Além de prejudicar a vida financeira e social de muitos brasileiros, as apostas em bets também têm afetado o ingresso e a permanência de estudantes na graduação. Dados da pesquisa “O impacto das bets na educação superior”, realizada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e pela Educa Insights, apontam que 34% dos entrevistados adiou o curso no início de 2025 em função de despesas com apostas.
O levantamento mostra que os gastos em sites de apostas online são um dificultador adicional para o ingresso na graduação, principalmente para quem pretende estudar em instituições particulares. Entre os entrevistados, considerando que 34% afirmaram que precisariam ter interrompido as apostas para dar início aos estudos no primeiro semestre deste ano, o montante cai para 24% quando considerado o segundo semestre.
E os impactos dos gastos em apostas online vão além de prejudicar o ingresso no ensino superior, tendo em vista que a pesquisa aponta também que 14% dos alunos já matriculados em instituições particulares atrasaram as mensalidades. O percentual ainda engloba aqueles que trancaram o curso por conta dos gastos com bets. O índice é ainda maior nas classes B1 e B2 – e atinge a marca de 17%.
Quando comparados, os dados da pesquisa de setembro de 2024 revelam que houve um agravamento da situação – já que o percentual de jovens que apostam regularmente subiu de 42,9% para 52%. Outro aumento identificado entre aqueles que dizem comprometer parte da renda com as bets – que passou de 51,6% para 54,2%.
Também houve um salto de 11,4 pontos percentuais no número de pessoas que deixaram de começar uma graduação em função dos desembolsos com bets.
A pesquisa da ABMES aliada à Educa Insights mostra ainda que as regiões Nordeste e Sudeste são as com a maior proporção de brasileiros que associam o adiamento da graduação à prática de apostas em bets – sendo 44% e 41%, respectivamente, considerando o primeiro semestre de 2025. Já para o segundo semestre, os índices são 32% e 27%, respectivamente.
Em contrapartida, os brasileiros das regiões Sul e Centro-Oeste apontam essa relação em menor escala, sendo 17% e 18% para o primeiro semestre de 2025 e 16% e 14% para o segundo semestre deste ano.
Em comparação com os dados de setembro de 2024, houve um aumento de 7,76% no Nordeste e de 9,39% no Sudeste, enquanto na Região Norte o percentual recuou 33,16% e na Centro-Oeste, 24,97%.
De acordo com o levantamento, a projeção nacional indica que, dos quase 2,9 milhões de potenciais ingressantes na educação superior da rede privada, cerca de 986 mil correm o risco de não efetivar a matrícula por conta do comprometimento financeiro com apostas online.
Os dados da pesquisa identificaram que 52% dos entrevistados apostam de forma regular. A frequência predominante é de uma a três vezes por semana.
Já em relação aos valores investidos, há uma variação conforme a classe social. Confira:
A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 24 de março de 2025 e ouviu 2.317 jovens de 18 a 35 anos de todas as regiões do país e de todas as classes sociais, com interesse em ingressar na educação superior privada.
O Banco da Amazônia lançou, nesta quinta-feira (10), o Plano Safra 2025/2026 com R$ 1,8 bilhão destinado exclusivamente à agricultura familiar. O valor representa um aumento de 38% em relação à safra anterior e reforça o compromisso da instituição com o financiamento de práticas sustentáveis na região Norte.
Para a agricultura familiar, a taxa de custeio começa em 0,5% a.a. e a taxa de investimento também é de 0,5% a.a. “Mas elas têm uma gama de possibilidades e, ainda, com as possibilidades de ter 40% de desconto para pagamento em dia”, pontuou o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa.
Segundo Luiz Lessa, a tendência é que o cenário continue positivo, com aumento de investimentos para agricultores ano a ano – considerando que os produtores rurais de pequeno porte são considerados prioridade para o banco. “Ou seja, a gente vem num crescimento forte de alocação de recursos e isso vai continuar. Isso é um mantra aqui pra gente, que os pequenos portes são prioridades do banco”, afirmou Lessa.
O lançamento do Plano Safra 2025/2026 contou com a participação do Secretário de Estado da Agricultura Familiar, Cássio Alves Pereira, que destacou o papel do Banco da Amazônia e do plano para gerar oportunidades para as famílias produtoras da região.
“Queria aqui publicamente agradecer pelo compromisso com a agricultura familiar, a inovação do Basa Digital, que é uma coisa também muito bacana que faz um diálogo muito direto com a agricultura familiar. Aquele mecanismo que vocês impulsionam, que são os ativadores de crédito. É uma coisa que tem efeitos muito importantes e que deve servir como exemplo para os outros operadores de crédito”, avaliou o secretário.
O Banco da Amazônia oferece linhas de financiamento destinadas a fortalecer a agricultura familiar de forma sustentável no Brasil. Umas das linhas é o Pronaf A, voltado a famílias agricultoras que pretendem ampliar ou modernizar os empreendimentos. Nessa modalidade, as taxas de juros são de 0,5% ao ano, com prazo de até 10 anos para quitação. O limite de financiamento é de até R$ 52,5 mil.
Outra opção é o Pronaf Floresta, que oferece linhas de crédito e assistência técnica para agricultores familiares implantarem sistemas agroflorestais.
Ainda em relação ao fomento à área agrícola, o Banco também disponibiliza uma linha de crédito específica para produtores rurais – sejam pessoas físicas ou jurídicas – populações tradicionais da Amazônia e para empresas do Setor Rural: a Amazônia Rural Verde.
Entre os objetivos, estão apoiar as atividades do segmento agropecuário desenvolvidas em bases sustentáveis, assim como projetos focalizados no aumento da eficiência energética, incluindo fontes alternativas e renováveis. Além disso, induzir os produtores ou companhias a considerarem o meio ambiente como negócio.
Nesse tipo de financiamento, são consideradas as Taxas de Juros Rurais dos Fundos Constitucionais de Financiamento, de acordo com o setor, porte e finalidade.
Já o FNO Biodiversidade é voltado à recuperação e utilização sustentável de mananciais, cultivo de plantas medicinais e aromáticas, entre outras áreas. Confira os projetos atendidos:
Com a linha Energia Verde, o Banco da Amazônia atua com um tipo de financiamento direcionado à implementação e aprimoramento de sistemas de micro e minigeração de energia.
Segundo a instituição financeira, as taxas de juros rurais dos Fundos Constitucionais de Financiamento são levadas em conta – as quais variam conforme o porte do empreendimento e a finalidade do crédito.
Os recursos do Plano Safra 2025/2026 estão divididos entre R$ 3,6 bilhões destinados para investimento e R$ 8,4 bilhões para custeio.
Confira a destinação em relação aos segmentos atendidos:
As taxas para os portes como agricultura empresarial e pequenos e médios produtores se iniciam em 14% a.a. para custeio e 8,5% a.a. para investimento.
Nas últimas três safras, a instituição bancária tem superado o pacote de recursos destinado aos produtores da Amazônia. Confira:
Na safra passada, foram R$ 12,6 bilhões aplicados, com 46,2 mil famílias atendidas, superando em 114,5% o orçamento de R$ 11 bilhões. “Isso significa que quando a gente coloca um orçamento, esse orçamento para gente é piso. Se no passado o orçamento era tratado como teto, hoje o orçamento para agricultura familiar, para o desenvolvimento da região, é piso. É de onde a gente parte para poder fazer as nossas entregas”, pontuou Luiz Lessa.
Na Safra 2024/2025, R$ 1 bilhão foi alocado para agricultura familiar e o Banco da Amazônia aplicou 1,9 bi. O avançou foi equivalente a um crescimento de 90% sobre o valor estimado inicialmente.
A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados adiou a análise da admissibilidade da PEC 18/25, que trata da Segurança Pública, após a concessão de pedido de vista conjunta apresentado por parlamentares do colegiado e acatado pelo presidente da comissão, deputado Paulo Azi (União-BA).
Com isso, a votação da constitucionalidade da PEC e a continuidade de sua tramitação pela Casa legislativa só poderá ser retomada após intervalo de duas sessões deliberativas.
Durante mais de uma hora de reunião, deputados da oposição realizaram manobras para obstruir a leitura do relatório. No entanto, todas foram rejeitadas pela maioria da Comissão e o relatório foi lido nesta quarta-feira (9), mas o texto não foi votado, como estava previsto.
O deputado Mendonça Filho (União-PE), relator da matéria, leu seu parecer favorável à admissibilidade da PEC. Na sequência, foi protocolado o pedido de vista, adiando a deliberação. No relatório, Mendonça Filho decidiu excluir da proposta o artigo que dava à União competência exclusiva para legislar sobre segurança pública, defesa social e sistema penitenciário. Atualmente, a competência para legislar sobre esses temas é compartilhada com governos estaduais e municipais.
“Então, a modificação que nós vamos oferecer ao texto, ela é pontual, mas importante. Diz respeito ao Artigo 22, inciso 31 do texto encaminhado. De acordo com a proposta, torna privativa da União a legislação sobre segurança e o Sistema Penitenciário, que a meu ver conflita, e tenho convicção disso, com o pacto federativo, com a autonomia dos estados e o espírito da atuação, eu diria, concorrente, entre estados e União, tendo a colaboração também dos municípios”, destacou o relator.
A deputada Caroline de Toni (PL-SC) foi uma das que defendeu a retirada da matéria de pauta nesta data. Desde o início da reunião do colegiado, a parlamentar trabalhou pela obstrução à matéria e mais tarde participou do pedido de vistas conjunto. Toni destacou que alguns governadores que compareceram à Comissão de Constituição e Justiça para tratar da matéria se mostraram contra o texto do Executivo.
“Essa PEC é uma matéria nociva para o Brasil. Quem votar a favor dessa PEC vai estar favorecendo o crime organizado. E por que eu estou dizendo isso? Porque quando você passa a competência para analisar facções criminosas e milícias para a Polícia Federal, sabendo hoje que o contingente de membros das Polícia Federal não passa de dez mil agentes, dez mil policiais federais, você está dando um cheque em branco para eles poderem atuar em todo o território nacional, sem conseguir resolver a questão da Segurança Pública no país”.
No dia 28 de maio, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e do Pará, Helder Barbalho (MDB), participaram de audiência pública na Câmara dos Deputados. Os dois divergiram da PEC 18/25. Para Caiado, o texto é uma cortina de fumaça para permitir o crescimento das facções criminosas, ao transferir o combate às milícias e ao crime organizado para a Polícia Federal. Para Barbalho, somente com a união de todos e uma coordenação nacional será possível combater as organizações criminosas.
A dificuldade dos pequenos municípios em cumprir as metas do novo marco legal do saneamento básico (Lei 14.026/2020) foi o foco de uma audiência pública realizada na última terça-feira (1º), pela Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado. Como parte da avaliação do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, o debate destacou a complexidade das regras de repasse de recursos federais e os entraves à universalização dos serviços de água e esgoto até 2033.
Autor do requerimento que motivou a audiência (REQ 23/2025 – CDR), o senador Jorge Seif (PL-SC) chamou atenção para o cenário dos pequenos municípios. “O estado de Santa Catarina tem 295 municípios. Mais de 80% dos nossos municípios têm entre 3 mil e 5 mil habitantes e jamais teriam condições econômicas ou de atração de investimentos de parcerias público/privadas, que são muito importantes para que eles cumpram a meta do marco legal do saneamento”, afirmou o parlamentar, frisando que o objetivo do debate é apresentar ao Governo Federal como ajudar estados e municípios que necessitam dessa atenção.
O debate contou com a participação do especialista em saneamento básico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Gesmar Rosa dos Santos, que destacou os desafios do marco legal, como a ausência de fundo específico com dotação orçamentária contínua para o saneamento no Brasil. “A gente tem acompanhado avanços no campo e na cidade, mas quando você pensa no campo, naqueles que não têm, que sofrem com a seca e com a chuva, é essencial que tenha um fundo para caminhar aquilo que está dizendo a lei, ou seja, a universalização até 2033”, reforçou.
A formação de blocos regionais para a prestação dos serviços prevista no novo marco legal também foi apontada como desafio aos pequenos municípios. Segundo especialistas, muitas cidades enfrentam dificuldades estruturais para se organizarem regionalmente, o que compromete o acesso a recursos e a capacidade de execução de projetos.
Para o coordenador de Relações Institucionais e Comunicação do Instituto Trata Brasil, André Rossi Machado, o problema é estrutural. “O fator complicador é que nesses municípios, muitas vezes, não existe uma densidade demográfica muito grande que facilite a operação. Então, acho que deve fazer um levantamento das necessidades de saneamento básico específicas daquele município e da viabilidade econômica”, avaliou.
Durante a apresentação de Cláudia Lima, analista de Sustentabilidade da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a análise do cenário foi retratada com números que representam as entregas da União. Segundo a CNM, o Governo Federal deveria investir, em média, R$ 23,7 bi por ano de 2019 a 2023, mas os investimentos anuais somam apenas 3% da média prevista. Além disso, dados do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) apontam que o custo da universalização dos quatro serviços de saneamento básico até 2033, era estimado em R$ 597 bi em 2013, chegando a R$ 830 bi com valores atualizados em 2025.
Diagnóstico nacional
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) mostram que, em 2022, apenas 55% da população brasileira tinha acesso à coleta de esgoto, enquanto 84% tinham acesso à rede de abastecimento de água. A cobertura é ainda mais desigual nas regiões Norte e Nordeste e em áreas rurais.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 70% dos municípios brasileiros têm menos de 20 mil habitantes, o que reforça a urgência de estratégias diferenciadas para garantir a inclusão dessas localidades no processo de universalização.
O diretor geral da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS) de Santa Catarina, Adir Faccio, mostra que não é necessário criar um modelo de tratamento tão sofisticado para entregar saneamento básico. “Nós começamos um trabalho, desde 2013, junto com o MP (Ministério Público), para tentar melhorar a situação para os municípios com até 15 mil habitantes, para fazer o tratamento individual, que é uma forma que vai utilizar menos recursos para implantar e depois menos recursos para você operacionalizar”. Ele explicou que é necessário modificar as fossas atuais, passando para a fossa fio de sumidouro, como determina a NBR, e, posteriormente, uma coleta programada, que deve ser realizada anualmente.
Visitas técnicas
Como desdobramento do debate, a CDR programou visitas técnicas a Tocantins, Acre e São Paulo para ouvir gestores locais, mapear experiências bem-sucedidas e identificar entraves à implementação do novo marco. A comissão já realizou diligência externa em Santa Catarina em 2024.
Para Jorge Seif, o momento é de cobrar mais ação da União. “Toda essa sessão de debates, essas diligências que nós temos feito é justamente para ouvir as prefeituras. Essa avaliação de políticas públicas serve justamente para pegar os gargalos, reunir os entes para, no final, propor um pacote de mudanças na legislação, para que as eventuais falhas do novo marco do saneamento sejam resolvidas”, concluiu.
Organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, cooperativas, microempresas e startups do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão e Pará têm uma oportunidade para colocar em prática projetos voltados à bioeconomia. As inscrições para o edital AMABIO, do Banco da Amazônia, vão até 31 de julho.
A iniciativa vai destinar até R$ 4 milhões para financiar iniciativas sustentáveis na Região Amazônica. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, no site do banco.
Cada proposta poderá receber até R$ 150 mil, em apoio financeiro não reembolsável. Além disso, cada projeto deverá ter duração máxima de 12 meses. Não há possibilidade de prorrogação.
O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, destaca que o intuito é fortalecer cadeias produtivas sustentáveis, além de promover inovação na Região Amazônica.
“Esse edital é um marco para a bioeconomia amazônica. Ele reconhece o papel estratégico das organizações locais e busca apoiar soluções baseadas na floresta, na ciência e nos conhecimentos tradicionais para gerar renda, inclusão e sustentabilidade”, afirma.
A iniciativa integra o Programa AMABIO, Financiamento Sustentável e Inclusivo da Bioeconomia Amazônica. Trata-se de uma parceria entre o Banco e o Grupo Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), com apoio técnico da Expertise France.
As instituições interessadas em submeter projetos devem estar formalmente constituídas há pelo menos dois anos e atuar com bioeconomia e desenvolvimento sustentável na Amazônia.
A medida é voltada a organizações da sociedade civil, startups, microempresas e cooperativas.
Além disso, o edital do AMABIO contempla duas linhas de apoio – que devem ser seguidas pelos interessados. Confira as linhas temáticas:
● Linha 1: fortalecimento de organizações de povos e comunidades tradicionais, de base comunitária, como organizações de agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, aquicultores, silvicultores, povos indígenas, quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais da Amazônia.
Atividades que poderão ser apoiadas pelas propostas na linha temática 1 podem ser, por exemplo, voltadas ao desenvolvimento de planos de negócio, estudos de viabilidade e estratégias de comercialização e apoio à inclusão digital e conectividade em territórios tradicionais.
● Linha 2: inovação nas cadeias de valor da bioeconomia na Amazônia, que apoia o desenvolvimento e a implementação de soluções inovadoras nas cadeias de valor da sociobiodiversidade da região, focalizando esforços na sustentabilidade ambiental.
Entre os projetos que podem ser inscritos na linha temática 2 estão os destinados à implantação de soluções inovadoras para o reaproveitamento de resíduos, como cascas, sementes, bagaço e folhas em bioinsumos, cosméticos, alimentação ou artesanato, por exemplo.
O processo seletivo será dividido em três etapas. Confira:
● Triagem de elegibilidade;
● Análise técnica e de mérito;
● Deliberação final.
A Comissão de Seleção será composta por representantes da instituição financeira, da Agência Francesa de Desenvolvimento, da Expertise France e por especialistas convidados com notório saber em bioeconomia, inovação, saberes locais ou tradicionais e desenvolvimento sustentável.
A seleção deve considerar os seguintes critérios técnicos:
● Relevância estratégica
● Impacto socioambiental
● Grau de inovação
● Sustentabilidade
● Inclusão e diversidade
● Capacidade de gestão
A publicação do resultado final está prevista para ocorrer no dia 10 de outubro de 2025.
O Programa AMABIO foi instituído por meio de uma parceria bilateral entre Brasil e França. No total, a iniciativa deve mobilizar, nos próximos quatro anos, 1 bilhão de euros em investimentos para promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia.
A ideia é contribuir para o desenvolvimento da bioeconomia na região, com apoio à população que vive nessa área e à biodiversidade.
O programa conta com parceria de instituições financeiras que atuam na região, como é o caso do Banco da Amazônia.
Estados, municípios e do Distrito Federal já podem utilizar os recursos na ordem de mais R$ 4,5 bi para educação básica disponibilizados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC). O montante foi creditado nas contas dos entes federativos no dia 27 de junho e já pode ser utilizado desde o dia 30.
O valor é referente às complementações da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), relativas ao mês de junho e abarca complementações da União nas modalidades Valor Anual por Aluno Fundeb (VAAF), Valor Aluno Ano Total (VAAT) e Valor Aluno Ano Resultado (VAAR) do Fundo.
Confira os repasses realizados, por complementações, em junho 2025:
Segundo o MEC, com esse novo repasse, as transferências da União ao Fundeb em 2025 somam R$ 27,2 bilhões – sendo R$ 13,3 bilhões via VAAF, R$ 11,3 bilhões via VAAT e R$ 2,4 bilhões via VAAR.
O extrato da distribuição dos recursos do Fundeb pode ser acessado na aba de Extrato FUNDEB no site oficial do Banco do Brasil.
No dia 4 de junho o FNDE publicou a Portaria nº 505/2025, que autoriza o uso dos recursos do Fundeb como contrapartida não financeira em termos de compromisso firmados com o órgão.
O dispositivo permite que estados, municípios e o Distrito Federal utilizem recursos do fundo para custear obras e serviços de engenharia na educação básica. Porem, é necessário que sejam respeitadas as exigências legais, como o mínimo de 70% para pagamento dos profissionais da educação e a execução direta dos pagamentos a fornecedores.
O Fundeb é a principal fonte de financiamento da educação básica no país. O fundo conta com complementações mensais da União para fomentar maior equidade entre as redes de ensino no Brasil. Os repasses são realizados pelo FNDE, seguindo os critérios estabelecidos na legislação vigente.
Lançada em 2025, a nova Política de Sustentabilidade do Governo Federal busca transformar terminais portuários e aeroviários com foco em inclusão social, transparência e práticas que reduzam os impactos ambientais. No setor público, foi criada uma agenda anual com projetos e ajustes regulatórios. Já no setor privado, as mudanças nos terminais serão conduzidas por meio do Pacto pela Sustentabilidade, lançado recentemente pelo Ministério de Portos e Aeroportos.
Nesse contexto, o Banco da Amazônia atua com a oferta de um financiamento que pode ajudar no cumprimento das medidas estabelecidas. É a linha FNO - Amazônia Infraestrutura Verde, voltada para projetos que conectam infraestrutura à sustentabilidade. A linha contempla os portos e aeroportos.
O gerente executivo de Pessoa Jurídica e Relacionamento com Bancos da instituição, Luiz Lourenço de Souza Neto, explica que esse tipo de financiamento tem o propósito de promover o desenvolvimento econômico da região, com o apoio de outras empresas, inclusive internacionais.
“Existem outras instituições financeiras, outros mecanismos que apoiam também esses projetos, dada a importância e o tamanho deles para onde são implantados. Então, falando a respeito apenas do banco, se a gente for olhar o que a gente tem de expectativa para os próximos quatro anos, a gente com certeza deve superar a casa de R$ 10 bilhões aplicados em infraestrutura na Amazônia”, pontua.
Entre as companhias contempladas com essa iniciativa está a VINCI Airports – concessionária responsável por sete aeroportos na Região Norte. Nesse caso específico, o financiamento do Banco da Amazônia foi de R$ 750 milhões. Os recursos serão investidos pela empresa em um projeto de infraestrutura aeroportuária que visa promover melhorias para os usuários, ao passo que também incorpora práticas sustentáveis.
De maneira geral, a companhia trabalha com a meta de reduzir pela metade a emissão de gases de efeito estufa até 2030. Até 2050, a empresa pretende zerar essa emissão. Atualmente, a VINCI Airports atua junto aos terminais de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre; Boa Vista, em Roraima; Porto Velho, em Rondônia; além de Manaus, Tabatinga e Tefé, no Amazonas.
Entre as áreas apoiadas, também se destaca a infraestrutura para água e esgoto; geração de energia elétrica de fontes renováveis; sistema de telefonia fixa ou móvel e banda larga em comunidades, além das seguintes:
Outro projeto que contou com o apoio dessa linha foi desenvolvido na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) - campus Capitão Poço (PA). Trata-se de uma fossa ecológica denominada Bacia de Evapotranspiração (BET). O sistema é uma alternativa eficiente para tratamento do esgoto, que funciona de forma independente da rede pública.
Dentro do tanque, ocorre um processo de decomposição, chamado de fermentação, realizado pelas bactérias. Esse processo é a quebra ou a degradação do esgoto, essencial para o funcionamento do sistema e para que o esgoto chegue nas camadas superiores de forma mais limpa.
Segundo a professora Thaisa Pegoraro, coordenadora do projeto, essa parceria com a instituição financeira foi essencial para a elaboração dessa iniciativa.
“O recurso que vem para a universidade, infelizmente, não é suficiente para atender a infraestrutura destinada a projetos de pesquisa e extensão. Então, é por este motivo que a parceria com o banco é realmente essencial e nós também somos muito gratos a isso”, afirma.
Uma das estruturas foi instalada na escola Humberto Fernandes, no município de Garrafão do Norte (PA), para atender cerca de 60 alunos. Até então, a unidade escolar contava com uma fossa rudimentar.
Quanto à linha FNO - Amazônia Infraestrutura Verde, é levada em conta a taxa de juros dos fundos constitucionais (TFC), diferenciada por setor, porte e finalidade. O prazo definido é de até 34 anos, com carência de até 08 anos. Esse modelo de financiamento é disponibilizado para empresas de todos os portes, com exceção de microempreendedor individual (MEI).
O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento em 12 das 27 unidades da Federação. Além disso, o documento aponta que as hospitalizações por SRAG nas crianças pequenas, associadas ao vírus sincicial respiratório (VSR), seguem em alta em vários estados das regiões Sul, Nordeste e Norte, além de Mato Grosso. A análise é referente à semana epidemiológica 25, de 15 a 21 de junho.
Conforme a publicação, a incidência de SRAG na maioria dos estados continua alta e requer atenção da população.
Segundo o boletim, os vírus responsáveis pelo aumento de casos graves no país são o da influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR). Inclusive, em alguns estados do Centro-Sul, Norte e Nordeste as hospitalizações por influenza continuam crescendo.
Diante do cenário de alta nas hospitalizações por Influenza A no país, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, destaca a importância da vacinação, especialmente para as pessoas do grupo de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. Além disso, frisa a importância do uso de máscara em caso de sintomas respiratórios.
“Como a gente tem observado aí uma alta das hospitalizações pelo vírus da influenza em muitos estados do país, a gente continua pedindo para que as pessoas que ainda não se vacinaram contra o vírus, que tomem a vacina contra o vírus da influenza. E a gente também continua pedindo aí algumas medidas de proteção, como uso de máscaras dentro dos postos de saúde, em locais fechados e para a aglomeração de pessoas e que também para que as pessoas adotem aí uma etiqueta respiratória, principalmente em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado", indica Portella.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, o Boletim aponta que a influenza A prevaleceu entre os casos positivos, com 37,5%. Já a influenza B teve apenas 0,9% de casos positivos. Por outro lado, 45,6% foram de vírus sincicial respiratório (VSR), 19,2% de rinovírus e 1,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Tocantins é o único estado onde os casos de SRAG caíram significativamente. Segundo o Boletim, a UF atingiu um nível baixo e seguro de incidência.
Confira as 12 das 27 UFs que apresentam incidência de SRAG com sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 25:
O VSR é responsável pela hospitalização especialmente das crianças pequenas e tem crescido nas regiões Sul, Nordeste e Norte, além de Mato Grosso.
Confira os estados onde as ocorrências de SRAG associada ao VSR continuam em crescimento:
Conforme o documento, o cenário sinaliza uma interrupção do crescimento ou início de queda dessas hospitalizações no Sudeste, nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e em boa parte da região Centro-Oeste, como no Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul. Também integram a lista, alguns estados do Norte, sendo Acre, Amapá e Tocantins, e do Nordeste, como Ceará, Maranhão e Pernambuco.
“Ainda assim, é importante ressaltar que a incidência dessas hospitalizações permanece alta na maioria desses estados, o que requer atenção”, reforça a pesquisadora.
Em 2025, já foram notificados 110.412 casos de SRAG, 51,5% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 26,3% foram de influenza A e apenas 1,1% de influenza B. Por outro lado, 45,4% foram de vírus sincicial respiratório, 22% de rinovírus e 8,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
A Câmara dos Deputados terá 18 novas cadeiras a partir da próxima legislatura, em 2027, passando de 513 para 531 parlamentares. A mudança, aprovada por ampla maioria no Congresso Nacional nesta quarta-feira (25), foi motivada pela atualização do Censo Demográfico de 2022 e busca corrigir a defasagem na representação proporcional dos estados. No entanto, segundo especialistas ouvidos pelo Brasil 61, a solução política encontrada — aumentar sem reduzir — traz consequências mais profundas do que aparenta.
“A decisão foi pragmática: não quiseram mexer nos grupos políticos já existentes. Aumentaram para quem tem direito, mas não cortaram de ninguém. Isso afeta diretamente o equilíbrio de forças no Congresso”, afirma o advogado eleitoral Antônio Ribeiro, membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep).
A nova configuração atende à regra de proporcionalidade populacional prevista na Constituição, segundo a qual o número de deputados por estado deve ser ajustado conforme o tamanho da população. Com base no Censo 2022, os seguintes estados terão aumento de cadeiras:
Originalmente, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) previa uma redistribuição de cadeiras, com alguns estados ganhando representantes e outros perdendo — conforme a variação populacional. Mas o Congresso decidiu manter o mínimo de oito e o máximo de 70 deputados por estado, sem retirar assentos de unidades federativas que tiveram decréscimo populacional.
“O STF determinou que a representação estava desatualizada. Mas, para não comprar briga com estados que perderiam cadeiras, o Congresso ampliou o total, preservando os interesses políticos regionais”, explica o advogado eleitoral Alexandre Rollo, doutor em Direito das Relações Sociais.
Para ele, a decisão, embora constitucional, abre um precedente perigoso: “Se a cada novo censo aumentarmos o número de cadeiras para evitar conflitos, teremos um Congresso inchado e com governabilidade cada vez mais difícil”.
A alteração deve influenciar diretamente na correlação de forças dentro da Câmara, embora o efeito prático vá depender da próxima eleição. Estados como Santa Catarina, com perfil político mais conservador, tendem a eleger bancadas alinhadas à direita, ampliando o espaço de partidos como PL, PP e Republicanos. Já no Pará, que ganhou quatro cadeiras, a tendência é de fortalecimento de partidos de centro, como MDB, União Brasil e PSD.
“Esses novos assentos representam, na prática, o fortalecimento de grupos já bem posicionados nos estados. O crescimento do Centrão também é esperado, especialmente porque muitos candidatos estão migrando para partidos com estrutura nacional mais sólida”, afirma Ribeiro.
A nova distribuição também pode impactar as decisões legislativas nos próximos anos. Em votações polêmicas, como reformas econômicas ou pautas de costumes, os estados que ganharam mais força podem influenciar o resultado final.
“Mesmo que a divisão interna de partidos se mantenha, o número maior de deputados exige mais negociação. O presidente da República, seja quem for, precisará dialogar com mais lideranças, e isso encarece a governabilidade”, avalia Rollo. “Mais deputados significa também mais cargos, mais emendas, mais espaço para disputas internas.”
Além da Câmara, a ampliação afeta a composição das assembleias legislativas estaduais, uma vez que o número de deputados estaduais é proporcional ao número de federais por estado. O Senado, por sua vez, não é impactado, pois cada unidade da federação segue com três representantes fixos.
(Fonte: TSE – Dados atualizados até maio de 2025)
Partido/Federação/Nº de Deputados
No 1º trimestre deste ano, 28,5 milhões de pessoas estavam ocupadas no agronegócio brasileiro. O número está associado ao crescimento da mão de obra nos segmentos de insumos (10,2%), agroindústria (4,8%) e agrosserviços (2,4%). Os dados integram o boletim Mercado de Trabalho no Agronegócio, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Conforme a publicação, o número representa um recorde da série histórica, que teve início em 2012.
Em relação à participação do setor do agronegócio no total de ocupações do Brasil, o percentual foi de 26,23% nos primeiros três meses de 2025.
No que diz respeito aos insumos, o resultado foi impulsionado especialmente pela indústria de rações. Já nas agroindústrias, têm destaque as contribuições das indústrias de vestuário e acessórios, etanol, moagem e produtos amiláceos e abate de animais, de acordo com o boletim.
Em relação ao mesmo período de 2024, a população ocupada cresceu 0,6%, equivalente a 171,1 mil pessoas.
Quando comparada ao 4º trimestre de 2024, a quantidade de pessoas ocupadas no agronegócio cresceu 1,1%. Segundo a publicação, o montante equivale a 312,5 mil trabalhadores a mais no setor, principalmente no setor de agrosserviços.
Outra alta identificada no setor foi em relação aos rendimentos mensais dos empregados do agronegócio. Os trabalhadores ganharam 0,4% a mais frente ao 4° trimestre do ano passado. Já em relação ao 1º trimestre de 2024, os rendimentos avançaram 2,2%.
A publicação traz, ainda, o perfil da mão de obra que impulsionou o aumento de brasileiros trabalhando no setor – comparando com 2024. Em ambas as comparações, foi observado que o aumento da população ocupada do agronegócio foi puxado por: