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Baixar áudioNo dia 19 de dezembro foi sancionada e entrou em vigor a Lei nº 15.296, que autoriza a liberação de R$8,3 bilhões para a criação do Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais. A medida visa garantir que estados e municípios não sejam prejudicados financeiramente pela reforma tributária, que promete uma profunda transformação no sistema de impostos do país.
O fundo tem como objetivo principal compensar as perdas de arrecadação dos estados decorrentes da extinção gradual do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e do ISS (Imposto sobre Serviços), cujas alíquotas serão reduzidas entre 2029 e 2032, até o fim definitivo em 2033.
De acordo com o Governo Federal, os recursos destinados ao fundo não impactam a meta fiscal do país, já que têm origem em cancelamentos orçamentários previstos.
Segundo o consultor financeiro, Cesar Lima, o repasse não afeta o resultado fiscal planejado para 2025. “Como esses repasses foram de outros cancelamentos que já estavam dentro dos previstos no orçamento, o impacto fiscal é zero. Claro que é um gasto a mais que poderia ter diminuído o impacto sobre a dívida pública de alguma forma, mas diretamente, no que já estava previsto para o orçamento do ano de 2025, não há um impacto direto. E assim, é um gasto que se faz necessário, porque a reforma tributária, durante muitos e muitos anos, sempre emperrou na questão das perdas de estados e municípios.”
Além disso, a nova lei que teve origem no PLN 6/2025, destina R$398 milhões a diversos ministérios e R$88 milhões ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), valores que serão obtidos por meio de remanejamento interno no orçamento.
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Baixar áudioTrabalhadores que aderiram à modalidade do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e tiveram os contratos encerrados ou suspensos a partir de 1º de janeiro de 2020 poderão sacar o saldo retido. A norma está prevista na Medida Provisória (MP) 1.331/2025, editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (23).
A MP altera a Lei 13.932/2019, referente ao saque-aniversário, que permitia a retirada da multa rescisória de 40% em caso de demissão sem justa causa e impedia o acesso ao saldo integral da conta.
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, por meio da resolução, “estamos corrigindo injustiças criadas pela lei do saque-aniversário, que castiga o trabalhador quando ele é demitido. Estamos fazendo isso enquanto não surgem as condições políticas para que essa lei seja revogada”.
O benefício passa a valer imediatamente por 60 dias, excluídos os dias de recesso, o que estende a vigência até o início de abril. A medida pode ser prorrogada por mais 60 dias e, para se tornar lei, precisa ser votada pelo Congresso Nacional até abril de 2026.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), cerca de 40 milhões de trabalhadores são adeptos ao saque-aniversário. Desse total, aproximadamente 14,1 milhões serão beneficiados, com a liberação de R$ 7,8 bilhões. Os pagamentos serão realizados em duas etapas:
O crédito será depositado automaticamente para 87% dos beneficiários que já possuem conta vinculada ao FGTS. Os demais, por volta de 13%, poderão realizar o saque em agências da Caixa, caixas eletrônicos ou casas lotéricas. Com o término da vigência da MP, não haverá mais possibilidade de saque presencial.
Parte dos trabalhadores têm o benefício comprometido por empréstimos bancários e, por isso, não receberão o valor integral. A verificação do saldo pode ser feita diretamente pelo aplicativo do FGTS.
O benefício vale para contratos encerrados por:
O trabalhador que se enquadra nos critérios, mesmo que já tenha conseguido novo emprego ou migrado para a modalidade saque-rescisão, poderá ser contemplado. O contrato anterior, no entanto, precisa ter sido encerrado enquanto ainda estava no saque-aniversário.
O saque-aniversário do FGTS, criado pela Lei 13.932/2019, permite ao trabalhador retirar anualmente, no mês do aniversário, uma parcela do saldo da conta acrescida de um valor adicional. A adesão, no entanto, limita o acesso ao fundo em caso de demissão sem justa causa: o trabalhador recebe a multa rescisória de 40% e fica impedido de sacar o montante integral.
Já na modalidade tradicional, o saque-rescisão, o trabalhador pode retirar todo o saldo do FGTS mais a multa quando é desligado sem justa causa. A migração entre as modalidades é possível, mas quem solicita o retorno ao saque-rescisão só passa a ter direito ao saque integral após 25 meses da mudança.
Com informações da Agência Senado
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Baixar áudioO Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, no Supremo Tribunal Federal (STF), para impedir que dispositivos da Reforma Tributária sejam aplicados a empresas optantes do Simples Nacional. A iniciativa busca preservar a isenção do Imposto de Renda sobre a distribuição de lucros e dividendos dessas empresas — entre elas, pequenos escritórios de advocacia — e evitar a criação de uma nova tributação sobre valores já alcançados pelo regime simplificado.
A contestação tem como alvo a Lei nº 15.270/2025, que restabelece a tributação sobre lucros e dividendos no Brasil, a partir de 1º de janeiro de 2026, após quase 30 anos de isenção. Embora a norma tenha como foco a tributação de altas rendas, a OAB afirma que a legislação vem sendo interpretada como aplicável também a micro e pequenas empresas, o que viola o regime jurídico do Simples Nacional e desrespeita garantias constitucionais.
Segundo a entidade, os optantes do Simples já recolhem seus tributos de forma unificada e definitiva por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), o que esgota a base econômica dos lucros distribuídos. Assim, a incidência adicional de Imposto de Renda sobre esses valores configura dupla tributação.
O texto também aponta violação a princípios constitucionais, como a isonomia tributária, a capacidade contributiva e a vedação ao confisco.
Diante da iminente entrada em vigor das novas regras, prevista para janeiro de 2026, a OAB pede a concessão de medida cautelar. Para a entidade, a falta de regulamentação específica amplia a insegurança jurídica e pode resultar em autuações fiscais, inscrições em dívida ativa, bloqueio de contas e outras sanções capazes de comprometer o funcionamento de pequenos negócios jurídicos e a prestação de serviços advocatícios, especialmente em regiões mais vulneráveis.
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Baixar áudioO Ibovespa voltou a fechar o pregão em alta de 0,27%, aos 160.896 pontos, em uma sessão de liquidez reduzida pós-Natal. Os maiores influenciadores no desempenho foram a carta divulgada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, preso e condenado por tentativa de golpe de Estado, e a valorização das commodities.
O principal índice da bolsa brasileira abriu a sessão em baixa, com a repercussão da carta manuscrita por Bolsonaro em que o ex-presidente reforça a escolha do filho primogênito, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para liderar a chapa de oposição na eleição presidencial de 2026.
Contudo, ao longo do pregão, o índice deu a volta por cima, apoiado pela alta dos preços do petróleo, que valorizaram as ações das blue chips, como Petrobras e Vale, além da alta dos preços do minério de ferro.
Confira as ações com melhor e pior desempenho no último fechamento:
Ações em alta no Ibovespa
Paranapanema S.A (PMAM3): +27,87%
BCO Mercantil do Brasil SA (BMEB3): +25,96%
Ações em queda no Ibovespa
Azul SA Pfd Registered Shs (AZUL54): -26,47%
Cia Tecidos Santanense SA (CTSA3): -12,45%
O volume total negociado na B3 foi de R$16.339.104.731, em meio a 2.631.024 negócios.
Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.
O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.
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Baixar áudioO dólar comercial encerrou o último pregão em alta de 0,16% frente ao real, cotado a R$5,54, em uma sessão de liquidez reduzida no pós-Natal. A carta escrita à mão pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado e preso por tentativa de golpe de Estado, na qual ele reforça a escolha do filho primogênito, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para encabeçar a chapa de oposição na eleição presidencial de 2026 repercutiu junto ao mercado durante a sessão, gerando alta da moeda estadunidense.
Além disso, o Banco Central realizou dois leilões de linha, nos quais vendeu integralmente a oferta de US$2 bilhões, o que auxiliou para retardar a valorização do câmbio.
O euro, por sua vez, encerrou a sessão cotado a R$6,52, o que representa uma alta de 0,33%.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
| Código | BRL | USD | EUR | GBP | JPY | CHF | CAD | AUD |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| BRL | 1 | 0,1803 | 0,1532 | 0,1336 | 28,2313 | 0,1423 | 0,2465 | 0,2686 |
| USD | 5,5465 | 1 | 0,8495 | 0,7408 | 156,59 | 0,7894 | 1,3673 | 1,4891 |
| EUR | 6,5274 | 1,1772 | 1 | 0,8723 | 184,30 | 0,9294 | 1,6095 | 1,7528 |
| GBP | 7,4831 | 1,3499 | 1,1468 | 1 | 211,29 | 1,0653 | 1,8449 | 2,0091 |
| JPY | 0,0354 | 0,0064 | 0,0054 | 0,0047 | 1 | 0,5041 | 0,0087 | 0,0095 |
| CHF | 7,0262 | 1,2669 | 1,0760 | 0,9384 | 198,32 | 1 | 1,7321 | 1,8858 |
| CAD | 4,0565 | 0,7314 | 0,6211 | 0,5419 | 114,51 | 0,5774 | 1 | 1,0892 |
| AUD | 3,7232 | 0,6716 | 0,5705 | 0,4974 | 105,17 | 0,5302 | 0,9182 | 1 |
Os dados são da Investing.com
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Baixar áudioO IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 0,25% em dezembro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (23). No acumulado de 2025, o índice alcançou 4,41%, resultado que confirma a desaceleração da inflação ao longo do ano e mantém o indicador dentro da meta de 3%, com teto de tolerância de 4,5%.
Em dezembro, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta. O principal impacto veio de Transportes, que avançou 0,69% e respondeu por 0,14 ponto percentual do índice, pressionado sobretudo pelas passagens aéreas, que subiram 12,71%, e pelo transporte por aplicativo, com alta de 9,00%.
Vestuário também teve elevação de 0,69%, puxado pelo encarecimento das roupas infantil, feminina e masculina. Já Habitação variou 0,17%, influenciada por reajustes de aluguéis e das tarifas de água e esgoto.
Regionalmente, o IBGE apurou aumento de preços em dez das onze áreas pesquisadas. Porto Alegre apresentou a maior variação, de 0,50%, impactada por passagens aéreas e energia elétrica. Também houve altas em regiões como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Fortaleza, Curitiba, Goiânia e Brasília. A única queda foi registrada em Belém (-0,35%), puxada principalmente pela forte redução nos preços de hospedagem.
Quedas e desacelerações
Entre os recuos, Artigos de residência caiu 0,64% pelo quarto mês consecutivo, com destaque para a queda nos preços de eletrodomésticos e de itens de TV, som e informática. Alimentação no domicílio recuou 0,08%, acumulando o sétimo mês seguido de queda, influenciada por produtos como tomate, leite longa vida e arroz, apesar das altas observadas em carnes e frutas.
Para o economista Renan Pieri, o comportamento da inflação em 12 meses é uma sinalização positiva. Segundo ele, a convergência do índice para a meta abre espaço para um ciclo de redução da taxa Selic no primeiro semestre de 2026, em linha com o movimento de corte de juros nos Estados Unidos.
Pieri ressalta, no entanto, que o mercado de trabalho segue aquecido, com geração recorde de empregos desde 2022, o que sustenta a pressão sobre os preços de serviços por meio do aumento da massa salarial. Ainda assim, o economista avalia que a inflação permanece sob controle e dentro do objetivo perseguido pelo Banco Central, cujo horizonte de atuação se estende até meados de 2027.
“Os sinais são positivos no sentido de se esperar um início de ciclo de corte de juros já no começo do ano, não se sabe exatamente o mês, mas certamente teremos um ciclo de redução da taxa Selic no primeiro semestre do ano que vem, principalmente porque os americanos também reduziram suas taxas de juros, então isso torna nossos juros relativos a deles mais atrativos”, destaca.
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Baixar áudioEntre os dias 8 e 19 de dezembro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou operações de fiscalização em 15 unidades da Federação.
As ações verificaram a qualidade dos combustíveis, o volume fornecido pelas bombas, as condições dos equipamentos de segurança e a regularidade da documentação de funcionamento dos estabelecimentos. O principal destaque foi Goiás, onde a agência interditou um duto irregular em Senador Canedo e apreendeu cerca de 28 milhões de litros de combustíveis.
Confira a tabela completa de todos os agentes econômicos fiscalizados no período.
Segundo a ANP, além das apreensões, as equipes identificaram irregularidades que representavam riscos à segurança da população, ao meio ambiente e ao funcionamento regular do mercado de combustíveis. A agência informou ainda que empresas fiscalizadas em operações ainda em curso não constam na planilha divulgada, para preservar o sigilo das ações, e que os dados serão incluídos após o encerramento das fiscalizações.
A seguir, os principais resultados das ações por estado:
Goiás
A ANP fiscalizou 12 postos, uma base de distribuição, um terminal terrestre e uma usina de biodiesel nos municípios de Senador Canedo, Ipameri, Davinópolis e Catalão. As ações resultaram na lavratura de quatro autos de infração, dois de interdição e na coleta de três amostras. Em Senador Canedo, uma operação conjunta com o Ministério Público Estadual, a Polícia Militar, a DEMA, a AMMA e a SEMAD levou à interdição de um terminal e de uma base devido à existência de um duto irregular e a riscos à segurança e ao meio ambiente.
Bahia
No estado, foram vistoriados 52 postos em municípios como Salvador, Camaçari, Feira de Santana, Ilhéus e Lauro de Freitas, entre outros. As fiscalizações resultaram em nove autos de infração, três interdições e na coleta de 14 amostras. As ações contaram com parcerias da Secretaria da Fazenda, da Polícia Militar, do Procon e do Ibametro.
Ceará
A ANP fiscalizou dez postos e três revendas de GLP em cidades como Fortaleza, Aquiraz, Eusébio e Sobral. As equipes lavraram seis autos de infração, determinaram quatro interdições e coletaram 12 amostras.
Espírito Santo
No Espírito Santo, a agência vistoriou 12 postos nos municípios de Serra e Colatina, em operação realizada por meio de acordo com o Procon Estadual. A ação resultou na lavratura de um auto de infração.
Mato Grosso
As fiscalizações abrangeram dez postos e uma distribuidora em Cuiabá, Várzea Grande, Pontes e Lacerda, Conquista D’Oeste e Nova Lacerda. Foram lavrados três
Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande, a ANP fiscalizou três postos e não registrou irregularidades.
Minas Gerais
No estado, foram fiscalizados 29 postos em Belo Horizonte e em municípios do interior, como Montes Claros, Pirapora e Capelinha, com apoio do IPEM e da Secretaria da Fazenda. As ações resultaram em cinco autos de infração, dois de interdição, 17 amostras coletadas e na apreensão de 14 litros de óleo lubrificante.
Pará
A agência fiscalizou oito postos, dois postos flutuantes, uma distribuidora, um ponto de abastecimento, um TRR e uma revenda de aviação em Almeirim e Itaituba. As ações, realizadas com apoio da Promotoria e da Força Nacional, resultaram em cinco autos de infração.
Paraná
No Paraná, a ANP vistoriou 14 postos e uma revenda de GLP em municípios como Guarapuava, Foz do Iguaçu e Pato Branco. Houve foco na verificação da mistura de biodiesel com uso de tecnologia FTIR. As ações resultaram em quatro autos de infração, quatro interdições e 17 amostras coletadas.
Pernambuco
Foram fiscalizados sete postos e três distribuidoras em Recife, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. As equipes lavraram dois autos de infração e coletaram três amostras.
Rio de Janeiro
No estado, a ANP fiscalizou 34 postos em municípios como Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Campos dos Goytacazes. As ações, realizadas em parceria com diversos órgãos estaduais, resultaram em sete autos de infração, cinco interdições, 26 amostras coletadas e na apreensão de 11.874 litros de gasolina, 10.994 litros de etanol e 6.400 litros de diesel.
Rio Grande do Sul
A agência vistoriou 12 postos e três revendas de GLP em cidades como Porto Alegre, Pelotas e Novo Hamburgo. As ações resultaram em quatro autos de infração, um de interdição e na coleta de duas amostras.
Roraima
Em Boa Vista e Iracema, a ANP fiscalizou seis postos no âmbito da operação Yanomami, com apoio da Força Nacional. Foram lavrados dois autos de infração e determinada uma interdição.
Santa Catarina
No estado, foram fiscalizados 11 postos e uma revenda de GLP em municípios como São José, Joaçaba e Caçador, em ações conjuntas com Procons e o Inmetro. As fiscalizações resultaram em dois autos de infração, duas interdições, na apreensão de 610 litros de gasolina e na coleta de uma amostra.
São Paulo
Em São Paulo, a ANP fiscalizou 51 postos, uma revenda de GLP e um agente não regulado na capital e em cidades do interior e do litoral. As ações resultaram em 22 autos de infração, três interdições, 19 amostras coletadas e na apreensão de 1.750 litros de gasolina, 4.362 litros de etanol e 1.490 litros de produto não identificado.
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Baixar áudioA partir de 1º de janeiro de 2026, passam a valer as novas regras para a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). De acordo com o Decreto nº 12.499/2025, as contribuições — sejam extras ou recorrentes — que, ao longo do ano, ultrapassarem R$ 600 mil por CPF estarão sujeitas à alíquota de 5% de IOF sobre o valor excedente, mesmo que os aportes estejam distribuídos entre diferentes seguradoras.
A cobrança incide exclusivamente sobre as novas contribuições realizadas a partir de 2026 que superarem o limite anual de R$ 600 mil. Ou seja, não há incidência do imposto sobre o saldo acumulado em anos anteriores nem sobre aportes que, somados, resultem em valores abaixo desse teto no ano-calendário.
Segundo o doutor Renato Aparecido Gomes, advogado tributarista na Advocacia Gomes, Almeida & Caldas, a regra funciona como uma espécie de “pedágio de entrada” para novos aportes elevados, e não como uma tributação sobre o rendimento do investimento.
“Isso nos mostra que essa medida não mexe no que já foi acumulado, mas afeta a eficiência dos novos aportes. Há um impacto econômico real no capital investido e que, óbvio, no longo prazo, vai gerar um efeito em relação aos juros compostos que esse contribuinte irá receber”, explica. De acordo com o tributarista, trata-se de uma consequência indireta, e não de uma tributação sobre o lucro.
Para assegurar o correto cálculo do IOF, foi instituída a autodeclaração, por meio da qual o contribuinte deverá informar os valores aplicados em planos VGBL mantidos em diferentes seguradoras. O objetivo é garantir a apuração adequada do imposto e evitar inconsistências junto à Receita Federal.
De acordo com Gomes, a principal forma de proteção do contribuinte está na organização e na coerência documental. Em um cenário de amplo cruzamento de dados digitais pelo fisco, a autodeclaração permite que o próprio contribuinte construa sua narrativa, caso seja identificado algum dado inconsistente.
“Com a auto declaração o contribuinte tem a oportunidade de explicar exatamente o que ele pretende fazer e qual é a natureza real da operação que ele realizou. Ele não precisa depender que alguém, no caso o fisco, explique por ele”, afirma.
O tributarista recomenda atenção especial ao correto preenchimento da autodeclaração, especialmente quanto à natureza do VGBL, além da manutenção de registros claros dos aportes realizados, com datas e valores. Também é fundamental garantir a consistência entre a declaração do Imposto de Renda, os informes das seguradoras e as movimentações financeiras.
“A autodeclaração para o contribuinte não é um elemento que vai chamar a atenção do fisco. Pelo contrário, ela é um elemento de autoproteção do contribuinte e que reduz significativamente o risco frente ao fisco”, destaca.
A discussão sobre a incidência de IOF sobre aportes em planos VGBL ganhou força em 22 de maio de 2025, com a edição do Decreto nº 12.466/2025, que passou a prever a cobrança do imposto sobre aportes mensais superiores a R$ 50 mil por CPF, considerando a soma dos valores aplicados em todas as seguradoras. Nesses casos, a alíquota de 5% incidia sobre o total aportado no mês.
Em 11 de junho, a regra foi alterada pelo Decreto nº 12.499/2025, que substituiu o limite mensal pelo teto anual de R$ 600 mil com isenção de IOF.
Já em 27 de junho, o Congresso Nacional aprovou o Decreto Legislativo nº 176/2025, suspendendo a cobrança do IOF sobre aportes em VGBL e derrubando os dois decretos anteriores. Contudo, em 16 de julho, o Supremo Tribunal Federal (STF) revalidou o Decreto nº 12.499/2025, por meio de decisão conjunta nas ADI 7827, ADI 7839 e ADC 96.
Com isso, as novas regras voltaram a vigorar, ficando definido apenas que não haverá incidência da alíquota de 5% sobre aportes realizados no período em que o decreto esteve suspenso, entre 27 de junho e 16 de julho de 2025.
Para Renato Gomes, o histórico do tema demonstra que a previdência privada sempre foi um ponto de tensão entre o planejamento patrimonial e a arrecadação fiscal. Segundo ele, ao menos três fatores indicam a possibilidade de novas discussões judiciais:
Apesar disso, o tributarista avalia que não há um cenário de insegurança jurídica generalizada. “Significa que poderá haver uma discussão para que o Judiciário, chamado a estabelecer e dizer o que é a lei, possa prestar a sua jurisdição da forma como ela é devida”, destaca.
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Baixar áudioO dólar comercial encerrou o último pregão em baixa de 0,95% frente ao real, cotado a R$5,53, após avançar 3,25% nos últimos sete dias. A queda da divisa estadunidense foi influenciada pelo cancelamento da entrevista exclusiva que o ex-presidente preso Jair Bolsonaro daria ao Metrópoles nesta terça-feira (23).
A moeda estadunidense abriu a sessão já em baixa frente ao real, seguindo a tendência global. Contudo, o recuo foi intensificado após o anúncio do cancelamento da entrevista do ex-presidente, condenado por tentativa de golpe de Estado, por questões de saúde. O encontro havia sido aprovado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e seria a primeira entrevista de Bolsonaro desde a condenação.
A influência no desempenho do câmbio se justifica: a entrevista era vista como um potencial “evento de confirmação” do nome do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para a chapa de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na próxima eleição presidencial. Desde o seu anúncio, a candidatura de Flávio vinha impulsionando a moeda estadunidense.
De acordo com analistas do setor, o cancelamento da entrevista é visto como positivo pelo mercado e ajuda os ativos. O argumento é o de que a manobra “ganha tempo” para que Bolsonaro possa pensar melhor em como se posicionar e para que possa se prevenir de declarações que possam reduzir as chances do filho ou de qualquer outro candidato que ele possa vir a apoiar.
O euro, por sua vez, encerrou a sessão cotado a R$6,52, o que representa uma baixa de 0,91%.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
| Código | BRL | USD | EUR | GBP | JPY | CHF | CAD | AUD |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| BRL | 1 | 0,1810 | 0,1534 | 0,1340 | 28,2822 | 0,1426 | 0,2478 | 0,2701 |
| USD | 5,5245 | 1 | 0,8480 | 0,7408 | 156,25 | 0,7879 | 1,3692 | 1,4927 |
| EUR | 6,5189 | 1,1793 | 1 | 0,8736 | 184,22 | 0,9292 | 1,6144 | 1,7603 |
| GBP | 7,4609 | 1,3501 | 1,1448 | 1 | 210,88 | 1,0636 | 1,8480 | 2,0151 |
| JPY | 0,0354 | 0,0064 | 0,0054 | 0,0047 | 1 | 0,5043 | 0,0088 | 0,0096 |
| CHF | 7,0126 | 1,2693 | 1,0763 | 0,9402 | 198,27 | 1 | 1,7380 | 1,8946 |
| CAD | 4,0348 | 0,7304 | 0,6192 | 0,5411 | 114,11 | 0,5756 | 1 | 1,0902 |
| AUD | 3,7034 | 0,6700 | 0,5681 | 0,4962 | 104,65 | 0,5278 | 0,9171 | 1 |
Os dados são da Investing.com
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Baixar áudioO Ibovespa voltou a fechar o pregão em alta de 1,46%, aos 160.456 pontos, com desempenho influenciado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de dezembro abaixo do esperado, PIB estadunidense do último trimestre acima do esperado e pelo cancelamento da entrevista do ex-presidente preso Jair Bolsonaro ao Metrópoles.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (23), o IPCA-15 de dezembro, que avançou 0,25% após alta de 0,20% no mês anterior. O valor resulta em uma inflação acumulada em 12 meses de 4,41% em dezembro, frente a 4,50% em novembro. Dessa forma, a inflação acumulada em 12 meses ficou abaixo do teto da meta contínua de 3,0% medida pelo IPCA — considerando a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Analistas do setor explicam que o dado traz maior apetite por risco e beneficia ações ligadas a varejo e consumo, o que, mesmo com a típica redução na liquidez do final de ano, contribuiu para o movimento na sessão.
Outro fato que impulsionou o Ibovespa foi a estimativa inicial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estadunidense no último trimestre, que foi de uma taxa anualizada de 4,3%, segundo o Escritório de Análise Econômica do Departamento de Comércio. O avanço do PIB foi de 3,8% no segundo trimestre, e as projeções de economistas para o último trimestre eram de 3,3%.
Além disso, o cancelamento da entrevista que o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado e preso por tentativa de golpe de Estado, daria ao Metrópoles também impulsionou o índice da bolsa. A entrevista era esperada como um potencial evento de confirmação do nome do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como o candidato da oposição para a eleição à presidência da República, o que desagradaria o mercado.
Confira as ações com melhor e pior desempenho no último fechamento:
Ações em alta no Ibovespa
Excelsior Alimentos SA Pfd (BAUH4): +31,75%
Sequoia Logistica e Transportes SA (SEQL3): +29,05%
Ações em queda no Ibovespa
CIABRASF Cia Brasileira de Servicos Financeiros SA (ADMF3): -33,33%
Guararapes Confeccoes S.A. (GUAR3): -24,24%
O volume total negociado na B3 foi de R$21.419.044.401, em meio a 3.119.638 negócios.
Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.
O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.
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