26/06/2021 03:00h

Prioridade no calendário nacional de vacinação, mais de 4,5 mil quilombolas da microrregião estão vacinados com a primeira dose. Em Jacobina, município que integra a microrregião, 355 quilombolas já tomaram a primeira dose contra do imunizante contra covid-19, segundo o Ministério da Saúde

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A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da região de Jacobina (BA). A região é formada pelos municípios de Jacobina, Caém, Mirangaba, Quixabeira, Morro do Chapéu, Miguel Calmon, Várzea Nova, Ponto Novo, Ourolândia e Caldeirão Grande, que juntos concentram mais de 18 mil pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE). Entretanto, os dados oficiais do IBGE apresentam discrepância em relação aos dados informados pelas Secretarias Municipais de Saúde. 

Em Mirangaba, por exemplo, o IBGE estima que tem uma população quilombola de 3.458 pessoas, mas a Secretaria Municipal de Saúde reconhece 2.194 quilombolas no município. Até o fechamento desta reportagem, 1904 pessoas desse grupo prioritário tomaram a primeira dose da vacina, o que representa aproximadamente 86% do público alvo. 24 receberam a dose 2. Já em Várzea Nova, o IBGE aponta que existem 639 quilombolas, mas a Secretaria Municipal de Saúde não reconhece esse público.  

Cidades da região de Jacobina com registro de Quilombolas População Quilombola (IBGE) Vacinados 1a Dose (Painel MS - 24/06) Vacinados 2a Dose (Painel MS - 24/06)
Jacobina 7.589 355 10
Caém 3.504 357 49
Mirangaba 3.458 1904 24
Quixabeira 907 465 74
Morro do chapéu 858 765 0
Miguel Calmon 782 442 76
Várzea Nova 639 0 0
Ponto Novo 549 115 0
Ourolândia 262 1 1
Caldeirão grande 231 127 43
Total 18.779 4.531 277


No município de Jacobina, 367 km da capital baiana, Salvador, 355 membros dos 11 territórios remanescentes de quilombos foram vacinados com a primeira dose, segundo o Ministério da Saúde, o que representa 4,6% do número de quilombolas pelo IBGE (7.589). Mas a Secretaria Municipal de Saúde reconhece apenas 940 quilombolas no município e afirma que vacinou cerca de 37,7%. Desde o início da pandemia, até o dia 24 de junho, foram registrados 6,3 mil casos de infecção pelo vírus no município, com 87 óbitos. *Dados até 24/06. Fonte: Ministério da Saúde/IBGE

Francieli Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”

A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica de Jacobina, Lorena Carla Bonfim da Silva, afirma que a vacinação foi realizada nas próprias comunidades, para evitar o deslocamento desse grupo para a zona urbana: “Fazemos um levantamento prévio em cada área. Conforme tenham doses disponíveis, programamos para enviar uma equipe de imunização, para fazer a vacinação dessa população in loco.”
Uma das imunizadas é Maria Dalva Macelina do Ramo, de 68 anos, moradora da comunidade de Êre, zona rural de Jacobina. Ela afirma estar aliviada por um lado, mas triste ao se lembrar daqueles que perderam a batalha para a doença devido ao medo e à desinformação: “Essa semana eu perdi um amigo. Não aceitou ser vacinado e ele faleceu. Essa vacina é importante. Nós não estamos 100% livres dessa doença mesmo vacinados. Que todos se vacinem para que sua vida continue.”

Jean César Moreira da Silva, 42 anos, é um dos líderes quilombolas da região e incentiva que os que não se vacinaram a buscarem orientação nas lideranças e nas Unidades Básicas de Saúde: “Muita gente, como quilombola, ainda falta ser vacinada. As pessoas que são quilombolas e não foram vacinadas, devem recorrer em busca do seu direito via Secretaria de Saúde.”

Prioridade Quilombolas

No Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, divulgado em 16 de dezembro de 2020, grupos socialmente vulneráveis foram incluídos como prioridade no calendário de imunização. Entre eles, a população quilombola que vive em comunidades tradicionais e que, segundo o último levantamento realizado pelo IBGE, em 2019, representa mais de 1,3 milhão de brasileiros. Essa prioridade se faz necessária diante da falta de acesso desse público à saúde, já que grande parte vive em zonas rurais, afastadas do ambiente urbano. A Bahia é o maior estado brasileiro em população quilombola, com mais de 268 mil habitantes, de acordo com levantamento do IBGE de 2019.

Para facilitar o enfrentamento da Covid-19 entre quilombolas e indígenas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antecipou a divulgação da base de informações geográficas e estatísticas sobre essa população em maio de 2020. O levantamento foi realizado em 2019.

Proteja-se

Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico imediato. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança: use máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações.

Vacinação na Bahia

De acordo com o Ministério da Saúde, a Bahia recebeu mais de 7 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Desse número, 129.117 foram aplicadas na população quilombola, até dia 24 de junho. A vacina é segura e a principal forma de se proteger do novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.

Serviço

Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal saude.gov.br/coronavirus ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.

Veja como está a vacinação Quilombola no seu município

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26/06/2021 03:00h

Na cidade de Santa Rita, por exemplo, mais de 5 mil quilombolas já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde

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A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da microrregião de Rosário, localizada no Norte do Maranhão. A região é formada, ainda, pelos municípios de Santa Rita, Icatu, Morros, Bacabeira, Presidente Juscelino, Axixá e Cachoeira Grande, que juntos concentram cerca de 15 mil pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). 

Francieli Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”

Na cidade de Santa Rita, mais de 5 mil quilombolas já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde. O município contém a maior população quilombola da microrregião, com um total de 7.759 habitantes pertencentes a esse grupo.

Entre os imunizados está Maria Antônia Teixeira, conhecida na região como Antônia Cariongo. Aos 41 anos, a lavradora é representante do quilombo Cariongo e coordenadora do Comitê de Defesa dos Direitos dos Povos Quilombolas de Santa Rita e Região. 

Para ela, toda a população quilombola precisa tomar a vacina. Como se trata de um meio para evitar a propagação da doença, ela incentiva a prática por parte de todos os moradores. “Conhecemos a realidade do nosso povo e temos em mente que a única forma de voltarmos a ter uma vida social, de buscarmos um emprego fora do nosso território é com a vacina. Eu me vacinei, minha família inteira se vacinou”, relata.

A reportagem tentou contato com a Secretaria de Saúde do Maranhão para apurar o balanço da imunização da população quilombola do estado, além de saber qual a meta do governo local para esse propósito, mas até o fechamento desta matéria não recebemos nenhum retorno. 

A informação mais atualizada disponível no site da Secretaria de Saúde do estado aponta que, até o dia 24 de junho, 105.687 pessoas desse grupo prioritário já tinham recebido a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus na Unidade da Federação e 23.960 receberam a dose 2.

  • Rosário – 1ª dose: 1.946 | 2ª dose: 150 | População Quilombola: 1.983
  • Santa Rita – 1ª dose: 5.215 | 2ª dose: 3.042 | População Quilombola: 7.759
  • Icatu – 1ª dose: 2.334 | 2ª dose: 53 | População Quilombola: 2.653
  • Morros – Não informado
  • Bacabeira – Não informado
  • Presidente Juscelino – 1ª dose: 1.282 | 2ª dose: 8 | População Quilombola: 1.866
  • Axixá – 1ª dose: 1174 | 2ª dose: 696 | População Quilombola: 1.589
  • Cachoeira Grande – 1ª dose: 98 | 2ª dose: 3 | População Quilombola: 590

Fonte: Ministério da Saúde/IBGE 

O Maranhão é o terceiro maior estado do País em população quilombola, com mais de 170 mil habitantes, ficando atrás apenas da Bahia e de Minas Gerais. Por isso, são necessárias medidas que priorizem a vacinação de pessoas que integram esse grupo. Segundo a coordenadora de Atenção Básica de Santa Rita, Rauanny Muniz Lemos, as orientações do Ministério da Saúde para a vacinação estão sendo seguidas.

“Seguimos o calendário de acordo com o Ministério. Foi feita uma escala para todos os enfermeiros que trabalham na estratégia levarem a vacina na área quilombola. Conseguimos imunizar boa parte e, assim, evitar que essa população seja contaminada”, afirma.

Prioridade Quilombola

No Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, divulgado em 16 de dezembro de 2020, grupos socialmente vulneráveis foram incluídos como prioridade no calendário de imunização. Entre eles, a população quilombola que vive em comunidades tradicionais e que, segundo o último levantamento realizado pelo IBGE, em 2019, representa mais de 1,3 milhão de brasileiros. Essa prioridade se faz necessária diante da falta de acesso desse público à saúde, já que grande parte vive em zonas rurais, afastadas do ambiente urbano. 
Para facilitar o enfrentamento da Covid-19 entre quilombolas e indígenas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antecipou a divulgação da base de informações geográficas e estatísticas sobre essa população em maio de 2020. O levantamento foi realizado em 2019.  

Covid-19 no Maranhão

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão, até o dia 24 de junho foram confirmados 311.207 casos de Covid-19. Desse total, 8.841 pessoas morreram e 271.202 se recuperaram da doença. 

Dados do Ministério da Saúde mostram que 3.479.700 de doses de vacinas foram distribuídas no estado: 2.713.705 já foram aplicadas, sendo 2.135.288 para a primeira dose e 578.417 para a dose 2. Ainda de acordo com a Pasta, para o enfrentamento da doença, foram destinados ao estado mais de R$ 5 bilhões. 

Mesmo que você já tenha sido vacinado, a recomendação é respeitar as medidas sanitárias para reduzir o risco de transmissão da doença. A vacina é segura e trata-se de uma das principais formas de proteção contra o novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.

Serviço

Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal saude.gov.br/coronavirus ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.

Proteja-se

Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico imediato. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança. Entre eles, uso de máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações. Para mais informações sobre a vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.

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26/06/2021 03:00h

Prioridade no calendário nacional de vacinação, mais de mil quilombolas da microrregião estão vacinados com a primeira dose

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A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da região de Serrana do Sertão Alagoano (AL). A região é formada pelos municípios de Água Branca, Canapi, Inhapi, Pariconha e Mata Grande, que juntos concentram mais de 6,7 mil pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE). Desse número, mais de mil foram vacinadas com a primeira dose da vacina contra a covid-19, segundo o Ministério da Saúde, o que representa 17% do público-alvo (acima de 18 anos). 

Brasil tem 18,2 milhões de casos acumulados de Covid-19

No município de Água Branca, 307 km da capital alagoana, Maceió, 591 membros dos territórios remanescentes de quilombos foram vacinados com a primeira dose, segundo o Ministério da Saúde, o que representa 24% do número de quilombolas pelo IBGE (2.440). Desde o início da pandemia, até o dia 23 de junho, foram registrados 414 casos de infecção pelo vírus no município, com 18 óbitos.

Cidades da região de Jacobina com registro de Quilombolas População Quilombola (IBGE) Vacinados 1a Dose (Painel MS) Vacinados 2a Dose (Painel MS)
Água Branca 2.444 591 0
Canapi 1.581 196 2
Inhapi 1.291 68 0
Pariconha 884 192 1
Mata Grande 592 150 0
Total 6.788 150 3


Mapeamento das Comunidades Quilombolas de Alagoas  / CONAQ

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”

Em Canapi, o IBGE estima que tem uma população quilombola de 1.581 pessoas, mas até o fechamento desta reportagem, apenas 196 pessoas desse grupo prioritário tomaram a primeira dose da vacina, o que representa aproximadamente 12,3% do público-alvo. 

Quitéria Vieira dos Santos já recebeu a primeira dose da vacina. A líder quilombola vive na comunidade Tupete, localizada na zona rural de Canapi. Aos 55 anos, a agricultora afirma que precisou lutar para que a vacinação chegasse às comunidades:

“Foi maravilhosa. Estava com um pouco de dificuldade pra chegar as vacinas, mas eu fui à luta e, graças a Deus, eu consegui. Na comunidade, só não tomou quem não tem idade ainda. A gente dormia sonhando e acordava sonhando pra chegar essa vacina pra nós”, relata Quitéria.

Também conhecida como Quiterinha, em Canapi, a líder quilombola reforça a importância de todos os quilombolas buscarem a vacina. “Pessoal dos quilombos aqui de Alagoas: vocês que não se vacinaram ainda, procurem correr atrás e lutar pelos objetivos de vocês, porque é um direito nosso.”

Prioridade Quilombolas

No Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, divulgado em 16 de dezembro de 2020, grupos socialmente vulneráveis foram incluídos como prioridade no calendário de imunização. Entre eles, a população quilombola que vive em comunidades tradicionais e que, segundo o último levantamento realizado pelo IBGE, em 2019, representa mais de 1,3 milhão de brasileiros. Essa prioridade se faz necessária diante da falta de acesso desse público à saúde, já que grande parte vive em zonas rurais, afastadas do ambiente urbano. A Bahia é o maior estado brasileiro em população quilombola, com mais de 268 mil habitantes, de acordo com levantamento do IBGE de 2019.

Para facilitar o enfrentamento da Covid-19 entre quilombolas e indígenas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antecipou a divulgação da base de informações geográficas e estatísticas sobre essa população em maio de 2020. O levantamento foi realizado em 2019.

IBGE antecipa base de dados sobre indígenas e quilombolas para facilitar enfrentamento a Covid-19

Proteja-se

Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança: use máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações.

Vacinação em Alagoas

De acordo com o Ministério da Saúde, o estado de Alagoas recebeu mais de 1,6 milhão de doses da vacina contra a Covid-19. Desse número, cerca de 12,1 mil foram aplicadas na população quilombola. A vacina é segura e a principal forma de proteger do novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.

Serviço

Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saude ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.

Veja como está a vacinação Quilombola no seu município

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25/06/2021 19:00h

Prioridade no calendário nacional de vacinação, mais de 4,2 mil quilombolas das cidades da microrregião estão vacinados com a primeira dose

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A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da região de Vitória da Conquista (BA). A região é formada pelos municípios de Vitória da Conquista, Anagé, Belo Campo, Caatiba, Poções, Bom Jesus da Serra, Mirante, Boa Nova e Nova Canaã, que juntos concentram mais de 16 mil pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE). Entretanto, os dados oficiais do IBGE apresentam discrepância em relação aos dados informados pelas Secretarias Municipais de Saúde. 

Em Belo Campo, por exemplo, o IBGE estima que tem uma população quilombola de 2.726 pessoas, mas a Secretaria Municipal de Saúde reconhece 50 quilombolas no município. Até o fechamento desta reportagem, 33 pessoas desse grupo prioritário tomaram a primeira dose da vacina e 27 receberam a dose de reforço do imunizante.

Em Vitória da Conquista, a 521 quilômetros de Salvador, mais de 65,5% dos quilombolas foram vacinados com a primeira dose, segundo o Ministério da Saúde. Esse número representa mais de 3,3 mil pessoas acima de 18 anos. Desde o início da pandemia, até a segunda semana de junho, foram registrados mais de 32 mil casos de infecção pelo vírus no município, com 539 óbitos. 
 

Cidades da região do Bonfim  com registro de Quilombolas População Quilombola (IBGE) Vacinados 1a Dose Vacinados 2a Dose
Anagé 8.429 375 1
Vitória da conquista 5.107 3.349 647
Belo campo 2.726 33 27
Caatiba 103 38 14
Poções 97 127 0
Bom jesus da serra 49 227 27
Mirante 10 0 0
Boa nova 9 0 0
Nova canaã 2 58 0
Total 16.532 4.207 716

 

 

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”

No município de Anagé, 375 membros das três comunidades quilombolas foram vacinados com a primeira dose, segundo o Ministério da Saúde, o que representa 4% desse público, segundo o IBGE (8.429). Mas a Secretaria Municipal de Saúde reconhece apenas 486 quilombolas, o que elevaria o índice de vacinação para 76%, segundo o Ministério da Saúde. Sayma Oliveira, Diretora de Atenção Básica de Anagé, afirma que as vacinas que sobraram foram destinadas a outros grupos prioritários: “Isso aí foi um erro de cálculo do IBGE. O nosso levantamento atual foi feito com os representantes das comunidades quilombolas. Recebemos um número grande de vacinas. Conseguimos adiantar a vacinação no município, dos idosos, comorbidades, com esse mesmo lote.  Atualizamos mediante a autorização da SESAB.”

Isaac Viana Souza, 20 anos, é um dos imunizados com a primeira dose da vacina, na cidade. O jovem nasceu no quilombo Lagoa Torta dos Pretos e foi criado pela mãe e avós lavradores. Dedicado aos estudos e aos movimentos sociais, Isaac é estudante de medicina na Universidade Federal da Bahia, em Vitória da Conquista, e secretário geral da Associação de agricultores rurais e quilombolas de Anagé. 

Ao ser questionado sobre a vacinação nos quilombos, Isaac afirma que o município criou um calendário priorizando esse grupo, mas que muitos ainda não se vacinaram. Uns por medo, outros por não serem reconhecidos como quilombolas pela secretaria municipal e estadual de saúde.

“A gente fez a estimativa. É um processo bem complexo porque a gente sabe que a vacinação fica a critério do estado e do município. Se a gente não tivesse corrido atrás, a vacinação teria demorado mais. Se vacinem. A única arma que a gente tem é a vacinação e as medidas de prevenção.”

Prioridade Quilombolas

No Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, divulgado em 16 de dezembro de 2020, grupos socialmente vulneráveis foram incluídos como prioridade no calendário de imunização. Entre eles, a população quilombola que vive em comunidades tradicionais e que, segundo o último levantamento realizado pelo IBGE, em 2019, representa mais de 1,3 milhão de brasileiros. Essa prioridade se faz necessária diante da falta de acesso desse público à saúde, já que grande parte vive em zonas rurais, afastadas do ambiente urbano. A Bahia é o maior estado brasileiro em população quilombola, com mais de 268 mil habitantes, de acordo com levantamento do IBGE de 2019.

Para facilitar o enfrentamento da Covid-19 entre quilombolas e indígenas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antecipou a divulgação da base de informações geográficas e estatísticas sobre essa população em maio de 2020. O levantamento foi realizado em 2019.

IBGE antecipa base de dados sobre indígenas e quilombolas para facilitar enfrentamento a Covid-19

Proteja-se

Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico imediato. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança: use de máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações.

Vacinação na Bahia

De acordo com o Ministério da Saúde, a Bahia recebeu mais de 7 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Desse número, 129.117 foram aplicadas na população quilombola, até dia 23 de junho. A vacina é segura e a principal forma de se proteger do novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.

Serviço

Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saude ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.

Cidades da microrregião do Vitória da Conquista   com registro de população Quilombola Endereço Secretarias de Saúde: Contato:
Anagé Rua gerson    saraiva, 86 centro (77) 3435-2250
Vitória da    Conquista R. Rotary club, n°69 - centro (77)3429-7426
Belo Campo Rua almiro ferraz de almeida, 151, centro (77)3437-2016
Caatiba Avenida francisco viana s/n centro (77) 3430-2170
Poções Rua cardeal da silva, nº 75, centro (77) 3431-4350
Bom Jesus    da Serra Travessa francisco josé ventura de matos,    74, centro (77) 3461-1013
Mirante  Rua m, n 99, monte alegre (77) 3468 - 1087
Boa Nova Rua regis pacheco, 14, centro (77) 3433-2218
Nova Canaã Av. Juracy magalhães , nº 463 - centro (73) 3207-2630

 

Veja como está a vacinação Quilombola no seu município


 

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25/06/2021 17:25h

Segunda dose da vacina contra Covid-19 começará a ser aplicada no município dia 22 de junho

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A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da microrregião da Baixada Maranhense, localizada no Norte do estado. A região é formada pelos municípios Pinheiro, Viana, São Bento, Santa Helena, Penalva, Monção, Anajatuba, Pedro do Rosário e Matinha que, ao lado de outras 10 cidades, concentram cerca de 50 mil pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). 

Francieli Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.” 

Os quilombos de Viana estão divididos em 35 comunidades. Rosenilde Silva Melonio, de 41 anos, é integrante do quilombo Canarana, localizado na zona rural do município. A pedagoga, que está entre as lideranças quilombolas da região, conta que ficou emocionada ao tomar a primeira dose da vacina, mas lamenta pelas pessoas que ainda resistem à imunização. 

“Infelizmente, não só na área de Viana, mas em outros municípios, já presenciei pessoas com medo de vacinar.  Temos incentivado para que as pessoas tomem essa vacina. Esse vírus não tem escolha de credo, cor, rico nem pobre”, relata.

O município, que serve como modelo para a região, seguiu o Plano Nacional de Vacinação. Segundo Cheila Farias, coordenadora da Força Estadual de Saúde do Maranhão (FESMA), a imunização desse público prioritário começou no dia 30 de março, em um dia D, situação em que foram vacinados 1.170 quilombolas de 11 comunidades. A segunda dose começará a ser aplicada no município dia 22 de junho. 

“Os agentes estão indo às áreas de difícil acesso para levar a vacinação prioritária.  Tanto na população de Viana quanto na população da baixada e demais municípios, as pessoas que ainda não foram vacinadas devem procurar as unidades básicas de saúde mais próximas. A gente tem que ter medo do vírus. Esse sim nos causa um dano muito maior”, considera.

Quadro Vacinação

Pinheiro – 1ª dose (2.390) - 2ª dose (28) 
População Quilombola (3.882)

Viana – 1ª dose (3.723) - 2ª dose (389)
População Quilombola (8.468)

São Bento – 1ª dose (1104) - 2ª dose (626)
População Quilombola (1.453)

Santa Helena – 1ª dose (1259) - 2ª dose (1) 
População Quilombola (2.801)

Penalva – 1ª dose (1.787) - 2ª dose (0) 
População Quilombola (2.114)

Monção – 1ª dose (1.140) - 2ª dose (32) 
População Quilombola (2.183)

Vitória do Mearim – 1ª dose (1942) - 2ª dose (4)
População Quilombola (2.863)

Arari – não informado

Anajatuba – 1ª dose (3.520) - 2ª dose (91)
População Quilombola (2.863)

Pedro do Rosário – 1ª dose (1.925) - 2ª dose (471)
População Quilombola (2.420)

Matinha – 1ª dose (2.570) - 2ª dose (212) 
População Quilombola (3.859)

São Vicente Ferrer – 1ª dose (3.502) - 2ª dose (23)
População Quilombola (4.103)

São João Batista – 1ª dose (2.359) - 2ª dose (68)
População Quilombola (3.542)

Palmeirândia – 1ª dose (573) - 2ª dose (60)
População Quilombola (3.542)

Cajari – 1ª dose (4.013) - 2ª dose (229)
População Quilombola (3.542)

Presidente Sarney - 1ª dose (1.121) - 2ª dose (230)
População Quilombola (3.542)

Conceição do Lago-Açu - não informado

Olinda Nova do Maranhão – 1ª dose (1.215) - 2ª dose (3) 
População Quilombola (1.355)

Peri Mirim – 1ª dose (568) - 2ª dose (0)
População Quilombola (748)

Igarapé do Meio – não informado

Bela Vista do Maranhão – não informado

Fonte: Ministério da Saúde/IBGE
 

Prioridade quilombolas

No Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, divulgado em 16 de dezembro de 2020, grupos socialmente vulneráveis foram incluídos como prioridade no calendário de imunização. Entre eles, a população quilombola que vive em comunidades tradicionais e que, segundo o último levantamento realizado pelo IBGE, em 2019, representa mais de 1,3 milhão de brasileiros. Essa prioridade se faz necessária diante da falta de acesso desse público à saúde, já que grande parte vive em zonas rurais, afastadas do ambiente urbano. A Bahia é o maior estado brasileiro em população quilombola, com mais de 268 mil habitantes, de acordo com levantamento do IBGE de 2019.

Para facilitar o enfrentamento da Covid-19 entre quilombolas e indígenas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antecipou a divulgação da base de informações geográficas e estatísticas sobre essa população em maio de 2020. O levantamento foi realizado em 2019.

Cenário no Maranhão

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão, até o dia 24 de junho foram confirmados 311.207 casos de Covid-19. Desse total, 8.841 pessoas morreram e 271.202 se recuperaram da doença. 

Dados do Ministério da Saúde mostram que 3.479.700 de doses de vacinas foram distribuídas no estado: 2.713.705 já foram aplicadas, sendo 2.135.288 para a primeira dose e 578.417 para a dose 2. Ainda de acordo com a Pasta, para o enfrentamento da doença, foram destinados ao estado mais de R$ 5 bilhões. 
Mesmo que você já tenha sido vacinado, a recomendação é respeitar as medidas sanitárias para reduzir o risco de transmissão da doença. A vacina é segura e trata-se de uma das principais formas de proteção contra o novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude

Serviço

Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal saude.gov.br/coronavirus ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS LINK 2. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.

Proteja-se

Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança: use máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações. 
 

Veja como está a vacinação Quilombola no seu município


 

 

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25/06/2021 17:00h

No município de São Mateus, por exemplo, mais de 2,5 mil quilombolas já receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, segundo o Ministério da Saúde

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A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da microrregião de São Mateus, localizada no litoral norte do Espírito Santo. A região é formada, ainda, pelos municípios de Conceição da Barra, Jaguaré e Pedro Canário, que juntos habitam mais de 11 mil pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). 

No município de São Mateus, por exemplo, 2.551 quilombolas já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, até o dia 23 de junho, segundo o Ministério da Saúde. A cidade concentra o maior número de quilombolas na região, cerca de 7 mil, segundo o IBGE.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”

Kátia Penha, 40 anos, mora no quilombo Divino Espírito Santo, uma das 17 comunidades de São Mateus, localizada na zona rural do município.  A educadora ambiental e coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ) está entre as 200 famílias da comunidade já vacinadas com a primeira dose. Ela afirma que os efeitos da imunização já podem ser percebidos nos quilombos.

“Antes da Vacinação, o vírus estava circulando dentro da comunidade e hoje a pessoa não tem aqueles sintomas tão graves. A gente vive no campo, em áreas remotas, longe da cidade, sem posto de saúde. E essa vacinação chegou até nós. Eu fico muito feliz. Aos parentes quilombolas de todo Brasil eu peço que acreditem na ciência. Não acreditem em desinformação”, considera.

O secretário de Saúde de São Mateus, Henrique Luis Follador, afirma que, mesmo com a resistência inicial à vacina, o município não teve dificuldade em cumprir o calendário e imunizar todos os quilombolas cadastrados. Mesmo assim, ressalta a importância da aplicação da dose de reforço.

“Foi feito um levantamento e uma ampla divulgação com essa população. As equipes de vacinadores foram até os locais e fizeram a imunização. Nós tivemos algumas pessoas resistentes à vacinação, mas ao longo dos atendimentos que eram feitos pela equipe, essas pessoas nos procuraram querendo tomar a vacina”, afirma. 

De acordo com informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, outro município da microrregião em que a vacinação avança entre os quilombolas é Conceição da Barra. A cidade já aplicou, até o momento, 1.238 doses, na primeira fase da imunização. De acordo com o IBGE, o município habita cerca de 4 mil quilombolas.

Prioridade quilombolas

No Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, divulgado no dia 16 de dezembro de 2020, grupos socialmente vulneráveis foram incluídos como prioridade no calendário de imunização. Entre eles está a população quilombola que vive em comunidades tradicionais e que, segundo o último levantamento realizado pelo IBGE, representa mais de 1,3 milhão de brasileiros. Essa prioridade se faz necessária diante da falta de acesso desse público à saúde, já que grande parte vive em zonas rurais, afastadas do ambiente urbano. Para facilitar o enfrentamento da Covid-19 entre quilombolas e indígenas, o IBGE antecipou a divulgação da base de informações geográficas e estatísticas sobre essa população. 

Cenário Espírito Santo

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado do Espírito Santo, desde o início da pandemia até o dia 23 de junho, já foram registrados mais de 509 mil casos de covid-19. Mais de 11,3 mil pessoas morreram e 483 mil recuperaram da doença. 

Segundo o Ministério da Saúde, 2.171.940 de doses da vacina foram distribuídas no estado. Desse total, 1.927.304 já foram aplicadas até o momento, sendo 1.392.558 para a primeira dose e 490.007 para a dose 2. A Pasta também já destinou quase R$ 3 bilhões para o estado. 

Mesmo que você já tenha sido vacinado, a recomendação é respeitar as medidas sanitárias para reduzir o risco de transmissão da doença. A vacina é segura e trata-se de uma das principais formas de proteger contra a Covid-19. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saúde.

Serviço

Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas e que ainda não tomaram a vacina devem procurar as unidades básicas de saúde e lideranças do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saude ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.

Proteja-se

Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança: use máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações. 

Veja como está a vacinação Quilombola no seu município

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25/06/2021 14:40h

Quase 8.800 quilombolas que vivem em 15 municípios da região começaram o processo de imunização

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A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da região de Garanhuns, no Agreste Pernambucano. A microrregião é formada pelos municípios de Garanhuns, Bom Conselho, Canhotinho, Angelim, Iati e outras catorze cidades, que juntas concentram mais de 10,6 mil pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

De acordo com o IBGE, apenas os municípios de Calçado, Jucati, Jupi e Lagoa do Ouro não possuem quilombolas. Até o fechamento desta reportagem, 8.785 pessoas tomaram a primeira dose da vacina, o equivalente a quase 80% do total de quilombolas. Além disso, 15 pessoas já receberam a dose 2 do imunizante, de acordo com o Ministério da Saúde. 

Quadro: Número de quilombolas vacinados com a primeira e a segunda dose na microrregião de Garanhuns:

Município 1ª Dose 2ª Dose
Garanhuns 2.444 6
Angelim 775 1
Bom Conselho 3.063 3
Brejão 579 0
Caetés 1.236 2
Iati 1 1
Saloá 129 0
Terezinha 2 2
*As seguintes regiões abrigam quilombolas, mas não aplicaram nenhuma dose: Canhotinho, Correntes, Jurema, Lajedo, Palmeirina, Paranatama e São João.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”

Covid-19: cerca de 18% da população já tomou a primeira dose da vacina e 9% a segunda

O município de Garanhuns, a cerca de 200 quilômetros do Recife, possui a terceira maior população de comunidades tradicionais de Pernambuco. São 3.307 quilombolas, de acordo com o IBGE. Desses, 2.450 já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Seis quilombolas tomaram a dose reforço e concluíram o processo de imunização. 

Desde o início da pandemia até 22 de junho, o município registrou 13.403 casos de infecção pelo novo coronavírus, com 257 óbitos. Segundo Jéssica Borges, diretora de Atenção à Saúde de Garanhuns (PE), a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 na população quilombola começou dia 24 de março. A segunda dose está prevista para o final de junho. Como estratégia para garantir a adesão de todos ao imunizante, as equipes da secretaria de saúde estão indo até as localidades. 

“Nós desenvolvemos algumas atividades de educação em saúde, de sensibilização e isso fez com que a gente diminuísse essa recusa da população em se vacinar. Concluam seu esquema vacinal, para que a imunização possa ser eficaz”, indica Jéssica. 

Ermeson Araújo da Silva, aos 46 anos, já tomou a primeira dose da vacina. O técnico em agropecuária é morador do quilombo Timbó, localizado na zona rural de Garanhuns, e um dos mais antigos da região, onde vivem 175 famílias. Como membro do Movimento Estadual das Comunidades Quilombolas de Pernambuco, Ermeson ressalta os efeitos da vacinação em massa nas localidades e a importância da adesão à segunda etapa da campanha: 

“A incidência da doença caiu bastante nos quilombos. O mundo está atrás de se imunizar e nós estamos tendo essa oportunidade de receber essa vacina. Eu conto com o apoio de todos vocês, de todas as comunidades quilombolas para que a gente ganhe essa luta contra esse vírus”, clamou.

Proteja-se

Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança: use máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventilados e evite aglomerações. 

Os quilombolas são prioridade no calendário nacional de imunização do Ministério da Saúde. O estado de Pernambuco está na quinta posição em população quilombola com mais de 54 mil pessoas, segundo o levantamento realizado pelo IBGE, em 2019.

Vacinação em Pernambuco 

De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, o estado recebeu do Ministério da Saúde 4.520.100 doses da vacina contra a Covid-19. Segundo dados do Ministério da Saúde, até o dia 22 de junho, 39.887 quilombolas tomaram a primeira dose do imunizante e 3.171 receberam a dose 2. A vacina é segura e uma das principais formas de prevenção do novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o País, acesse gov.br/saude

Serviço

Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saude ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia. 

Veja como está a vacinação Quilombola no seu município

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25/06/2021 08:00h

Prioridade no calendário nacional de vacinação, 329 quilombolas da microrregião estão sendo vacinados contra o novo coronavírus. Em Entre Rios, município que integra a microrregião, 237 quilombolas já receberam a primeira dose, segundo o MS.

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A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da região de Entre Rios (BA). A região é formada pelos municípios de Entre Rios, Esplanada, Conde e Cardeal da Silva, que juntos concentram mais de 11 mil pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE).  Entretanto, os dados oficiais do IBGE apresentam discrepância em relação aos dados informados pelas Secretarias Municipais de Saúde. 



Em Esplanada, por exemplo, o IBGE estima que tem uma população quilombola de 7.377 pessoas, mas a Secretaria Municipal de Saúde não reconhece esse público no município. Se for estimar o número de vacinados, de acordo com os dados do IBGE, apenas 4% da população quilombola foi vacinada na região, mesmo sendo grupo prioritário.

Em Cardeal da Silva, a estimativa do IBGE é de 534 quilombolas, mas nenhuma dose foi aplicada nesse público no município, segundo o Ministério da Saúde. A equipe de reportagem tentou contato com a Secretaria Municipal de Saúde e não obteve retorno.

Cidades da região de Entre Rios com registro de Quilombolas População Quilombola (IBGE) Vacinados 1a Dose (Painel MS - 12 de junho) Vacinados 2a Dose (Painel MS - 12 de junho)
Esplanada 7.377 0 0
Entre Rios  2.686 237 69
Conde  904 92 11
Cardeal da Silva 534 0 0
Total 11.501 329 80

Dados retirados do IBGE e do Ministério da Saúde

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”

Em Entre Rios, a 123 quilômetros da capital baiana, Salvador, 237 membros dos cinco territórios remanescentes de quilombos foram vacinados com a primeira dose, segundo o Ministério da Saúde, o que representa 8,8% do número de quilombolas pelo IBGE (2.686). Mas a Secretaria Municipal de Saúde reconhece apenas 680 quilombolas no município. o que eleva a estimativa de vacinados para 34,8%. Desde o início da pandemia, até a segunda semana de junho, foram registrados mais de 1,6 mil casos de infecção pelo vírus no município, com 37 óbitos. 

De acordo com a Secretaria de Saúde de Entre Rios, a vacinação no município começou no final de março.  Natália Menezes, coordenadora de imunização, ressalta a importância da adesão à campanha: 

“Eles vivem em uma pequena aglomeração, né? O risco de disseminação do vírus é muito alto. Para dar mais comodidade a eles, a gente vai até o local. Um dos motivos principais da gente ter escolhido vacinar no quilombo é pra ter uma certeza que todos os quilombolas, que tomaram a primeira dose, vão tomar a segunda.” 

Geronilson Silva, aos 59 anos, é membro do quilombo dos Pedros, na zona Rural de Entre Rios, onde vivem cerca de 120 famílias. Ele e todos os familiares, acima de 18 anos, já foram vacinados com a primeira dose do imunizante. Como presidente da União das Associações Quilombolas Vidas Negras, o lavrador afirma que já tem notado os reflexos da imunização nas localidades:

“Além de estarmos vacinando o nosso povo, nós estamos utilizando aquela base do distanciamento, usando a máscara e, na nossa comunidade, nós não temos quase ninguém infectado.”

Ainda segundo o líder quilombola, o trabalho de conscientização vai continuar até que todos tenham tomado as duas doses da vacina:

“A gente vai tentando conscientizar os nossos irmãos para que se vacinem. Para que tenhamos condições de desenvolver nossas atividades dentro do quilombo. Se a zona rural não planta, a cidade não janta. Vamos vacinar, que a gente não vai perder mais ninguém.” 
Prioridade Quilombolas

No Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, divulgado em 16 de dezembro de 2020, grupos socialmente vulneráveis foram incluídos como prioridade no calendário de imunização. Entre eles, a população quilombola que vive em comunidades tradicionais e que, segundo o último levantamento realizado pelo IBGE, em 2019, representa mais de 1,3 milhão milhões de brasileiros. Essa prioridade se faz necessária diante da falta de acesso desse público à saúde, já que grande parte vive em zonas rurais, afastadas do ambiente urbano. A Bahia é o maior estado brasileiro em população quilombola, com mais de 268 mil habitantes, de acordo com levantamento do IBGE de 2019.

Para facilitar o enfrentamento da Covid-19 entre quilombolas e indígenas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antecipou a divulgação da base de informações geográficas e estatísticas sobre essa população em maio de 2020. O levantamento foi realizado em 2019

Proteja-se

Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança: use máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações.



Vacinação na Bahia

De acordo com o Ministério da Saúde, a Bahia recebeu mais de 7 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Desse número, 129.117 mil foram aplicadas na população quilombola. A vacina é segura e a principal forma de prevenir o novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o País, acesse gov.br/saude.

Serviço

Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saude ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.

Cidades da microrregião de Entre Rios com registro de população Quilombola Endereço Secretarias de Saúde: Telefone:
Esplanada Praça Monsenhor Zacarias Luz, S/N (75)  3427-2255
Entre Rios  Praça Barão do Rio Branco-S/N-Centro (75) 3420-2273
Conde   Rua João Izidoro Lins, S/N - Centro (75) 3429- 1391
Cardeal da Silva Praça Divina Pastora, 300 - Centro (75) 3456-2113

Veja como está a vacinação Quilombola no seu município

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25/06/2021 03:00h

Prioridade no calendário de vacinação local, mais de 3,5 mil quilombolas da microrregião estão vacinados com a primeira dose.

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A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas de Montes Claros (MG). A região é formada pelos municípios de Montes Claros, São João da Ponte, Varzelândia, Francisco Sá, Glaucilândia, Coração de Jesus, Brasília de Minas, São João da Lagoa, Ubaí, Verdelândia, Luislândia, Juramento e Lontra, que juntos concentram mais de mais de 8 mil pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE). Desse número, 3,5 mil, acima de 18 anos, já foram vacinadas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, o que representa 43,8% da população quilombola. 

Em São João da Ponte, o IBGE estima uma população quilombola de 3.215 pessoas. Até o fechamento desta reportagem, 1.243 desse grupo prioritário tomaram a primeira dose da vacina, o que representa aproximadamente 38,6% do público-alvo. Nove receberam a dose de reforço do imunizante.

Cidades da região de Montes Claros com registro de Quilombolas População Quilombola (IBGE) Vacinados 1a Dose (Painel MS - 13/06) Vacinados 2a Dose (Painel MS - 13/06)
São João da Ponte  3.215 1.243 12
Varzelândia  1.825 671 3
Francisco Sá  665 191 1
Montes Claros  547 161 0
Glaucilândia  369 0 0
Coração de Jesus 356 481 0
Brasília de Minas  266 361 0
São João da Lagoa  237 23 0
Ubaí 169 205 0
Verdelândia 166 119 32
Luislândia 164 71 0
Juramento  26 0 0
Lontra  6 0 0
Total 8.011 3.515 44

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença. Então, é um grupo que foi inserido na vacinação em virtude de ter uma vulnerabilidade maior, quanto pela complicação e óbito pela doença.”

Em Glaucilândia, o IBGE estima uma população quilombola de 369 pessoas. Mas até o fechamento desta reportagem, o Painel de Vacinação do Ministério da Saúde não registrou nenhuma dose aplicada nesse público prioritário no município.

No município de Montes Claros, Minas Gerais, mais de 160 membros das 6 comunidades remanescentes de quilombos foram vacinados com a primeira dose, segundo o Ministério da Saúde, o que representa 43,7% do número de quilombolas, segundo o IBGE (547). Desde o início da pandemia, até a segunda semana de junho, foram registrados mais de 37 mil casos de infecção pelo vírus no município, com 868 óbitos. Dulce Pimenta, secretária municipal de Saúde de Montes Claros, ressalta a vulnerabilidade da população quilombola.

“Muitos quilombolas precisam se deslocar ou até mesmo residir fora de suas comunidades para trabalhar, estudar, para procurar atendimento de saúde e, com isso, eles ficam expostos à contaminação pela Covid-19”, explicou.

Para Margareth Gomes, líder quilombola da comunidade Monte Alto, a chegada da vacina foi um alívio para os que vivem no quilombo e para aqueles que precisam trabalhar na cidade. Todos acima de 18 anos, exceto grávidas, receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

“Tivemos pessoas da comunidade que contraíram a doença em Montes Claros, mas se isolaram por lá mesmo, não chegaram até a comunidade. Com relação à vacina, todos tomaram e estamos todos bem. Estamos felizes por saber que os nossos direitos estão sendo respeitados. Vacina, sim!” contou.

Prioridade Quilombolas

No Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, divulgado em 16 de dezembro de 2020, grupos socialmente vulneráveis foram incluídos como prioridade no calendário de imunização. Entre eles, a população quilombola, que, segundo o último levantamento realizado pelo IBGE, em 2019, representa mais de 66 milhões de brasileiros. Essa prioridade se faz necessária diante da falta de acesso desse público à saúde, já que grande parte vive em zonas rurais, afastadas do ambiente urbano. Minas Gerais é o segundo maior estado brasileiro em população quilombola, com mais de 130 mil habitantes, de acordo com levantamento do IBGE de 2019. 

Para facilitar o enfrentamento da Covid-19 entre quilombolas e indígenas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antecipou a divulgação da base de informações geográficas e estatísticas sobre essa população em maio de 2020. O levantamento foi realizado em 2019.

Proteja-se

Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança: use máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações.

Vacinação em Minas Gerais

De acordo com o Ministério da Saúde, Minas Gerais já aplicou mais de 8 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Desse número, cerca de 58 mil foram aplicadas na população quilombola. A vacina é segura e a principal forma de proteger contra o novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.

Serviço

Quilombolas que não tomaram a vacina devem procurar as unidades básicas de saúde e lideranças do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saude ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.

Veja como está a vacinação Quilombola no seu município

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24/06/2021 03:00h

Prioridade no calendário nacional de vacinação, 5,9 mil quilombolas das cidades da microrregião estão vacinados com a primeira dose. Só em Bom Jesus da Lapa, 2,8 mil quilombolas já estão imunizados com a primeira dose, segundo o MS

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A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da região de Bom Jesus da Lapa (BA). A região é formada pelos municípios de Bom Jesus da Lapa, Paratinga, Carinhanha, Serra do Ramalho e Sítio do Mato, que juntos concentram mais de 10 mil pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE). Desse número, 5,9 mil, acima de 18 anos, já foram vacinadas com a primeira dose da vacina contra a covid-19, o que representa 54,5% da população.



Em Paratinga, por exemplo, o IBGE estima que tem uma população quilombola de 2.058 pessoas. Até o fechamento desta reportagem, 1.924 pessoas desse grupo prioritário tomaram a primeira dose da vacina, o que representa aproximadamente 93,4% do público alvo. 375 receberam a dose de reforço do imunizante.

Cidades da região de Bom Jesus da Lapa com registro de Quilombolas População Quilombola (IBGE) Vacinados 1a Dose (Painel MS) Vacinados 2a Dose (Painel MS)
Bom Jesus da Lapa 6.271 2.849 8
Paratinga 2.058 1.924 375
Carinhanha  1.037 440 72
Sítio do Mato 931 284 2
Serra do Ramalho 599 447 2
Total 10.896 5.944 459


A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”

No município de Bom Jesus da Lapa, a 800 quilômetros da capital baiana, Salvador, mais de 2,8 mil membros das 23 comunidades remanescentes de quilombos foram vacinados com a primeira dose, segundo o Ministério da Saúde, o que representa cerca de 45% do número de quilombolas, segundo o IBGE (6.271). Desde o início da pandemia, até dia 23 de junho, foram registrados 5,3 mil casos de infecção pelo vírus no município, com 69 óbitos. 

Eudes Nogueira é secretário de Saúde de Bom Jesus da Lapa e afirma estar satisfeito com a mobilização deste público em prol da vacina. “Estamos com um bom resultado em relação à vacinação. Fizemos uma programação com os agentes de saúde e os encaminhamos para o quilombo, por conta da vulnerabilidade social.

Os quilombolas que não foram vacinados vamos marcar na sede do município ou in loco.”
Iane Ferreira da Silva, 30 anos, está entre os 3 mil membros da comunidade Rio das Rãs, localizada na zona rural de Bom Jesus da Lapa. Em meio a todos os desafios enfrentados pela população quilombola por conta da pandemia, a assistente social que já se vacinou, destaca a dificuldade para encontrar um trabalho sem se expor ao risco de ser contaminada pelo vírus.  Uma realidade que pode ser contornada com a vacinação: “Todos nós temos que aderir a vacina. Assim poderemos sair para trabalhar. Já temos vários casos da Covid-19 por conta de pessoas que saíram do território para trabalhar. Vamos fazer tudo certinho para que possamos voltar a vida normal aqui no quilombo e poder compartilhar tudo.”

 

Prioridade Quilombolas

No Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, divulgado em 16 de dezembro de 2020, grupos socialmente vulneráveis foram incluídos como prioridade no calendário de imunização. Entre eles, a população quilombola que vive em comunidades tradicionais e que, segundo o último levantamento realizado pelo IBGE, em 2019, representa mais de 1,3 milhão de brasileiros. Essa prioridade se faz necessária diante da falta de acesso desse público à saúde, já que grande parte vive em zonas rurais, afastadas do ambiente urbano. A Bahia é o maior estado brasileiro em população quilombola, com mais de 268 mil habitantes, de acordo com levantamento do IBGE de 2019.

Para facilitar o enfrentamento da Covid-19 entre quilombolas e indígenas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antecipou a divulgação da base de informações geográficas e estatísticas sobre essa população em maio de 2020. O levantamento foi realizado em 2019. 

Proteja-se

Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança: use máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações.

Vacinação na Bahia

De acordo com o Ministério da Saúde, a Bahia recebeu mais de 7 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Desse número, 129.117 foram aplicadas na população quilombola, até dia 23 de junho. A vacina é segura e a principal forma de se proteger do novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.

Serviço

Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saude ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.

Cidades da microrregião de Bom Jesus da Lapa com registro de população Quilombola Endereço Secretarias de Saúde: Telefone:
Bom Jesus da Lapa  Avenida Angenor Magalhães, S/N, Centro (77)3481-5039
Paratinga Av Rio Branco, 560 - Centro  (77) 3664-2138
Carinhanha R. Araújo Muniz, 78, (77) 3485-2284
Sítio do Mato Rua Castro Alves, Nº 12 - Centro (77) 3671-2056
Serra do Ramalho Avenida Central Sul, S/N (77)3620-1198

Veja como está a vacinação Quilombola no seu município

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