Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo

Vacinação contra gripe será estendida até 29 de fevereiro de 2024 para a região Norte

Segundo o Ministério da Saúde, foram distribuídas 7 milhões de doses da vacina influenza trivalente e a estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas

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A vacinação contra a gripe nos estados da região Norte será estendida até 29 de fevereiro de 2024. Até outubro deste ano, o Brasil registrou 11.749 casos de influenza e 1.117 mortes, sendo que a região Norte  apresentou 631 casos e 88 mortes relacionadas à doença. As informações são do Ministério da Saúde.

A prorrogação da vacina visa enfrentar o “inverno amazônico”, período com maior circulação viral e de transmissão da gripe na região Norte, reduzindo complicações, internações e mortalidade decorrentes das infecções pelos vírus da influenza na região.

Conforme o Ministério da Saúde, para a campanha foram distribuídas 7 milhões de doses da vacina influenza trivalente e a estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas. Até o momento, foram aplicadas 717 mil doses nos sete estados da região Norte.

Segundo a pasta, é “importante” retomar as altas coberturas vacinais, que diminuíram ao longo dos anos. Em 2020, a cobertura vacinal foi de 95%, enquanto em 2021 e 2022, foram de 72% e 68%. Em contrapartida, o número de casos de Influenza registrou aumento entre esses anos, com 7,2 mil afetados em 2021 para mais de 12 mil no ano passado.

Mais de 80 milhões de brasileiros fazem parte do grupo prioritário e devem procurar os serviços de saúde para receber a vacina, de acordo com a pasta. Dentre os grupos prioritários que podem se vacinar estão:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
  • Trabalhadores da Saúde;
  • Gestantes;
  • Puérperas;
  • Professores dos ensinos básico e superior;
  • Povos indígenas;
  • Idosos com 60 anos ou mais;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
  • Trabalhadores portuários
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  •  População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A vacina também ajuda a proteger aqueles que são mais vulneráveis às doenças graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza.

A fabricação da vacina envolve o uso de vírus inativados, fragmentados e purificados — o que significa que a vacina não tem a capacidade de induzir o desenvolvimento da doença.

Influenza

De acordo com o Ministério da Saúde, a gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Dentre os principais sintomas da influenza estão: dor no corpo, febre, coriza, tosse, podendo evoluir com sinusite até pneumonia. A intensidade e variação dos sintomas podem depender do quadro clínico e da imunidade de cada pessoa.

Já a transmissão ocorre por via respiratória, por gotícula, ou seja, pelo contato perto de pessoas doentes, tossindo, espirrando ou por secreções. O médico infectologista Werciley Júnior alerta sobre a importância da vacinação contra a gripe.

“A vacinação sempre tem que ser incentivada nesse sentido, para aumentar a adesão das pessoas. A gente sabe que tem que aumentar principalmente a população de risco: crianças menores que 5 anos, imunocomprometidos, pessoas que já têm baixa imunidade e pessoas idosas. Essa é uma população que tem que receber vacina. Então, a única maneira de prevenir, além da vacinação habitual, seria de as pessoas fazer higiene. Quem estiver gripado, evitar frequentar aglomerações, fazer higiene de mãos e proteção também”, diz.

O infectologista ressalta ainda que a população deve ficar atenta aos primeiros sinais da infecção para tomar as providências.

“A população também tem que ficar alerta aos primeiros indícios de sintomas para que possa usar a medicação chamada Oseltamivir, que pode fazer o bloqueio também dos quadros graves - Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de Síndrome Gripal (SG)”, explica.

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