Influenza

29/05/2023 18:00h

Desde janeiro deste ano, o Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul realizou 2.295 ações de vigilância ativa

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Devido ao decreto de estado de emergência zoossanitária no Brasil pelos próximos 180 dias, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) tem intensificado a vigilância sobre a disseminação da influenza aviária (H5N1) no estado do Rio Grande do Sul.

A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, Rosane Collares, explica que as atividades de vigilância ostensivas servem principalmente para que se tenha uma segurança de como está a situação sanitária das aves. 

“Nessas atividades são feitas visitas às propriedades rurais, onde se faz a parte da educação sanitária com o produtor rural, principalmente sobre o tópico de observação de qualquer sinal que seja diferente da normalidade do comportamento das aves para notificação imediata para o serviço veterinário oficial”, completa.

Até o momento, no país, foram diagnosticados três casos de contaminação pelo vírus H5N1 em aves silvestres migratórias no Rio de Janeiro e mais 3 casos no Espírito Santo. Todas as aves infectadas são da mesma espécie, a Thalasseus acuflavidus, ou trinta-réis-de-bando como é conhecida popularmente.

O veterinário Lucas Edel comenta que ainda não houve registro da doença em aves de criação no Brasil, apenas em aves migratórias. “Mas todos os cuidados estão sendo ainda realizados para que faça o monitoramento, se está tendo circulação nas aves domésticas aqui do nosso território”, afirma. 

De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, o Serviço Veterinário Oficial do estado realizou 2.295 ações de vigilância ativa desde janeiro de 2023. Estima-se que 1,82 milhão de aves foram observadas. Também foram realizadas 1.680 ações de educação sanitária, com alcance estimado de 949 mil pessoas. Nas ações de vigilância ativa, houve cinco suspeitas fundamentadas, mas todas foram descartadas.

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23/05/2023 19:55h

Decisão de estado de emergência zoosanitária no território nacional é assertiva e sua eficácia dependerá de como a população e o setor produtivo irão aderir às medidas de proteção. É o que defende o consultor de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias

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O vírus H5N1 é definido como um vírus da influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, porque ele está presente em algumas espécies de aves, principalmente migratórias. É o que explica Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Na última segunda-feira (22), o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, declarou estado de emergência zoosanitária em todo o território nacional em função da detecção da infecção pelo vírus em aves silvestres no Brasil. A medida foi publicada na edição extra do Diário Oficial da União, na Portaria nº 587.

 Marilda Siqueira esclarece que o vírus H1N5 até o momento foi capaz de infectar poucos humanos, porém ainda não conseguiu fazer a adaptação necessária para ser transmitido de um humano a outro, pois ele se difere dos outros vírus sazonais em humanos, como a H1N1.  “Principalmente em algumas diferenças nos genomas desses vírus, que se refletem nessas proteínas de superfície e que fazem e permitem que eles possam ocasionar uma maior ou menor gravidade nos humanos, dependendo dessas características genômicas deles e dependendo também da adaptação que eles tenham ou não nos humanos e na resposta naturalmente imune que nós podemos fornecer contra este vírus”, argumenta.

A declaração do estado de emergência é válida por 180 dias. E é uma medida para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana. Para o consultor de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a decisão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) de emplacar estado de emergência é assertiva.

“Conscientizar a população de que não se deve pegar nessas aves contaminadas, conscientizar as granjas, o setor produtivo, para que reforce as medidas de proteção e as medidas de segurança, para efetivamente impedir a entrada deste problema no sistema industrial brasileiro, nas granjas comerciais”,  explica.

O consultor avalia que a eficácia da medida imposta pelo Mapa irá depender de como a população e o setor produtivo irão aderir às medidas de proteção. Porém, em questões de biosseguridade, o Brasil tem uma larga vantagem na comparação com diversos países ao redor do mundo. 

Iglesias também pontua que até o momento não houve nenhum impacto econômico e só haverá se o vírus atingir e se espalhar por granjas comerciais, do contrário, o país não terá problemas econômicos em relação a isso. 

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23/05/2023 17:15h

População tem sofrido com surto de doenças provocadas pelos vírus sincicial respiratório (VSR) e de influenzas A e B e covid-19

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O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência nos 16 municípios do estado do Amapá devido a um surto de doenças respiratórias provocadas pelos vírus sincicial respiratório (VSR), além das influenzas A e B e o covid-19.

Estão na lista as cidades de Amapá, Calçoene, Cutias, Ferreira Gomes, Itaubal, Laranjal do Jari, Macapá, Mazagão, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Pracuuba, Santana, Serra do Navio, Tartarugalzinho e Vitória do Jari.

A portaria que oficializa a medida foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (23)

“No sábado, o governador do Amapá, Clécio Luís, fez a demanda à Defesa Civil Nacional e já na segunda-feira assinamos o decreto de reconhecimento da situação de emergência para que o MIDR, o Ministério da Saúde e outros órgãos federais possam atuar na resolução do problema”, destacou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

Em reunião nessa segunda-feira com o ministro Waldez Góes, o vice-governador do Amapá, Antônio Teles Júnior, agradeceu o pronto apoio do Governo Federal. “Muito obrigado aos representantes do Governo Federal que estão no Amapá auxiliando o governo do estado e a sensibilidade do presidente Lula e do governo em atuar, de forma coordenada, com os estados brasileiros. É fundamental que possamos ter esse apoio para o enfrentamento a essa situação”, afirmou.

No momento, 1.493 cidades em todo o País estão em situação de emergência devido a desastres e podem solicitar recursos federais para ações de defesa civil.

Como solicitar recursos federais para ações de defesa civil

Cidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pela Defesa Civil Nacional estão aptas a solicitar recursos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para atendimento à população afetada.

As ações envolvem socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada. A solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD).

Com base nas informações enviadas, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com a valor ser liberado.

Capacitações da Defesa Civil Nacional

A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. 

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16/05/2023 16:30h

Por meio de nota, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou estado de alerta para aumentar a mobilização do setor privado e de todo o serviço veterinário oficial para incrementar a preparação nacional e aumentar a vigilância sobre a pandemia de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade

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Foram detectados 3 casos do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) - H5N1 em aves silvestres no litoral do Espírito Santo. Diante da notificação feita pelo Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica - ES, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) iniciou investigação sobre a suspeita do vírus, também conhecido como gripe aviária. 

O que é Influenza Aviária de Alta Patogenicidade

Lucas Edel, médico veterinário explica que a Influenza Aviária é dividida por duas formas, uma com alta patogenicidade e uma com baixa patogenicidade. “A patogenicidade é a capacidade que aquele vírus tem de causar a doença naquele indivíduo. Então essa IAAP a gente observa que existe maior probabilidade do animal ou pessoa que entrarem em contato desenvolverem a doença”, avalia.

O veterinário também expõe que pelo vírus ser considerado uma zoonose, existe risco de transmissão dos animais para os humanos. “Essa infecção pode ocorrer por meio de contato direto com secreções dessas aves ou por meio de alguns utensílios que foram utilizados no manejo daquelas aves”, completa.

Por meio de nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou que “o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declara estado de alerta para aumentar a mobilização do setor privado e de todo o serviço veterinário oficial para incrementar a preparação nacional, aumentando a vigilância sobre a pandemia de IAAP”.

Segundo a nota, a notificação da infecção pelo vírus em aves silvestres não afeta a condição do Brasil como país livre de IAAP e os demais países membros da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) não devem impor proibições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.

Fernando Henrique Iglesias, consultor do SAFRAS & Mercado, afirma que por se tratar de uma doença de aves selvagens, ela não irá gerar impacto em relação ao mercado no Brasil. 

“O Brasil não perde seu estado sanitário, não há risco algum no consumo de produtos avícolas, ou seja, não há risco no consumo de carne, frango, ovos, etc. Ela só trará prejuízos ao Brasil, se porventura a doença atingir granjas comerciais e entrar na cadeia produtiva brasileira”, esclarece. 

Iglesias também pontua que o país é grande uma potência em termos de seguridade e está adotando todas as normativas da OMSA, o que tem permitido uma boa resposta à doença, pois o Brasil segue as principais normas de biosseguridade para evitar a propagação do vírus.

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Saúde
28/04/2023 15:20h

A meta é vacinar, pelo menos, 90% de cada um dos grupos da campanha

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Em apenas duas semanas, o Brasil obteve a marca de mais de 10 milhões de pessoas vacinadas contra a gripe. Inicialmente, o público-alvo da campanha de vacinação está voltado a grupos prioritários, que contém aproximadamente 81 milhões de pessoas. A campanha faz parte da ação “Movimento Nacional pela Vacinação", lançada em fevereiro, para retomar as altas coberturas vacinais no país.

Nos últimos anos, houve um aumento expressivo na quantidade de casos de gripe (Influenza) registrados, o que reforça ainda mais a importância da vacinação para evitar complicações e mortes, principalmente nas pessoas com maior risco de desenvolver quadros graves da doença.

Até o momento, cerca de 5,8 milhões de doses foram aplicadas em idosos, um dos principais grupos de prioridades. 

A imunização através da vacinação não exclui a possibilidade de adquirir a carga viral da gripe, mas evita que a doença se complique, principalmente em grupos de riscos _ é o que explica o infectologista Dalcy Albuqurque. 

“Com a imunização você reduz a quantidade de pessoas que adoecem, mas no caso da gripe, como na Covid, a gente sempre fez muito esse paralelo: mais importante do que não adoecer, é não complicar. Então a vacina da gripe é mais efetiva para impedir você de ter uma complicação da gripe do que de adoecer”, afirmou o infectologista. 

Este ano, mais de mil casos da doença já foram registrados, além de 87 mortes. 

A moradora do Recanto das Emas, no DF, Edite Moreira (52) ,explica que todos os anos renova a sua vacinação contra a gripe, já que a atualização vacinal permite que se evitem complicações graves de saúde. 

“Eu tomo a vacina da gripe já há bastante tempo. Já tenho o costume. Antes, eu pensava que a vacinação era pra evitar qualquer gripe e resfriado, mas agora tomo porque sei que evita casos graves da doença”, afirmou a brigadista. 

Vacinação de crianças

Todas as crianças que receberam pelo menos uma dose da vacina Influenza (gripe) em anos anteriores, devem receber uma dose em 2023. Para a população infantil indígena e/ou com comorbidades, a vacina está indicada para aqueles com seis meses a menores de nove anos de idade.

Grupos prioritários

Desde o início da campanha, o Ministério da Saúde contemplou todos os grupos considerados vulneráveis, sendo eles: 

  • Idosos 
  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);
  • Gestantes e puérperas Povos indígenas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Professores das escolas públicas e privadas;
  • Pessoas com comorbidades;
  • Pessoas com deficiência permanente
  • Forças de segurança e salvamento;
  • Forças Armadas;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
  • Trabalhadores portuários;
  • Funcionários do sistema prisional;
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
  • População privada de liberdade.

Vale lembrar que a vacinação contra a gripe está disponível em todas as unidades básicas de saúde do SUS. 

 

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12/04/2023 18:45h

Mais de 80 milhões de brasileiros fazem parte do grupo prioritário para a vacinação contra a influenza

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Com o objetivo de prevenir a disseminação da gripe e suas complicações em todo o país, o Ministério da Saúde  promove a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. O público-alvo são pessoas com mais de seis meses de idade e grupos de risco, como idosos, gestantes, crianças pequenas, profissionais de saúde e pessoas com doenças crônicas.

Em 2022, apenas 68% do público-alvo foi imunizado contra a gripe. Para reverter esse cenário, a meta é vacinar 90% do grupo prioritário em 2023. Mais de 80 milhões de brasileiros fazem parte deste grupo. 

Julival Ribeiro, infectologista, indica que a campanha de vacinação no Brasil é a melhor estratégia para prevenir formas graves do vírus no país.

“Portanto ela deve ser tomada por toda a população que esteja indicada. Nesse momento, o programa do Ministério da Saúde está recomendando sobretudo para gestantes, puérperas, pessoas imunossuprimidas com doenças crônicas, indígenas, profissionais de saúde entre outros”, explica.

De acordo com a pasta, em 2019 a cobertura vacinal contra a gripe atingiu 91% e em 2020 95% do público-alvo. Porém, em 2021 houve queda no índice de vacinação, que refletiu em apenas 72% do público- alvo vacinado. Em 2023, foram registrados 1,3 mil casos da doença e 87 mortes confirmadas. 

Em 2021, 901 pessoas morreram devido a complicações da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causada pela Influenza e em 2022, o número de mortes registradas foi de 1.612. Nos últimos dois anos, o número de mortes pela doença aumentou  78%. 

Maria Cristina, estudante de 13 anos e moradora do Gama (DF), cidade-satélite do DF, conta que mesmo sendo nova,procura deixar a caderneta de vacinação sempre em dia e não deixa de tomar o imunizante. “Eu acho a vacina uma coisa muito importante, porque ela deixa a gente imunizada. E vai evitar que peguemos gripes muito fortes”.

Documentos necessários para a vacinação

  • Documento de identificação;
  • Cartão de vacinação;
  • Crachá, contracheque ou outro documento comprobatório (para pessoas de categoria profissional).

Grupos prioritários da vacinação contra gripe

  • Idosos com 60 anos e mais;
  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);
  • Gestantes e puérperas;
  • Povos indígenas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Professores das escolas públicas e privadas;
  • Pessoas com comorbidades;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Forças de segurança e salvamento;
  • Forças armadas;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
  • Trabalhadores portuários;
  • Funcionários do sistema prisional;
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade,sob medidas socioeducativas;
  • População privada de liberdade.
     
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14/03/2023 15:35h

A medida acontece por conta das particularidades da região. Os grupos prioritários são os mesmos das outras campanhas

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O Ministério da Saúde anunciou que antecipará a vacinação contra a Influenza na região Norte. O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade, na última sexta-feira (10). As primeiras remessas do imunizante devem chegar ainda esta semana na região. 

Tradicionalmente, a vacinação contra a influenza começa em todo o país no mês de abril, mas a ministra  atendeu a uma reivindicação dos governos estaduais, já que o vírus circula em diferentes épocas em cada estado. 

"O Brasil é muito desigual, e não se pode ter um calendário único de vacinação. Nós estamos antecipando na Região Norte porque lá eles sofrem com a questão do vírus de influenza de forma antecipada. A visão é buscar, tanto quanto possível, atender às diferenças regionais no Brasil", explicou a ministra.

De acordo com a infectologista da Unicamp, Raquel Stucchi,  é muito importante fazer um calendário vacinal diferente em cada estado, porque o Brasil é um país de dimensões continentais e a circulação do vírus da influenza não acontece de uma forma uniforme em todo país.

“A região Norte do país costuma ter a circulação do vírus influenza no início do ano (agora), muitas vezes nos primeiros meses do ano e por isso está correta a decisão do Ministério da Saúde em antecipar a vacinação do hemisfério norte para o mês março e início de abril. Já nas outras regiões do país, a circulação maior acontece no final do outono e início do inverno”, afirmou a infectologista.

A infectologista ainda afirma que a vacinação é de extrema importância para todos os públicos alvos, em especial as gestantes e os imunossuprimidos para evitar uma complicação mais grave e situações de óbito.  

“A vacinação contra a influenza é extremamente importante porque nós sabemos que alguns grupos populações - então extremo de idade, gestante, imunossuprimidos, são pessoas pessoas que têm um risco aumentado de ter doenças graves de necessidade de internação ou poder inclusive vir a óbito pela infecção pelo vírus influenza, então estar vacinado é diminuir os riscos dessas complicações e morte pelo vírus inflexível”, completou Stucchi. 

O quantitativo de vacina varia conforme os grupos prioritários de cada estado. 

  • Amapá: 264 mil doses;
  • Roraima: 296 mil doses;
  • Acre: 318 mil doses;
  • Tocantins: 550 mil doses;
  • Rondônia: 594 mil doses;
  • Amazonas: 1,7 milhão de doses;
  • Pará: 2,7 milhões de doses.

No restante do país, a vacinação segue normalmente conforme previsto no calendário vacinal. No entanto, os grupos prioritários são os mesmos em todo o Brasil.

  • Crianças com idades de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Gestantes;
  • Puérperas;
  • Povos indígenas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas maiores de 60 anos;
  • Professores de escolas públicas e privadas;
  • Pessoas com doenças crônicas;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Profissionais das forças de segurança e salvamento;
  • Integrantes das Forças Armadas;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores de transporte rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
  • Trabalhadores portuários;
  • Funcionários do sistema prisional;
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
  • População privada de liberdade.
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19/02/2023 21:33h

É esperado um aumento do número de casos de doenças infectocontagiosas logo após as festividades

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Durante o carnaval, é comum os foliões se aglomerarem em bloquinhos, além das arquibancadas e camarotes para ver o desfile das escolas de samba. Por conta desse aumento do contato humano, é preciso tomar alguns cuidados contra a gripe e a Covid-19.

O cenário atual é positivo. Segundo dados mais recentes do Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), diferentemente do carnaval dos 2 anos anteriores, a maioria das regiões do país mantém queda ou está em uma situação compatível com a oscilação natural de casos graves de problemas respiratórios.

Além disso, o número de casos e mortes pela Covid-19 tem registrado queda no país. No último dia 12, o Brasil não registrou nenhuma morte pela doença em 24 horas, pela primeira vez em 3 anos. 

Apesar da situação mais controlada, o pesquisador da Fiocruz Marcelo Gomes alerta que, em eventos com grande aglomeração, como o carnaval, a transmissão de vírus respiratórios é facilitada. Por isso, ele faz recomendações aos foliões:

“Quem está com algum sintoma sugestivo de infecção respiratória vale a pena fazer o resguardo, ficar em casa, evitar os blocos, os eventos, as celebrações, as comemorações de carnaval para evitar eventualmente estar passando para outras pessoas, facilitando o processo de aumento no número de casos na sua localidade.” 

Rodrigo Calazans, arquivista de 32 anos, conta que vai curtir o carnaval em Brasília (DF). Depois de 3 anos de pandemia, ele está feliz em finalmente poder festejar nos bloquinhos, mas não deixou de lado os cuidados contra o coronavírus. 

“Eu tomei as quatro doses da vacina de Covid-19. Além de tentar tomar todos os cuidados - passar álcool em gel, tentar ter um pouco de distanciamento - não vou deixar também de me alegrar, porque depois de 2 anos, nós vamos ter finalmente um carnaval com blocos e estou bastante feliz.”

O professor de epidemiologia da Universidade de Brasília (UnB) Walter Ramalho ressalta que a principal forma de prevenir é a vacinação, especialmente o esquema completo contra a Covid-19 e o imunizante contra a gripe.

Amazonas

O Boletim InfoGripe da Fiocruz registrou um aumento de casos positivos de Influenza A e Covid-19 no estado do Amazonas nas últimas semanas. Apesar do volume ainda ser relativamente baixo - e não refletir a média nacional -, pode indicar o início de uma temporada de crescimento dos casos. 

O epidemiologista Walter Ramalho explica que as regiões Norte, Sul e Sudeste apresentam momentos sazonais e aumento do risco para doenças respiratórias em épocas diferentes do ano. 

“Então seria importante observar [essa sazonalidade] e fazer algumas campanhas diferenciadas no Brasil. A gente sabe que campanhas de vacinação são muito caras. Mas, em um momento posterior, talvez fosse interessante que o Programa Nacional de Imunização possa fazer uma estratégia diferenciada de abordagem às pessoas para poder oportunizar esses momentos de antecipação da sessão das ondas de risco para a Influenza.” 

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Pós-carnaval

Segundo Walter Ramalho, é esperado um aumento do número de casos de doenças infectocontagiosas, como gripe e Covid-19, logo após as festas de carnaval. E alguns fatores contribuem para esse aumento.

“Além da contaminação propriamente dita das infecções, a gente também tem, por parte dos foliões mais festivos, uma queda muito grande da imunidade, porque as pessoas deixam de se alimentar, deixam de dormir e fazem o uso muito forte de bebidas alcoólicas. [Há] diminuição também da ingesta de líquidos. Enfim, há uma diminuição da imunidade natural das pessoas e um choque imunológico importante das doenças infectocontagiosas.  Então realmente isso é um período importante sob o ponto de vista epidemiológico no Brasil.”

Campanha de Vacinação

O Ministério da Saúde anunciou o início de uma campanha de vacinação contra a Covid-19 em 27 de fevereiro, logo após o período do carnaval. Inicialmente devem se vacinar idosos com mais de 60 anos, gestantes e puérperas, imunocomprometidos, pessoas com deficiências, internos em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas e profissionais da saúde.

O pesquisador da Fiocruz Marcelo Gomes afirma que já é esperado um aumento de casos de Covid-19 este ano no Brasil. Por isso, ele destaca a importância da campanha de vacinação neste momento. 

“Quem está em atraso com a sua quantidade de doses de acordo com a sua faixa etária, com o seu estado de saúde, deve buscar informação, ir atrás, ficar em dia com a quantidade de doses recomendadas para o seu caso particular, para que quando chegar esse momento - caso ele chegue - a gente esteja com a proteção adequada.”

O Ministério da Saúde ainda não detalhou a data de vacinação de cada grupo. A meta é vacinar 90% do grupo prioritário. 

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28/10/2022 18:50h

Outros imunizantes, como o da gripe, também já estão sendo aprovados pela Anvisa para 2023

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Já chegou ao Brasil o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 para crianças com comorbidades na faixa etária de 6 meses a 3 anos. Ao todo, 1 milhão de doses produzidas pela Pfizer foram autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) 

A remessa ainda será analisada pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), onde passará pelo controle de qualidade. A partir da próxima segunda-feira, o Ministério da Saúde vai divulgar, por meio de nota técnica, as orientações para aplicação, público-alvo e distribuição das vacinas por estado e para o Distrito Federal. 

Este primeiro lote será exclusivo  para crianças com comorbidades, mas já cria nos pais uma expectativa quanto à vacinação de todos os pequenos na mesma faixa etária. A administradora Vanessa Valadares é mãe da Elis Maria, de 2 anos e 4 meses. Ela nasceu no auge da pandemia, em 2020. Desde que recebeu a primeira dose, a mãe sonha com o dia em que a filha também vai ser imunizada.

“Nesse momento, receber essa notícia da chegada da vacina para menores de três anos é um sentimento de alívio. Com certeza, assim que possível, a Elis vai estar nas primeiras filas para ter o direito dela à vida, o direito dela à proteção, a poder andar segura nos lugares diante de uma doença tão contagiosa e letal. 

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Vacina da gripe 2023

Além da chegada das doses de Covid pediátrica, a Anvisa aprovou a composição das vacinas contra Influenza a serem usadas no Brasil no ano que vem. A mudança da composição das cepas das vacinas de influenza é fundamental para que o imunizante continue eficiente, já que os vírus sofrem mutações e se adaptam com o passar do tempo. 

Para aumentar a eficiência da vacina, a Organização Mundial da Saúde (OMS) analisa todos os subtipos de vírus de gripe em circulação com maior intensidade e, assim, define como será a produção das doses. A infectologista Joana D`arc Gonçalves, explica como será a vacina disponível no ano que vem. 

"O que está circulando na Europa agora, os vírus que circulam lá, são os vírus que vão nos infectar aqui no inverno. Então, a vacina que a gente vai começar a campanha no ano que vem já é uma vacina que vai proteger contra essas cepas que estão circulando nos locais onde agora é inverno", esclarece a médica.  

Infecções respiratórias 

De acordo com o último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz, o vírus Influenza A foi responsável por 24,6 % dos casos de doenças respiratórias nas últimas quatro semanas. Já o vírus da Covid-19 causou 26,4% das doenças no mesmo período. 

O estado de São Paulo e o Distrito Federal registraram o maior volume absoluto de positivos para influenza nas últimas semanas, e servem de alerta para outros estados, já que possuem grande fluxo interestadual de passageiros. 

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03/06/2022 19:59h

Público-alvo pode se vacinar até o dia 24 de junho, depois disso, as doses que sobraram serão disponibilizadas a toda população

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Idosos, professores, crianças entre seis meses e quatro anos e todos grupos prioritários da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe e o Sarampo podem procurar os postos de vacina de todo o Brasil até o dia 24 de junho. A prorrogação da campanha foi anunciada nesta quinta-feira (02) pelo Ministério da Saúde e tem o objetivo de aumentar a cobertura vacinal contra as duas doenças. Apenas 44% do público esperado pelo Ministério da Saúde foi vacinado. 

O infectologista Hemerson Luz destaca a importância da imunização contra a gripe e o sarampo. “A gripe e o sarampo são doenças causadas por vírus. São potencialmente graves, podem evoluir de forma desfavorável, principalmente nos grupos de risco. A vacinação é uma forma de prevenção muito importante. É necessário ter uma cobertura vacinal elevada para diminuir a disseminação do vírus, pois essas doenças têm uma alta capacidade de transmissão.”

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforça que as vacinas disponíveis gratuitamente em todos os 50 mil postos de vacinação espalhados pelo país.

"As vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde e nas salas de vacinação. Seja as vacinas contra a gripe, seja a vacina tríplice viral, que [protege contra] sarampo, caxumba, rubéola, e a vacina da pólio. Então, há um pacote de vacinas que são disponibilizadas à população brasileira, como uma política pública. Há aquela fase em que nós fazemos uma campanha, que é para fazer um chamamento à população para que busque essas vacinas, que são importantes. No caso da gripe, para diminuir as síndromes respiratórias agudas.”

Público prioritário da vacina da gripe

  • Idosos acima de 60 anos;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias);
  • Gestantes e puérperas;
  • Povos indígenas;
  • Professores;
  • Pessoas com comorbidades;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Forças de segurança e salvamento e Forças Armadas;
  • Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
  • Trabalhadores portuários;
  • Funcionários do sistema prisional;
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
  • População privada de liberdade.

Baixa adesão

Ao todo, 77 milhões de brasileiros fazem parte dos grupos prioritários contra a gripe. Mas até agora, a cobertura vacinal só atingiu 44%. Dentre os imunizados está a professora do Governo do Distrito Federal, Danielle Lemos.

“Sou professora. Então é uma classe que fica muito exposta devido ao grande número de alunos. Ainda mais nessa época que o inverno chega, sabemos que as doenças respiratórias tomam conta dos hospitais. E apesar de estarmos muito envolvidos com a questão da Covid-19, sabemos que ainda existem numerosos registros de óbito por influenza. Então não podemos deixar de lado essa arma que temos para lutar contra essas doenças respiratórias, que são tão comuns nessa época”, aconselha.

O Ministério da Saúde informa que após o dia 25 de junho, toda a população com mais de 6 meses pode se vacinar contra a gripe, enquanto durarem os estoques. Ao todo foram distribuídas 80 milhões de doses aos estados e municípios.

Qual a relação entre doenças e o frio? Quais são as mais comuns no inverno?

Sarampo

A imunização contra o sarampo já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e está disponível durante todo o ano. A campanha para o público-alvo teve início no dia 4 de abril.

Público-alvo da vacina do sarampo

  • Trabalhadores da saúde;
  • Crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias);

É possível conferir a cobertura vacinal contra a gripe e o sarampo, além da distribuição das doses pelos estados, na plataforma LocalizaSus.

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