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A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da região de Garanhuns, no Agreste Pernambucano. A microrregião é formada pelos municípios de Garanhuns, Bom Conselho, Canhotinho, Angelim, Iati e outras catorze cidades, que juntas concentram mais de 10,6 mil pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o IBGE, apenas os municípios de Calçado, Jucati, Jupi e Lagoa do Ouro não possuem quilombolas. Até o fechamento desta reportagem, 8.785 pessoas tomaram a primeira dose da vacina, o equivalente a quase 80% do total de quilombolas. Além disso, 15 pessoas já receberam a dose 2 do imunizante, de acordo com o Ministério da Saúde.
Quadro: Número de quilombolas vacinados com a primeira e a segunda dose na microrregião de Garanhuns:
Município | 1ª Dose | 2ª Dose |
---|---|---|
Garanhuns | 2.444 | 6 |
Angelim | 775 | 1 |
Bom Conselho | 3.063 | 3 |
Brejão | 579 | 0 |
Caetés | 1.236 | 2 |
Iati | 1 | 1 |
Saloá | 129 | 0 |
Terezinha | 2 | 2 |
Covid-19: cerca de 18% da população já tomou a primeira dose da vacina e 9% a segunda
O município de Garanhuns, a cerca de 200 quilômetros do Recife, possui a terceira maior população de comunidades tradicionais de Pernambuco. São 3.307 quilombolas, de acordo com o IBGE. Desses, 2.450 já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Seis quilombolas tomaram a dose reforço e concluíram o processo de imunização.
Desde o início da pandemia até 22 de junho, o município registrou 13.403 casos de infecção pelo novo coronavírus, com 257 óbitos. Segundo Jéssica Borges, diretora de Atenção à Saúde de Garanhuns (PE), a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 na população quilombola começou dia 24 de março. A segunda dose está prevista para o final de junho. Como estratégia para garantir a adesão de todos ao imunizante, as equipes da secretaria de saúde estão indo até as localidades.
“Nós desenvolvemos algumas atividades de educação em saúde, de sensibilização e isso fez com que a gente diminuísse essa recusa da população em se vacinar. Concluam seu esquema vacinal, para que a imunização possa ser eficaz”, indica Jéssica.
Ermeson Araújo da Silva, aos 46 anos, já tomou a primeira dose da vacina. O técnico em agropecuária é morador do quilombo Timbó, localizado na zona rural de Garanhuns, e um dos mais antigos da região, onde vivem 175 famílias. Como membro do Movimento Estadual das Comunidades Quilombolas de Pernambuco, Ermeson ressalta os efeitos da vacinação em massa nas localidades e a importância da adesão à segunda etapa da campanha:
“A incidência da doença caiu bastante nos quilombos. O mundo está atrás de se imunizar e nós estamos tendo essa oportunidade de receber essa vacina. Eu conto com o apoio de todos vocês, de todas as comunidades quilombolas para que a gente ganhe essa luta contra esse vírus”, clamou.
Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança: use máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventilados e evite aglomerações.
Os quilombolas são prioridade no calendário nacional de imunização do Ministério da Saúde. O estado de Pernambuco está na quinta posição em população quilombola com mais de 54 mil pessoas, segundo o levantamento realizado pelo IBGE, em 2019.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, o estado recebeu do Ministério da Saúde 4.520.100 doses da vacina contra a Covid-19. Segundo dados do Ministério da Saúde, até o dia 22 de junho, 39.887 quilombolas tomaram a primeira dose do imunizante e 3.171 receberam a dose 2. A vacina é segura e uma das principais formas de prevenção do novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o País, acesse gov.br/saude.
Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saude ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.
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