sec6

22/11/2025 04:05h

Estudo divulgado na COP30 revela que grupos como o CV e o PCC estão em 45% dos municípios da região, com forte ligação entre narcotráfico, desmatamento e garimpo ilegal

Baixar áudio

Um novo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado durante a COP30, revela uma expansão significativa das facções criminosas na Amazônia Legal. De acordo com a 4ª edição do estudo Cartografias da Violência na Amazônia, o número de municípios sob influência de organizações como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) saltou de 260 para 344 em 2025, um aumento de 32%. 

Isso significa que 45% dos 772 municípios da Amazônia Legal têm presença de facções criminosas. O estudo identificou 17 facções ativas na região, entre nacionais e internacionais, indicando um panorama complexo e fragmentado.

Principais dados por grupo

  • O Comando Vermelho (CV) está presente em 286 municípios, sendo dominante em 202 deles e em disputa em outros 84.
  • O PCC tem influência direta em 90 cidades da Amazônia: 31 em hegemonia e 59 em disputa. 

Além deles, facções regionais como Bonde dos 40 (B40), Tropa do Castelar, Familia Terror do Amapá e ainda organizações estrangeiras como o Tren de Aragua (Venezuela) e Estado Maior Central (Colômbia) também atuam na região. 

Municípios mais impactados

O relatório do FBSP destaca alguns municípios particularmente afetados:

  • Vila Bela da Santíssima Trindade (MT): município pequeno, estratégico para o tráfico por sua proximidade com a Bolívia. Lá, o número de assassinatos subiu de 12 (em 2022) para 42 (em 2024), em parte atribuído ao domínio do CV sobre o garimpo ilegal. 
  • Rio Preto da Eva (AM): enfrentou forte disputa entre o PCC e o CV até meados de 2024; indícios apontam para o monopólio do CV atualmente.
  • São Félix do Xingu (PA): classificado como município médio, sofre com sobreposição de desmatamento, conflitos por terra, presença de facções e até terras indígenas. 
  • Sorriso (MT): cidade grande e importante para o agronegócio, lidera em taxa de mortes violentas, com 77,7 homicídios por 100 mil habitantes, segundo o estudo.
  • Outros municípios destacados pela violência e conflito com facções: Coari, Iranduba, Tabatinga e Santa Inês (AM), além de Altamira e Itaituba (PA).


Intersecção com crimes ambientais

O relatório também chama atenção para a forma como o crime organizado se articula com a exploração ilegal da floresta:

  • As facções não se limitam ao tráfico de drogas: atuam na extração mineral ilegal, no desmatamento e no garimpo.
  • Em Mato Grosso, por exemplo, o CV passou a cobrar mensalidades de garimpeiros que operam balsas e escavadeiras, sob ameaça de violência para quem não pagar. A lógica de domínio é territorial e financeira: as facções criam uma “simbiose” entre poder bélico (violência) e poder econômico (exploração ilegal de recursos).

Violência letal

Em 2024, foram registradas 8.047 mortes violentas intencionais na Amazônia Legal. 

  • A taxa de homicídios regional ficou em 27,3 por 100 mil habitantes, 31% acima da média nacional.
  • O estado mais letal foi o Amapá, com taxa de 45,1 homicídios por 100 mil habitantes.
  • Quanto às mulheres: 586 mulheres foram assassinadas em 2024 na Amazônia Legal, com uma taxa de 4,1 por 100 mil, 21,8% acima da média nacional. Mato Grosso teve a taxa feminina mais alta (5,3). 

Implicações

O avanço das facções na Amazônia legal traz riscos não só de segurança, mas ambientais e sociais:

  • A presença criminosa concentra-se em territórios estratégicos, como áreas de garimpo, reservas indígenas e regiões remotas de desmatamento. 
  • A expansão pode minar os esforços de governança climática, já que o crime organizado se apropria de rotas de tráfico para lavar dinheiro por meio do desmatamento.

As informações são da Agência Brasil.
 

Copiar textoCopiar o texto
19/11/2025 04:45h

Com novos acordos, MPor e Embraer ampliam a cooperação internacional e atraem investimentos para o setor aéreo brasileiro

Baixar áudio

Durante agenda oficial em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Embraer anunciaram a venda de até 20 novos jatos comerciais, além de novas parcerias estratégicas na área de Defesa. O encontro teve como objetivo ampliar a cooperação bilateral e apresentar um portfólio de oportunidades de investimento nos setores portuário e aeroviário do Brasil.

A comitiva brasileira é liderada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e conta com a presença do presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto. Também integram a delegação o titular da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Daniel Longo, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Faierstein.

Costa Filho destacou o compromisso do país com a integração internacional e a segurança da aviação civil. 

“Iniciamos diálogos fundamentais para ampliar nossa conectividade e discutimos a segurança do espaço aéreo global, pauta prioritária para o Brasil. Estamos aqui para mostrar que o Brasil é um parceiro seguro, previsível e aberto a investimentos que gerem desenvolvimento e aproximem nossas nações”, disse.

Acordos

Entre os acordos firmados, destaca-se o contrato com a Air Côte d’Ivoire, companhia aérea nacional da Costa do Marfim, que encomendou quatro aeronaves E175, com direito de compra para oito unidades adicionais. O início das entregas está previsto para o primeiro semestre de 2027.

Outra proposta foi celebrada com a Helvetic Airways, da Suíça, que formalizou um novo pedido para três jatos E195-E2, com direitos de compra adicionais para cinco aeronaves. A primeira entrega está estimada para o final de 2026.

“A Embraer é um grande ativo para o Brasil e eu não tenho dúvida de que, com esses novos acordos, a companhia se fortalece cada vez mais no cenário mundial. A produção de novas aeronaves significa novos negócios sendo abertos e mais empregos sendo gerados no nosso país”, avaliou o ministro Silvio Costa Filho.

MoUs

Além dos contratos comerciais, a Embraer assinou dois Memorandos de Entendimento (MoUs) com as empresas Advanced Military Maintenance, Repair and Overhaul Center (AMMROC) e Global Aerospace Logistics (GAL), ambas sediadas nos Emirados Árabes. 

Os acordos representam um passo significativo para a expansão da presença da Embraer Defesa e suporte no Oriente Médio.

Encontros com autoridades

A programação em Dubai incluiu também encontros com autoridades locais. Entre os temas discutidos, estiveram:

  • Investimentos dos Emirados Árabes Unidos na produção do combustível sustentável de aviação (SAF) no Brasil; 
  • Expansão da conectividade entre Brasil e EAU, com a ampliação dos serviços para Dubai e o restabelecimento de rotas para Abu Dhabi; 
  • Atração de investimentos para a melhoria da infraestrutura aeroportuária brasileira
  • Cooperação técnica no desenvolvimento de eVTOLs (veículos elétricos de decolagem e aterrissagem vertical); 
  • Eleições para o Conselho da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI).

VEJA MAIS:

Copiar textoCopiar o texto
14/11/2025 04:25h

De autoria do deputado Murilo Galdino (Republicanos-PB), a proposta segue agora para sanção presidencial

Baixar áudio

O Plenário do Senado aprovou, na quarta-feira (12), com urgência, o PL 1.546/2024. O projeto de lei proíbe que valores de mensalidades de associações (como clubes, sindicatos e entre outros) sejam descontados diretamente na folha de pagamento do benefício administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Mesmo com a autorização do beneficiário, a assinatura deverá ser feita por outro meio de pagamento, como boletos bancários e transferências. 

O texto, de autoria do deputado Murilo Galdino (Republicanos-PB) e relatoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), também acaba com a possibilidade de antecipação do pagamento de dívidas no crédito consignado e garante o ressarcimento aos beneficiários que tiveram valores descontados indevidamente. A proposta, que foi aprovada por unanimidade, é vista de forma positiva, com a expectativa de acabar com os golpes que atingem um público mais vulnerável, e muitas vezes, sem acesso a informação.

O projeto agora segue para sanção presidencial.

Principais pontos do Projeto de Lei

  • Proíbe descontos automáticos de mensalidades de associações diretamente nos benefícios pagos pelo INSS, mesmo com autorização do beneficiário;
  • Permite que essas contribuições sejam pagas apenas por outros meios, como boleto bancário;
  • Encerra a possibilidade de antecipar o pagamento de dívidas de empréstimos consignados;
  • Reforça a proteção de aposentados e pensionistas contra fraudes e descontos indevidos;
  • Garante que os beneficiários recebam o valor integral de seus benefícios, sem descontos automáticos.

As informações são da Agência Senado.
 

 

Copiar textoCopiar o texto
12/11/2025 15:00h

Painel do Banco da Amazônia para discutir tema reuniu representantes do governo federal, iniciativa privada e instituições financeiras; discussões focaram em construir modelo voltado a valorizar a floresta e as comunidades amazônicas

Baixar áudio

Representantes do governo federal, da iniciativa privada e de instituições financeiras se mobilizaram para discutir a bioeconomia na Amazônia durante a programação desta terça-feira (11) na COP30, em Belém (PA). No pavilhão do Banco da Amazônia, na Green Zone, as discussões focaram em construir um modelo de desenvolvimento sustentável voltado a valorizar a floresta e as comunidades amazônicas.

Considerando as dificuldades regionais enfrentadas pela população da Amazônia, bem como a riqueza da floresta e suas oportunidades, a gerente executiva de Negócios Sustentáveis do Banco da Amazônia, Samara Farias, destacou que discutir bioeconomia é essencial para os amazônidas.

“É fundamental que a gente faça esse debate, porque há uma necessidade crescente na Amazônia de pensarmos um modelo econômico que alinhe o desenvolvimento social das comunidades com a preservação da floresta, que tem na sua diversidade a maior riqueza. A bioeconomia tem esse potencial – de gerar investimentos e oportunidades a partir da própria biodiversidade”, disse.

Na avaliação dela, as soluções para os desafios regionais devem ser multisetoriais e envolver diferentes atores, desde produtores locais até representantes da iniciativa privada e da comunidade internacional.

“São desafios que não pertencem apenas à Amazônia brasileira, mas a todo o mundo. E o papel do governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, é essencial para construir essa visão transversal da bioeconomia como pilar do novo modelo de desenvolvimento da região”, acrescentou Farias.

Avanço de política públicas para o setor

Os esforços do governo federal em prol da valorização da bioeconomia como motor de desenvolvimento sustentável para a região também foram destacados. 

Na avaliação do coordenador-geral de Desenvolvimento da Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, William Saab, o momento marca um avanço histórico nas políticas públicas do setor – como o anúncio do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia, do governo federal. 

“O Brasil está fazendo anúncios importantes aqui na COP30, como o Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia, que contempla componentes de socioeconomia, biomassa, bioindústria e sistemas terrestres e aquáticos. É um plano construído de forma participativa, com 16 órgãos do governo e 17 entidades da sociedade civil, um verdadeiro exercício de diálogo e escuta”, compartilhou.

Além do Plano Nacional, Saab mencionou outras iniciativas do governo, como a Taxonomia Sustentável Brasileira, o Plano Clima e o programa Ecoinvest – liderado pelo Ministério da Fazenda. Segundo ele, as ações demonstram o compromisso do país com uma transição ecológica justa. “Ter a COP30 sediada em Belém é motivo de comemoração e reconhecimento do protagonismo da Amazônia nesse processo”, completou.

Dia da Bieconomia

A programação do Dia da Bioeconomia na COP30 contou com diversas atividades promovidas no pavilhão do Banco, como debates sobre o uso da biomassa para produção de energia, biocombustíveis sustentáveis e as vozes da bioeconomia, reunindo produtores e investidores da região. 
 

Copiar textoCopiar o texto
11/11/2025 04:15h

Medida também se aplica a quem ganha R$ 600 mil anuais. Para especialistas em direito tributário, forma de compensação promove, inicialmente, um desequilíbrio fiscal

Baixar áudio

Já aprovado pelo Congresso Nacional, o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais aguarda sanção do presidente da República. A proposta também reduz alíquotas para salários de R$ 5.000,01 a R$ 7.350. 

Como forma de compensar os cofres públicos pela perda de arrecadação, a proposta, estabelecida no PL 1.087/2025, aumenta a taxação do que o governo considera como altas rendas, a partir de R$ 600.000 anuais. 

Nesse caso, a matéria prevê uma progressão, que parte de 0% e chega a 10% para rendimentos acima de R$ 1,2 milhão por ano, incluindo dividendos. Por exemplo, quem ganha R$ 900 mil anuais pagará 5%, que corresponde a R$ 45 mil. 

Na avaliação do advogado especialista em direito tributário, Matheus Almeida, essa tributação afetará a formação de poupança e o reinvestimento da classe empreendedora que, segundo ele, já tem o desafio de se manter em dia com as tributações sobre o empreendimento. 

“Além de onerar excessivamente aquela pessoa que já ostenta um risco próprio de empreender no nosso país, que é o risco Brasil, a carga tributária, esses 10% a mais, sem sombra de dúvida, vão afetar a poupança e o reinvestimento sim, porque são 10% a menos que ficam no mercado circulando, porque quem empreende naturalmente, por si só já toma riscos, já busca outros negócios para investir”, pontua.

“Nós precisamos ter esse olhar e essa consciência de que esse empresário já fez a sua contribuição. Porque, para ele distribuir acima de R$ 600 mil de dividendos por ano, é uma empresa que fatura R$ 1 milhão, R$ 2 milhões, que tem 10, 15, 20, 30 funcionários, que tem uma cadeia de impostos na pessoa jurídica já muito alta. Então, sobrecarregar esse empreendedor é uma medida que, lá na frente, vai cobrar um preço muito caro. Não faz sentido onerar quem já foi onerado, para compensar uma medida que também já deveria ter sido feita.” complementa Almeida.

Trabalho: veja ranking dos municípios com maior nível de ocupação

13º salário: empresas têm até 30 de novembro para pagar primeira parcela aos trabalhadores

Pelo que prevê a proposta, em regra, serão considerados todos os rendimentos recebidos no ano calendário, inclusive os tributados de forma exclusiva ou definitiva e os isentos ou sujeitos à alíquota zero ou reduzida.

Em relação à base de cálculo ampla, o projeto permite deduzir os seguintes rendimentos específicos, conforme informações do Senado Federal:

  • parcela isenta relativa à atividade rural; 
  • ganhos de capital, exceto os de operações realizadas em bolsa ou no mercado de balcão organizado sujeitas à tributação com base no ganho líquido no Brasil; 
  • Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA) tributados exclusivamente na fonte, desde que o contribuinte não tenha optado pelo ajuste anual; 
  • valores recebidos por doação em adiantamento da legítima ou herança; 
  • rendimentos de contas de depósitos de poupança; 
  • remuneração produzida pelos seguintes títulos e valores mobiliários: LCI; CRI; CDA; WA; CDCA; LCA; CRA; CPR; LIG; LCD; os relacionados a projetos de investimento e infraestrutura; os fundos de investimento que investem nesses projetos e o FIP-IE e o FIP-PD&I; 
  • rendimentos distribuídos pelos Fundos de Investimento Imobiliário e pelos Fiagros cujas cotas sejam admitidas à negociação exclusivamente em bolsas de valores ou no mercado de balcão organizado e que tenham, no mínimo, 100 cotistas; 
  • valores recebidos a título de indenização por acidente de trabalho, por danos materiais ou morais, ressalvados os lucros cessantes; 
  • rendimentos isentos de que trata os incisos 14 e 21 do artigo sexto da Lei 7.713, de 1988; 
  • rendimentos de títulos e valores mobiliários isentos ou sujeitos à alíquota zero do IR, exceto os de ações e demais participações societárias; 
  • lucros e dividendos relativos a resultados apurados até o ano-calendário de 2025, caso a distribuição seja aprovada até 31 de dezembro de 2025 e ocorra nos anos-calendário de 2026, 2027 e 2028; e 
  • repasses obrigatórios efetuados previstos em lei, incidentes sobre os emolumentos, no caso da atividade exercida pelos titulares cartórios.

Possível desequilíbrio fiscal 

Mesmo que a medida prometa um alívio para a faixa da população que ganha até R$ 5 mil, essa alteração provoca certa preocupação acerca dos efeitos na arrecadação pública e o risco de desequilíbrio fiscal no curto prazo. Nesse caso, o advogado tributarista Marco Antônio Ruzene, chama atenção para os impactos fiscais da medida.

“O projeto implica em uma renúncia fiscal e representa uma perda relevante de arrecadação”, pontua. Segundo Ruzene, mesmo com a medida compensatória anunciada, é possível que a mudança promova um risco de desequilíbrio fiscal no curto prazo.

“Porém, diante do proposto escalonamento da cobrança desses tributos, com início apenas em 2026 para os dividendos, parte dessa receita compensatória será adiada, o que pode gerar um desequilíbrio temporário. Portanto, a compensação precisa ser suficiente no médio prazo, mas, no curto prazo, pode ocorrer um pequeno desequilíbrio na arrecadação”, considera. 

A proposta altera as Leis do Imposto sobre a Renda (Lei 9.250, de 1995 e Lei 9.249, de 1995) para criar um redutor, a partir de janeiro de 2026. Atualmente, a isenção do Imposto de Renda alcança somente aqueles que ganham até R$ 3.076. No total, a matéria trata de uma renúncia de R$ 25,4 bilhões em receita do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF), o que corresponde a cerca de 10% dos quase R$ 227 bilhões arrecadados com o tributo. 

A partir de 2027, a ideia é que seja concedida a isenção do IRPF anual, com base no ano-calendário de 2026, para quem tiver rendimentos anuais tributáveis de até R$ 60.000. Aqueles com rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste anual entre R$ 60.000,01 a R$ 88.200 vão contar com uma redução parcial, de forma decrescente quanto maior for a renda.

Impacto nos cofres municipais 

Com a perda de arrecadação, estados, Distrito Federal e municípios deverão ser compensados das reduções com o aumento de receitas dos respectivos Fundos de Participação. Porém, em meio aos debates sobre o tema, a Confederação Nacional de Municípios (CNM), tem questionado sobre como essa compensação será efetivada. 

A entidade considera que um dos principais problemas é a de natureza operacional. O PL não esclarece os mecanismos de compensação, limitando-se a apresentar somente uma previsão vaga sobre como essa compensação será feita. 

Como os municípios são responsáveis pela arrecadação do Imposto de Renda sobre os salários de seus servidores, esses entes terão uma perda de R$ 5,1 bilhões na referida receita, de acordo com estimativas da CNM.
 

Copiar textoCopiar o texto
09/11/2025 04:05h

Já são R$2,4 bilhões devolvidos a 3,6 milhões de aposentados e pensionistas

Baixar áudio

O prazo para a contestação de descontos indevidos em benefícios do INSS de aposentados e pensionistas termina em 14 de novembro,  próxima sexta-feira. Já são mais de 5,9 milhões de contestações registradas desde a abertura do sistema em maio deste ano. Mesmo após este prazo, a adesão ao acordo de ressarcimento irá continuar disponível, tanto no aplicativo Meu INSS como também presencialmente nas agências dos Correios

Já são R$ 2,4 bilhões devolvidos a 3,6 milhões de aposentados e pensionistas, equivalente a 73% do total de beneficiários aptos a aderir ao acordo de ressarcimento. O valor é transferido diretamente na conta do beneficiário, com correção pela inflação (IPCA), sem necessidade de ação judicial. 

Como aderir ao acordo

  • Contestar o desconto indevido pelo aplicativo Meu INSS, pela Central 135 ou nas agências dos Correios;
  • Aguardar a resposta da entidade (prazo de até 15 dias úteis);
  • Caso não haja resposta, o sistema libera automaticamente a adesão;
  • A adesão pode ser feita pelo Meu INSS –> “Consultar Pedidos” –> “Cumprir Exigência” –> selecionar “Sim” em “Aceito receber” –> clicar em "Enviar".

As informações são do Instituto Nacional do Seguro Social.

 

Copiar textoCopiar o texto
06/11/2025 11:10h

Ministro Carlos Fávaro entregou a Medalha de Mérito Apolônio Salles à pesquisadora da Embrapa Soja, primeira brasileira a conquistar o World Food Prize

Baixar áudio

A pesquisadora da Embrapa Soja, Mariangela Hungria, foi homenageada nesta quarta-feira (5) com a Medalha de Mérito Apolônio Salles, concedida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A cerimônia ocorreu no auditório Olacyr de Moraes, em Brasília (DF), e a honraria foi entregue pelo ministro Carlos Fávaro, que destacou a relevância científica e social da trajetória da pesquisadora.

Ao agradecer a homenagem, Hungria destacou o valor simbólico da medalha: “Eu sempre digo que considero a Embrapa o braço de ciência e tecnologia do Mapa, então sempre me senti muito à vontade aqui. Ser reconhecida dentro da nossa própria casa tem um valor imenso. Dedico esta medalha às mulheres da ciência e da agricultura, muitas vezes invisíveis, mas essenciais para a segurança alimentar do país”.

A cientista é referência mundial no uso de insumos biológicos na agricultura e teve papel decisivo na consolidação do Brasil como líder em tecnologias sustentáveis de produção de alimentos. Segundo Fávaro, a homenagem representa também os 52 anos da Embrapa e o protagonismo da ciência pública brasileira.

“A Embrapa é orgulho do Brasil e referência mundial. Esta medalha entregue à Mariangela representa também 52 anos de história da instituição. É uma homenagem verdadeira, de grandeza equivalente à grandeza da homenageada. O Brasil lidera hoje o avanço dos bioinsumos no mundo e isso tem o dedo da Mariangela”, afirmou o ministro.

Com mais de quatro décadas de atuação na empresa, a pesquisadora liderou estudos em microbiologia do solo e fixação biológica de nitrogênio, com impacto direto em culturas como soja, feijão, milho e trigo. O trabalho está presente em cerca de 85% da área de soja cultivada no país.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou o simbolismo da conquista para a ciência brasileira e para as mulheres na pesquisa agropecuária. 

“Esta medalha repousa sobre os ombros da Mariangela, mas suas raízes estão fincadas em milhões de hectares transformados. Ela mostrou ao Brasil e ao mundo que o solo não é só chão, é vida. Como primeira mulher presidente da Embrapa, é uma honra celebrar a primeira pesquisadora brasileira a entrar para a lista do ‘Nobel da Agricultura’. Com ciência pública e compromisso social, a Embrapa seguirá formando muitas outras Mariangelas”, disse.

Instituída em 1987, a Medalha de Mérito Apolônio Salles homenageia cidadãos que prestam serviços relevantes à agricultura nacional. A solenidade contou com a presença de autoridades do Mapa, além de representantes do setor produtivo e da comunidade científica.

Destaque

A entrega da medalha ocorre dias após Mariangela Hungria ser a primeira mulher brasileira a receber o World Food Prize 2025, considerado o “Nobel da Agricultura”. A premiação internacional reconhece contribuições à segurança alimentar global.

A pesquisadora também integra a lista TIME 100 Climate 2025, que reúne as personalidades mais influentes do mundo na agenda climática. É comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico, membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Mundial de Ciências, além de figurar entre os cientistas mais citados do mundo, segundo ranking da Universidade de Stanford.
 

Copiar textoCopiar o texto
05/11/2025 04:30h

Objetivo é ampliar, qualificar e garantir a oferta, o acesso e a permanência de estudantes na modalidade

Baixar áudio

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou o prazo para a adesão a Política Nacional de Educação do Campo, das Águas e das Florestas (Novo Pronacampo) até o dia 30 de novembro. A iniciativa tem como propósito fortalecer e expandir a oferta educacional, com a melhoria de infraestrutura e materiais, promovendo o aperfeiçoamento na qualidade da educação básica e superior e garantindo o direito à permanência dos estudantes. 

A adesão deve ser feita  pelas secretarias estaduais e municipais de educação, via Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec). Para orientar os gestores nesse processo, o MEC elaborou um Guia de Navegação.    

Segundo dados do MEC, o Nordeste tem o maior número de entes participantes, com 91,7% de adesão entre os municípios com escolas do campo. Em seguida, aparecem as regiões Norte (77,8%), Sudeste (52,6%), Sul (52%) e Centro-Oeste (44,9%).

Os maiores destaque são do Acre, com 100% de adesão dos 22 municípios com escolas de campo, e a Paraíba, que possui 211 escolas de campo com adesão, com 99,5% de participação.

Metas da política

  • Criar um sistema de acompanhamento e avaliação da educação voltada aos povos do campo, das águas e das florestas;
  • Apoiar estados e municípios para que desenvolvam melhor suas próprias políticas de educação para essas populações, com mais autonomia e participação social;
  • Fortalecer a educação do campo, das águas e das florestas, colocando em prática as Diretrizes Curriculares Nacionais que orientam essa modalidade de ensino.

As informações são do Ministério da Educação.

Copiar textoCopiar o texto
02/11/2025 04:10h

Campinas (SP) lidera entre os 100 municípios mais populosos do país, seguida por Limeira (SP) e Niterói (RJ)

Baixar áudio

O Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com a GO Associados, realizou um levantamento sobre a universalização dos serviços de saneamento básico. O estudo compõe a 17ª edição do Ranking do Saneamento e destaca os 20 melhores entre os 100 municípios mais populosos do país.

Na análise deste ano, Campinas (SP) foi a primeira colocada, seguida por Limeira (SP) e Niterói (RJ). Das 20 melhores cidades, nove são do estado de São Paulo, cinco do Paraná, três de Minas Gerais, duas de Goiás e uma do Rio de Janeiro.

Os 20 melhores municípios

Ranking 2025 Cidade UF
1 Campinas SP
2 Limeira SP
3 Niterói RJ
4 São José do Rio Preto SP
5 Franca SP
6 Aparecida de Goiânia GO
7 Goiânia GO
8 Santos SP
9 Uberaba MG
10 Foz do Iguaçu PR
11 Uberlândia MG
12 Jundiaí SP
13 Ponta Grossa PR
14 Maringá PR
15 São Paulo SP
16 Montes Claros MG
17 Taubaté SP
18 Curitiba PR
19 Londrina PR
20 Praia Grande SP

Critérios avaliados

A análise considera três dimensões principais:

  • Nível de atendimento à população;
  • Melhoria do atendimento em saneamento;
  • Nível de Eficiência.

Cada uma dessas áreas é avaliada por meio de indicadores específicos, como abastecimento de água, esgotamento sanitário, tratamento de esgoto, investimentos totais por habitante, além dos índices de perdas na distribuição e por ligação.

Os critérios representam mais de 80% do peso da nota total, e são amplamente utilizados pelo setor para avaliar a qualidade do saneamento básico em um determinado local. 

Destaque para Campinas (SP)

Campinas saltou da 24ª posição em 2022 para a liderança em 2025. O feito reflete o impacto direto do Plano Campinas 2030, lançado em 2021, com investimento superior a R$ 1,1 bilhão. 

O planejamento foi estruturado em quatro eixos centrais: ampliação da capacidade de reservação, redução de perdas na distribuição, produção de água de reúso e implantação de nova fonte de captação.

Os resultados dessas ações se refletem nos indicadores de desempenho avaliados pelo Instituto Trata Brasil, nos quais Campinas obteve nota máxima em todos os quesitos

  • Abastecimento de água para 99,69% da população;
  • Coleta de esgoto para 95,89%;
  • Tratamento de esgoto em 83,94%;
  • Índice de perdas na distribuição em 19,67%;
  • Investimento médio per capita de R$ 166,70.

Com esses avanços, a cidade do interior de São Paulo antecipou em dez anos as metas de universalização previstas no Marco Legal do Saneamento, que estabelece 99% de cobertura de água e 90% de coleta e tratamento de esgoto até 2033.

Copiar textoCopiar o texto
31/10/2025 04:15h

Além disso, 11 estados também contaram com a partilha de mais de R$ 787 milhões

Baixar áudio

Depois de ter concluído as etapas da operacionalização da distribuição de royalties referente à produção de agosto de 2025, para os contratos de concessão e de cessão onerosa, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou, na quarta-feira (29), que 955 municípios receberam R$ 963.808.721,24. 

Além disso, 11 estados também contaram com parte da verba, com a partilha de R$ 787.341.082,32. Ainda de acordo com a ANP, do total apurado, há parcelas de royalties que foram repassadas à União e ao Fundo Especial, levando em conta o que prevê a legislação vigente.

‘BLOQUEADOS DO FPM’: 9 municípios estão impossibilitados de receber valores repassados nesta quinta-feira (30)

Quase 40% dos consumidores desistiram de comprar produtos importados devido à “taxa das blusinhas”, aponta pesquisa

Os valores detalhados de royalties por beneficiário, incluindo os dados históricos, estão disponíveis na página Royalties. Os dados relativos ao mês corrente estão em fase de consolidação e devem ser publicados em breve na mesma página. 

Confira os valores clicando aqui e acessando o item “Tabelas contendo o valor mensal dos royalties distribuídos aos beneficiários”, ano referência 2025, na opção “Janeiro a Dezembro.”

A agência informou ainda que, no que diz respeito aos royalties dos contratos de partilha, relativos à produção de agosto de 2025, os valores estarão disponíveis aos entes beneficiários logo que todas as etapas operacionais necessárias estiverem concluídas.

Como é feita a distribuição dos royalties?

A ANP é responsável por calcular, apurar e distribuir os royalties aos municípios, estados e União. Os royalties são distribuídos aos entes beneficiários levando em conta os critérios estabelecidos na Lei nº 7.990/1989 e no Decreto nº 1/1991, que preveem uma distribuição da parcela de 5% dos royalties. A partilha também observa o que determina a Lei nº 9.478/1997 e o Decreto nº 2.705/1998, que estabelecem uma distribuição da parcela acima de 5% dos royalties.

A ANP também destaca que não há data estabelecida para o pagamento dos valores referentes aos royalties, pelo que prevê a legislação aplicável. Os valores e datas dos depósitos, assim como os respectivos beneficiários, podem ser consultados no sítio eletrônico do Banco do Brasil. Para Royalties, no campo Fundo, selecione “ANP – ROYALTIES DA ANP”. 
 

Copiar textoCopiar o texto