Olá, gente! Eu sou Fabi Costa, e estamos aqui para mais um episódio do podcast Onde tem SUS, tem Vacina! E hoje a gente vai falar sobre um tema essencial para a vida: respirar. Parece uma coisa simples, não é mesmo? Mas um dos grandes efeitos da Covid 19 no corpo humano é a dificuldade de respiração. Antes da gente ter a vacina, que salvou milhões de vidas, o SUS teve que lidar também com essa complicação, causada pelo novo coronavírus. Vamos ouvir o DR Celiandro para entender um pouco mais sobre como funciona isso.
Dr Celiandro.
"Quando o paciente está internado numa Unidade de Terapia Intensiva, dependendo da ajuda de aparelhos, um desses aparelhos pode ser o ventilador mecânico."
Esse auxílio nós chamamos de assistência ventilatória, gerada pelo ventilador mecânico, que irá bombear um ar nas vias aéreas, inflando o pulmão do paciente e levando uma adequada quantidade de oxigênio, permitindo também com que o paciente expire esse ar, liberando uma quantidade de dióxido de carbono, e consequentemente irá dar um conforto ventilatório para esse paciente."
Tem gente que nem entende bem o que é, mas só sabe que funciona, como Dona Lurdes, da Bahia.
"eu só fiquei com esse negócio de respirador lá no hospital mesmo, que eles botaram, né, pra respirar, até pra comer eu comia por uma sonda…"
É, Dona Lurdes, muito bom poder contar com essa ajuda, gratuita, fornecida pelo SUS em todo o Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, a Rede Pública, em 2020 e 2021 recebeu mais de 17 mil novos ventiladores pulmonares. Que ajudaram gente como Dona Lurdes, e como o tio da Gabriela.
"Tive um familiar internado, meu tio, pegou covid, na pior fase da pandemia, né, teve que ficar com respirador, passamos por maus momentos, mas no final deu tudo certo".
Que bom pra seu tio e a família toda, não é mesmo, Gabriela, um alívio. Ah, e uma informação que vale lembrar: não basta o ventilador, para funcionar um leito ainda pede uma série de equipamentos, suprimentos e equipe médica. Um investimento de mais de R$40 milhões. Muita gente por todo o nosso país voltou pra casa, graças ao trabalho dedicado de milhares de profissionais de saúde. E todo esse investimento ficou como legado, servindo para a população. No total, agora, são mais de 58.000 ventiladores pulmonares distribuídos em todas as regiões do país. Além de atuar no combate a pandemia, o investimento, de mais de R $10 milhões, ampliou o atendimento de pacientes que necessitam de procedimentos de alta complexidade, como cirurgias.
E assim a gente vai chegando ao fim de mais um episódio da série de podcasts Onde tem SUS, tem Vacina.
A cada novo episódio, mais números, mais histórias reais, de como o Sistema Único de Saúde salva vidas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), o vice-governador, Carlos Almeida (PTB), o secretário chefe da Casa Civil do estado, Flávio Antony Filho, o ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias e outras 14 pessoas por crimes na aquisição de respiradores para pacientes com Covid-19. A investigação teve início no ano passado, após denúncias de que 28 aparelhos haviam sido comprados de uma loja de vinhos.
Segundo a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, a acusação aponta que o governador Wilson Lima exerce o comando de uma organização criminosa, voltada à prática de dispensa indevida de licitação (art. 89, Lei 8.666/1993), fraude à licitação (art. 96, I, Lei 8.666/1993) e peculato (art. 312, CP). Os crimes foram descritos detalhadamente na denúncia enviada ao STJ.
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A acusação se baseia em uma série de documentos, depoimentos e trocas de mensagens entre os investigados, apreendidas nas operações realizadas pela PGR. O órgão pede a condenação dos acusados, a perda do cargo pelos servidores públicos, além do pagamento de indenização no valor de R$ 2.198.419,88.
O governador Wilson Lima e três servidores receberam uma segunda denúncia de peculato em proveito de duas empresas e seus sócios, ao fazerem o fretamento indevido de aeronaves para o transporte de respiradores. Nesse caso, a PGR solicita a condenação dos investigados à perda de seus cargos e o pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 191.852.80.
As ações para impedir o avanço da pandemia continuam em São Paulo. Nesta semana, o governo do estado distribuiu mais 111 respiradores para 27 municípios do interior, além da capital. Com esses novos aparelhos, será possível a abertura de novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o que garante atendimento aos casos graves de pacientes infectados com Covid-19.
A ideia é que os equipamentos sejam destinados aos serviços localizados em onze Departamentos Regionais de Saúde (DRS). Na capital, por exemplo, serão destinados 40 equipamentos para o Hospital Santa Marcelina de Itaquera, na zona leste de São Paulo. A região de Franca, contará com 20 respiradores, sendo 10 para Santa Casa de Ipuã, 5 para a Santa Casa de Ituverava e 5 para o Hospital São Marcos, em Morro Agudo.
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A distribuição leva em conta locais com maior demanda de internações pela doença causada pelo novo coronavírus. A estrutura para novos leitos também permite ampliação da capacidade de atendimento da rede pública de saúde. Nas últimas ações, o estado conseguiu dobrar o número de leitos de terapia intensiva no Sistema Único de Saúde (SUS), ultrapassando 8 mil leitos do tipo.
Equipamentos devem chegar ao estado ainda nesta terça-feira (21)
Em visita a Porto Alegre, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou o envio de mais 100 respiradores ao Rio Grande do Sul. Os equipamentos devem chegar em território gaúcho ainda nesta semana.
Segundo o governo do estado, desde o início da pandemia, o governo federal já enviou 535 aparelhos a unidade da Federação, sendo 372 do modelo beira leito e outros 163 de transporte. Com a nova centena, o total de respiradores destinados pelo Ministério da Saúde é de 635.
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Em entrevista coletiva no Palácio Piratini, Pazuello voltou a reforçar a orientação do Ministério da Saúde para se buscar auxílio médico logo nos primeiros sintomas da infecção pelo coronavírus.
“O tratamento ideal é o tratamento precoce. Se teve sintomas, procure imediatamente atendimento básico nos postos de triagem, UPAs e UBSs em seus municípios ou estrutura hospitalar. O médico é soberano no diagnóstico da Covid-19”, pontuou.
O ministro interino da Saúde também anunciou o envio, até o final de julho, de um novo equipamento extrator para o Laboratório Central do Estado (Lacen), o que, de acordo com o governo local, possibilitará mais do que dobrar a quantidade diária de testes RT-PCR.
Nas duas últimas semanas, a região Sul foi a que apresentou as maiores taxas de mortes e óbitos, segundo os dados oficiais do governo. Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem ver aceleração da curva de contágio da Covid-19 nos próximos dias.
Ministério da Defesa auxilia essas empresas para fazer as adaptações necessárias
O Ministério da Defesa está convocando empresas de todo o país para modificar as suas linhas de produção para a fabricação de respiradores. Deste modo, uma multinacional com em fábrica Santa Catarina assinou contrato com o Ministério da Saúde para a fabricação de 950 respiradores até agosto.
A empresa, que originalmente atua no ramo de automação, também vão entregar 500 aparelhos à Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina. Segundo o Ministério da Defesa, 16 empresas em todo o país apresentam o potencial para produzir mais de 27,5 mil ventiladores mecânicos até o mês de setembro.
Além da empresa catarinense, outras sete fábricas já passaram por todas as adequações exigidas pelos órgãos de saúde e podem comercializar esses produtos. Além disso, para produzir respiradores, as companhias passam por um processo de homologação junto a Anvisa.
Desde o início da pandemia do coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde já distribuiu 115.696.180 unidades de equipamentos de proteção individual (EPIs) a estados e municípios. Os insumos são voltados, majoritariamente, a profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate à Covid-19.
Os materiais distribuídos pela pasta incluem álcool em gel, aventais, luvas, máscaras N95 e cirúrgicas, óculos de proteção, touca, sapatilhas descartáveis e protetores faciais. Em relação aos recursos federais repassados às unidades da Federação, são R$ 50,4 bilhões desde o começo da pandemia, sendo R$ 9,7 bilhões exclusivos para o combate à Covid-19.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (29), o Ministério da Saúde também detalhou dados relativos à distribuição de ventiladores. Segundo a pasta, 1.553 ventiladores pulmonares foram concedidos aos estados brasileiros no período entre 22 e 29 de junho – ao todo, já foram 6.410 equipamentos.
“Em complemento à ação tripartite, a responsabilidade de estados e municípios de organizar, equipar, contratar pessoal e preparar estruturas, o Ministério da Saúde tem feito repasse de recursos exclusivos para o tratamento da Covid-19 e realizado compras centralizadas, dentre elas, a de ventiladores pulmonares, EPIs e mais alguns materiais para reforçar a estrutura dos estados, assim como a contratação de profissionais”, destacou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.
O Ministério da Saúde também anunciou três medidas para evitar a falta de medicamentos para intubação em território nacional. A primeira ação foi buscar via Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) a compra de medicamentos para complementar o setor farmacêutico nacional para regularização.
Em outra iniciativa, o Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde fez uma requisição administrativa para que haja organização da demanda por medicamentos. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) fizeram um levantamento junto a todos os hospitais da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) para saber a demanda e estimar o quantitativo em consumo médio mensal.
“O CONASS apresentou uma planilha para o Ministério da Saúde com 22 medicamentos, aqueles mais presentes na maioria dos protocolos dos hospitais de referência para tratamento desses pacientes em intubação. Desde então estamos trabalhando com esse dado macro”, explica Sandra de Castro Barros, diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
Por fim, o Ministério da Saúde iniciou um processo de compra, na modalidade de pregão eletrônico, com sistema de registro de preço. “Essas três ações estão ocorrendo em paralelo. O sistema de registro de preço, será dado oportunidade para as 27 unidades da Federação aderirem e serem coparticipantes, e como coparticipantes comprar com esse ganho em escala que será proporcionado por essa ata de registro de preço”, pontuou Elcio Franco.
Ferramenta permite que profissionais de Saúde tirem dúvidas por meio do WhatsApp
Com o objetivo de dar suporte a profissionais de saúde que operam respiradores mecânicos, o Instituto de Tecnologia (FIT), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) desenvolveram a plataforma Respira. Por meio da ferramenta, é possível aprender como operar os principais modelos dos equipamentos disponíveis atualmente.
O Respira reúne o material de educação a distância dos principais fabricantes de ventiladores pulmonares do Brasil. A plataforma possui ainda um espaço para dúvidas e questionamentos sobre a operação dos equipamentos. O profissional também pode tirar suas dúvidas online por meio de um sistema de Inteligência Artificial via WhatsApp, que vai auxiliá-lo a encontrar as respostas.
Para mais informações, acesse www.brasilrespira.com.br
Pasta também divulgou novas orientações preventivas para crianças e gestantes
O Ministério da Saúde autorizou a habilitação de leitos de suporte ventilatório pulmonar para uso exclusivo do tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus.
Esse tipo de leito é voltado para o atendimento de pacientes que ainda não evoluíram para estado grave, mas que necessitam de suporte de oxigênio. De acordo com o Governo Federal, o custo da diária do leito de suporte ventilatório pulmonar é de aproximadamente R$ 467 – o custo de um leito de UTI é de cerce de R$ 1,6 mil.
A medida é temporária, válida inicialmente por 30 dias, prorrogáveis por igual período. Segundo a pasta, todo o fluxo de demanda para habilitação desse tipo de leito seguirá a demanda dos leitos de UTI, de acordo com a necessidade de cada estado ou município.
“O grande objetivo deles (leitos de suporte ventilatório pulmonar) é justamente atender de maneira precoce aquele paciente que começa a apresentar algum sinal de insuficiência respiratória. Serão leitos para estabilização desses pacientes e encaminhamento posterior às UTIs”, destaca Mariana Borges Dias, médica assessora da Coordenação Geral de Atenção Hospitalar e Domiciliar do Ministério da Saúde.
“Esses leitos ficarão em estabelecimentos que precisam ter uma condição mínima de suporte e infraestrutura para ter um monitor, o ventilador mecânico. Poderão estar nas UPAs, nos hospitais de pequeno porte, nos hospitais gerais e, eventualmente, em hospitais de campanha”, completa Dias.
O Ministério da Saúde apresentou também reedição da norma que orienta médicos a prescreverem dose segura de medicações para tratamento precoce da Covid-19 a grupos de risco. A pasta acrescentou dois grupos considerados de risco na norma – crianças e gestantes.
“As modificações fisiológicas da gestação colocam as gestantes com maior potencial de desenvolvimento de doença grave. Da mesma forma na criança. Hoje temos a constatação que há Síndrome Inflamatória Multissistêmica Grave em crianças levando a óbito”, afirma a Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
O Ministério da Saúde ainda divulgou documento voltado para profissionais e gestores de saúde, que tem o objetivo de apresentar pontos de assistências do SUS e fluxo para atendimento às pessoas com suspeita ou confirmação de coronavírus.
Segundo o Ministério da Saúde, há orientações quanto à organização e estruturação do trabalho, especialmente nos hospitais de maior concentração de casos, além de diretrizes referentes às notificações, medidas de prevenção e controle da Covid-19 e manejo de corpos.
Uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a Energisa e a Termonorte vai fazer a manutenção de respiradores como forma de amenizar a sobrecarga no sistema de saúde do estado. Esses equipamentos auxiliam na respiração mecânica de pacientes com sintomas graves da doença. O Centro Tecnológico de Mecatrônica (CETEM), em Porto Velho, já está com quatro aparelhos que precisam de reparos.
O coordenador de Soluções de Tecnologia e Inovação (STI), José Rafael Lopes, reforça que o conserto dos equipamentos é um compromisso assumido pelo SENAI para salvar vidas e requer todo cuidado e atenção dos especialistas.
“Quando o equipamento chega ao CETEM, nós procedemos a limpeza dele, deixamos um tempo de “quarentena” e só depois que o abrimos. A partir daí é que se faz a triagem para identificar qual é o problema. Nós já identificamos vários problemas, como no software, nas fontes e nas placas, por exemplo. Quando se trata de peças específicas, nós temos que adquiri-las com o fornecedor”, detalha.
José Rafael Lopes afirma que, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), existem mais de 200 ventiladores pulmonares na rede pública. Estimativa da Associação Médica Catarinense (ACM) indica que cada respirador em funcionamento pode atender e salvar 10 pacientes.
“Havendo necessidade de restaurar equipamentos que a rede pública não consiga fazer junto ao fabricante ou assistência técnica, pode nos repassar que estamos abertos para tentar resolver o mais rápido possível”, garante José Rafael, ao lembrar que não há meta específica de quantos respiradores devem ser recuperados e devolvidos pronto para uso.
A coordenação de Soluções de Tecnologia e Inovação do SENAI/RO informou ainda que reparos de maior complexidade, que não sejam solucionados no CETEM, serão enviados para o Centro Integrado de Manutenção e Tecnologia (CIMATEC) do SENAI da Bahia ou para outra unidade da instituição no país que esteja apta a atender a demanda.
As unidades de saúde públicas ou privadas interessadas no serviço podem entrar em contato com o SENAI por meio do telefone 0800 647 3551. Mais informações também podem ser consultadas no portal.fiero.org.br/senai da Federação das Indústrias (FIERO).