O dólar terminou esta segunda-feira (15) cotado a R$ 5,32, após encerrar o último pregão em queda de 0,61%. A moeda emenda quarta queda frente ao real.
O movimento acompanhou a desvalorização da moeda norte-americana no exterior, em meio à expectativa para as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil nesta quarta-feira.
Cotação do euro
O euro encerrou o último pregão com desempenho negativo, cotado a R$ 6,25.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
Código | BRL | USD | EUR | GBP | JPY | CHF | CAD | AUD |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
BRL | 1 | 0,1880 | 0,1598 | 0,1382 | 27,7122 | 0,1493 | 0,2589 | 0,2818 |
USD | 5,3201 | 1 | 0,8501 | 0,7349 | 147,42 | 0,7945 | 1,3775 | 1,4989 |
EUR | 6,2578 | 1,1763 | 1 | 0,8645 | 173,41 | 0,9345 | 1,6202 | 1,7635 |
GBP | 7,2385 | 1,3607 | 1,1567 | 1 | 200,57 | 1,0809 | 1,8740 | 2,0399 |
JPY | 3,60861 | 0,678357 | 0,57670 | 0,498567 | 1 | 0,5389 | 0,93440 | 1,01683 |
CHF | 6,6962 | 1,2588 | 1,0701 | 0,9251 | 185,55 | 1 | 1,7339 | 1,8868 |
CAD | 3,8620 | 0,7260 | 0,6172 | 0,5336 | 107,03 | 0,5768 | 1 | 1,0883 |
AUD | 3,5486 | 0,6670 | 0,5672 | 0,4903 | 98,33 | 0,5299 | 0,9187 | 1 |
Os dados são da Investing.com
O Ibovespa encerrou a última sessão em alta de 0,90%, aos 143.546 pontos. O maior fechamento da história.
O otimismo local foi um pouco moderado por declarações do senador americano Marco Rubio, que criticou o Judiciário brasileiro e sinalizou possíveis novas medidas contra o país. No cenário doméstico, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) de julho veio mais fraco que o esperado, reduzindo a pressão por cortes de juros.
Confira as ações com melhor e pior desempenho no último pregão:
Ações em alta no Ibovespa
Ações em queda no Ibovespa
O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 17 bilhões.
O Ibovespa é o principal termômetro do mercado acionário brasileiro calculado pela B3 com base em uma carteira teórica que reúne os papéis mais negociados da bolsa. Essa composição considera critérios de volume e liquidez, englobando aproximadamente 80% de todo o movimento financeiro diário negociado no mercado à vista.
A B3 – Brasil, Bolsa, Balcão é a principal bolsa de valores do Brasil, com sede em São Paulo. Ela atua como plataforma oficial para a negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio, entre outros ativos.
Como uma das maiores bolsas globais em termos de infraestrutura e valor de mercado, a B3 oferece serviços completos que vão desde a negociação até o pós-negociação, registro, custódia e infraestrutura tecnológica robusta.
Com informações da B3.
O dólar terminou esta terça-feira (16) cotado a R$ 5,29, após encerrar o último pregão em queda de 0,43%. A moeda emenda quinta queda frente ao real.
O movimento foi influenciado pela expectativa de corte iminente dos juros nos Estados Unidos e pelas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçando o compromisso do governo com as metas fiscais. Na véspera, a moeda já havia encerrado em R$ 5,32, menor valor desde junho do ano passado, acompanhando o recuo global do dólar diante das decisões de política monetária.
O euro encerrou o último pregão com desempenho positivo, cotado a R$ 6,28.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
Código | BRL | USD | EUR | GBP | JPY | CHF | CAD | AUD |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
BRL | 1 | 0,1889 | 0,1591 | 0,1383 | 27,6607 | 0,1485 | 0,2595 | 0,2823 |
USD | 5,2947 | 1 | 0,8428 | 0,7325 | 146,46 | 0,7860 | 1,3740 | 1,4954 |
EUR | 6,2854 | 1,1866 | 1 | 0,8692 | 173,78 | 0,9327 | 1,6303 | 1,7745 |
GBP | 7,2297 | 1,3653 | 1,1505 | 1 | 199,95 | 1,0731 | 1,8758 | 2,0418 |
JPY | 3,61512 | 0,682804 | 0,57544 | 0,500112 | 1 | 0,5367 | 0,93817 | 1,02109 |
CHF | 6,7354 | 1,2722 | 1,0722 | 0,9319 | 186,33 | 1 | 1,7479 | 1,9027 |
CAD | 3,8532 | 0,7278 | 0,6133 | 0,5331 | 106,60 | 0,5720 | 1 | 1,0882 |
AUD | 3,5411 | 0,6687 | 0,5635 | 0,4898 | 97,93 | 0,5255 | 0,9188 | 1 |
Os dados são da Investing.com
O Ibovespa encerrou a última sessão em alta de 0,36%, aos 144.061 pontos. A bolsa fechou em novo recorde histórico, impulsionado pela melhora no mercado de trabalho, que registrou o menor desemprego da série.
Apesar da expectativa de manutenção da Selic em 15%, a resiliência da renda real sustenta o consumo, enquanto o PIB dá sinais de desaceleração.
Confira as ações com melhor e pior desempenho no último pregão:
Ações em alta no Ibovespa
Ações em queda no Ibovespa
O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 21.5 bilhões.
O Ibovespa é o principal termômetro do mercado acionário brasileiro calculado pela B3 com base em uma carteira teórica que reúne os papéis mais negociados da bolsa. Essa composição considera critérios de volume e liquidez, englobando aproximadamente 80% de todo o movimento financeiro diário negociado no mercado à vista.
A B3 – Brasil, Bolsa, Balcão é a principal bolsa de valores do Brasil, com sede em São Paulo. Ela atua como plataforma oficial para a negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio, entre outros ativos.
Como uma das maiores bolsas globais em termos de infraestrutura e valor de mercado, a B3 oferece serviços completos que vão desde a negociação até o pós-negociação, registro, custódia e infraestrutura tecnológica robusta.
Com informações da B3.
A elevada carga tributária brasileira é o principal obstáculo para o crescimento de negócios no Brasil. É o que aponta pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta segunda-feira (15). Para 70% dos empresários industriais entrevistados, honrar os tributos é o principal problema do Custo Brasil.
A falta de mão de obra qualificada aparece em seguida, mencionada por 62% dos entrevistados, enquanto 27% destacaram dificuldades no financiamento dos negócios, 24% apontaram a insegurança jurídica e regulatória e 22% a ausência de competitividade justa.
Para o vice-presidente da CNI, Léo de Castro, a reforma tributária deve contribuir para aliviar a carga dos impostos. “A CNI acredita que a reforma tributária endereça o tema e tem uma grande expectativa de que, de fato, com a implementação completa da reforma, o processo de apuração de tributos e pagamento de tributos no país ganhe uma grande simplificação e também ocorra um aumento da segurança jurídica”, afirma.
Em relação à qualificação de mão de obra, Castro aponta para a necessidade de ampliar a formação em cursos técnicos de nível médio e estimular beneficiários de programas sociais a ingressar e permanecer no mercado de trabalho.
“No mundo desenvolvido, quase 40% dos alunos que vão para o Ensino Médio fazem o curso médio técnico. E isso é fundamental para o aumento da produtividade do setor industrial, do agro, do serviço, enfim, de todo o setor produtivo. Somos super a favor do apoio social para quem precisa, para aquela população que demanda isso, mas precisamos compreender que o que realmente muda o status de uma pessoa é o trabalho”, explica.
Além dos principais entraves, os entrevistados citaram:
De acordo com Castro, produzir no Brasil é quase 20% mais caro do que produzir em outros países – impacto que chega ao consumidor final, com preços mais altos de produtos e serviços.
A pesquisa mostra ainda que a maioria dos empresários industriais (77%) acredita que o Custo Brasil eleva os preços finais pagos pelos consumidores. Para 64% deles, esse impacto cresceu nos últimos três anos e, para 78%, reduzir esse peso é prioridade estratégica para as empresas.
O empresário do setor de comunicação Jackson Lemos, do município de Governador Valadares (MG), afirma que investe em tecnologia, gestão fiscal e jurídica para lidar com os custos de empreender.
Para ele, o principal entrave é a insegurança jurídica: “Se o Custo Brasil fosse menor, com certeza teria mais gente trabalhando para mim, criando novos produtos e serviços para gerar pelo menos mais empregos diretos. Isso mostraria todo o nosso potencial e, com certeza, o Brasil teria mais desenvolvimento econômico”, ressalta.
Do total, 77% dos empresários industriais afirmaram que aumentariam o nível de investimento em sua empresa caso a taxa de juros aplicada a empréstimos para pessoas jurídicas fosse reduzida pela metade. Entre esses, 31% indicam que o investimento "aumentaria muito" e 46% que "aumentaria".
O levantamento foi encomendado ao instituto de pesquisas Nexus e ouviu 1.002 empresários de pequeno, médio e grande porte, em todas as regiões do país, entre 14 de julho e 7 de agosto de 2025.
A pesquisa integra a campanha Custo Brasil, lançada pela CNI, que busca conscientizar sobre o impacto desse conjunto de barreiras estruturais, burocráticas e econômicas na rotina dos brasileiros e no desenvolvimento do país. Criado no fim da década de 1990, o termo descreve o peso de ineficiências que encarecem produtos, prejudicam investimentos e comprometem a competitividade nacional.
A iniciativa busca evidenciar como esses fatores impactam diretamente a vida da população, encarecendo produtos, travando a indústria e limitando o desenvolvimento econômico sustentável.
A cidade de Anápolis (GO) será palco, no dia 18 de setembro, da Jornada Nacional de Inovação da Indústria, movimento coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). O encontro, que acontece na Faculdade de Tecnologia Senai Roberto Mange, vai reunir empresários, especialistas e representantes do ecossistema de inovação para discutir os rumos da indústria diante dos desafios da transição ecológica e digital.
“A jornada é muito mais que um evento, é uma oportunidade de fazer network, trocar experiências, conhecer soluções de ponta e construir parcerias estratégicas. As empresas presentes vão compartilhar caminhos para crescer com sustentabilidade, competitividade e tecnologia, e os participantes terão acesso a conhecimento aplicado e oportunidades reais de inovação”, afirma a especialista de Inovação da CNI, Marilene Castro.
A edição de Anápolis é realizada em parceria com o Senai, Sebrae Startups e o Pacto Goiás Pela Inovação, reunindo empresas, instituições, empreendedores e lideranças que estão impulsionando o futuro da indústria. O encontro promove visibilidade, networking estratégico e novas oportunidades de negócios.
Na abertura, a CEO do Grupo Sabin, Lídia Abdalla, apresentará a experiência da jornada de inovação dentro da empresa. A programação contará ainda com dois painéis: o primeiro sobre transição ecológica, com a participação das empresas Predict AI, BioUS e Nanoterra; e o segundo sobre transformação digital, com representantes da Dectra, Industry Care, Teuto e Everest Digital.
Os inscritos poderão participar também de workshops práticos, que acontecerão no período da tarde, simultaneamente, com limite de 30 participantes por turma, e cada inscrito deverá optar por apenas um deles. A primeira opção é sobre acesso ao fomento à inovação, que abordará o panorama do fomento no Brasil, oportunidades disponíveis, etapas para acessar recursos e uma dinâmica prática de formulação de pleitos. Já a segunda é sobre gestão da inovação, com foco em jornada de inovação, processos, uso estratégico de inteligência de dados e propriedade intelectual, além de formas de integrar a inovação à estratégia empresarial.
As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados podem escolher entre participar da programação completa (manhã e tarde), apenas do turno da manhã (palestras e painéis) ou de um dos workshops da tarde. Inscreva-se aqui.
A Jornada Nacional de Inovação está percorrendo o Brasil em busca das melhores práticas em soluções tecnológicas e sustentáveis, que serão apresentadas no Congresso Nacional de Inovação, em março de 2026, em São Paulo.
Um levantamento realizado pela Câmara dos Deputados mostra que as emendas parlamentares impositivas de deputados estaduais foram destinadas a 22 estados e ao Distrito Federal, totalizando mais de R$ 11 bilhões. Minas Gerais concentra o maior volume financeiro, com R$ 2,2 bilhões, seguido por São Paulo (cerca de R$ 1,2 bilhão) e Santa Catarina (R$ 817 milhões).
O Distrito Federal lidera em valor por parlamentar, com R$ 30,3 milhões, seguido de Minas Gerais (R$ 28,7 milhões) e Roraima (R$ 28,5 milhões). Entre as capitais, Belo Horizonte recebeu o maior montante (R$ 525 milhões), enquanto Campo Grande registrou o menor valor (R$ 8,1 milhões). Ao todo, as capitais receberam R$ 1 bilhão em emendas.
A participação das emendas para financiamento de investimentos públicos vai de 134% em Roraima a 2% no Ceará. O índice é de 71,4% para a União.
O consultor orçamentário César Lima explica que o estudo refere-se a estados e municípios que já adotam o instrumento das emendas impositivas. “Em 2015, a Constituição Federal criou o instrumento da emenda parlamentar impositiva no orçamento federal. Trata-se de uma regra geral que pode ou não ser adotada por estados e municípios”, detalha.
As emendas impositivas são de execução obrigatória, sob pena de crime de responsabilidade, salvo em situações previstas na Constituição Federal. Pela regra federal, 50% dos recursos devem ser destinados a serviços públicos de saúde.
Nos estados e municípios que adotaram esse mecanismo, podem existir regras próprias, desde que previstas em constituições estaduais ou leis orgânicas. O estudo indica que 23 das 27 unidades da federação já regulamentaram o instrumento e, entre elas, 17 também adotaram as chamadas emendas especiais, conhecidas como emendas Pix.
As emendas Pix permitem transferências diretas de recursos sem necessidade de convênio, termo de parceria ou fomento.
O levantamento mapeia as emendas impositivas nas constituições estaduais e leis orgânicas municipais, além de analisar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a necessidade de as assembleias estaduais e câmaras de vereadores seguirem os mesmos critérios aplicados em âmbito federal.
O cálculo das emendas varia entre os municípios. No modelo federal, deputados federais têm direito a 1,55% da receita corrente líquida, e senadores, a 0,45%. O estudo aponta que há casos de emendas coletivas e de bancada, o que evidencia a diversidade de critérios. De acordo com o texto, essa diferença em relação ao padrão federal pode abrir margem para questionamentos jurídicos.
O levantamento não cita o período de realização das emendas. A reportagem tentou entrar em contato com os consultores, mas não obteve retorno.
Em julho de 2025, o volume de serviços no Brasil cresceu 0,3% em relação a junho, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o sexto resultado positivo consecutivo e manteve o setor em trajetória ascendente.
No acumulado de janeiro a julho, o avanço foi de 2,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já na comparação dos últimos 12 meses (2,9%), houve uma ligeira desaceleração em relação ao ritmo observado até junho, quando o índice estava em 3,0%.
Setores que mais influenciaram o resultado
O crescimento foi impulsionado principalmente pelo grupo de informação e comunicação, que avançou 1,0%, puxado por telecomunicações e serviços de tecnologia da informação. Também tiveram alta os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e os serviços prestados às famílias (0,3%).
Na contramão, o setor de transportes recuou 0,6%, assim como o grupo de outros serviços também apresentando retração de 0,2%. As atividades turísticas caíram 0,7% frente a junho, no terceiro mês consecutivo de baixa, acumulando perdas de 2,3% no período.
Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
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MAI | JUN | JUL | MAI | JUN | JUL | JAN-MAI | JAN-JUN | JAN-JUL | Até MAI | Até JUN | Até JUL | |
Volume de Serviços - Brasil | 0,2 | 0,4 | 0,3 | 3,8 | 2,8 | 2,8 | 2,5 | 2,6 | 2,6 | 3,0 | 3,0 | 2,9 |
1. Serviços prestados às famílias | -0,1 | -1,5 | 0,3 | 3,2 | -1,1 | -1,8 | 2,5 | 1,9 | 1,3 | 3,6 | 3,1 | 2,8 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | -0,6 | -1,5 | 0,0 | 3,4 | -1,2 | -2,0 | 3,2 | 2,5 | 1,8 | 4,1 | 3,6 | 3,2 |
1.1.1 Alojamento | - | - | - | 7,3 | 3,1 | 1,4 | 3,8 | 3,7 | 3,3 | 2,1 | 2,1 | 2,4 |
1.1.2 Alimentação | - | - | - | 2,6 | -2,1 | -2,9 | 3,1 | 2,2 | 1,4 | 4,6 | 4,0 | 3,4 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 2,1 | -1,2 | 0,9 | 1,5 | -0,8 | -0,8 | -1,9 | -1,7 | -1,6 | 0,6 | 0,5 | 0,1 |
2. Serviços de informação e comunicação | 0,8 | -0,1 | 1,0 | 6,8 | 5,8 | 4,6 | 6,3 | 6,2 | 6,0 | 6,6 | 6,7 | 6,3 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 0,9 | -0,1 | 1,4 | 7,2 | 6,2 | 6,2 | 6,8 | 6,7 | 6,6 | 6,9 | 7,0 | 6,8 |
2.1.1 Telecomunicações | 0,3 | 0,0 | 0,7 | 1,1 | 0,3 | 0,5 | 1,3 | 1,2 | 1,0 | 3,3 | 2,9 | 2,4 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 1,4 | -0,5 | 1,2 | 13,7 | 12,4 | 12,2 | 12,9 | 12,8 | 12,7 | 10,6 | 11,4 | 11,5 |
2.2 Serviços audiovisuais | 0,3 | 0,0 | -1,7 | 3,5 | 2,2 | -7,5 | 2,0 | 2,0 | 0,5 | 4,5 | 4,4 | 2,2 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 0,8 | 0,0 | 0,4 | 4,0 | 2,4 | 2,5 | 2,3 | 2,3 | 2,3 | 4,0 | 3,7 | 3,1 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | 1,7 | 0,8 | 0,8 | 4,8 | 6,1 | 5,9 | 1,3 | 2,1 | 2,6 | 7,0 | 6,2 | 5,0 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -0,9 | -0,7 | -0,4 | 3,3 | -0,3 | 0,0 | 3,0 | 2,4 | 2,1 | 1,9 | 1,8 | 1,7 |
3.2.1 Aluguéis não imobiliários | -1,6 | -2,2 | -0,2 | 1,0 | -3,2 | -4,6 | 1,5 | 0,7 | -0,1 | 1,4 | 1,0 | 0,3 |
3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais | -0,9 | 0,6 | -0,7 | 4,1 | 0,6 | 1,6 | 3,5 | 3,0 | 2,8 | 2,0 | 2,0 | 2,1 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0,2 | 1,6 | -0,6 | 3,3 | 3,2 | 4,1 | 1,4 | 1,7 | 2,1 | 0,9 | 1,4 | 1,9 |
4.1 Transporte terrestre | 0,5 | 1,0 | 0,5 | 0,8 | 1,2 | 3,5 | -2,3 | -1,7 | -0,9 | -2,5 | -2,0 | -1,3 |
4.1.1 Rodoviário de cargas | - | - | - | -0,1 | 1,2 | 4,9 | -2,6 | -1,9 | -0,9 | -5,2 | -4,2 | -3,0 |
4.1.2 Rodoviário de passageiros | - | - | - | 1,4 | 2,1 | 1,0 | -3,3 | -2,4 | -1,9 | 1,5 | 1,5 | 1,0 |
4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre | - | - | - | 3,5 | -0,1 | 1,4 | 0,2 | 0,1 | 0,3 | 3,0 | 2,3 | 2,2 |
4.2 Transporte aquaviário | -1,6 | 0,0 | -1,7 | 3,0 | 0,3 | -2,2 | 4,2 | 3,6 | 2,7 | 5,1 | 4,5 | 3,8 |
4.3 Transporte aéreo | 4,2 | 2,4 | -4,0 | 37,2 | 21,7 | 18,2 | 21,1 | 21,2 | 20,7 | 17,0 | 18,2 | 20,0 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | -2,3 | 0,5 | 1,2 | -1,5 | 1,6 | 1,9 | 3,2 | 2,9 | 2,7 | 2,8 | 3,1 | 3,0 |
5. Outros serviços | 1,5 | -1,5 | -0,2 | -1,4 | -1,5 | -2,0 | -2,4 | -2,2 | -2,2 | -1,4 | -1,5 | -1,8 |
5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação | - | - | - | 0,8 | -2,8 | -6,0 | 2,6 | 1,6 | 0,5 | 5,0 | 4,2 | 2,6 |
5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros | - | - | - | -1,7 | -0,9 | -1,2 | -3,6 | -3,1 | -2,9 | -3,2 | -3,0 | -3,1 |
5.3 Atividades imobiliárias | - | - | - | -2,1 | -3,8 | -2,3 | 1,1 | 0,3 | -0,1 | 2,0 | 1,6 | 1,2 |
5.4 Outros serviços não especificados anteriormente | - | - | - | -1,7 | -1,0 | 0,3 | -5,7 | -4,9 | -4,1 | -2,4 | -2,4 | -2,6 |
Fonte: PMS - Pesquisa Mensal de Serviços/IBGE
Desempenho regional
O avanço dos serviços não foi uniforme entre os estados. Apenas 12 das 27 unidades da federação tiveram alta em julho. Entre os maiores destaques positivos estão:
Já as maiores quedas ocorreram no Rio de Janeiro (−1,8%), Minas Gerais (−0,7%) e Amazonas (−3,5%). No acumulado do ano, 19 estados registraram crescimento, com destaque para o Distrito Federal (+6,3%), para São Paulo e Santa Catarina (ambos +4,3%), Rio de Janeiro (1,3%).
Para o economista César Bergo, os números confirmam o papel central dos serviços no crescimento econômico deste ano. Segundo ele, os efeitos também são sentidos nos municípios, já que o ISS (Imposto Sobre Serviços) é a principal arrecadação do local.
“O setor de serviços vem contribuindo decisivamente para que o país alcance um bom crescimento econômico em 2025. A tendência é que se mantenha nesse patamar, apesar de uma desaceleração da economia neste momento, a gente vem observando em outros indicadores, o setor de serviços vem surpreendendo. Agora, para os municípios é positivo, porque é o principal imposto cobrado, que é o Imposto Sobre Serviço, ISS, que é o imposto municipal. Então, isso de fato ajuda os municípios a se fortalecerem financeiramente e esperamos que continue dessa forma."
Diante da queda de 0,11% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em agosto, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o recuo representa deflação passageira. O cenário, de acordo com a instituição, demonstra um alívio temporário para os consumidores.
Apesar da deflação no índice, em nota a CNC argumentou que o resultado não muda o quadro de inflação que ainda é pressionada pelos serviços. Em 12 meses, o índice acumulado ficou em 5,13% – acima do limite superior de 4,5% do Conselho Monetário Nacional.
O economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, explica que a deflação é temporária e ocasionada principalmente pelo bônus de Itaipu. O crédito é uma desconto anual destinada a consumidores residenciais e rurais do Sistema Interligado Nacional (SIN) que consumiram menos de 350 kWh em pelo menos um mês do ano anterior.
Em relação à energia elétrica, o recuo foi de 4,21% em por conta do bônus de Itaipu, creditado nas faturas de agosto. “Então, de fato, a deflação é pontual em função desse componente”, elucida Galhardo.
O especialista lembra que outros grupos de produtos mapeados pelo IBGE também mostraram deflação de julho para agosto, como alimentos e bebidas. Galhardo aponta que o cenário deve implicar numa recomposição dos preços da energia em setembro.
“Mais uma deflação e isso pesa bastante no bolso do consumidor. Cinco dos nove grupos do IPCA registraram deflação em agosto, então de fato foi uma deflação temporária, haverá recomposição dos preços da energia em setembro, isso deve ocasionar uma variação forte de inflação em setembro, mas também pontual.”
Galhardo avalia, ainda, que apesar da deflação pontual – a inflação segue desacelerando.
“De modo geral, o que isso mostra para a gente, embora tenha havido uma deflação pontual e um aumento forte esperado para setembro, são as duas coisas pontuais. De modo geral, a inflação segue desacelerando, convergindo para um cenário mais benigno, para consumidores, para empresas, os preços brasileiros, embora a inflação ainda esteja acima do teto da meta, os últimos meses foram marcados por um processo gradual, mas mais de desaceleração dos preços aqui no Brasil”, destaca.
Na avaliação da CNC, o contraste entre bens industriais e serviços mostra a dificuldade no controle dos preços no país – considerando que os bens industriais desaceleraram para 3,4% no acumulado em 12 meses, já os serviços subiram para 6,16%.
“Esse movimento está diretamente ligado ao peso dos salários, que representam dois terços dos custos do setor e refletem o fortalecimento do mercado de trabalho”, diz um trecho da nota.
O especialista avalia possível continuidade de moderação dos preços no Brasil. “A gente está esperando uma variação perto de 0,58 em setembro, que é uma variação forte para o mês, mas, de modo geral, a gente espera continuidade do processo de moderação dos preços aqui no Brasil.”
A CNC defende que o resultado de agosto reforça a necessidade de cautela. Além disso, a entidade projeta que a Selic permanecerá em 15% ao ano até o fim de 2025 e, ainda, que a trajetória da inflação dependerá, entre outros motivos, do desfecho das negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos sobre tarifas.
De acordo com a entidade, a expectativa é de alta de 4,8% no IPCA para o acumulado do ano.
“Se as projeções do mercado estiverem corretas, teremos a menor variação anual média em um quadriênio desde o começo do Plano Real, quadriênios que coincidem com mandatos presidenciais, será menor desde a implantação do plano. Quer dizer que está tudo bem, que está tudo certo? De jeito nenhum, a meta da implantação é 6, é uma meta impraticável, é verdade, mas a meta é 3, o teto da meta é 4,5, nós estamos em 5,13 nesse momento e a gente deve encerrar esse ano com uma variação perto de 5%”, avalia Galhardo.
“Então fecharemos acima do teto da meta, mas isso diz mais respeito à meta estar no lugar errado do que um descontrole inflacionário, um problema mais grave”, completa.
Em relação aos próximos meses, o especialista afirma que o movimento econômico deve se manter dentro da normalidade para o período.
“O que nós teremos em novembro, outubro, novembro, dezembro, no último trimestre é um comportamento bastante típico da inflação brasileira acelerando ligeiramente na passagem de um mês para o outro, mas dentro das margens, dos desvios padrão que a gente encontra nos anos anteriores”, aponta.
Em contrapartida, setores como Educação (+0,75%) e Vestuário (+0,72%) registraram alta no mês. Já no setor de Transportes, houve queda de 0,27%, com redução nos preços das passagens aéreas e dos combustíveis. Além disso, a gasolina caiu 0,94% e soma alta de apenas 1,18% em 12 meses.
O IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1980 e mede a variação dos preços para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. O índice abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
O gasto público ultrapassou os R$ 3,6 trilhões em 2025, contabiliza a plataforma Gasto Brasil, da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) desenvolvida em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de São Paulo. O montante reforça a escalada das despesas da União, estados, municípios e DF, em um cenário no qual Executivo e Legislativo têm recorrido a manobras para flexibilizar o arcabouço fiscal.
Na última terça-feira (9), o Congresso promulgou a PEC dos Precatórios, que retira essas despesas do teto de gastos a partir de 2026. Já na Câmara, tramita um projeto que exclui os recursos do Fundo Social do Pré-Sal — voltados para saúde e educação — das limitações do novo regime fiscal, o que adicionaria até R$ 1,5 bilhão ao ano nessas áreas sem impacto direto nas metas.
A plataforma Gasto Brasil busca ampliar a transparência das contas públicas, permitindo que qualquer cidadão acompanhe os valores aplicados pelo poder público.
Para Josinaldo dos Santos, presidente da Associação Comercial de Santana do Ipanema (AL), a ferramenta é também um instrumento de cobrança social:
“É importante que a população tenha acesso a esses números, porque o recurso público nasce no setor produtivo. Precisamos de publicidade e controle para frear o inchaço da máquina. Só em 2025, está previsto um crescimento de mais de R$ 150 bilhões em supersalários, o que desestimula o investidor e sufoca os pequenos negócios, que são 95% das empresas do país”, afirma.
Segundo Josinaldo, até cidades pequenas já revelam cifras surpreendentes. “Nosso município já gastou R$ 15 bilhões até hoje. A sociedade precisa saber quanto cresce o gasto público em cada esfera e acompanhar de perto essa evolução”, completou.
Apesar de medidas pontuais para abrir espaço no orçamento, especialistas alertam que a solução estrutural ainda não foi encontrada. O economista André Galhardo, chefe da Análise Econômica São Paulo, aponta que o governo tem buscado alternativas para retirar despesas da conta, mas sem enfrentar o problema central.
“De fato, o governo tem tido dificuldade para mostrar que está preocupado com a trajetória dos gastos de forma estrutural e não apenas pontual. Precatórios, programas sociais e subsídios acabam sendo empurrados para fora do arcabouço. Isso passa uma mensagem ruim ao mercado e à opinião pública”, avalia.
Para Galhardo, o peso dos precatórios e os pisos constitucionais de saúde e educação tornam o cenário ainda mais complexo. “Não é só populismo, é uma dificuldade real de encaixar tudo dentro de uma regra que não comporta esse volume de despesas. A curto prazo, o governo lança mão de medidas que contrariam o princípio do arcabouço, mas, no médio e longo prazo, será preciso mexer em regras estruturais e colher os frutos da reforma tributária.”
Enquanto empresários defendem mais controle e eficiência para reduzir a máquina pública, o governo e o Congresso continuam flexibilizando limites para evitar paralisia de serviços essenciais. O resultado é um quadro de alívio imediato, mas de incerteza sobre a sustentabilidade das contas públicas nos próximos anos.