maiores valores estão Minas Gerais, com R$ 49 milhões, e o Pará, com R$ 45,9 milhões.
Confira a lista dos dez municípios produtores minerais que receberam os maiores repasses:
O advogado especialista em mineração Alexandre Sion explica que uma parcela significativa dos recursos arrecadados com a CFEM é destinada aos municípios, uma vez que são esses entes que enfrentam diretamente os impactos da atividade mineradora. Segundo ele, os repasses desempenham papel fundamental no planejamento e na execução de políticas públicas locais.
“Considerando que a atividade mineradora tem como uma de suas características o exaurimento do jazigo — ou seja, o minério tem prazo para acabar —, o recebimento da CFEM possibilita aos municípios planejar, fomentar e executar estratégias de diversificação econômica, buscando a sustentabilidade socioeconômica para além da mineração”, destaca Sion.
A ANM informa que ao menos 20% dos recursos da CFEM devem ser aplicados em ações de diversificação econômica, exploração mineral sustentável e pesquisa científica e tecnológica.
FPM: 2° decêndio de dezembro soma R$ 5,5 bi destinados aos municípios brasileiros
De maneira geral, os valores não podem ser utilizados para o pagamento de dívidas, exceto débitos com a União ou seus órgãos, nem para despesas permanentes com pessoal. No entanto, os recursos podem ser destinados à educação, inclusive ao pagamento de salários de professores da rede pública, especialmente no âmbito da educação básica em tempo integral.
Conforme estabelece a Lei nº 13.540, de 18 de dezembro de 2017, a distribuição da CFEM ocorre da seguinte forma:
A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi instituída pela Constituição Federal de 1988 como uma contrapartida financeira paga pelas empresas mineradoras aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios pela exploração econômica dos recursos minerais em seus territórios.
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Baixar áudioA cerimônia de inauguração da nova sede da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Brasília, também marcou a celebração da abertura de 500 novos mercados internacionais pelo Brasil entre 2023 e 2025.
Durante o evento, realizado na segunda-feira (15), o presidente da entidade, Jorge Viana, destacou a relevância da marca e afirmou que o país possui potencial para ampliar ainda mais sua presença no mercado global, especialmente por meio do investimento na capacitação das empresas nacionais.
“A ApexBrasil mantém convênios com 52 setores da economia brasileira. Convênios meio a meio. ApexBrasil com a metade do dinheiro e as organizações com a outra metade, para garantir que o Brasil esteja presente no mundo inteiro. São cerca de mil eventos por ano”, pontuou.
Sobre a nova sede, Viana lembrou que a ApexBrasil funcionava em imóveis alugados desde sua criação. Segundo ele, a conquista de um espaço próprio permitirá maior dedicação ao papel de levar empresas brasileiras ao mercado internacional. “Saímos do aluguel e entregamos um prédio premiado, sustentável e moderno, que já recebeu quatro prêmios antes mesmo de entrar em operação”, afirmou.
A programação contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do vice-presidente, Geraldo Alckmin; do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; entre outras autoridades.
Na ocasião, Lula ressaltou que os resultados alcançados são fruto de um esforço coletivo. “Quando as coisas dão certo, não se pode correr para o abraço sozinho, porque o acerto das coisas que estão acontecendo no Brasil se deve ao aprendizado que tivemos ao longo de muitos anos. Não depende de uma pessoa, depende da boa vontade dos empresários, dos ministros e da capacidade de trabalhar no governo”, afirmou.
O presidente também destacou que a competitividade do Brasil está diretamente relacionada à qualidade dos produtos nacionais e ao compromisso com temas estratégicos. “O que interessa é a qualidade daquilo que a gente está oferecendo, não apenas o preço, mas também a qualidade. Sinto muito orgulho por essa história dos mais de 500 novos mercados, e a gente pode muito mais”, disse.
Já o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, enfatizou que a abertura dos 500 novos mercados é resultado da política diplomática adotada pelo atual governo.
“Não é coincidência. O resultado está aí: 500 novos mercados. Numa conta simples, é um mercado novo a cada dois dias — dia sim, dia não, um novo mercado sendo aberto. A colheita começou, mas a missão continua”, avaliou.
Projeções do Ministério revelam que esses mercados estão distribuídos em mais de 80 países, com potencial de exportação superior a US$37,5 bilhões por ano.
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Estimativas divulgadas pela ApexBrasil indicam que, no período, foram realizadas mais de 170 ações internacionais em 42 países, com projeção de US$18 bilhões em negócios e participação de mais de três mil empresas brasileiras. Também ocorreram 19 missões oficiais presidenciais e cinco vice-presidenciais, ampliando conexões com mercados prioritários.
Durante a solenidade, empresários de setores estratégicos compartilharam experiências e discutiram perspectivas de crescimento impulsionadas pela atuação integrada do governo federal e da ApexBrasil.
Presente ao evento, Caroline Dassoler, CEO da Dassoler Agronegócios – empresa de Mato Grosso e referência nacional na originação, beneficiamento e exportação de feijões e pulses – destacou o papel estratégico do setor de grãos especiais no posicionamento do Brasil no mercado internacional.
“Somos empresários que acreditaram no Brasil, mesmo quando poucos acreditavam ou nos enxergavam, e que investiram e inovaram com a convicção de que o país pode se tornar um grande player no mercado de grãos especiais. Somos vocacionados a ser o celeiro do mundo, sem deixar de garantir que as panelas dos lares brasileiros continuem cheias”, afirmou.
Já a sócia-diretora do Grupo Zanotto e presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Alessandra Zanotto Costa, destacou que, desde o início do projeto Cotton Brazil — desenvolvido pela ApexBrasil em parceria com o setor produtivo —, o algodão brasileiro vive um dos momentos mais relevantes de sua trajetória.
Segundo ela, o Brasil é atualmente o maior exportador mundial de algodão, respondendo por 33% das vendas globais. Nesse contexto, ressaltou o papel da ApexBrasil como elo entre o campo brasileiro e o mercado internacional. “A Agência tem cumprido esse papel com competência, transformando potencial produtivo em oportunidade real”, concluiu.
A sede própria da ApexBrasil funcionará como um espaço integrado à cidade, com abertura para atividades culturais, educativas e literárias, além de exposições e outras ações.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, pontuou que o novo espaço fortalece a capacidade de atuação da Agência. “Esse prédio próprio, bem instalado e acolhedor, é fundamental para promover o produto brasileiro e atrair investimentos”, disse.
O novo espaço está localizado no edifício Lotus, na Quadra 903 Sul, em Brasília. Com cerca de 17 mil metros quadrados, o prédio fica próximo ao Parque da Cidade Sarah Kubitschek.
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Baixar áudioAinda faltam duas semanas para o fim de 2025, mas o Brasil já superou a marca de R$ 5 trilhões em gastos públicos primários. Até o fim do mês, a previsão da plataforma Gasto Brasil, idealizada pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de São Paulo (ACSP), é que todas as despesas pagas pela União, estados e municípios somem R$ 5,2 trilhões, o equivalente a 44% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2024.
Para Cláudio Queiroz, coordenador do Gasto Brasil e consultor da CACB, a má qualidade desse gasto prejudica diretamente a vida dos brasileiros. “O Brasil seria o melhor lugar para se morar do mundo. Não tem terremoto, não tem maremoto, não tem terroristas. Então, nós conseguiríamos viver bem. E não é realidade por falta de um controle do governo, uma falta efetiva de distribuição”, avalia.
O painel contabiliza apenas aquilo que os governos efetivamente pagam, sem discriminar despesas empenhadas ou juros da dívida, por exemplo. Segundo o levantamento, 42% do total é desembolsado pela União, enquanto estados e municípios correspondem a 28% do total de gastos.
A avaliação da CACB é que esse cenário ajuda a entender a relutância do Banco Central em baixar a taxa básica de juros. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve em 15% ao ano a alíquota da Selic – maior patamar dos últimos 20 anos –, adiando para o ano que vem uma possível trajetória de baixas. A intenção é reduzir a atividade econômica, impulsionada pelos gastos governamentais, para realizar o controle inflacionário.
Segundo Queiroz, a postura tem se mostrado efetiva, em que pese os impactos econômicos. O gestor vê um “estrangulamento” do setor produtivo, principalmente do varejo, com as barreiras para conseguir crédito junto às instituições financeiras. Como resultado, a inflação no Brasil tem desacelerado e, pela primeira vez em 13 meses, está abaixo do teto da meta de 4,5%, ao passo que o crescimento econômico também vem perdendo força, devendo fechar 2025 em 2,2%, menor taxa desde 2020.
Benefícios previdenciários, pagamento de servidores e encargos sociais abocanham quase dois terços dos gastos. Por isso, Queiroz entende ser inevitável, em algum momento, a aprovação de reformas impopulares, como a administrativa e a previdenciária, além da tributária, que começa a vigorar no próximo ano.
“Seja qual for o governo, não importa se ele é de direita, esquerda, centro, vai chegar em 2027 e vai ter que mexer com algumas reformas de impacto para tentar equilibrar as contas públicas”, afirma o especialista.
O maior empecilho para isso, segundo Queiroz, são as eleições de 2026. Governantes não apenas evitam fazer cortes orçamentários em ano eleitoral como elevam as despesas em busca de garantir a própria eleição e de aliados.
A plataforma Gasto Brasil busca ampliar a transparência das contas públicas ao evidenciar, em tempo real, os valores desembolsados pelo governo. A ferramenta apresenta os gastos públicos primários dos governos Federal, estaduais, do Distrito Federal e dos municípios retirados de base do Tesouro Nacional.
Também é possível visualizar as despesas com pessoal por poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública. O objetivo do painel é possibilitar que cada cidadão acompanhe como o poder público utiliza os recursos.
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Baixar áudioJá imaginou comer uma carne produzida em uma impressora 3D? Essa é a proposta de pesquisadores do SENAI CIMATEC, em Salvador (BA), que há dois anos desenvolvem a CELLMEAT 3D, uma carne cultivada em laboratório. O projeto venceu o Prêmio Finep Nordeste de Inovação 2025, na categoria Agroindústrias Sustentáveis, e agora concorre à etapa nacional da premiação.
Diferentemente da carne convencional, a CELLMEAT 3D é produzida a partir de células animais coletadas por biópsia, sem a necessidade de abate ou sofrimento do animal. A pesquisadora das atividades científicas do Projeto CELLMEAT 3D, Keina Dourado, explica como funciona o processo.
“Uma vez coletada, essa célula é colocada em um ambiente controlado, onde vai receber todos os nutrientes para se multiplicar. Então, vamos conseguir uma quantidade suficiente dessa célula e depois elas vão ser estimuladas a virar um tecido, que pode ser, por exemplo, músculo ou gordura”, explica.
A impressora 3D entra em cena para dar forma e textura semelhantes às da carne tradicional. Depois da impressão, o produto ainda passa por um período de maturação.

Segundo Keina Dourado, o objetivo do projeto não é substituir a carne convencional, mas ampliar as alternativas de produção de proteínas. “Sabemos que a demanda por proteínas vai aumentar significativamente nos próximos anos e, por isso, vamos ampliar essas opções com menor impacto ambiental e maior respeito ao bem-estar animal”, afirma.
Ela ressalta ainda que a tecnologia tem potencial para, no futuro, ajustar a composição nutricional da carne, tornando o produto mais saudável e adaptado a necessidades alimentares específicas.
Apesar dos avanços e do reconhecimento, o produto ainda não está pronto para o mercado. A pesquisadora ressalta que o projeto segue em fase de desenvolvimento. “Ainda não temos dados consolidados sobre perfil nutricional ou sobre a parte sensorial, como sabor e textura deste produto. Essas análises fazem parte das próximas etapas do projeto”, explica.
Estudos conduzidos por grupos internacionais, no entanto, já indicam que a carne cultivada pode ter composição nutricional semelhante à convencional e boa aceitação do público em termos de sabor. “Em alguns países, inclusive, esse produto já está sendo comercializado em pequena escala”, observa Dourado.
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Hoje, um dos maiores obstáculos para a produção da carne cultivada em laboratório é o alto custo da tecnologia, justamente por ainda estar em fase de desenvolvimento.
“Os nutrientes, os equipamentos e muitos desses insumos utilizados para produção ainda vêm da indústria farmacêutica. Então, ainda precisamos trabalhar no desenvolvimento de insumos mais acessíveis em termos de custo, para que o custo do produto final também seja mais compatível com o que a indústria alimentícia precisa”, explica a pesquisadora do CIMATEC.
No campo regulatório, o Brasil já deu passos importantes. Em 2024, entrou em vigor a Resolução RDC 839/2023, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que moderniza as regras para a avaliação de segurança e autorização de novos alimentos e ingredientes.
Apesar disso, Dourado afirma que ainda é necessário fazer algumas definições e ajustes na norma para regulamentar a produção e comercialização de carne cultivada em laboratório. “Existe um diálogo entre pesquisadores e órgãos reguladores para que possamos estar juntos nesse processo de construção de tudo que precisa para regulamentar a comercialização e a pesquisa da carne cultivada”, afirma.
Para a pesquisadora, o prêmio Finep Nordeste de Inovação 2025 reforça a importância do projeto. “Esse reconhecimento mostra que a ciência desenvolvida aqui está alinhada com os grandes desafios globais e que temos a capacidade de desenvolver tecnologias de ponta dentro do nosso próprio ecossistema”, afirma. “Isso fortalece a confiança, tanto dos nossos parceiros, quanto da indústria e da sociedade em geral no trabalho que estamos fazendo”, conclui.
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Copiar o textoOs pagamentos são realizados preferencialmente na Poupança CAIXA ou conta CAIXA Tem
Baixar áudioA CAIXA inicia nesta quarta-feira (17), o pagamento do Bolsa Família e Auxílio Gás referentes ao mês de dezembro para os beneficiários com o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 6.
Os pagamentos são realizados preferencialmente na Poupança CAIXA ou conta CAIXA Tem. Com a conta CAIXA Tem, os beneficiários podem pagar contas e fazer transferências diretamente pelo aplicativo no celular.
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O benefício também pode ser movimentado com o cartão de débito da conta em comércios, Unidades Lotéricas, Correspondentes CAIXA Aqui, terminais de autoatendimento e Agências da CAIXA. Além disso, é possível realizar saques sem cartão nos terminais de autoatendimento e Unidades Lotéricas, utilizando a identificação biométrica previamente cadastrada em uma agência da CAIXA.
No aplicativo Bolsa Família é possível acompanhar as informações dos benefícios, além de receber atualizações e novidades sobre o programa.
Para baixar os aplicativos CAIXA Tem e Bolsa Família, basta acessar a loja de aplicativos do seu smartphone. É gratuito.
O Programa Bolsa Família é a transferência mensal de renda do maior programa social do Brasil, reconhecido por tirar milhões de famílias da fome. O modelo atual considera tamanho e características do núcleo familiar: lares com três ou mais pessoas tendem a receber valores maiores do que famílias unipessoais, reforçando a proteção social.
Além da renda, o Bolsa Família integra políticas públicas para ampliar acesso a saúde, educação e assistência social. O foco é promover dignidade e cidadania, articulando ações complementares (esporte, ciência, trabalho) para a superação da pobreza e a transformação social.
Para ter direito ao pagamento do Bolsa Família, a renda por pessoa da família deve ser de até R$ 218/mês.
Exemplo: 1 pessoa com salário mínimo (R$ 1.518) em família de 7 integrantes → renda per capita de R$ 216,85. Como está abaixo de R$ 218, a família é elegível ao benefício.
Mesmo inscrita no CadÚnico, a família só recebe quando for selecionada pelo sistema do programa. A inclusão é contínua e mensal, de forma automatizada, conforme os critérios de elegibilidade e a atualização cadastral.
Preciso estar no CadÚnico? Sim, é obrigatório para concorrer ao pagamento do Bolsa Família.
O valor é igual para todos? Não. O modelo considera o tamanho e o perfil familiar, podendo variar.
Cadastro feito = pagamento imediato? Não. A seleção é mensal e automatizada; a família começa a receber quando é incluída.
Onde tirar dúvidas? Procure o CRAS do seu município ou os canais oficiais do programa.
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Baixar áudioA Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) realizou, entre os dias 10 e 12 de dezembro, em Salvador (BA), uma edição especial do programa Exporta Mais Brasil, dedicada exclusivamente ao fortalecimento das cooperativas brasileiras no comércio exterior.
Mais de 200 cooperativas de todos os estados brasileiros participaram do encontro, que teve como objetivo promover mecanismos de qualificação por meio do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX Agro), desenvolvido em parceria com a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES).
Denominado Exporta Mais Cooperativas 2025, o evento ocorreu paralelamente à 16ª Feira Baiana de Agricultura Familiar e Economia Solidária e reuniu mais de 31 compradores internacionais, provenientes de 22 países, além de parceiros institucionais e autoridades governamentais.
Para o gerente de Agronegócios da ApexBrasil, Laudemir André Muller, iniciativas como essa contribuem para o fortalecimento do setor ao ampliar a visibilidade dos negócios no mercado internacional e facilitar o acesso a mercados de exportação.
“Essa é uma iniciativa para incentivar e inserir a agricultura, especialmente a agricultura familiar, na exportação. A forma de colocar os pequenos agricultores no comércio exterior é por meio das cooperativas, gerando oportunidades para esse público”, destacou.
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Durante os três dias de programação, os cooperados participaram de rodadas de negócios com compradores estrangeiros e tiveram acesso a mentorias voltadas à prática da exportação, estratégias de acesso a mercados, inteligência comercial, ferramentas de promoção internacional e alternativas de financiamento.
Estiveram presentes compradores convidados dos seguintes países: Portugal, Bélgica, França, Países Baixos, Itália, México, Canadá, Estados Unidos, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Armênia, Rússia, China, Indonésia, Peru, Chile, Argentina, Moçambique, Panamá, Israel e Índia.
O encontro apoiou cooperativas de diferentes portes e segmentos. Entre os setores contemplados estavam arroz e pulses, artesanato, cacau e chocolate, cachaça, café, castanha, doces, geleias e compotas, farinha, frutas e açaí, mel e proteína animal.
Segundo o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, o objetivo foi ampliar a presença das cooperativas brasileiras no mercado global de forma competitiva e sustentável.
“Nosso compromisso é ampliar o alcance das cooperativas brasileiras e demonstrar como elas podem ganhar escala, agregar valor e conquistar novos mercados. O cooperativismo é fundamental para o desenvolvimento regional, a inclusão produtiva e a diversificação da pauta exportadora”, afirmou.
Durante a programação, foram abertas 250 vagas exclusivas para cooperativas em ações promovidas pela ApexBrasil, como rodadas de negócios com compradores internacionais, participação em feiras e missões comerciais a partir de 2026.
O evento também promoveu atividades voltadas ao empreendedorismo feminino, atendimentos especializados para diagnóstico da maturidade exportadora, orientações jurídicas e regulatórias, além da apresentação dos programas da ApexBrasil e apoio a estratégias de promoção internacional.
Criado em 2023, o programa Exporta Mais Brasil tem como objetivo aproximar o comércio exterior de empreendedores de todas as regiões do país, ampliando exportações e oportunidades de negócios. A iniciativa permite que empresas de diferentes setores produtivos participem de reuniões com compradores internacionais.
Esta edição especial voltada às cooperativas foi a última do ano dentro do programa. Até o momento, o Exporta Mais Brasil já realizou 41 edições em todas as regiões do país, conectando 1.413 empresas a 441 compradores estrangeiros de 118 países. Ao todo, foram realizadas 8.387 reuniões, com expectativa de R$901,27 milhões em negócios gerados.
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Baixar áudioUma nova variante do vírus da gripe recebeu atenção especial das autoridades de saúde globais. Trata-se do subclado K do vírus influenza A(H3N2), que vem circulando em vários países e motivou um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para a temporada de 2026.
Segundo os organismos de saúde, embora ainda não haja evidência de que a variante cause doença mais grave do que outras formas de influenza, sua disseminação tem sido mais rápida em regiões da Europa, Ásia e América do Norte, levantando preocupação sobre uma possível antecipação e maior intensidade da temporada de gripes no próximo ano.
Os sintomas associados à Gripe K são similares aos da gripe sazonal tradicional, incluindo febre, tosse, dor de garganta, dores no corpo, mal-estar e fadiga, características típicas da influenza.
A OPAS reforça que a evolução genética observada nos vírus é parte natural da dinâmica da influenza e não indica necessariamente maior severidade, mas exige fortalecimento da vigilância genômica e preparo dos sistemas de saúde para resposta rápida.
Autoridades de saúde alertam que a vacinação continua sendo a ferramenta mais eficaz para reduzir casos graves, internações e mortes relacionadas à influenza na próxima temporada.
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Baixar áudioPara 94,7% das prefeituras brasileiras, o adicional de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi decisivo para o pagamento do 13º salário. A informação consta em levantamento divulgado nesta segunda-feira (15) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Apenas 3,8% dos gestores indicaram que o repasse não contribuiu para essa finalidade. Ainda segundo o estudo, 98% dos entes locais estão com o pagamento da folha salarial em dia, incluindo a de dezembro.
A CNM lembra que o ano de 2025 foi marcado por desafios fiscais e de governança. Para 80,2% dos gestores, o principal entrave foi a crise financeira e a escassez de recursos.
Clique aqui para ter acesso ao estudo na íntegra
Além disso, 67,5% dos municípios apontaram a instabilidade política e econômica como um dos principais problemas do período. Em seguida, aparecem os desafios na gestão da saúde, mencionados por 63,4% dos gestores, e os reajustes salariais concedidos ao longo de 2025, citados por 62,2%.
Para 2026, o estudo indica que as expectativas em relação ao desempenho da economia estão divididas. 44,6% dos gestores municipais acreditam que o cenário econômico será bom ou muito bom, enquanto 35,8% demonstram pessimismo. Outros 16% avaliam que a situação deverá permanecer estável, sem projeção positiva ou negativa.
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Falta de vagas em creches atinge mais de 50% das redes municipais
O levantamento da CNM também apresentou dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023, que apontam que os municípios brasileiros empregaram mais de 8,3 milhões de servidores públicos ao longo do ano. O pagamento do 13º salário a esse contingente representa um impacto financeiro estimado em R$ 33,59 bilhões para as contas municipais.
O levantamento também destaca que cerca de um terço das cidades brasileiras está em atraso com fornecedores e não terá verbas suficientes para quitar despesas que serão transferidas para 2026.
Do total de municípios incluídos na pesquisa, 28,8% relataram atraso no pagamento de fornecedores. Por outro lado, 68,5% afirmaram estar com os pagamentos em dia, enquanto 2,7% não responderam à questão.
O estudo mostra ainda que 31% das prefeituras deixarão despesas que seriam realizadas neste ano para o próximo exercício, uma vez que não há fonte de recursos suficiente para efetivar esses pagamentos ainda em 2025.
No recorte por estado, a pesquisa indica que 196 municípios de Minas Gerais e 168 de São Paulo estão em atraso com fornecedores. Já em relação à falta de recursos para o pagamento de despesas em 2026, os números chegam a 213 municípios em Minas Gerais, 192 em São Paulo e 114 no Rio Grande do Sul.
O primeiro decêndio de dezembro do Fundo de Participação dos Municípios contou com um valor adicional de R$ 7,6 bilhões, que se somou aos R$ 6,3 bilhões já previstos para essa parcela do mês.
O acréscimo atende ao que determina a Emenda Constitucional nº 55/2007, segundo a qual 1% do total arrecadado com os componentes do FPM entre dezembro do ano anterior e novembro do ano em curso deve ser transferido aos municípios juntamente com o primeiro repasse de dezembro.
Os recursos do FPM são formados por 22,5% da arrecadação da União com o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A transferência desses valores está prevista na Constituição Federal de 1988, e o Fundo é considerado a principal fonte de receita de cerca de 80% dos municípios brasileiros.
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