Dia 8 de março é a data limite para a documentação comprobatória das prestações de contas eleitorais
O dia 8 de março é a data limite para que os candidatos não eleitos e seus respectivos partidos políticos apresentem, presencialmente, a documentação comprobatória referente às suas prestações de contas eleitorais. A contagem do prazo de 60 dias teve início nesta quinta-feira (7).
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Todas as informações devem ser geradas por meio do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE) e gravadas em mídias eletrônicas a serem entregues nos Tribunais Regionais Eleitorais ou nos cartórios eleitorais responsáveis pela análise das contas apresentadas pelos partidos e candidatos.
O partido político que deixar de entregar a documentação ou apresentar mídia eletrônica com número de segurança diferente daquele que foi gerado pelo SPCE pode ter as contas julgadas como não prestadas e perder o direito ao recebimento de recursos do Fundo Partidário. Já o candidato fica impedido de obter a certidão de quitação eleitoral, documento necessário para comprovar o pleno exercício de seus direitos políticos.
Na campanha eleitoral, a criatividade pode contar muitos pontos. Com o pleito municipal se aproximando, muitos nomes chamam a atenção. Alguns despertam curiosidade porque focam em pautas que podem instigar o eleitorado, como Luiz Empreendedor e Luzia do Empreendedorismo. Nomes assim, que levam a bandeira do empreendedorismo, são registrados em apenas seis cidades espalhadas por cinco estados brasileiros. Mas afinal: por que é importante incluir um tema como esse na campanha para as Eleições 2020?
O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles, explica. “O Sebrae quer estimular a população no debate do empreendedorismo na campanha política, a escolher bem o candidato empreendedor, aquele que pode ajudar mais a micro e pequenas empresas no futuro”, sugere.
Melles aposta na sabedoria do eleitor para escolher gestores preocupados em investir no município e em gerar emprego e renda por meio de negócios locais. Segundo dados do Sebrae, 55% dos empregos formais, com carteira assinada, são vêm de micro e pequenas empresas. Dessa forma, segundo o presidente, prefeitos (as) e vereadores (as) eleitos (as) a partir de novembro terão um papel importante na retomada da economia.
“A micro e a pequena empresa, hoje, são uma rede de sustentação municipal. Essa rede, que é formada por sindicatos, associações comerciais, agremiações, consórcios, tem a missão de despertar no candidato à prefeitura a importância do ‘empreender’. Mas esse tecido tem também a responsabilidade maior de conscientizar cidadãos sobre o poder do voto de cada um na hora de escolher um candidato. O compromisso com a geração de emprego e renda, com a educação empreendedora, com crédito para capital de giro dos empreendedores da cidade pode significar aumento na produtividade das empresas e o início de círculo econômico virtuoso”, afirma Melles.
E como ser um prefeito (a) empreendedor (a)? O Sebrae, em parceria com entidades e associações, lançou recentemente o documento “Seja um candidato empreendedor – 10 dicas do Sebrae”. A ideia é que os eleitos e eleitas incluam o desenvolvimento econômico na agenda de prioridades da gestão do município, além de construir parcerias com o setor produtivo; investir em programa de desenvolvimento a partir das vocações e oportunidades do município e região, e estimular e facilitar a formalização de empreendimentos e de MEIs.
“O Sebrae tem programas estruturantes, como o Cidade Empreendedora, e de reconhecimento e valorização, como o Prefeito Empreendedor. Nas eleições, nós ousamos um pouquinho em não procurar prefeitos e vereadores depois de eleitos, mas procurar os candidatos para eles discutirem na campanha o empreendedorismo. Queremos provocar as micro e pequenas empresas, o cidadão para que ele perceba que a escolha dele é importante”, justifica Melles. “Buscar o candidato que esteja mais comprometido com o desenvolvimento do município, com a geração de emprego e renda e com a prosperidade”, completa.
O Prefeito Empreendedor é uma iniciativa que reconhece o trabalho de prefeitos (as) e administradores (as) regionais que implantaram projetos com resultados comprovados com foco no desenvolvimento dos pequenos negócios do município. Criado na década de 2000, o prêmio já acumula dez mil práticas inovadoras cadastradas.
“Com a credibilidade da política abalada hoje, as pessoas querem coisas concretas. O que o Sebrae propõe, com o guia, são ações concretas, que já temos aplicadas”, reforça o gerente da unidade de Desenvolvimento Territorial do Sebrae, Paulo Miotta,
Segundo ele, as dicas apresentadas são eixos de atuação de um programa chamado Cidade Empreendedora. “Essas ações são soluções e produtos que estão ali embaixo desses eixos.
“Se a vocação da cidade é turismo, vamos focar na dica 8, sobre rotas de turismo. Se a cidade é voltada para a agricultura familiar, então vamos focar em cooperativas no eixo 9, para ela vender como cooperativa para a merenda escolar. É o Sebrae na ponta, com seus consultores e equipe técnica, com condições de fazer, e o Sebrae nacional se organizando para ajudar a fazer isso, a identificar as vocações”, explica o gerente.
O objetivo da Cidade Empreendedora, segundo o Sebrae, é a transformação local pela implantação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e de políticas estruturantes de desenvolvimento, engajando a gestão pública e lideranças locais na melhoria do ambiente de negócios, além de contribuir para o desenvolvimento econômico local, gerando ocupação e renda.
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Na opinião do secretário-executivo da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Gilberto Perre, ser um prefeito empreendedor é pensar no desenvolvimento do município em curto, médio e longo prazo.
“O que se espera é que um prefeito empreendedor é que ele adote políticas públicas que favoreçam as atividades das micro e pequenas empresas, como facilitar e orientar as contas públicas para essas empresas, oferecer crédito e licenciamento ágil e desburocratizado, obrigações acessórias tributárias simples, enfim. Essa é uma série de medidas que os prefeitos e prefeitas podem adotar no sentido de favorecer os empreendimentos nas suas cidades”, observa Perre.
Para o secretário-executivo, incentivar as pequenas empresas é fundamental. “Isso significa incentivar o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e renda.”
O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, acredita que os novos gestores municipais terão uma oportunidade de mudar o atual cenário.
“Todos nós sabemos do momento que estamos enfrentando, com impactos severos na saúde, na educação, na assistência social e impacto negativo também na economia brasileira. Mais oportuno impossível a gente colocar o guia à disposição dos candidatos. Os pequenos negócios representam a força da economia no Brasil, pois são responsáveis pela geração de empregos e de renda, que é o que precisamos hoje”, avalia Aroldi.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, lembra ainda que uma forma de incentivar os pequenos negócios é por meio da Sala do Empreendedor – já são mais de mil espalhadas pelo Brasil.
“Quase sempre essa sala é oferecida como espaço pelo prefeito. Então, a figura do prefeito no desenvolvimento municipal é muito forte. A liderança do prefeito é muito forte e a liderança dos vereadores complementa isso”, diz. Ele finaliza: “O Sebrae está provocando, no bom sentido, em dizer ‘olha, discutam antes quem é o candidato empreendedor que vai ter o compromisso com a geração de emprego, com a prosperidade do município. Esse é um papel que o Sebrae vem fazendo que é muito bonito, já faz ao longo dos anos, só que agora aprimorado e antecipando a pré-campanha.”
Incentivar a geração de emprego e renda e qualificar quem mais precisa são algumas das dicas que podem ser inseridas nas propostas de governo dos (as) futuros (as) prefeitos (as) e vereadores (as) que serão escolhidos em novembro deste ano, nas eleições municipais. A ideia do Sebrae, em parceria com várias entidades, é inserir a pauta do empreendedorismo nas campanhas.
O documento “Seja um candidato empreendedor – 10 dicas do Sebrae”, lançado no final de setembro, é uma iniciativa do Sebrae com apoio da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), do Instituto Rui Barbosa, com a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil.
Brasileiro tem mesmo fama de povo que não desiste e não deixa a peteca cair. Wellington Barbosa do Nascimento é o retrato dessa fé que tudo vai dar certo. Aos 61 anos, o morador de Campina Grande (PB) viu seu comércio de laticínios, que abriu há 36 anos, começar a ir mal das pernas. Com a pandemia, “seu” Wellington teve que se reinventar para que seus queijos, doces, castanhas e bolos continuassem lhe dando esperança.
“O efeito da pandemia foi muito cruel. Sofri muito, fui pego de surpresa, mas fui saindo aos poucos”, lembra. Ele conta que as vendas começaram a cair, mas foi aí que surgiu a ideia de ir atrás dos clientes já cativos. “A cidade entrou em lockdown por vários dias e, nesse período, eu tive que me reinventar. Criei outro canal de venda, por meio do delivery, que permanece até hoje. Foi como eu pude sair dessa crise. Tinha uma lista com nome e telefone de muitos clientes, fui atrás deles, ligando.”
Mesmo no centro da cidade de Campina Grande, a lojinha do “seu” Wellington ainda guarda um ar de casa de vó. “O pessoal aqui é muito família, muito local. Então todos permaneceram comprando da mesma maneira no meu estabelecimento, prestigiando a cidade. Foi como sobrevivemos.”
Ele relata que o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) local deu uma força nos negócios e o ajudou a se reinventar. “E estou me saindo muito bem, estou recuperando já o que perdi no período de lockdown”, comemora.
Segundo dados do Sebrae, 99% do total de empresas no Brasil hoje são de micro e pequenos negócios. Para ser considerada uma microempresa, o faturamento não pode ultrapassar os R$ 360 mil anuais (exceto os MEIs, que têm limite de R$ 81 mil). Os pequenos ficam na faixa de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões ao ano. É um setor que vem crescendo e promete impulsionar a retomada econômica no País, especialmente após os fortes impactos da pandemia do novo coronavírus.
Os micro e pequenos produtores são os que mais empregam brasileiros, segundo dados coletados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) a partir do Anuário do Trabalho (2016). Quase 55% dos empregos formais, com carteira assinada, vêm dos comércios e serviços locais. “Eu tenho um motoboy que me ajuda no delivery”, destaca Wellington Barbosa do Nascimento.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, é preciso valorizar cada vez mais quem vende no bairro. “A micro e pequena empresa, no Brasil e no mundo inteiro, é a teia que sustenta qualquer país. É a padaria, a loja de roupa, todos os segmentos da sociedade. O Brasil vem aperfeiçoando esse ambiente de melhoria de convivência com a micro e pequena empresa”, garante Melles.
Segundo ele, a entidade representa, hoje, cerca de sete milhões de micro e pequenas empresas e 11 milhões de microempreendedores individuais (MEIs). “Nesse setor, também se fatura aproximadamente 30% da riqueza do Brasil”, revela.
O diferencial durante esse tempo de crise pelo qual o mundo inteiro passa, de acordo com Melles, foi aliar vários pontos a fim de reerguer os brasileiros. “Um dos diferenciais foi a gente fazer uma campanha maciça de ‘compre do pequeno’, ‘compre no seu bairro’, ‘compre de quem está próximo de você’”, diz.
Uma das dicas que Melles também dá é sobre a fidelização do cliente, assim como fez Wellington, quando pegou a antiga lista e procurou os clientes para fazer entregas em casa.
“Nesse aspecto, o ‘chacoalhão’ que a crise deu trouxe reflexões que vão melhorar muito a vida do pequeno e do microempresário. Primeiro, ser mais solidário, trazer mais atenção e zelo com o cliente. Os protocolos estão levando para esse lado, de fidelizar o cliente, zelar pelo cliente, tratar bem o cliente. Ter cuidado com os funcionários, com a vida deles, com a limpeza e higienização dos seus produtos. Ou seja, cuidar dos clientes para você ter uma fidelização que te dê uma resposta na saída da pandemia”, alerta o presidente do Sebrae.
Foi o que fez o comerciante de Campina Grande. “Aproveitei os 36 anos de comércio para consolidar ainda mais a minha clientela. Foi quando vi que dava para sair dessa. Se estou há tanto tempo no mesmo ramo é porque tenho credibilidade. Foi minha salvação”, reforça Wellington.
No Distrito Federal, a empresária do ramo de moda feminina Janaína Patriolino diz que o que ajudou a manter os negócios em meio à pandemia, além da fidelização dos clientes, foi a tecnologia e os aplicativos de troca de mensagens. “A tecnologia foi primordial. Já tínhamos trabalhado com WhatsApp, mas nessa pandemia foi nosso carro-chefe. Sem isso, nós teríamos sucumbido. Fizemos muitas vendas por lá”, comemora.
De acordo com Janaína, cerca de 70% das vendas da loja dela, localizada na região administrativa de Ceilândia, é feita pelo aplicativo. “Ainda não fazemos vendas on-line, então o cliente entra em contato e vamos até eles.”
Ela sentiu que os clientes focaram mais nos negócios locais por medo de se deslocarem para lugares mais distantes. “Foi positivo para nós, para que a gente permaneça”, avalia Janaína.
O gerente da unidade de Desenvolvimento Territorial do Sebrae, Paulo Miotta, explica como as prefeituras e governos locais podem incentivar os pequenos negócios.
“Primeiro, organizar o plano de compras da prefeitura. Segundo, capacitar os pregoeiros, esclarecer sobre as leis, termos de referência, porque tem legislação para isso. Outra coisa é o pregão eletrônico como plataforma de compras”, elenca. “Agora uma coisa que precisa se prestar muita atenção é a capacitação dos pequenos, porque muitas vezes você prepara o ambiente da prefeitura e o pequeno não sabe o que fazer, porque tem burocracia”, alerta.
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Flávio Mikami, especialista em economia criativa e empreendedor, acredita que esse movimento de comprar dos pequenos produtores é importante para a economia brasileira, uma vez que 30% do Produto Interno Bruto (PIB) são representados pelas micro e pequenas empresas.
“Comprar do pequeno produtor vem num momento muito apropriado, já que o governo não conseguiu ajudar todo o segmento. Então, mais do que nunca, a movimentação do consumo interno é fundamental para a sobrevivência dos negócios, manutenção dos empregos e o aquecimento do mercado.”
Com esse cenário e com dicas para crescer cada vez mais, o paraibano Wellington Barbosa do Nascimento tem um recado: “Eu me acho um vencedor. Eu não cruzo os braços, sempre estou inventando uma coisa e outra para não deixar a peteca cair. Com fé em Deus que vai dar tudo certo.”
Comprar nos municípios e valorizar a cultura local é uma das dicas que podem ser inseridas nas propostas de governo dos (as) futuros (as) prefeitos (as) e vereadores (as) que serão escolhidos em novembro deste ano, nas eleições municipais. A ideia do Sebrae, em parceria com várias entidades, é inserir a pauta do empreendedorismo nas campanhas.
O que se espera é que os novos gestores (as) incluam o desenvolvimento econômico na agenda de prioridades da gestão do município; construam fortes parcerias com o setor produtivo; invistam em programa de desenvolvimento a partir das vocações e oportunidades do município e região e estimulem e facilitem a formalização de empreendimentos e de MEIs.
Essas e outras dicas estão no documento “Seja um candidato empreendedor – 10 dicas do Sebrae”, lançado no final de setembro. Na dica número cinco, que incentiva as compras locais, a entidade sugere que os novos (as) gestores (as) deem preferência aos pequenos negócios locais e regionais nas compras do município; adquiram produtos da agricultura familiar para a merenda escolar, contratem microempreendedores individuais para realizar pequenos reparos e serviços diversos em prédios e espaços públicos; promovam campanhas de valorização de compras no comércio local e apoiem a organização de feiras livres de produtos locais e da agricultura familiar.
O guia é uma iniciativa do Sebrae com apoio da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), do Instituto Rui Barbosa, com a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil.
A economia, por todo o mundo, foi abalada de forma drástica por conta das consequências da pandemia pela Covid-19. A geração de emprego e renda por todo o Brasil foi afetada de maneira a causar prejuízos que podem demorar anos para se restabelecer. Apesar disso, algumas medidas e ações têm a capacidade de melhorar o cenário em diversos municípios brasileiros, principalmente nesse momento em que estamos nos aproximando das eleições que vão colocar novos gestores em cargos importantes nas prefeituras e Câmaras de Vereadores.
De acordo com o presidente da Confederação Nacional do Municípios, Glademir Aroldi, esse momento a economia precisa receber muita atenção, tanto por parte dos atuais gestores quanto daqueles que vão ocupar uma cadeira política após as eleições de 2020.
“As políticas públicas, com essa situação de calamidade que estamos vivendo no Brasil, é um desafio também para todos os gestores. Até porque exige fortes investimentos na saúde, há uma demanda muito grande na assistência social e ainda é preciso observar o fechamento do exercício, fechamento deste mandato”, explicou.
De olho na importância dessa decisão, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), trouxe a pauta do empreendedorismo e dos pequenos negócios para as eleições municipais deste ano, na forma do guia “Seja um candidato empreendedor - 10 dicas do Sebrae” – uma cartilha que reúne um conjunto propostas e alternativas para os futuros governantes e representantes do legislativo municipal, como uma estratégia que pode ser aliada na hora de ampliar a quantidade de empregos e gerar mais renda ao município.
Isso porque são várias as habilidades requeridas ao cargo de gestor público, sendo que uma delas tem destaque pelos benefícios gerados ao território: a habilidade de gerar conexões com os pequenos negócios, principalmente se levarmos em conta o número de pequenos empreendedores e comerciantes regionais.
Nesse ponto, o Guia do Candidato Empreendedor oferece dicas sobre como fortalecer a identidade do município, desburocratizar e qualificar pequenos empresários, como consequência promover a geração de empregos. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, José Roberto Tadros, a economia brasileira sofreu um abalo que tornou escassa a oferta de emprego e, pior, aumentou o número de pessoas desempregadas. Desta forma, é necessário que os próximos governantes possam estar preparados para elaborar medias e ações que combatam esse problema que afeta todo o país.
“A base de toda atividade política provém dos municípios. As pessoas não habitam na União ou nos estados, elas habitam nos municípios. Precisamos que todos passem a ter uma consciência política de que temos que ter, no futuro, projetos voltados ao desenvolvimento das cidades, estimulando a microempresa, valorizando a produção regional, os microempreendedores regionais, para que esse efeito multiplicador gere empregos na base de atividades do dia a dia”, disse José Roberto.
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Dados do Sebrae, revelam que hoje o Brasil possui mais de sete milhões de micro e pequenas empresas e mais de 10,6 milhões de microempreendedores individuais (MEI). Depois da Lei Geral da MPE (LC 123/2006), foram gerados mais de 13 milhões de empregos por meio dessa modalidade. Isso só demonstra a importância do fortalecimento desse setor e do programa Cidade Empreendedora, em que o Sebrae que apoia a transformação econômica dos municípios por meio da implantação de um conjunto de ações estratégicas.
É uma maneira de reforçar aos gestores públicos a necessidade de aprimorar o ambiente de negócios de seus municípios. O programa se organiza em 10 eixos de atuação, que se desdobram em produtos e soluções que podem ser modulados de acordo com as necessidades e ofertas de cada região.
Educação empreendedora é coisa séria em Marituba (PA). No ano passado, o município foi reconhecido por investir em políticas públicas voltadas para a vocação empreendedora local. Antes, o cenário era de altos índices de evasão escolar de crianças e adolescentes do ensino fundamental e médio, aumentando o número de pessoas ociosas e a estatística de criminalidade. O ambiente não era propício para promoção de práticas que incentivassem a qualificação profissional e empreendedora, sem bases para o desenvolvimento econômico e social do município. Mas essa história mudou.
Após a implementação de políticas públicas voltadas para essa finalidade, os moradores de Marituba viram os números alcançarem índices promissores. Após proposta de gerar emprego e renda para uma realidade mais protagonista e sustentável, o projeto Escola Empreendedora transformou os alunos e habitantes em agentes transformadores.
O projeto levou à redução das taxas de desemprego no município e 800 alunos foram certificados nos programas de primeiro emprego e empreendedorismo. Outros 25 alunos foram treinados em vendas para o setor público, 25 em serviços de hotelaria, 20 em estética, 180 em gastronomia e 50 em manipulação de alimentos. E mais: 60 jovens foram inseridos no mercado de trabalho local, por meio do programa primeiro emprego. Foram implantadas quatro cooperativas de trabalho e 80 alunos acima de 14 anos já estão empreendendo.
“Temos uma cultura muito consolidada no Brasil de buscar emprego, mas não temos uma cultura de criar empregos. Por isso, investir em educação empreendedora é fundamental”, avalia o doutor em psicologia educacional e pesquisador em educação Afonso Galvão.
De acordo com dados da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, de 2018, o Brasil ocupava a 56ª posição entre 65 países integrantes da lista quando o assunto é educação empreendedora. Para Afonso, a educação voltada para esse setor pode incentivar a criação de empregos. “E mais do que isso, envolve criatividade, você fica aplicado à resolução de problemas do mundo real. A educação empreendedora envolve uma série de aspectos transdisciplinares, é uma cultura fundamental que se desenvolva no País. E quanto mais cedo, melhor”, aponta o pesquisador.
O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles, ressalta que a entidade está preparada para atender à demanda. O Programa Nacional de Educação Empreendedora, concebido em 2013, vem com o objetivo de ampliar, promover e disseminar a temática por meio da inclusão de conteúdos de empreendedorismo nos currículos dos diferentes níveis da educação: ensino fundamental, ensino médio, educação profissional e educação superior.
“A evolução da demanda de cursos durante a pandemia foi uma coisa assustadora. Mas temos uma vantagem muito interessante: o conteúdo que o Sebrae tem nas áreas de empreendedorismo é formidável”, elogia o presidente da instituição. Segundo ele, do início da pandemia para cá, houve um aumento de mais de 1.300% na demanda de cursos. “Os campeões foram os cursos financeiros”, revela Melles.
O presidente adianta que várias parcerias estão sendo firmadas e que a ideia é expandir o empreendedorismo para todos os cantos do País. “Estamos firmando parcerias com os melhores ambientes de educação para que a gente consiga traduzir para o aluno que 2+2 são 4, ensinar onde isso pode ser útil para ele na sua vida como empreendedor. Queremos mostrar como o conhecimento pode despertá-lo para ser um empreendedor de sucesso e a educação empreendedora traz esse foco”, garante Melles.
De acordo com levantamento do Sebrae, mais de 5,5 milhões de estudantes foram atendidos pelo Programa Nacional de Educação Empreendedora. Até o momento, já foram firmadas parcerias com nove mil instituições em todo o Brasil e mais de 165 mil professores foram capacitados para atender a demanda.
Em um artigo escrito pela analista do Sebrae Vânia Rego, mestre em educação pela UnB, “muitas têm sido as iniciativas de inclusão da educação empreendedora, formalmente, no currículo da educação brasileira. Entretanto, as tentativas não têm passado de intenções”, discorre.
Para Vânia, essa dificuldade pode estar ligada a um público muito diverso, com várias faixas etárias atendidas pela educação formal.
“Já é pacificado em muitos profissionais que trabalham com essa temática que crianças da educação infantil (creches e pré-escolas) tendo acesso a um processo de cuidados e ludicidade bem direcionados serão adultos bem mais capazes e, portanto, prontos para empreender”, afirma a analista.
De acordo com Vânia, “um país com a dimensão territorial, a diversidade e riqueza cultural não pode negligenciar a formação do seu povo em empreendedorismo. A capacidade criadora desse povo que empreende espontaneamente por oportunidade e necessidade precisa ser potencializada.”
Para Paulo Miotta, gerente da unidade de Desenvolvimento Territorial do Sebrae Nacional, empreendedorismo nas escolas é fundamental. “A nossa educação sempre foi foco de termos uma profissão e conseguir um emprego. Então, a educação empreendedora vem para promover a criatividade e inovação, e em uma sociedade cada vez mais de serviços, essa questão é fundamental. Para essa mudança que a sociedade vem sofrendo, cada vez mais precisamos preparar pessoas para desenvolver a criatividade e inovação”, observa.
A inclusão do empreendedorismo nas escolas é uma das sugestões do Sebrae para os novos gestores, que serão eleitos no pleito municipal de novembro. A partir do documento “Seja um candidato empreendedor – 10 dicas do Sebrae”, elaborado com parceiros, a entidade estimula prefeitos (as) e vereadores (as) a incluírem pautas voltadas para o empreendedorismo nas propostas de governo.
Entre as alternativas para os municípios na área da educação, estão implantar o ensino do empreendedorismo, incluindo inovação, sustentabilidade, educação financeira e associativismo em todas as escolas do município; promover formação sobre empreendedorismo aos professores da rede de ensino; incentivar a participação dos alunos de empreendedorismo em feiras, festivais e eventos comemorativos de datas festivas, e estimular a participação das empresas do município no programa Menor Aprendiz e a oferta de estágios.
“Com o desenvolvimento da cultura de empreendedorismo, você desenvolve nas crianças, futuros adultos, a ideia de que eles podem ser criadores de empregos, em vez de buscadores de empregos. Isso é uma diferença fundamental no desenvolvimento de um país”, defende o doutor em psicologia educacional e pesquisador em educação Afonso Galvão.
“A micro e pequena empresa é a teia que sustenta qualquer país”, afirma presidente do Sebrae
Desburocratização para micro e pequenos negócios pode dar fôlego à economia no pós-pandemia
Candidatos às eleições municipais têm desafio de fomentar pequenos negócios e retomar economia
O guia é uma iniciativa do Sebrae com apoio da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), do Instituto Rui Barbosa, com a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil.
Clique em confirmar para impulsionar a geração de empregos, para tornar a educação empreendedora uma matéria de sala de aula, para apoiar os pequenos negócios e gerar mais desenvolvimento para você e seu município. O Sebrae preparou um guia especial com projetos e ações que os candidatos a prefeito ou vereador podem implementar no seu município para alavancar os pequenos negócios.
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Dê o play e confira 10 dicas para impulsionar a geração de empregos e apoiar os pequenos negócios!
As eleições municipais estão chegando. Por isso, o Sebrae elaborou o Guia do Candidato Empreendedor, que reúne um conjunto de propostas de políticas públicas para os futuros prefeitos e prefeitas, bem como vereadores e vereadoras que serão eleitos nas próximas eleições. O objetivo é contribuir para qualificar o debate em torno da importância de fortalecer a atividade empreendedora nos municípios brasileiros.
Quer saber mais? Dê o play e confira 10 dicas para impulsionar a geração de empregos, para tornar a educação empreendedora uma matéria de sala de aula, para apoiar os pequenos negócios e gerar mais desenvolvimento para você e seu município!
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Conheça as iniciativas do Sebrae que contribuem com a transformação dos municípios brasileiros
São várias as habilidades requeridas ao cargo de gestor público, mas uma se destaca pelos benefícios gerados ao território: a habilidade de gerar conexões com os pequenos negócios. É fundamental terem iniciativas que promovam a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento e competitividade dos pequenos negócios do município, reconhecendo sua importância como motor da economia e da geração de emprego e renda no Brasil.
Com a aproximação das eleições municipais, o Sebrae disponibiliza para os candidatos e candidatas empreendedores três publicações que te ajudarão na valorização dos pequenos negócios e das vocações econômicas locais.
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