Gripe aviária

16/02/2024 21:15h

Aves migratórias são acompanhadas de perto por biólogos para monitorar o avanço da doença no país

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Dois novos casos de gripe aviária foram registrados no Brasil, segundo o Ministério da Agricultura. A atualização está na plataforma digital da pasta. Com os dois novos casos, desde maio de 23, o país já contabiliza 151 casos da doença em animais silvestres — sendo que 147 foram em pássaros e quatro em leões-marinhos. 

Todos os casos encontrados desde o ano passado foram detectados em aves silvestres, ou seja, longe das cadeias produtivas. Os mais recentes foram no Rio Grande Sul e no estado do Rio de Janeiro. Para Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), “os novos casos são iguais aos outros mais de cem que apareceram em 2023, mas é preciso estar atento, pois a doença não acabou.” 

Brasil: país livre da gripe aviária 

É importante destacar que o Brasil ainda mantém o status de livre da influenza aviária de alta patogenicidade, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que nunca foi registrado nenhum caso da doença em aves comerciais do setor produtivo.
Mesmo com os novos casos, o status sanitário do Brasil não muda. Mas para o presidente da ABPA, aproveita o momento para reforçar os cuidados que precisam ser tomados. 

“Os cuidados são aqueles básicos. Primeiro: da higienização das pessoas que estão em contato direto com as fazendas e com os animais. Além disso, é importante trocar calçados antes de entrar no aviário e não entrar com a mesma roupa que você estava do lado de fora. Lavar bem as mãos e revisar o telamento — que são as telas que protegem os aviários — também é fundamental.” 

Santin ainda ressalta que é fundamental evitar o contato de animais domésticos com as aves. Para os veículos que entram nas granjas vale tomar o cuidado conhecido como o pedilúvio — que é a higienização das rodas dos veículos que entram nesses locais de criação. E, acima de tudo, evitar qualquer visita desnecessária às granjas — essas visitas devem estar restritas aos técnicos e trabalhadores do local. 

Monitoramento constante desde 2023

Segundo a coordenadora do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Instituto Argonauta, a bióloga Carla Barbosa, registrada no CRBio-01, desde o ano passado — quando os primeiros casos de gripe aviária chegaram ao Chile e ao Uruguai — as aves marinhas brasileiras vêm sendo monitoradas. A preocupação era que a doença entrasse no país pelo Sul.

“O que não aconteceu. Os primeiros casos que a gente teve no Brasil foram no Espírito Santo e em Ubatuba. Por isso nós não conseguimos descobrir que caminho as aves faziam para chegar ao nosso litoral.” A coordenadora explica que as aves marinhas, a partir de agora, terão que ser constantemente monitoradas. 

“Hoje estamos ainda em observação das aves, acompanhando todas as aves — principalmente as migratórias — mas também as aves reincidentes, para poder acompanhar o andamento do vírus e saber como ele está se comportando.”  

Transmissão para humanos 

Vale lembrar que, segundo o Ministério da Agricultura e Organização Mundial de Saúde (OMS), não há registros de contaminação de gripe aviária a partir do consumo de frango ou ovos devidamente preparados. E, até hoje, nenhum caso da doença foi registrado em humanos no Brasil.
 

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10/11/2023 04:45h

Com o surgimento de novos focos, ministro Carlos Fávaro assina decreto para evitar que doença se espalhe

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) prorrogou por mais 180 dias o estado de emergência no país por causa da influenza aviária — detectada em aves silvestres, de subsistência e mamíferos aquáticos. A medida, por meio da Portaria nº 624, permite que o governo trabalhe de forma rápida para evitar que o vírus se espalhe. 

Até o momento, o Brasil tem 143 focos da doença e 17 investigações em andamento. Não foi detectado nenhum registro de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em animais de produção, o que significa que não há impacto na comercialização e no consumo.

No território nacional, o primeiro caso foi detectado em uma ave silvestre, no dia 15 de maio de 2023. A maioria dos focos está no Sul e Sudeste do país. Lideram a lista as cidades de Vila Velha (ES), com sete casos; Itanhaém (SP), Santos (SP) e São João da Barra (RJ), com seis registros cada; e São Sebastião (SP), com cinco.

No início de outubro, 50 mamíferos marinhos foram encontrados mortos em uma praia no município de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, infectados pelo vírus. 

A veterinária Dandara Franco explica que a doença afeta principalmente aves domésticas e silvestres. “É um vírus de ampla distribuição em diversos locais do mundo e, ocasionalmente, afeta os mamíferos. As aves migratórias são hospedeiras naturais e por isso é importante a monitoração desses animais”, afirma. 

Decreto

A emergência zoossanitária no Brasil já havia sido decretada pelo Mapa, em 22 de maio deste ano, pouco depois do registro do primeiro caso, para evitar que a doença chegue à produção de aves comerciais, além de preservar a saúde humana e a fauna. 

O professor de medicina veterinária da Universidade de Brasília (UnB) Cristiano Barros de Melo diz que o cenário não piorou desde o primeiro decreto, mas como os casos continuam surgindo houve a prorrogação. “Quando há uma doença infecciosa dessa natureza, considerada transnacional, que a gente sabe quando começa mas não quando termina, há a necessidade de prorrogar esse quadro de emergência zoossanitária”, avalia. 

Com o decreto em vigência, o governo pode mobilizar verbas da União e fazer articulação com outros ministérios, organizações governamentais nas instâncias federal, estadual e municipal para evitar a disseminação da doença pelo país. 

A recomendação do Ministério da Agricultura para a população também continua. Em caso de encontrar aves e mamíferos marinhos doentes ou mortos é preciso acionar os órgãos responsáveis do município ou o serviço veterinário mais próximo.
 

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03/11/2023 21:00h

Em uma única praia, 50 mamíferos marinhos foram encontrados mortos no Rio Grande do Sul

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Os casos de influenza aviária no Brasil acendem um alerta para o assunto, principalmente porque no início deste ano a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) emitiu uma nota sobre surtos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em aves nos países das Américas. 

No mês de outubro, 50 mamíferos marinhos foram encontrados mortos em uma praia no município de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul. 

No território nacional, o primeiro caso foi detectado em uma ave silvestre, no dia 15 de maio de 2023. Até o momento, são 138 focos de IAAP, a maioria no sul e sudeste do país, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária. 

Lideram a lista as cidades de Vila Velha (ES), que contabiliza sete casos; Itanhaém (SP), Santos (SP) e São João da Barra (RJ), com seis registros cada; e São Sebastião (SP), com cinco. 

No entanto, o MAPA, que acompanha a situação periodicamente, afirma que não há comprometimento na condição do Brasil como país livre de IAAP para o comércio, já que a maioria dos animais infectados são classificados como silvestres e foram confirmados apenas três focos por aves de subsistência - criadas para consumo próprio. 

As aves migratórias, responsáveis por trazer a doença para o país e infectar os animais marinhos, são hospedeiras naturais que contribuem para o ciclo de vida do vírus e muitas vezes são assintomáticas. 

O professor de medicina veterinária da Universidade de Brasília (UnB) Cristiano Barros de Melo reforça que os registros preocupam do ponto de vista da população animal, mas que em um primeiro momento não significa um risco para o país. “Aqui no Brasil nunca tivemos esse agente infeccioso, então o país se preparou para contornar esse problema da melhor forma”, analisa. 

Ele alerta ainda que quem encontrar um mamífero marinho doente ou morto não deve ter contato com o animal de forma alguma. “Mesmo com a aparência saudável, esse mamífero pode estar contaminado e passar para humanos e bichos de estimação. O que deve ser feito imediatamente é informar os órgãos competentes da cidade para que seja realizado um estudo e diagnóstico”, complementa. 

Outras medidas preventivas são necessárias para evitar que a doença se espalhe, como explica a médica veterinária Dandara Franco. “No âmbito agrícola, tem que pensar em medidas de biossegurança para limitar o contato entre as aves de produção e silvestres. No ambiente domiciliar, para quem tem pets, é recomendável mantê-los dentro de casa, evitar voos livres e fazer o check-up periódico com um profissional especializado”, recomenda.  

O Ministério da Agricultura destaca ainda que o consumo de carnes e ovos não traz risco para a saúde e, até o momento, não foi registrado nenhum caso da doença em seres humanos e que infecções em pessoas são ocorrências raras.
 

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21/09/2023 17:30h

Segundo economista ouvido pelo Brasil 61, a medida pode causar uma sobreoferta dos produtos no estado

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O Japão  — segundo maior importador de carnes de aves do Brasil — suspendeu temporariamente as importações de ovos, aves vivas, carne de aves e seus subprodutos do estado de Mato Grosso do Sul. A medida veio logo após o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) confirmar o primeiro foco da gripe aviária em uma criação de aves domésticas de subsistência no estado.

Em comunicado, o Mapa informou que a “comercialização com os demais estados continua normalmente”. A pasta ainda ressaltou, que até o momento, não existe “nenhum foco confirmado da doença em produção comercial” e que o país segue com “status livre de influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”, diz em nota.

Dados da Comex Stat  — um sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro — indicam que de janeiro a agosto de 2023, o Brasil exportou 3,2 toneladas de carnes de aves. A China é o principal destino da carne de frango brasileira, representando 19% dos principais destinos. Até agosto deste ano, o Brasil exportou US$ 1,19 bilhão para o país chinês. Em seguida vem o Japão, correspondendo a 11% com valor de US$ 664 milhões.

Segundo levantamento do AgroStat (sistema de estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), Mato Grosso do Sul exporta ao país 18,4% de sua produção de carne de frango.

Para o economista Pedro Garrido, os impactos da suspensão para o estado são de ordem econômica e comercial.

“Uma vez que as exportações provenientes do estado de Mato Grosso, de carne de frango, devem ser afetadas negativamente, então eventuais embarques futuros devem ser suspensos de maneira temporária, enquanto durar essa proibição por parte do Japão”, diz.

De acordo com Garrido, a medida pode não ter impacto significativo sobre o consumidor brasileiro. “Apenas pode existir eventualmente uma maior oferta de carne de frango por causa da impossibilidade de exportações provenientes do estado do Mato Grosso do Sul. Então, haveria, em tese, maior oferta de carne de frango internamente, mas isso aconteceria em função de uma continuidade relevante no tempo desse impedimento de exportações para o Japão”, explica.

No entanto, o economista ressalta que o governo brasileiro deve negociar com o governo japonês para que a suspensão não crie uma eventual barreira comercial entre os países.

“Cabe ao governo brasileiro controlar uma eventual disseminação da influenza aviária, apesar de não ter havido contaminação por aves que são utilizadas comercialmente, mas cabe ver essa contenção de uma possível disseminação da influenza. E cabe também negociar com o governo japonês para que a suspensão que foi criada sobre a produção brasileira no estado do Mato Grosso Sul não se torne uma barreira comercial criada para eventualmente uma proteção dentro do mercado japonês”, afirma.
 

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21/09/2023 02:00h

Segundo o Ministério da Agricultura, no total, há 106 casos da doença no país

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 Mato Grosso do Sul registrou o primeiro caso de ave infectada com o vírus da gripe aviária (IAAP - H5N1). Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o foco foi registrado em uma criação de aves domésticas de subsistência, em Bonito, município localizado a 297,4 km da capital. Este é o terceiro caso em aves de subsistência detectado no Brasil.

O Ministério da Agricultura informou que medidas sanitárias estão sendo aplicadas pelo Serviço Veterinário Oficial para contenção e erradicação do foco. Além disso, as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região foram intensificadas. Segundo a pasta, “não há estabelecimentos avícolas industriais nas áreas de risco epidemiológico ao redor do foco”.

Conforme a nota do MAPA, o foco confirmado de gripe aviária em aves domésticas não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. “O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros”, diz a nota.

No número total de focos confirmados do vírus no Brasil há 106, sendo 103 em aves silvestres e 3 de aves domésticas de subsistência. De acordo com o Ministério da Agricultura, há outras quatro investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

Dos casos investigados, um é em criação doméstica em uma galinha em Lucas do Rio Verde (MT), outro em uma galinha em Jerônimo Monteiro (ES), um em uma galinha em Castanhal (PA)e uma fragata em Macau (RN).

A médica veterinária Pamela Fernandes alerta que, apesar da gripe aviária afetar principalmente aves domésticas e silvestres, pode infectar também o homem.

“A gripe aviária é uma gripe que acomete as aves, porém também é considerada uma zoonose porque ela transmite para o ser humano e no ser humano. Ela tem os mesmos sintomas de uma gripe comum e a forma de contaminação dessa gripe é tendo contato direto com aves contaminadas”, diz

A recomendação do Ministério da Agricultura é de evitar contato com aves doentes ou mortas e acionar imediatamente os serviços veterinários mais próximos para o devido registro e suporte.
 
 

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15/09/2023 17:14h

Medida Provisória permite novas ações em situações de enfrentamento de emergências fitossanitárias ou zoossanitárias

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Por meio de Medida Provisória, o Governo Federal atualizou nesta semana as medidas que podem ser tomadas para enfrentar emergências fitossanitárias ou zoossanitárias de que trata a Lei n° 12.873/2013, que autoriza a declaração de estado de emergência relacionado à defesa agropecuária. Em maio, o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência em todo o território nacional por causa da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres no país. 

A partir da MP, autoridades públicas do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária podem adotar várias medidas, como estudo ou investigação epidemiológica e restrição excepcional e temporária de trânsito de produtos agropecuários, independentemente do modal logístico, no território nacional e internacional. Realização ou determinação de realização compulsória de ações de mitigação e controle fitossanitário ou zoossanitário também foram estabelecidas pela medida, entre outras ações.

O professor Paulo Eduardo Brandão, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), explica um pouco sobre a doença  e sua gravidade. “É uma doença altamente letal e transmissível para aves, com grandíssimo impacto em produção, em avicultura, produção de frangos e produção de ovos. É uma doença que ameaça a economia de vários países que dependem desse tipo de produção, e é uma doença que também é caracterizada como impactante sobre aves de vida livre, aves silvestres — e que raríssimamente se traduz em problemas para a saúde humana”, elucidou.

O painel para consulta de casos confirmados da doença, do Ministério da Agricultura e Pecuária, contabiliza na tarde desta quinta-feira 97 focos. Desses, 95 são em aves silvestres e 2 em aves  de subsistência. Nenhum caso foi registrado em aves comerciais. Os focos foram registrados na Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo

Comércio de aves está normal

A doença é de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias explica que o comércio exterior de carne teve alguns contratempos, mas por enquanto tudo segue normal. 

“Nós tivemos alguns contratempos em relação ao mercado japonês no decorrer do ano, fechamentos temporários de Santa Catarina e do Espírito Santo, mas já foi tudo revertido, tudo solucionado, não gerou maiores percalços aqui para o Brasil. Lembrando o seguinte: o protocolo da OMSA vislumbra no caso embargos e situações mais problemáticas de mercado em casos de influenza aviária em aves comerciais, enquanto as aves selvagens ou aves de fundo de quintal, aves de subsistência, forem as infectadas com a doença, não há maiores problemas para o Brasil”, afirmou.

A influenza aviária traz graves consequências ao comércio internacional de produtos avícolas. Atualmente, segundo a Associação Brasileira  de Proteína Animal (ABPA), o Brasil é o maior exportador de carne de frango para o mundo, atendendo 145 países.  

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04/09/2023 17:15h

O decreto foi publicado pelo governador do estado, Helder Barbalho, na última segunda-feira (28) e tem validade de seis meses

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O Pará está em estado de Emergência Zoossanitária para prevenir a Influenza Aviária H5N1 de Alta Patogenicidade (IAAP), a gripe aviária. O decreto foi publicado pelo governador do estado, Helder Barbalho, na última segunda-feira (28) e tem validade de 180 dias.

O Diretor Geral da ADEPARÁ, Jamir Macedo, explica que essa é uma medida preventiva, de controle, monitoramento e análise de risco em função da doença em aves silvestres, marinhas e domésticas para evitar a disseminação em criações de subsistência e na avicultura industrial, e consequentemente conter danos à saúde pública.

“É uma medida cautelar de prevenção tudo para que a gente possa intensificar as ações de vigilância e acompanhamento das propriedades rurais que produzem aves e também dos sítios e rotas de águas migratórias. É muito importante frisar que no estado do Pará nós não temos a ocorrência de nenhum caso positivo para influência viária. Entretanto, no Brasil e em outros estados já foi constatado a circulação viral em aves silvestres. E como o estado do Pará possui três rotas de aves migratórias é muito importante a intensificação das ações de vigilância e coleta de amostras nesses sítios de produção e nas granjas comerciais e granjas de subsistência. Essas medidas são importantes para que a gente evite com que o vírus entre no estado e caso haja detecção que a gente possa atuar de maneira rápida, de maneira eficaz, evitando assim maiores prejuízos para nossa produção”, explicou. 

Esta medida atende à orientação do Mapa sugerida no dia 20 de julho de 2023. Outros 13 estados decretaram Estado de Emergência: Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Sergipe, Piauí, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas.

O diretor ainda ressalta a importância de notificar aos órgãos competentes a identificação de comportamentos suspeitos em algumas espécies. 

“Caso você, produtor, ou a população em geral, identifique um com comportamento diferente ou um comportamento que não é apropriado ou não é comum para a espécie, que você possa procurar a nossa unidade local mais próxima. Nós estamos nos 144 municípios e nós vamos ter uma equipe de prontidão para registrar sua notificação e em seguida ir até o local para fazer a inspeção das aves e consequentemente a coleta de material”, ressaltou Macedo.

Municípios paraenses, instituições privadas, federações, associações, sindicatos, órgãos e entidades da administração estadual devem observar as orientações expedidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) para prevenir a ocorrência e mitigar os danos causados pela doença.
 

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25/08/2023 04:00h

O Grupo de Trabalho (GT) é sediado na Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), na capital baiana

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A Bahia criou o Comitê de Enfrentamento para combater e controlar a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), também conhecida como gripe aviária. O Grupo de Trabalho (GT) é sediado na Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), na capital baiana.

O coordenador do Programa de Sanidade Avícola da Adab, José Klinger, avalia que o objetivo do comitê é agregar todos os órgãos e entidades privadas para que as ações sejam executadas de forma coordenada e de acordo com a competência de cada um. 

“Por exemplo, a Adab faz a vigilância dos animais, das propriedades, faz a coordenação para instalar as barreiras, faz também a coleta de material e o envio ao laboratório. Temos também a Secretaria Estadual de Saúde que faz o monitoramento das pessoas que tiveram contato com as aves doentes”, explica. 

De acordo com informações do Ministério da Agricultura (Mapa), desde a confirmação do primeiro caso de gripe aviária no Brasil em maio de 2023, após a declaração de estado de emergência zoossanitária em âmbito nacional, foram realizadas mais de 1.700 investigações relacionadas à doença. Dos 420 exemplares coletados pelos técnicos do Mapa, 80 testaram positivo para o vírus da influenza aviária.

Klinger ressalta que as ações do GT visam especificamente a contenção e eliminação do foco de influenza aviária. “Resultando em menor prejuízo o retorno ao status livre de influenza aviária no menor tempo possível. Vale ressaltar que a Bahia não tem casos de influenza aviária em suas granjas comerciais, ou na criação de fundo de quintal e subsistência”, aponta. 

O coordenador esclarece que caso ocorra algum caso de influenza aviária nas granjas comerciais ou nas de fundo de quintal, será implementado o plano de contingência que visa eliminar o foco no menor tempo possível. 

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09/08/2023 15:20h

Mesmo com a declaração de emergência zoosanitária no estado, Goiás ainda não possui nenhum registro de gripe aviária

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A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) divulgou o Decreto nº 10.297 que estabelece a situação de emergência zoossanitária em Goiás, visando mitigar o risco da gripe aviária no estado. Em maio deste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já havia declarado estado de emergência em todo o país. 

O decreto estadual terá validade de 180 dias a partir da data de sua publicação. Seu objetivo principal é possibilitar que o estado adote e intensifique medidas de conscientização, prevenção, monitoramento e combate à gripe aviária em território goiano.

Até o momento, Goiás não registrou casos de influenza aviária, mas o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, defende que decretar estado de emergência nesse momento é importante para o contingenciamento de algum foco que possa surgir no estado. 

“Depois do surgimento dos dois primeiros casos em criatório de subsistência em Santa Catarina e também no Espírito Santo, nós por precaução prevenindo a entrada do vírus em Goiás também resolvemos decretar. Isso traz para nós uma maior autonomia na mobilização de recursos no caso de uma emergência de contingenciamento, de algum foco que por acaso possa surgir dentro do território goiano” explicou. 

A medida provisória (MPV) 1.177/2023, publicada pela União, abre crédito extraordinário de R$200 milhões no Orçamento de 2023 para o combate à gripe aviária. O recurso será usado no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

Em Goiás, o governo estadual aportou recursos na Agrodefesa para permitir a execução de ações de prevenção e de conscientização sobre a Influenza Aviária. A verba federal permitirá ampliar as medidas adotadas.

O presidente ainda afirma que o estado é rota migratória de diversas aves, por isso a importância dos cuidados com a doença. 

“O risco ele existe mesmo porque alguns estados litorâneos já foram detectados vários casos e Goiás também é rota migratória de algumas aves de espécies  migratórias. Então principalmente ali sobre o Araguaia nós temos uma rota de aves migratórias. Mas nesse sentido nós estamos adotando, reforçando todas as medidas de biosseguridade — e as nossas granjas comerciais que há mais de uma década já vêm se preparando. Então a nossa agricultura ela já tem uma certa maturidade sanitária já no sentido de prevenir a entrada desse vírus dentro dos nossos criatórios comerciais”, afirmou Ramos. 

A gripe aviária é uma doença causada por vírus, que pode ser transmitida pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, bem como pelo contato com aves doentes e o acesso de pessoas alheias às criações comerciais. 

Apesar do surgimentos de alguns casos em outros estados, o presidente da Agrodefesa tranquiliza a população. 

“A população pode ficar tranquila em relação ao consumo de carne de frango ou de ovos, porque o estado de Goiás, os nossos plantéis comerciais estão livre do vírus — então não existe qualquer risco para o consumo dos produtos oriundos da avicultura”, concluiu. 

Além disso, ele revela que  Goiás já tem adotado medidas para evitar a chegada da Influenza Aviária no estado. No dia 2 de junho deste ano, entrou em vigor a Portaria nº 209, da Agrodefesa, que estabeleceu a suspensão da criação de aves ao ar livre, sem as contenções, por telas com dimensões adequadas.

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31/07/2023 18:50h

O estado de São Paulo registra aves silvestres com a doença em oito municípios

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A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), do governo de São Paulo, informa que dois Trinta-réis-de-bando apresentaram resultado positivo para influenza aviária de alta patogenicidade. Com esses novos casos, o estado de São Paulo registra aves silvestres com a doença nos municípios de Ubatuba, Caraguatatuba, Guarujá, Santos, São Sebastião, São Paulo, Praia Grande e agora em Itanhaém.

A médica veterinária Pamela Fernandes explica que a influenza aviária, também conhecida como “gripe aviária”, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves domésticas e silvestres. Porém, pode infectar ocasionalmente mamíferos, como ratos, gatos, suínos e o homem.

“A gripe aviária é uma gripe que acomete as aves, porém também é considerada uma zoonose porque ela transmite para o ser humano e no ser humano. Ela tem os mesmos sintomas de uma gripe comum e a forma de contaminação dessa gripe é tendo contato direto com aves contaminadas”, aponta a veterinária.

A recomendação é de que a população siga as orientações do Serviço Veterinário Oficial (SVO) e não toque em aves que possam apresentar os sintomas clínicos. O consumo de carne de aves e ovos não transmitem a doença.

Avicultores

Pamela Fernandes ainda informa que a introdução da doença em uma região ocorre por meio das aves migratórias, que carregam o vírus. Por isso, o contato de aves silvestres infectadas com aves domésticas é a principal causa de surtos da doença na avicultura. 

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os avicultores podem proteger suas aves da influenza aviária reforçando as medidas de biossegurança na granja. As principais recomendações são:

  • Preserve as estruturas de proteção dos aviários, incubatórios, fontes de água e fábricas de ração para evitar contato com aves silvestres, roedores e outros animais;
  • Evite visitas de pessoas e veículos na granja e instale aviso de ‘Entrada Proibida’;
  • Siga as medidas de desinfecção de equipamentos e de roupas usadas na granja;
  • Procure manter sua criação fechada pelo menos na época de migração de aves vindas da América do Norte, de novembro a março;
  • Mantenha sempre limpa a área ao redor dos aviários e instalações sem entulhos.

Em caso de alta mortalidade em um lote de aves (maior ou igual a 10% em até 72 horas) e sinais clínicos como andar cambaleante, torcicolo e dificuldade respiratória , deve-se notificar à Unidade Veterinária Local mais próxima.

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