Neste episódio (11), o podcast Giro Brasil 61 comenta os assuntos que estiveram em alta durante a semana.
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O Ministério da Saúde reduziu o tempo recomendado de isolamento social em caso de resultado positivo para Covid-19. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (10) pelo ministro Marcelo Queiroga. Segundo o chefe da Pasta, o tempo passou de 10 para 5 dias, e vale para casos leves ou moderados. No entanto, o ministro pediu que a população continue evitando aglomerações desnecessárias.
“Assistimos, no ano passado, a um aumento de casos no mês de janeiro. E, este ano, temos a Ômicron, que é muito mais transmissível. Então, é necessário que haja uma certa cautela para que possamos abrir nossa economia. Quero aproveitar a oportunidade e pedir a quem for fazer festa em casa, agora nas férias, que faça isso com bastante responsabilidade, para evitar um aumento de casos ainda maior com essa variante Ômicron”, destacou Queiroga.
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O ministério considera que devem seguir a orientação aqueles pacientes que não apresentam sintomas respiratórios, que não sentiram febre há 24 horas e que tenham resultado negativo para teste PCR ou de antígeno.
A redução do tempo de quarentena para infectados com Covid-19 já havia sido adotada nos Estados Unidos. Em vez de dez dias, a recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americano é de que sejam levados em conta cinco dias, caso não haja surgimento de sintomas — e se usarem máscaras por perto de outras pessoas por pelo menos mais cinco dias.
O CDC dos EUA também decidiu que pessoas que entraram em contato com outras infectadas devem realizar a testagem no quinto dia do contato. Além disso, para quem não tomou a vacina ou possui dose em atraso, a recomendação é de que haja um período de cinco dias em quarentena e um rigoroso uso de máscara por mais cinco dias.
"Está sendo adotada em outros países e tem assento em evidências científicas”, defendeu Queiroga na última semana. O ministro também destacou que o governo francês autorizou médicos infectados com Covid a seguirem atuando na linha de frente. Entre outros motivos, um dos argumentos foi de que a variante ômicron, predominante nos novos casos, tem causado sintomas mais leves.
O distanciamento de 2 metros entre as pessoas, sem o uso de máscaras, não impede a transmissão do coronavírus. É o que afirma um estudo realizado pelo departamento de Engenharia da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, publicado na revista científica Physics of Fluids.
De acordo com a pesquisa, a transmissão aérea do vírus é variável e pode ultrapassar essa distância. O resultado foi obtido por meio do método de modelagem, que analisa como as gotículas com coronavírus se espalham quando um indivíduo tosse, por exemplo. Em 2 metros, não há quebra abrupta da gotícula e, por isso, ainda pode haver contaminação.
O infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Julival Ribeiro, concorda com a conclusão do estudo e reforça a importância de usar a máscara. “Somente o distanciamento físico de dois metros, sem utilizar uma máscara cobrindo nariz e boca, não é suficiente para evitar a transmissão do vírus.”
A infectologista Ana Helena Germoglio também defende o uso de máscaras, mesmo ao ar livre. “Dependendo da atividade que esteja realizando, o vírus pode ser transmitido por até mais de seis metros, principalmente se a pessoa está sem máscara, por exemplo, se estiver cantando, falando alto, gritando, mesmo estando em ambientes de ar livre.”
Desde o início da pandemia, a bancária Mahyra Cristine Araujo trabalha presencialmente em Brasília (DF). Ela explica que é difícil para a equipe manter o distanciamento de dois metros, por isso eles tomam outros cuidados contra o coronavírus.
“Fazemos o uso de máscara o tempo inteiro; álcool em gel sempre que termina um atendimento e limpeza da área de trabalho de duas em duas horas. Além disso, há um vidro entre os caixas.”
“O mais importante é a gente aplicar as medidas preventivas, ou seja, higienização das mãos, usar a máscara cobrindo nariz e boca, evitar aglomerações, locais fechados, sobretudo pobre em ventilação”, recomenda o infectologista Julival.
Ele lembra que mesmo as pessoas com esquema vacinal completo ainda podem transmitir a Covid-19.
“Mesmo que a pessoa faça uso corretamente do esquema vacinal, ela pode ainda adquirir a Covid-19. Só que a grande maioria, se pegar, vai desenvolver um caso leve, porque a grandeza da vacinação é impedir número de casos graves, mortes e hospitalizações. Ou seja, mesmo a pessoa vacinada pode pegar a Covid-19 e pode transmitir esse vírus para outras pessoas. E a pessoa que pegou Covid-19 pode, às vezes, não ter sintoma nenhum.”
Por isso, ele reforça a importância de se vacinar, para não desenvolver o caso grave da Covid-19, e continuar praticando as demais medidas protetivas para não espalhar o vírus.
No último dia 16 de novembro, o Ministério da Saúde anunciou que todas as pessoas maiores de 18 anos deverão tomar uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 após, pelo menos, cinco meses da aplicação da segunda dose.
De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, as pesquisas realizadas em parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz e a Universidade de Oxford, na Inglaterra, já apresentaram dados suficientes para que o Governo Federal possa recomendar a aplicação de uma dose extra da vacina contra a Covid-19 e em tempo menor. As informações mostram que o esquema heterólogo - a combinação de vacinas diferentes - aumenta significativamente a imunidade.
“Graças às informações dos estudos científicos de efetividade [da vacina], nós decidimos ampliar essa dose adicional, dose de reforço, para todos aqueles acima de 18 anos que tenham tomado essa segunda dose a mais de cinco meses. Nós temos doses de vacinas suficientes para garantir que essas vacinas cheguem a todas as 38 Unidades Básicas de Saúde do Brasil”, explicou o ministro.
Segundo as informações do Ministério da Saúde, essa é a maior campanha de vacinação da história do Brasil, com mais de 364 milhões de vacinas Covid-19 distribuídas. Mesmo assim, mais de 21 milhões de pessoas precisam voltar aos postos de vacinação para tomar a segunda dose. Por isso, a campanha de vacinação lançada na última semana tem o slogan "Proteção pela metade não é proteção".
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Dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam que o Brasil registrou 22.076.863 casos de infecção pelo coronavírus, desde o início da pandemia. O Rio de Janeiro ainda é o estado com a maior taxa de letalidade entre as 27 unidades da federação, com 5,14%. O índice médio de letalidade do país está em 2,8%.
Na ocasião, o governo anunciou a criação da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19
Com o lema: “O cuidado é de cada um, o benefício é para todos”, o Ministério da Saúde lança Campanha de Conscientização sobre Medidas Preventivas e Vacinação contra a Covid-19. A cerimônia de lançamento ocorreu na manhã desta quarta-feira (12), no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, e contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves; o ministro da Cidadania, João Roma e a titular da recém criada Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Luana Araújo.
Durante a cerimônia, Queiroga ressaltou que apesar da redução do número de óbitos, as medidas protetivas devem continuar, e destacou o esforço do governo federal para vacinar a população contra o coronavírus.
“O governo federal, por intermédio do Ministério da Saúde, tem o objetivo de reforçar cada vez mais a nossa campanha contra a pandemia da Covid-19, cuja base principal é a vacinação. E temos feito um esforço extraordinário para ter doses de vacina à disposição da população brasileira, além de orientar acerca das medidas não farmacológicas.”
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O evento contou com a presença da família do Zé Gotinha - símbolo da vacinação no Brasil.
“O cuidado é de cada um, o benefício é para todos. Vamos vacinar a população brasileira e aderir às medidas não farmacológicas como o uso de máscaras”, afirmou o ministro da Saúde.
Na ocasião, Queiroga anunciou a criação da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, que será chefiada pela infectologista, Luana Araújo. Formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a titular da nova pasta também possui especialização em epidemiologia pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Luana Araújo foi indicada ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, por possuir experiência com preparo e resposta de sistemas de saúde com relação à pandemia, em países com diferentes graus de maturidade técnica e de perfis socioeconômicos.
“O objetivo dessa secretaria é coordenar a resposta nacional à Covid-19, em um diálogo permanente com todos os atores que fazem parte do processo: governo federal, estados, municípios, agentes públicos, sociedades científicas, organizações internacionais, a imprensa; mas acima de tudo, com a população brasileira. Trabalho duro, pautado nas evidências científicas, buscando sempre soluções eficientes e adaptadas às nossas vulnerabilidades socioeconômicas”, afirmou a secretária.
A ministra Damares Alves demonstrou otimismo com a criação da nova secretaria e colocou o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos à disposição da pasta para ações conjuntas no combate à pandemia.
“O nosso ministério está à sua inteira disposição para mudarmos essa história. Esse toque extraordinário que a campanha está trazendo, da família unida, se protegendo: é todo mundo cuidando de todo mundo. Esse momento vai passar”, afirmou.
O ministro da Cidadania, João Roma, ressaltou a preocupação do governo federal com o sustento das famílias brasileiras que foram afetadas pela crise econômica, agravada pela pandemia.
“A preocupação é válida no quesito da saúde pública, mas também no quesito social, no qual encontramos muitas famílias que cada vez mais sofrem em busca do sustento dos seus entes queridos, que muitas vezes estão com as geladeiras vazias”, aponta.
A cerimônia de lançamento da Campanha de Conscientização sobre Medidas Preventivas e Vacinação contra a Covid-19 pode ser conferida na íntegra na página do Facebook do Ministério da Saúde.
O Governo do Estado do Piauí publicou o decreto nº 19.637 que traz novas medidas restritivas para redução dos níveis de transmissão da Covid-19. O documento estende o horário de funcionamento de bares e restaurantes até as 23h e o toque de recolher passa a ser a partir das 24h com término às 5h.
O decreto entra em vigor nesta segunda (10) e vai até o próximo domingo (16) e estabelece medidas sanitárias excepcionais a serem adotadas em todo o Piauí. Nesse período ficarão suspensas as atividades que envolvam aglomeração, eventos culturais, atividades esportivas e sociais.
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Bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos similares, que estavam funcionando até as 22h, agora poderão funcionar até as 23h. O comércio também está autorizado a abrir de segunda a sábado. Os estabelecimentos poderão funcionar somente até as 17h e os shopping centers das 12h às 22h.
A partir das 24h de sábado (15) até as 24h do domingo (16), ficarão suspensas todas as atividades presenciais econômico-sociais, com exceção dos serviços considerados essenciais.
Entre esta segunda-feira (3) e o próximo dia 9, o Piauí adotará novas medidas sanitárias excepcionais voltadas para o enfrentamento da Covid-19. De acordo com determinações previstas em decreto publicado na última sexta-feira (30), comércios, bares e restaurantes estão autorizados a abrirem a partir do próximo sábado (8).
Dentro do período estabelecido, ficarão suspensas as atividades que envolvam aglomeração, eventos culturais; atividades esportivas e sociais. Vale destacar que, além de bares e restaurantes, trailers, lanchonetes, barracas de praia e estabelecimentos similares poderão funcionar até as 22h. No caso dos comércios, o funcionamento está autorizado até as 17h.
No caso de shoppings centers, o horário de funcionamento está restrito de 12h às 22h. Esse tipo de estabelecimento poderá antecipar o início do horário das atividades para até as 10h, desde que respeitado o período máximo de 9h de funcionamento.
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Desta segunda até o dia 9, entre 23h e 5h, ficará proibida a circulação de pessoas em espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, ressalvados os deslocamentos de extrema necessidade.
Até o dia 19 de abril, toda a Bahia deverá cumprir o toque de recolher das 20h às 5h, a proibição das aulas presenciais e a suspensão de eventos. Em 36 cidades localizadas na da região oeste, restaurantes, bares e congêneres devem encerrar o atendimento presencial às 18h, sendo permitidos os serviços de delivery de alimentação até meia-noite.
Entre os municípios que devem cumprir a medida estão Angical, Baianópolis, Barra, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Buritirama, Canápolis, Catolândia e Cocos. O decreto com a restrição no oeste baiano foi publicado na versão on-line do Diário Oficial do Estado (DOE) neste domingo (11).
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De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio das polícias Militar e Civil, as gestões municipais serão apoiadas com o objetivo de ajudarem a garantir o cumprimento da medida.
O governo do Piauí adotou medidas restritivas mais rígidas para tentar conter o avanço da Covid-19 na região. A determinação foi publicada no domingo (4) em decreto n° 19.554, no Diário Oficial do Estado.
De 5 até 11 de abril, bares, restaurantes, lanchonetes e similares só poderão funcionar até as 20h, sendo proibida a realização de festas e eventos que gerem aglomerações. O comércio em geral poderá funcionar somente até às 17h e os shoppings entre 12h e 20h.
A permanência de pessoas em espaços públicos abertos de uso coletivo, como parques, praças e praias deve obedecer aos protocolos sanitários e ao horário de 21 horas.
Os órgãos da Administração Pública deverão funcionar, preferencialmente, por teletrabalho, mantendo o contingente de 30% dos servidores em atividade presencial, com exceção dos serviços de saúde, segurança pública e os demais considerados essenciais.
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A partir das 20h de quinta-feira (8) até as 24h de domingo (11) ficarão suspensas todas as atividades econômico-sociais, com exceção das consideradas essenciais, conforme o decreto:
– mercearias, mercadinhos, mercados, supermercados, hipermercados, padarias e produtos alimentícios;
– farmácias, drogarias, produtos sanitários e de limpeza;
– oficinas mecânicas e borracharias;
– lojas de conveniência e lojas de produtos alimentícios situadas em rodovias estaduais e federais, exclusivamente para atendimento de pessoas em trânsito;
– postos revendedores de combustíveis e distribuidoras de gás;
– hotéis, com atendimento exclusivo dos hóspedes;
– distribuidoras e transportadoras;
– serviços de segurança pública e vigilância;
– serviços de alimentação preparada e bebidas exclusivamente para sistema de delivery ou drive-thru;
– serviços de telecomunicação, processamento de dados, call center e imprensa;
– serviços de saúde, respeitadas as normas expedidas pela Secretaria de Saúde do Estado do Piauí;
– serviços de saneamento básico, transporte de passageiros, energia elétrica e funerários;
– agricultura, pecuária, extrativismo e indústria;
– bancos e lotéricas;
– templos, igrejas, centros espíritas e terreiros.
A fiscalização do cumprimento das medidas será feita de forma ostensiva pelas vigilâncias sanitárias estadual e municipal, com apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal, onde houver.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, permitiu a realização de cerimônias religiosas presencias durante a Páscoa. A determinação, no entanto, só liberava 25% da capacidade de lotação dos espaços. A porcentagem foi inspirada em um julgamento similar na Suprema Corte norte-americana.
A decisão do ministro atendeu a um pedido de liminar feito pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure). Segundo a entidade, os decretos estaduais e municipais violavam o direto fundamental à liberdade religiosa, proibindo os cultos de forma geral, por não os considerarem como atividade essencial. Para a Anajure, isso seria inconstitucional.
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O pedido da Anajure foi editado para evitar aglomerações e contaminações pela Covid-19, como: espaçamento entre os assentos; uso obrigatório de máscaras; disponibilidade de álcool em gel na entrada dos templos e aferição de temperatura.
A Páscoa é um dos períodos mais aguardados pelos brasileiros onde as famílias se reúnem para celebrar esse momento tão simbólico. Porém, por mais um ano, a pandemia impede a união física entre as pessoas.
Esse ano, o feriado precisa ser adaptado, tendo em vista o grande número de pessoas infectadas pelo vírus. Assim como no Natal, famílias resolveram dar um jeitinho de celebrar o momento e enviar o carinho aos familiares por meio de vídeo chamada. Como é o caso da intercambista, Luryan Junqueira, que atualmente mora em Sleepy Hollow, Nova York (EUA). Com as fronteiras fechadas pelo governo americano no feriado de Natal, Luryan reservou a Páscoa para fazer uma visita aos familiares.
Mas com o aumento na curva de contaminação por Covid-19 no Brasil este ano, a fronteira dos Estados Unidos foi fechada novamente. “Era uma programação que vinha sendo feita há mais de um ano, e infelizmente, por conta da pandemia, meus planos não saíram como esperado”, lamenta a jovem.
Mas apesar da distância, a Luryan fará parte do almoço de Páscoa da família que mora em Luziânia (GO). “Minha Páscoa por aqui vai ser via chamada de vídeo, vou participar do almoço de domingo pela internet. Por conta da pandemia perdi duas oportunidades de ver minha família, mas temos que viver o novo normal.”
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Para que a data não passasse em branco e os moradores de Pato Branco, no Paraná, pudessem ter a programação anual de Páscoa, a prefeitura da cidade adaptou a festividade para o mundo das transmissões ao vivo. Intitulada como Coelhinho Virtual, a programação será transmitida pela página do facebook da prefeitura do município, onde a população poderá interagir com mensagens e imagens.
A programação teve início na quinta-feira Santa, dia 1º de abril, com oficinas de artesanato e apresentações musicais. Já no Sábado de Aleluia, dia 3, haverá apresentações de danças e oficina de maquiagem artística. No encerramento, domingo de Páscoa (4) a live contará com oficinas de contação de histórias.
Para que não haja aglomeração, a programação será realizada em um estúdio e transmitida à população, sempre das 19h às 21h. O prefeito de Pato Branco, Robson Cantu, ressaltou que a iniciativa mantém a essência da Páscoa e preserva a população da cidade em segurança contra infecções da Covid-19.
“Nossas ações estão voltadas a salvar vidas. Para isso, reaproveitamos tudo o que já tínhamos para reduzir custos e colocamos na praça uma decoração diferente, pequena, mas alegre e feliz”, destacou.
A Praça Presidente Vargas, no centro da cidade, foi decorada para que a população possa visitar. Além dos símbolos tradicionais, coelhos, ovos e luzes, neste ano, há um túnel com guarda-chuvas coloridos e um canteiro de flores.
O maior meio de transmissão da Covid-19 é o contato físico, e a recomendação da Organização Mundial da Saúde é o isolamento social. Nos períodos de feriados, como o da Páscoa, é onde as aglomerações se tornam mais comuns.
Ana Helena Germoglio, infectologista, recomenda que o contato com indivíduos que não sejam do mesmo núcleo familiar tente ser evitado. “Não é pelo fato da pessoa ser da mesma família que está imune à transmissão do vírus. O melhor é se reunir com quem vive na mesma residência”, explica.
A infectologista ressalta ainda que as medidas de isolamento também são válidas para quem já tomou a vacina, até mesmo as duas doses. Pois a imunização não garante a proteção integral contra novas cepas da Covid-19, podendo tornar a pessoa um transmissor do vírus.
É recorrente que estados e municípios cheguem à capacidade total de ocupação de leitos de UTI, principalmente após atitudes de aglomeração. A exemplo do Distrito Federal, que após os feriados de dezembro, apresentou aumento de 41,85% de infectados em comparação a novembro de 2020.
Germoglio avalia que após o feriado de Páscoa, o número de pessoas infectadas tende a aumentar. “A previsão é de que teremos um abril pior que março. Se março já foi muito pior do que agosto do ano passado, período em que tivemos mais casos, abril pode surpreender nos números. Tudo isso será resultado do mal comportamento da população.”
Se mesmo assim a pretensão é reunir a família para o feriado, fique atento às recomendações de higiene recomendadas pela Fiocruz. Elas não são capazes de impedir totalmente a transmissão da Covid-19, mas diminui os riscos.
Apesar da crise econômica, este ano, a maior parte da população brasileira pretende manter a tradição e comprar ovos de Páscoa e produtos relacionados. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostra que cerca de 102,7 milhões de brasileiros devem realizar compras para a Páscoa 2021 – o que representa uma redução de 10,5 milhões de consumidores frente à estimativa de 2019.
O levantamento aponta ainda que 64% dos consumidores pretendem comprar presentes e chocolates para a data, enquanto 19% não planejam ir às compras este ano, e 16% ainda não se decidiram.
O brasileiro está atento à diferença de preços entre os estabelecimentos, e por isso, 84% dos entrevistados pretendem fazer uma análise antes de ir às compras, sendo que 50% vão pesquisar sobre todos os tipos de chocolate e 25% somente sobre os ovos de Páscoa. A especialista em finanças da CNDL, Merula Borges, destaca que para quem pretende economizar, vale pesquisar os preços praticados nos estabelecimentos.
“O consumidor brasileiro já aprendeu que existe uma variação significativa nos preços de um estabelecimento para outro, e pode ficar próxima de 100% em algumas cidades. Para economizar: ir às compras e se planejar com antecedência, usar a internet para pesquisar e só tomar as decisões depois de ter visto os preços praticados em vários estabelecimentos”, ressalta.
Ainda de acordo com a CNDL, o principal local de pesquisa são os supermercados (62%), enquanto 52% pesquisam em sites na internet e 34% nas lojas de shoppings. Alguns consumidores realizam as compras de Páscoa apenas após a data, pois os preços tendem a cair e muitos estabelecimentos fazem promoções para acabar o estoque.
A pesquisa mostra também que 65% das pessoas se programam para comprar pela internet, principalmente nos sites (22%) e no Whatsapp (20%). A especialista em finanças da CNDL, Merula Borges, aponta que a internet trouxe uma oportunidade para os pequenos produtores. “É uma oportunidade para quem não tem e-commerce ou loja online estabelecida e pode divulgar e vender por meio de redes sociais ou aplicativos de mensagem”. Dos que pretendem comprar produtos de grandes indústrias, 70% têm intenção de adquirir em lojas físicas, seja de rua (44%) ou de shopping (40%).