No primeiro semestre de 2023, o Samu atendeu um total de 183.184 pessoas no estado
Prefeitos de 33 municípios na região Central de Minas Gerais formalizaram a cooperação financeira do Samu 192 Regional para a implementação desse serviço em seus territórios. Com isso, será viabilizado repasse de aproximadamente R$7,5 milhões feito em 2022 pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). De acordo com o governo do estado, no primeiro semestre de 2023, o Samu atendeu um total de 183.184 pessoas, destacando a relevância desse serviço para a comunidade.
A técnica da Diretoria de Atenção Hospitalar e Urgência e Emergência da SES-MG, Bárbara Cassimiro, informa que o projeto de implantação do Samu 192 Regional de Minas Gerais começou na macrorregião de saúde Norte, em 2010. Hoje, beneficia 735 cidades e mais de 14 milhões de mineiros. “Doze das quatorze macrorregiões de saúde já contam com Samu 912 Regional em funcionamento e duas encontram-se em processo de implantação, a macro de Centro e Triângulo do Sul, com a priorização do modelo regional de prestação de serviço”, explica.
Segundo o governo de Minas Gerais, o novo recurso é destinado à primeira etapa de implantação do serviço e para compra de 17 novas ambulâncias, sendo três Unidades de Suporte Avançado (USA), para os atendimentos de alto risco, e 14 Unidade de Suporte Básico (USB), que atendem os casos de menor complexidade.
Além disso, estão previstos: reforma e construção das 11 bases de atendimento e seleção de profissionais médicos e da enfermagem, beneficiando cerca de 600 mil mineiros, que passarão a ter acesso ao serviço.
De acordo com Cassimiro, a SES-MG tem como meta concluir a implementação do Samu 192 em todo o território de Minas Gerais. “Fazendo com que seja atingido o objetivo de chegar precocemente à vítima após a ocorrência de um agravo à sua saúde, seja de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátricas, psiquiátricas, entre outras. Geralmente são situações que podem levar a sofrimento, sequelas ou até mesmo à morte”, completa.
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Até 2024, a meta é que o Samu 192 ofereça seus serviços em todas as regiões do estado
De acordo com o governo de Minas Gerais, o Samu regional atingiu a marca de mais de 85% dos municípios mineiros com cobertura do serviço, o que equivale a 735 cidades beneficiadas e cerca de 14 milhões de pessoas. O objetivo é que até 2024, todas as áreas do estado recebam os serviços do Samu, fortalecendo ainda mais a rede de atendimento emergencial.
A diretora de atenção hospitalar e urgência e emergência, Bárbara Cassimiro, informa que em Minas Gerais, o Samu funciona de modo regionalizado, e hoje, 12 macrorregiões contam com esse serviço, sendo que mais duas estão em processo de implementação. As macrorregiões de Saúde Centro e Triângulo do Sul têm previsão de funcionamento até o final de 2024.
“A expansão do serviço do Samu para todo território é de suma importância, porque vai possibilitar o acesso ao componente móvel da rede de urgência e emergência, que também realiza essa comunicação entre os outros pontos, coordena o fluxo entre os outros pontos na rede de urgência emergência com suas centrais de regulação de urgência”, afirma a diretora. Assim, o serviço chega mais rápido aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), diminuindo sequelas e mortes.
O Samu tem a estrutura integrada por Centrais de Regulação de Urgências (CRUs) que operam em consórcios regionais de Minas Gerais. Essas CRUs têm a função de receber os chamados, avaliar as situações e organizar o envio correto de veículos e equipes médicas para cada emergência.
Além disso, Cassimiro aponta que o atendimento do Samu é feito por profissionais de saúde especializados em situações de emergência, além de uma frota composta por cerca de 340 ambulâncias e o apoio de seis helicópteros e dois aviões do Suporte Aéreo Avançado de Vida (Saav).
O Samu 192 em Minas Gerais atua com unidades terrestres e aeromédicas. As unidades terrestres são as unidades de suporte básico e avançado, e o nosso aeromédico é o Suporte Avançado de Vida — uma parceria com o corpo de bombeiros militar. O Samu atende urgências, clínicas obstétricas, traumáticas, 24 horas por dia, todos os dias da semana”, explica.
O Saav também estende os cuidados até situações emergenciais pediátricas, psiquiátricas e cirúrgicas. O serviço atende em residências, vias públicas e locais de trabalho, além de fornecer orientações vitais por telefone por meio do número gratuito 192.
Durante a abertura do 37º Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde — Conasems—, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou ações que impactam estados e municípios e envolvem a vacinação e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu. A abertura aconteceu na segunda-feira (17), em Goiânia (GO), onde o evento continua até essa quarta-feira (19).
Uma das ações anunciadas é a liberação, por parte do Ministério da Saúde, de R$ 151 milhões a estados e municípios, para incentivar ações de multivacinação de crianças e adolescentes. Esse recurso faz parte das ações de microplanejamento, voltado à realização de diagnóstico e ações locais para ampliar a vacinação.
Publicada em portaria ns terça-feira (18), a ação é considerada um diferencial para a retomada das altas coberturas vacinais, assim como o planejamento na ponta e a concentração de esforços nas localidades onde as taxas de imunização estão mais baixas. A transferência dos valores vai acontecer em duas etapas: a primeira, com 60% do valor total; e a segunda, após o planejamento das ações de microplanejamento. Do total, R$ 13 milhões serão destinados ao estados e R$ 138 milhões para as cidades.
A ministra Nísia Trindade explicou sobre as estratégias adotadas e investimentos a serem feitos para reforçar o acesso às vacinas. “Nós estamos não só fortalecendo o Programa Nacional de Imunizações, mas adotando uma estratégia de microplanejamento, que é uma estratégia com base no trabalho realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde. Es nesse momento descentralizando recursos de R$150 milhões para essas ações e estaremos in loco, junto a vários municípios e estados do Brasil lançando essa estratégia, de uma forma ativa para todo o Brasil, no dia 14 de agosto, em Belém ”, ressaltou.
Entre as estratégias que podem ser adotadas por meio do microplanejamento pelos municípios estão a vacinação nas escolas, a busca ativa de não vacinados, vacinação em qualquer contato com serviço de saúde, checagem de caderneta de vacinação, entre outras.
O Ministério da Saúde também anunciou que vai ampliar em 30% os valores repassados para custeio do Serviço Móvel de Urgência, o SAMU — o que representa um incremento de R$ 396 milhões por ano.
Com o reajuste, o total destinado ao serviço passará de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,7 bilhão por ano. O aumento visa minimizar a sobrecarga nos municípios e incentivar a universalização do SAMU, que desde 2013 não recebia atualização nos valores de custeio.
Para ampliação da frota, um novo processo licitatório será concluído ainda este ano, com investimento de R$ 842 milhões para aquisição de 1.886 veículos novos. Do total, 1633 serão distribuídos para renovação de frota, 185 veículos vão atender novas Unidades de Suporte Básico (USBs) e os outros 68 veículos servirão às novas Unidades de Suporte Avançado (USAs).
O atual contrato para fornecimento de veículos ainda possui 239 novas unidades a serem entregues este ano. Os veículos serão usados para renovar a frota do SAMU 192, referente aos anos de 2015 e 2016. As novas unidades serão distribuídas em 16 estados, confira quais:
Muitas pessoas conhecem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU, mas não sabem exatamente em que situação devem ligar para o 192. O atendimento inclui vítimas de agravos de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica e psiquiátrica.
O diretor do SAMU-DF, Victor Arimateia, explica que o atendimento é pré-hospitalar, com o objetivo de chegar o mais rápido possível em casos de urgência e emergência.
“São situações que envolvem problemas cardiorrespiratórios, intoxicação, queimaduras graves, casos de agressão física, traumas, acidentes automobilísticos, crises hipertensivas. São situações que demandam algum tipo de intervenção imediata, estabilização e remoção para a Unidade de Saúde mais próxima. Ali, tenho profissionais habilitados para fazer a classificação do atendimento e encaminhamento para o médico regulador, que, de fato, vai fazer o atendimento, entender a gravidade de forma rápida, sucinta e objetiva, e tomar a decisão de qual o melhor recurso que deva ser encaminhado ao paciente”, pontua.
O serviço oferece orientações a distância, regulação médica e o envio de unidades móveis tripuladas com equipes capacitadas. Os veículos podem ser ambulâncias, motolâncias, ambulanchas e aeromédicos.
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As Centrais de Regulação recebem chamadas a qualquer hora do dia, para atendimento em domicílios, vias públicas ou unidades de saúde. Mas, nem sempre haverá necessidade de deslocamento de uma viatura até o local, como detalha Victor Arimateia.
“É importante as pessoas compreenderem que a Central de Regulação é preparada, com profissionais especializados para realizar o atendimento e entender se aquela situação realmente demanda atendimento, qual o tipo que demanda, e fazer, a partir daí, todo o acionamento da cadeia de unidades móveis. A população deve entender quando a solicitação não vai necessariamente demandar o acionamento de uma viatura”, destaca.
Para marcar o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção ao suicídio, o Ministério da Saúde anunciou que planeja implantar uma linha de teleapoio emocional àqueles que necessitam do Serviço Único de Saúde (SUS). Segundo Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, as pessoas com doenças mentais precisam de atendimento técnico especializado e humanizado.
“Até o final do ano nós estaremos entregando a linha 196. É o primeiro suporte de atendimento aos doentes mentais do Brasil. Estamos há um ano construindo essa linha, buscando apoio, expertise, para que o Brasil tenha o melhor serviço de atendimento telefônico de saúde mental do mundo”, disse.
Também em virtude do Setembro Amarelo, o ministério começou uma capacitação dos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de todo o Brasil no aprimoramento de acolhimento a pacientes em sofrimento psíquico. O “Curso de Formação de Multiplicadores em Urgências e Emergências em Saúde Mental” já foi iniciado através da plataforma online UniverSUS, separado em três turmas com 108 profissionais ao todo.
Para fortalecer a prática de condutas humanizadas e terapêuticas no âmbito da saúde mental, médicos e enfermeiros do SAMU de todas as capitais brasileiras poderão aprender sobre a assistência mais adequada a pacientes com quadros como ansiedade, depressão, violência autoprovocada e ideação suicida.
A capacitação é ministrada por profissionais especialistas, com aulas teóricas e práticas. Na metodologia, estão incluídas simulações realísticas, que vão desde o atendimento da chamada realizada pelo paciente ou familiar até o devido encaminhamento às unidades de saúde.
De técnico de enfermagem para enfermeiro, Pedro Palácios faz parte do SAMU de Senador Canedo, em Goiás, desde 2009. Ele destaca a importância da atenção do profissional com o paciente na hora do atendimento:
“Essa capacitação é de extrema importância para enfrentarmos o mal psiquiátrico. Durante os plantões, nós vemos muitos casos que não têm um desfecho legal, mas às vezes os próprios pacientes nos dão alarmes que podem passar despercebidos durante o atendimento clínico, por isso é importante nós sermos treinados para perceber esses detalhes.”
O enfermeiro diz, ainda, que são programas como esse que ajudam na humanização do serviço: “Temos que lembrar que esses pacientes estão ali por uma série de fatores, como o não acompanhamento, abandono do tratamento, falta de medicação, o meio em que se vive. Então, é uma questão de se colocar no lugar do outro mesmo.”
Marcela (nome fictício, personagem preferiu não se identificar) é uma jovem de 22 anos com quadro depressivo e ansioso. Ela conta que já passou por uma crise em que os pais precisaram recorrer ao SAMU: “A minha pressão estava muito baixa e eu desmaiava muito. Minha mãe ligou para o SAMU, que informou que estava sem ambulâncias no local onde eu moro, mas o atendente a auxiliou sobre o que fazer e me levar para o hospital. No fim, deu certo.”
Marcela diz que sabia de sua depressão até mesmo antes do diagnóstico em 2014, aos 15 anos. Ela praticava automutilação. Hoje, a jovem afirma ter mais consciência de suas ações e consequências, mas para isso precisa de seus medicamentos.
“Eu tomo remédio há 6 anos e eu tenho plena certeza que sou dependente química, pois sem os remédios eu fui muito mal, tenho crises intensas. Hoje eu tenho uma vida mais calma, então, eu acredito que seja uma dependência em um bom sentido”, conta.
A jovem conta que, depois do início da pandemia, passou a ter pensamentos suicidas. “Com todo esse cenário, eu passei muito tempo com pensamentos de ‘se eu pegar esse vírus, eu vou morrer, então por que não morrer logo agora e acabar com a espera? É uma pessoa a menos para colapsar o SUS.’"
A depressão é um transtorno mental comum que atinge pessoas por todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 300 milhões de pessoas sofram de quadro depressivo. Sem tratamento, o transtorno pode afetar a vida cotidiana e causar disfunção no trabalho, escola, relacionamentos e, na pior das hipóteses, levar ao suicídio.
Ainda segundo a OMS, menos de 10% das pessoas com sintomas depressivos recebem o tratamento indicado. Cerca de 800 mil pessoas no mundo morrem por suicídio todos os anos, sendo a terceira principal causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos.
A psicóloga Amanda Oliveira destaca que, para o tratamento correto, é preciso avaliar o grau da depressão: “Dependendo do nível, o cérebro sofre modificações quimicamente. Então, consequentemente se faz necessário o uso de medicamentos prescritos por um psiquiatra.”
Entre as técnicas utilizadas pela psicologia com estes pacientes está a psicoeducação. Nela, o profissional assume o papel de orientar, trabalhar as crenças, a visão do paciente de si mesmo, do mundo e do outro. Porém, mesmo sendo feito este acompanhamento psicológico, é importante que a pessoa tenha uma rede de apoio dentro de casa, principalmente aqueles com tendência de automutilação ou suicida.
“Essas práticas vêm do querer reduzir ou eliminar a dor emocional, ou seja, a pessoa causa dor física para poder mudar o foco da dor emocional. Então, ter rede de apoio e permanecer em terapia é muito importante. E não levar os sinais como ‘frescura’, porque as pessoas realmente dão sinais antes de cometer qualquer tipo de ato.”
Segundo a psicóloga, por mais que a discussão sobre saúde mental esteja crescendo no Brasil, ainda é necessário lutar contra muitos tabus presentes na sociedade: “Muitos acham que terapia é só para ‘doidos’, como eles dizem”, conta a profissional. Outro problema seria a disponibilidade do acompanhamento para as classes mais baixas.
“Tratar desse assunto, ampliar essa temática e disponibilizar para todas as classes seria primordial para que a gente tenha uma sociedade mais saudável e as próximas gerações também”, destaca.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária e gratuita todas as pessoas que querem conversar por telefone, e-mail ou chat on-line. Disque 188 ou acesse www.cvv.org.br e procure ajuda.
Na última sexta-feira (2), o Ministério da Saúde e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) voltaram a se reunir com representantes de consórcios municipais para debater repasses ao Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em recente audiência na Câmara dos Deputados sobre o tema, foi destacado a defasagem de valores e o crescimento da demanda.
Por isso, o objetivo dos encontros é discutir a possibilidade de promover reajustes nos repasses mensais aos Samus municipais. A defasagem estimada nos valores é de 78%. O pleito é para um incentivo financeiro de custeio específico para o Samu, no âmbito do enfrentamento à pandemia da Covid-19 em 2021, além da promoção de reajustes orçamentários para 2022.
Ministério da Saúde repassa R$ 1,3 bilhão de reais para o SAMU anualmente
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Com o objetivo de subsidiar a pauta e justificar o pleito, consórcios públicos estão produzindo um estudo que comprove esta defasagem de aporte de recursos para custear o serviço nos municípios brasileiros.
Reajuste dos repasses ao serviço é tema de audiência pública na Câmara dos Deputados
Ministério da Saúde repassa R$ 1,3 bilhão de reais para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) anualmente. O valor foi anunciado pelo coordenador-geral de Urgência da Secretaria Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Rafael Agostinho, durante audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, realizada na última segunda-feira (7), para tratar dos reajustes de repasses ao serviço.
De acordo com o presidente do Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgência do Sudoeste do Paraná (CIRUSPAR), Disnei Luquini, a portaria n° 1.473/2013, determina que a União repasse 50% para custeio do SAMU e que 25% fique a cargo dos municípios. Mas segundo ele, a parcela municipal tem chegado próximo aos 50%, atualmente.
“Desde 2013, esses valores não são reajustados. Não tivemos outra alternativa senão os municípios bancarem essa conta. Muitas vezes, tirando de outras secretarias, deixando [de fazer] o planejamento de organização municipal, para investir esse recurso para que essas unidades continuem trabalhando em prol da nossa população”, comenta.
A secretária executiva do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (CISBAF), Rosângela Bello, afirma que os municípios da região e o estado do Rio de Janeiro são responsáveis por 68% do custeio do SUS.
Dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência atende 85,45% da população nacional. Desde 2004, a pasta doou aos municípios e estados 10.433 unidades móveis para implantação, ampliação e renovação da frota. O investimento anual do MS no serviço é de mais de R$ 1,3 bilhão.
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No entanto, o coordenador-geral de Urgência da Secretaria Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Rafael Agostinho, destaca que alguns entes federados não habilitaram as unidades móveis doadas pela pasta e, por isso, os recursos destinados ao SAMU tiveram que ser devolvidos à União.
“Temos 257 unidades, que nós, do Ministério da Saúde, doamos a estados e municípios e elas não entraram em funcionamento. Isso é um impacto muito grande para a assistência, porque conseguiríamos renovar mais veículos. E lembrando que essa restituição de recurso não volta para o programa; ela vai pra União. Então, temos um prejuízo assistencial e financeiro”, comenta.
"Temos 257 unidades, que nós, do Ministério da Saúde, doamos a estados e municípios e elas não entraram em funcionamento. Isso é um impacto muito grande para a assistência, porque conseguiríamos renovar mais veículos."
Segundo a Pesquisa CNM Covid-19, edição 11, dos 693 municípios que afirmaram possuir SAMU (de um total de 2.418 entrevistados), 61,9% relataram aumento de gasto com o serviço e 58% com a equipe.
A secretária executiva do CISBAF, Rosângela Bello, destaca a sobrecarga do SAMU desde o ano passado.
“Particularmente, em 2020 e 2021, nós tivemos uma grande demanda importantíssima, conferida por essa pandemia. Nós observamos aqui, praticamente 30% de aumento da demanda em todas as APHs [Unidade de Atendimento Pré-Hospitalar]. Também tivemos um aumento expressivo no transporte inter-hospitalar, que é aquele transporte que leva o paciente de uma unidade de menor complexidade para de maior complexidade. E tivemos unidades que foram definidas como de referência para atendimento da Covid-19”, destaca.
Os consórcios são mecanismos que permitem que dois ou mais entes federados desenvolvam ações em comum, em âmbito regional, para prestação de serviços públicos, como é o caso dos consórcios intermunicipais de saúde.
O diretor-geral do Consórcio de Saúde dos municípios do Oeste do Paraná (CONSAMU), João Gabriel Avanci, destaca os benefícios dessas parcerias.
“Os consórcios têm essa característica de agilidade, resolutividade e padronização. Não faz sentido cada município, principalmente os de menor porte, terem um SAMU todo estruturado para atender uma pequena população. O consórcio pacifica isso, torna mais barato e é uma maneira mais colaborativa dos municípios poderem fazer efetivamente essa gestão”, afirma.
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A audiência pública pode ser conferida na íntegra no portal e-democracia.