24/11/2025 19:15h

CMEC reúne especialistas e lideranças femininas para discutir inovação, bem-estar e o protagonismo das mulheres nos negócios

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O Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) realiza, no dia 25 de novembro, a 6ª edição do Liberdade para Empreender, em São Paulo (SP). Com o tema “Empreender no Digital e Viver no Real: Equilíbrio é o Novo Sucesso”, o encontro tem o objetivo de fortalecer o protagonismo feminino e oferecer ferramentas práticas para quem deseja equilibrar a vida profissional, pessoal e digital.

A programação inclui palestras, painéis, oficinas e momentos de networking voltados para temas como tecnologia, inovação, longevidade, liderança feminina e saúde emocional.

A presidente nacional do CMEC, Ana Claudia Badra Cotait, destaca que o evento é um dos mais importantes do ano para o empreendedorismo feminino

Ela também ressalta o potencial do evento para transformar a realidade das mulheres empresárias de todo o país, reforçando que o encontro vai além das palestras e conecta as empreendedoras: 

“Participar do Liberdade para empreender é viver uma experiência que transforma. Você se conecta com pessoas, com histórias, com ideias que inspiram a sua vida. Você descobre novas formas de equilibrar sua vida pessoal e a dos negócios. Aprende estratégias valiosas. E quando o evento termina, você sai diferente – renovada, cheia de energia, com novas ideias, conexões e metas. Com a certeza de que pode viver uma vida com mais equilíbrio, produzindo novos propósitos e resultados maravilhosos. Liberdade para empreender é mais que um evento, é um marco na sua vida, no seu trabalho, na sua história”, diz.

Programação e nomes confirmados

O Liberdade para Empreender reúne especialistas reconhecidos nas áreas de gestão, criatividade, inteligência emocional e inovação. Entre os nomes confirmados estão Miguel Falabella, Augusto Cury, Denise Fraga, Luiza Helena Trajano, Chieko Aoki e outras lideranças que dialogam diretamente com as necessidades e desafios das empreendedoras brasileiras.

Os convidados abordarão os desafios de empreender e viver no mundo digital, com foco no equilíbrio e bem-estar da mulher empreendedora.
Segundo o CMEC, o evento já impactou mais de 100 mil mulheres em edições anteriores, movimentou mais de 2 mil pequenos negócios e contará novamente com expositores de diferentes setores que oferecem produtos, serviços e oportunidades de conexão.

Serviço


●    Evento: Liberdade para Empreender 2025
●    Data: 25 de novembro
●    Horário: 9h às 19h
●    Local: Clube Atlético Monte Líbano, São Paulo
●    Realização: CMEC – Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura
 

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24/11/2025 15:00h

Novos fundos anunciados na conferência visam conectar capital global a projetos de impacto na região

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O Banco da Amazônia encerrou sua participação na COP30 consolidando sua posição como principal agente financeiro do desenvolvimento sustentável da região. Durante toda a Conferência, a instituição apresentou projetos prontos e a arquitetura financeira para executá-los, destacando a capacidade de conectar capital global a projetos de impacto.

O principal anúncio com foco no desenvolvimento local foi a criação de três novos fundos destinados a alavancar a bioeconomia, o crédito de carbono e a infraestrutura verde na Amazônia Legal.

"Enquanto o mundo discute os compromissos, nós apresentamos os projetos prontos e a arquitetura financeira para executá-los", disse o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa.

O Banco da Amazônia anunciou o aporte de R$ 500 milhões que servirá como capital catalisador. A meta é alavancar R$ 4 bilhões em investimentos para o desenvolvimento sustentável da região.

Transição Energética e Parcerias

A agenda de investimentos incluiu também a confirmação da fase final de uma operação de crédito de US$ 100 milhões com o Banco Mundial. O financiamento visa acelerar a transição energética na Amazônia Legal.

  • Os projetos contemplados incluem energia solar, hídrica, biomassa e soluções híbridas.
  • O objetivo é reduzir custos e o uso de óleo diesel em regiões isoladas.

Além dos eventos próprios, a instituição participou de painéis promovidos por organizações como CNT, CNI e o Governo do Brasil, reforçando a expertise no financiamento sustentável na Amazônia.

O diretor de Crédito do Banco da Amazônia, Roberto Schwartz, pontuou que o fomento deve ser um indutor de práticas sustentáveis. Por isso, o banco adota padrões rigorosos, não financiando atividades que gerem supressão vegetal ou usem queima de diesel/carvão.

Governança, Inclusão e Estudos de Impacto

A discussão sobre governança foi central, contando com a presença do ex-presidente e ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes. O debate focou em como garantir que o dinheiro destinado à Amazônia seja usado de forma transparente e auditável, ressaltando a importância do monitoramento e avaliação de risco.

A inclusão financeira foi reforçada com o lançamento da Maquininha Verdinha e do Cartão Verdinho. “O Cartão Verdinho simboliza o compromisso do Banco com a Amazônia e com a inclusão produtiva. Ele é o primeiro passo de uma linha de cartões com propósito sustentável, produtos que refletem quem somos e o que acreditamos, o desenvolvimento e cuidado com o território podem caminhar juntos”, afirmou o presidente Luiz Lessa.

A instituição também destacou o programa Basa Acredita para Elas, que incentiva o empreendedorismo feminino na região com condições especiais de crédito.

O Banco da Amazônia apresentou o estudo inédito da UFV sobre o impacto do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). O levantamento comprovou a relevância do FNO no desenvolvimento regional, com efeitos positivos no emprego, massa salarial e, por meio do FNO Verde, na redução do desmatamento. Em 2023, o Fundo financiou mais de 31 mil empreendimentos, totalizando cerca de R$ 11,2 bilhões em recursos aplicados.
 

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24/11/2025 04:40h

O incentivo será creditado em conta Poupança CAIXA Tem e os valores podem ser movimentados pelo App CAIXA Tem

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A CAIXA paga, nesta segunda-feira, 24 de novembro, nova parcela do Programa Pé-de-Meia para os estudantes do Ensino Médio Regular e Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos, a EJA, nascidos nos meses de janeiro e fevereiro.

O incentivo será creditado em conta Poupança CAIXA Tem e os valores podem ser movimentados pelo App CAIXA Tem.  

O estudante pode fazer transferências, PIX e pagar contas, direto no aplicativo.
Além disso, o estudante também pode movimentar os valores com o cartão do programa, fazendo compras e pagamentos. 

O Programa Pé-de-Meia apoia a permanência e a conclusão escolar dos estudantes matriculados no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos da rede pública. 

Para mais informações sobre os pagamentos do Pé-de-Meia, acesse: www.caixa.gov.br

O que é o Pé-de-Meia

O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional do Governo Federal para estudantes do ensino médio público inscritos no CadÚnico. Ele funciona como uma poupança para manter a frequência e estimular a conclusão do ensino médio, reduzindo desigualdades e promovendo inclusão e mobilidade social.

Quem tem direito ao pagamento

  • Estudantes matriculados no ensino médio público e beneficiários do CadÚnico.
  • Vale para ensino regular e para EJA (Educação de Jovens e Adultos), com regras de pagamento específicas.

Como funciona o pagamento do Pé-de-Meia

  • O MEC usa dados enviados pelas redes de ensino (federal, estadual, distrital ou municipal) para identificar quem cumpre os requisitos de matrícula e frequência.
  • Com as informações validadas, o MEC autoriza as folhas de pagamento e envia à Caixa Econômica Federal, que abre as contas e realiza os pagamentos.

Valores do pagamento (ensino regular)

  • R$ 200/mês de incentivo pela frequência (saque a qualquer momento).
  • R$ 1.000 ao final de cada ano concluído (fica bloqueado e só pode ser sacado após a formatura no ensino médio).
  • Bônus de R$ 200 pela participação no ENEM.
  • Total potencial ao longo do curso: até R$ 9.200 por aluno, somando parcelas mensais, depósitos anuais e o adicional do ENEM.

Valores do pagamento (EJA)

  • R$ 200 por comprovação de matrícula (saque imediato).
  • R$ 225 por frequência (saque imediato).
  • Mantêm-se os depósitos anuais de R$ 1.000 ao concluir cada etapa do ensino médio, com saque após a formatura.

Calendário e processamento do pagamento

  • As folhas de pagamento são geradas pelo MEC com base na matrícula e frequência informadas pelas redes de ensino.
  • A Caixa processa e efetiva o pagamento nas contas abertas para os beneficiários.
  • O estudante acompanha no app “Jornada do Estudante” quando o pagamento for liberado.

Como consultar e sacar o pagamento do Pé-de-Meia

  • Consulta: pelo aplicativo Jornada do Estudante (informações de elegibilidade, parcelas e status).
  • Saque: valores mensais (R$ 200 no regular; R$ 200 + R$ 225 no EJA) podem ser sacados a qualquer momento.
  • Depósitos anuais (R$ 1.000) ficam retidos e só podem ser sacados após a conclusão do ensino médio.

Perguntas rápidas sobre o pagamento Pé-de-Meia

  • Preciso comprovar frequência? Sim. A liberação do pagamento depende da matrícula e da frequência informadas pela rede de ensino.
  • Posso sacar tudo? Não. As parcelas mensais podem ser sacadas; os R$ 1.000 anuais ficam disponíveis apenas após a formatura.
  • O ENEM é obrigatório para receber o bônus? Para o adicional de R$ 200, é necessário participar do ENEM.
  • Onde vejo se caiu o pagamento? No app Jornada do Estudante.
  • Quem resolve erros no pagamento? A rede de ensino precisa corrigir dados de matrícula/frequência; a Caixa executa o pagamento após o envio correto das folhas pelo MEC.
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24/11/2025 04:25h

Falta de conhecimento dos gestores provoca maiores custos e riscos para os municípios

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De acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Registro de Extração — regime destinado ao aproveitamento de materiais para construção civil por entes da administração pública — ainda tem baixa adesão entre as prefeituras, sobretudo por falta de conhecimento dos gestores. Isso acaba gerando maiores custos e riscos para os municípios.

Em vigor desde o ano 2000 pelo decreto 3.358/2000, o Registro de Extração é um modelo que concede vantagens financeiras às prefeituras pelo aproveitamento dos agregados de mineração — materiais como areia, argila e brita — desde que exclusivamente destinados a obras públicas.

Segundo a coordenadora de Fiscalização de Pesquisa e Lavra da ANM, Marina Tietz, o Registro de Extração é a forma mais vantajosa de as prefeituras obterem esses insumos dentro da legalidade. “Se a prefeitura não utiliza, ou está comprando de terceiros algo que poderia obter com uma série de isenções, ou está operando na ilegalidade”, afirma.

A coordenadora ressalta que existem algumas condições para que o ente do poder público possa recorrer ao Registro de Extração. Primeiramente, a própria administração deverá executar a obra — o que prevê a utilização da modalidade em casos de contratação de terceiros —, e os materiais devem ser empregados, obrigatoriamente, em obras públicas — desvios de finalidade ficam sujeitos a sanções. Além disso, a administração municipal precisa entregar o Relatório Anual de Lavra (RAL) e obter licença ambiental, e fica sujeita à fiscalização da ANM e outros órgãos ambientais.

Tietz explica que a baixa adesão ao Regime de Extração em vários estados do país ocorre devido ao desconhecimento de gestores sobre as vantagens oferecidas. “Um dos maiores problemas é a descontinuidade. Quando um novo governante é eleito, troca toda a equipe e as informações acabam se perdendo. Então é necessário fazer um trabalho de conscientização constante junto às prefeituras”, analisa.

Além disso, a coordenadora aponta que outro fator que compromete a disseminação do modelo é um entendimento equivocado de que o recurso mineral é de propriedade pública, não necessitando de autorização para uso. “Alguns prefeitos pensam: ‘como o bem mineral é do governo e eu faço parte do governo, então não preciso de autorização’. Mas não é assim. A propriedade é da União, e os entes das demais esferas precisam se regularizar”, reforça.

Com informações da ANM.

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22/11/2025 04:55h

Levantamento divulgado pela CNI revela que, com remoção da tarifa de 40% imposta a 238 produtos listados, 37,1% das vendas nacionais ao mercado norte-americano ficam livres de taxas adicionais

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O governo dos Estados Unidos removeu a tarifa de 40% imposta a 238 produtos agrícolas listados, dos quais 85 foram exportados pelo Brasil em 2024. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão representa um avanço importante na renovação da agenda bilateral entre as duas nações. De acordo com o estudo divulgado pela entidade, nesta sexta-feira (21), a medida faz com que 37,1% das vendas brasileiras ao mercado norte-americano (US$ 15,7 bilhões) fiquem livres de taxas adicionais.

Pelo que destaca o levantamento, pela primeira vez desde agosto, o volume exportado isento das sobretaxas ficou acima do submetido à tarifa cheia de 50%, que atinge 32,7% das exportações.

Os cálculos levam em conta dados de 2024, com base em estatísticas da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos. O superintendente de Relações Internacionais da CNI, Frederico Lamego, explica que, nessa nova determinação, 231 produtos exportados pelo Brasil passam a ter alíquota zero. Segundo ele, a publicação feita pelos Estados Unidos teve como motivação dois principais aspectos.

“O primeiro é a pressão inflacionária nos Estados Unidos, e o segundo é a primeira ordem executiva que cita nominalmente o processo de negociações em curso entre os Estados Unidos e o Brasil. Ou seja, isso já é um ato de boa vontade do governo americano no sentido de que avancem as negociações entre Brasil e Estados Unidos o quanto antes”, afirma Lamego.

Para o presidente da entidade, Ricardo Alban, essa movimentação também condiz com o papel do Brasil como parceiro comercial do país norte-americano. “Vemos com grande otimismo a ampliação das exceções e acreditamos que a medida restaura parte do papel que o Brasil sempre teve como um dos grandes fornecedores do mercado americano”, destaca. Ainda segundo Alban, o setor privado tem atuado de forma consistente para contribuir com a evolução das negociações envolvendo o tarifaço.

“A complementaridade das economias é real e agora precisamos evoluir nos termos para a entrada de bens da indústria, para a qual os EUA são nosso principal mercado, como para o setor de máquinas e equipamentos, por exemplo”, pontua o presidente.

Mesmo com a mudança, 62,9% das vendas brasileiras àquele país continuam sujeitas a algum tipo de tarifa adicional, considerando tanto as medidas horizontais quanto as setoriais, como as aplicadas para aço e alumínio.

Como fica a situação das exportações brasileiras aos EUA:

  • Isentos de sobretaxa: 37,1% das exportações (US$ 15,7 bilhões);
  • Total de exportações sujeitas a algum tipo de tarifa: 62,9%;
  • Tarifa recíproca de 10%: 7,0% das exportações (US$ 2,9 bilhões);
  • Tarifa adicional de 40%: 3,8% das exportações (US$ 1,6 bilhão);
  • Tarifa combinada de 50% (10% de tarifa recíproca + 40% específica ao Brasil): 32,7% das exportações (US$ 13,8 bilhões);
  • Tarifa setorial de 50% (Seção 232): 11,9% das exportações (US$ 5 bilhões);
  • Isenção da tarifa de 40% condicionada à destinação para a aviação civil, instituída pela Ordem Executiva de julho: 7,5% das exportações (US$ 3,2 bilhões).

Entre os produtos incluídos na lista de itens isentos à sobretaxa de 40%, aplicada ao Brasil desde agosto, estão a carne bovina, café e cacau - insumos considerados comuns da cesta de consumo da população dos Estados Unidos.

Na avaliação da CNI, essa nova medida faz com que os produtos brasileiros voltem a ficar competitivos no mercado, já que a remoção das tarifas recíprocas, de 10%, na última semana, havia deixado os itens nacionais em “condições menos vantajosas".

Governo reagiu com otimismo

Após o anúncio de Donald Trump acerca da remoção da tarifa de 40% imposta a centenas de produtos agrícolas nacionais, o governo brasileiro informou, na quinta-feira (20), por meio de nota, que recebeu a notícia com “satisfação”. 

Na publicação, o Executivo afirma que manterá o diálogo, a fim de resolver questões entre os dois países, em linha com a tradição de 201 anos de excelentes relações diplomáticas. “O Brasil seguirá mantendo negociações com os EUA com vistas à retirada das tarifas adicionais sobre o restante da pauta de comércio bilateral”, diz a nota.

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Além disso, na própria quinta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em vídeo postado nas redes sociais, que essa suspensão anunciada por Trump foi um sinal importante. 

"Não é tudo o que eu quero, não é tudo que o Brasil precisa, mas é uma coisa importante. O presidente Trump acaba de anunciar que vai começar a reduzir vários produtos brasileiros que foram taxados em 40%. Isso é um resultado muito importante", afirma Lula.

Produtos contemplados

No fim de julho, o presidente dos Estados Unidos impôs uma tarifa adicional de 40% aos produtos do Brasil. Esse acréscimo foi somado à tarifa recíproca de 10% aplicada em escala global, que totalizou 50%. No entanto, o decreto apresentou uma lista com quase 700 exceções, a exemplo do suco de laranja e produtos de aviação.

Na última semana, Donald Trump assinou uma ordem executiva que retirava a tarifa recíproca de 10% sobre a importação de produtos como café, banana, tomate e carne bovina.

Na ocasião, o governo norte-americano disse que manteve a tarifa adicional de 40% para o Brasil. Essa taxa, porém, caiu para diversos produtos na quinta-feira (20). Com isso, itens como carne e café agora estão com a taxação zerada.

Confira os principais setores beneficiados pelo “alívio” tarifário

Café

O café brasileiro foi um dos produtos mais afetados pelas tarifas, principalmente porque ficou fora da primeira lista de exceções, divulgada em 31 de julho. 

De acordo com o Conselho de Exportadores de Cafés do Brasil (Cecafé), os Estados Unidos foram o principal importador dos cafés do Brasil no acumulado dos 10 primeiros meses de 2025. Nesse período, o país norte-americano importou do Brasil 4,711 milhões de sacas. Esse volume corresponde a uma queda de 28,1% na comparação com o adquirido entre janeiro e outubro de 2024.

Esse volume corresponde a 14,2% dos embarques totais no agregado do ano. O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, afirma que, em meio a essas movimentações tarifárias, houve uma perspectiva de que seria registrada uma perda de mais 30% do mercado, totalizando 80%, caso as taxações continuassem avançando.

“Significa uma queda na balança comercial da ordem de aproximadamente 2 bilhões de dólares, somente para os Estados Unidos. Um outro fator muito relevante é que o Brasil, para se manter permanente nas exportações para os outros países, vem sofrendo com uma pressão muito grande em relação aos diferenciais aplicados para o café brasileiro, que inclusive, mesmo com uma safra menor, esses diferenciais que a gente chama de desconto sobre a Bolsa, se alargaram bastante”, destaca.

Carne

A carne, outro produto relevante da pauta exportadora brasileira aos EUA, também foi contemplada.

Dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) revelam que, mesmo com as tarifas adicionais impostas pela Casa Branca, as exportações de carne bovina continuaram em um ritmo bom, em outubro, e registraram uma receita de US$ 1,897 bilhão, ou seja, uma elevação de 37,4%, para uma movimentação de 360,28 mil toneladas (+12,8%).

No mesmo mês do ano passado, a receita foi de US$1,380 bilhão e a movimentação, de 319,3 mil toneladas. 

Frutas e outros produtos

O documento divulgado pelo governo dos Estados Unidos também inclui frutas como goiaba, abacate, banana, manga, cacau e açaí. Entre outros itens contemplados, ainda estão nozes, água de coco, raízes e tubérculos.

Missão a Washington

No início de setembro, a CNI liderou uma missão empresarial a Washington (EUA), com o intuito de abrir canais de diálogo e contribuir com as negociações para reverter ou reduzir o tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A comitiva reuniu cerca de 130 empresários, dirigentes de federações estaduais e representantes de associações industriais. 

A agenda incluiu reuniões no Capitólio, encontros bilaterais com instituições parceiras, plenária com representantes do setor público e privado dos dois países e audiência pública na US International Trade Commission, no âmbito da investigação aberta pelo governo americano contra o Brasil, com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. 

Entre os setores mais afetados pelo tarifaço e que foram representados na missão, estiveram máquinas e equipamentos, madeira, café, cerâmica, alumínio, carnes e couro. Grandes empresas, como Embraer, Stefanini, Novelis, Siemens Energy e Tupy também integraram a comitiva.

Estudos da CNI já alertaram que as tarifas adicionais poderiam gerar um impacto negativo de até R$20 bilhões no PIB brasileiro e a perda de 30 mil empregos.  
 

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22/11/2025 04:45h

Destaque fica para o Aeroporto Internacional de Manaus, que ultrapassou pela primeira vez a marca de 2,35 milhões de passageiros

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A Região Norte do Brasil registrou, nos primeiros nove meses de 2025, o maior volume de passageiros dos últimos dez anos. Cinco aeroportos, Manaus (AM), Palmas (TO), Marabá (PA), Rio Branco (AC) e Parauapebas (PA), somaram juntos 3,6 milhões de embarques e desembarques, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O resultado supera todas as marcas anteriores desde 2016, evidenciando o crescimento do transporte aéreo regional e a importância estratégica desses terminais para o desenvolvimento da região.

O destaque fica para o Aeroporto Internacional de Manaus, que ultrapassou pela primeira vez a marca de 2,35 milhões de passageiros, superando o recorde pré-pandemia de 2019. Palmas também bateu seu recorde histórico, com 553 mil passageiros, enquanto Rio Branco registrou 269 mil, superando o pico de 2018. 

Em território paraense, Marabá e Parauapebas alcançaram 284 mil e 158 mil passageiros, respectivamente, ambos com crescimento expressivo em relação a 2024.

Aeroporto de Belém: o mais movimentado da região

O Aeroporto de Belém manteve sua posição como o mais movimentado de toda a Região Norte, registrando 2,83 milhões de passageiros. Esse número representa uma leve acomodação após o recorde de 2024 para este período, quando atingiu a marca de 2,97 milhões de passageiros, mas ainda é o segundo melhor resultado do terminal na última década no acumulado de janeiro a setembro.

E, ainda que o Aeroporto de Belém continue sendo o mais movimentado da região, com 2,83 milhões de passageiros, os demais terminais demonstram um avanço contínuo, impulsionado por políticas de modernização e investimentos em infraestrutura. 

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou o compromisso do governo federal com a melhoria dos aeroportos regionais: "O Governo Federal está comprometido com a modernização dos aeroportos em todo o país, e a Região Norte é parte desse esforço. O bom desempenho da movimentação regional demonstra o potencial da área e reforça a importância de continuarmos investindo em sua infraestrutura aeroportuária."

A diretora do Departamento de Investimentos da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Luiza Deusdará, reforça o papel da regionalização da aviação: "O Ministério de Portos e Aeroportos está concentrando esforços para a regionalização porque acreditamos no potencial desse segmento para a integração nacional e também para a ampliação do acesso a serviços de saúde e outras políticas públicas.”

Segundo Luiza, a prova de que os brasileiros desejam viajar, conhecer o país, visitar familiares distantes, são os recordes de movimentação de passageiros na Região Norte. “Os aeroportos de Manaus, Palmas, Marabá, Rio Branco e Parauapebas somaram mais de 3 milhões de passageiros até setembro deste ano, isso sem contar com o aeroporto de Belém, que ainda terá um salto enorme por conta da COP30".

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21/11/2025 22:45h

Entre as maiores altas, a Oi e a Gafisa se destacam, enquanto a Alfa Holdings e a MRS Logística registram as maiores quedas

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O Índice da Bolsa de Valores Brasileira (Ibovespa) fechou a última sessão aos 154.770 pontos, com queda de 0,39%.

Mesmo após a suspensão das tarifas de importação de 40% sobre os produtos brasileiros nos Estados Unidos, o índice seguiu um movimento internacional de aversão a investimentos de risco. No cenário internacional, investidores se mostram preocupados com a bolha de alto investimento em projetos de Inteligência Artificial e a incerteza de um novo corte de juros nos EUA, que causa instabilidade no mercado.

Maiores altas e quedas do Ibovespa

Confira as ações com melhor e pior desempenho no último fechamento:

Ações em alta no Ibovespa

  • Oi S.A. (OIBR3): +12,50%
  • Gafisa S.A. (GFSA3): +12,10%

Ações em queda no Ibovespa

  • Alfa Holdings SA (RPAD5):  −22,69%
  • MRS Logística SA (MRSA5B): −11,43%

O volume total negociado na B3 foi de R$ R$ 24.208.634.444, em meio a 3.614.804 negócios.

Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.  

O que é o Ibovespa e como ele funciona?

O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.

O que é a B3, a bolsa de valores do Brasil?

A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.

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21/11/2025 20:50h

Alta reflete uma preocupação crescente relativa aos altos investimentos em projetos de IA

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O dólar encerrou o último pregão cotado a R$5,40, com alta de 1,18%. Em um dia marcado pelo aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais, a alta refletiu a preocupação crescente dos investidores com a sustentabilidade dos altos investimentos em projetos de inteligência artificial.

De acordo com especialistas, o dia foi marcado pela volatilidade do mercado decorrente da anulação das tarifas de 40% dos EUA sobre produtos brasileiros. Outro fator que influenciou o movimento foram as declarações feitas por um dirigente do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos relativas a um novo corte dos juros em dezembro. 

Cotação do euro

O euro, por sua vez, encerrou a sessão cotado a R$6,21, o que representa uma alta de 1,11%.

Cotações

A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.

Código BRL USD EUR GBP JPY CHF CAD AUD
BRL 1 0.1851 0.1608 0.1413 28.9624 0.1496 0.2609 0.2866
USD 5.4020 1 0.8688 0.7632 156.45 0.8081 1.4094 1.5489
EUR 6.2189 1.1510 1 0.8785 180.09 0.9302 1.6222 1.7827
GBP 7.0770 1.3103 1.1384 1 205.00 1.0589 1.8467 2.0294
JPY 0.0345 0.0064 0.0056 0.0049 1 0.5165 0.0090 0.0099
CHF 6.6848 1.2375 1.0751 0.9444 193.62 1 1.7441 1.9166
CAD 3.8328 0.7095 0.6164 0.5415 111.02 0.5734 1 1.0990
AUD 3.4887 0.6457 0.5609 0.4927 101.01 0.5217 0.9100 1

Os dados são da Investing.com

 

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21/11/2025 04:55h

Sem mudança na tabela, microempreendedores têm migrado de regime para continuar formalizados e acompanhar o aumento do faturamento; representante da Associação Comercial e Industrial de Santo André (Acisa) defende correção automática dos valores

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No início de 2025, Evelin Gusmão Cecílio, 28 anos, de Vicente Pires (DF), teve que migrar para o MEI Caminhoneiro porque o teto de R$ 81 mil – previsto no regime do Simples Nacional – ficou defasado em relação à realidade do seu faturamento. A empresária ressalta que a atualização da tabela de enquadramento no MEI tem um papel decisivo para manter a formalidade dos empresários.

A caminhoneira foi MEI de 2021 a 2024 e migrou para o MEI Caminhoneiro em janeiro deste ano. Evelin avalia que a atualização do Simples Nacional vai evitar que pequenos empresários como ela busquem a informalidade.

Como os valores do regime estão desatualizados desde 2018, Evelin aponta que os limites atuais não acompanham a realidade do mercado. No caso dela, a única saída para manter a formalidade e continuar crescendo foi migrar de regime. 

“A possibilidade de mudar para o MEI Caminhoneiro, com limite mais compatível com meu faturamento, foi o que garantiu que continuasse formalizada, emitindo notas, contribuindo com meus impostos e mantendo tudo certinho. Esse tipo de atualização é essencial para que mais pessoas possam permanecer dentro da legalidade e não precisem escolher entre crescer ou ficar regular”, relata Evelin. 

A realidade de Evelin é diferente da de milhares de empresários brasileiros, já que mais de 570 mil MEIs foram desenquadrados em 2024 por excederem o limite de receita bruta permitido para a categoria. O dado foi levantado pela pela Contabilizei e baseado em informações da Receita Federal.

O reajuste está previsto no Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/21 – parado na Câmara há quatro anos. Pela proposta, o teto do MEI passaria de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil.

Estímulo ao crescimento

A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) está engajada na votação do reajuste ainda este ano e tem defendido a urgência da atualização em prol dos empresários brasileiros.

O vice-presidente jurídico da CACB, Anderson Trautman, destaca que o reajuste é fundamental para garantir a expansão do empresariado e a formalização dos pequenos empresários.
 
“É um movimento extremamente representativo que muito contribuirá para o crescimento da economia no Brasil. Mais formalização, mais competitividade e que resultará, inclusive, em mais arrecadação, sem impacto negativo para as contas públicas”, menciona Trautman.

Na avaliação de Evelin, a mudança vai evitar que microempreendedores que estão crescendo sejam penalizados por isso – com risco de desenquadramento do Simples Nacional.

“Esse ajuste é importante justamente para que pequenos empresários não sejam penalizados pelo próprio crescimento e possam se manter regulares, contribuindo com um sistema de forma justa”, diz a empresária.

Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de Santo André (Acisa), Evenson Robles Dotto, destaca que o Simples abrange mais de 90% dos CNPJs do país e tem um papel fundamental na movimentação dos empresários brasileiros.

Para ele, o limite defasado não estimula investimentos e, consequentemente, afeta o desenvolvimento econômico dos proprietários das empresas.

“Você atinge o limite do Simples, quer crescer e é penalizado – já que a carga tributária aumenta significativamente. O empresário começa a ver que não vale a pena crescer e isso inibe o crescimento, inibe o investimento e atrapalha muito o crescimento das empresas”, afirma.

Dotto defende a urgência do reajuste e uma atualização automática dos valores das tabelas de enquadramento no regime. 

“Esse reajuste tem que ser mais do que urgente porque são muitos e muitos anos com o valor defasado. Reajustando e atualizando, as empresas vão se adaptando, vai crescendo, você libera o crescimento. O governo tem que incentivar para que todas as empresas possam crescer e todas sejam bem grandes”, pontua Dotto.

Projeto de Lei que reajusta o Simples 

O Projeto de Lei 108/2021, que tramita na Câmara, estabelece novos tetos para o regime. 

Confira como ficam os enquadramentos, conforte o PL:

  • MEI de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil;
  • Microempresa: de R$ 360 mil para R$ 869,4 mil;
  • Empresa de pequeno porte, de R$ 4,8 milhões para R$ 8,69 milhões.

Cálculos da CACB apontam que a medida pode gerar 869 mil empregos e injetar mais de R$ 81,2 bilhões na economia. A Confederação também pleiteia que a proposta inclua a correção anual da tabela do Simples Nacional pela inflação. 

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20/11/2025 09:00h

Os voos são realizados com aeronaves Boeing 737, com capacidade para 186 passageiros

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A nova rota aérea direta entre Petrolina (PE) e Salvador (BA), em operação desde o fim de setembro, já representa um avanço na interiorização do transporte aéreo brasileiro e na integração regional do Nordeste. 

Operada pela Gol Linhas Aéreas, a ligação conta com três frequências semanais e aumentou em 16% a oferta de voos e assentos no interior de Pernambuco.

A iniciativa, que conecta o Sertão do São Francisco à capital baiana, beneficia também municípios vizinhos, como Juazeiro (BA), e fortalece o desenvolvimento econômico e turístico do Vale do São Francisco, região reconhecida pela força do agronegócio e da vitivinicultura.

De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a criação da linha faz parte dos esforços do governo federal para ampliar a conectividade regional e democratizar o acesso ao transporte aéreo. 

"O Governo Federal e o Ministério de Portos e Aeroportos estão apostando na aviação regional para incluir cada vez mais pessoas. Essa nova rota é um exemplo disso, estimulando o turismo de passageiros e de negócios", afirmou o ministro.

A secretária executiva adjunta do MPor, Thairyne Oliveira, destacou que a ação integra o plano nacional de regionalização do transporte aéreo. "A regionalização do transporte aéreo é uma meta de todo o nosso ministério. Cada novo voo que liga cidades do interior a grandes capitais traz novas oportunidades de negócios e integração. O voo Salvador-Petrolina não beneficia apenas essas duas cidades, mas também a população de localidades próximas, facilitando o acesso das pessoas aos serviços e à mobilidade aérea", destacou Thairyne.

O prefeito de Petrolina, Simão Durando, também celebrou o lançamento da rota e agradeceu o apoio do governo federal. "Essa conquista é muito importante não apenas para Petrolina, mas para todo o Vale do São Francisco. É uma oportunidade de integração com a Bahia, ampliando o turismo, os negócios e as conexões logísticas. Petrolina é a cidade que mais cresce no Nordeste, e essa rota reforça o nosso potencial econômico", disse.

Os voos partem de Salvador às segundas e quintas, às 23h55, chegando a Petrolina à 1h05, e aos sábados às 15h10, com chegada às 16h20. No sentido inverso, decolam de Petrolina às terças e sextas, às 2h, chegando à capital baiana às 3h10, e aos sábados às 12h50, com pouso às 14h. As operações são realizadas com aeronaves Boeing 737, com capacidade para 186 passageiros.

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