MatoGrosso

05/07/2023 18:28h

Estado é o primeiro do Centro-Oeste a aderir à iniciativa do MIDR, que busca fortalecer relação entre estados e União na realização conjunta de ações voltadas ao aprimoramento da gestão de recursos hídricos, da regulação dos serviços de saneamento e da implementação da política de segurança de barragens

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O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), e o Governo de Mato Grosso assinaram, nesta quarta-feira (5), o Pacto pela Governança da Água. O objetivo da iniciativa, que deverá ser estendida a todas as unidades da Federação, é fortalecer a relação entre os estados e a União na realização conjunta de ações para o aprimoramento da gestão de recursos hídricos, da regulação dos serviços de saneamento e da implementação da política de segurança de barragens.

“O Pacto pela Governança das Águas é uma iniciativa muito importante para um país de dimensão continental, com biomas diferentes, com realidades hídricas diferentes”, destacou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. “Sem uma parceria entre o Governo Federal e os estados, é muito difícil obter resultados. Até pode haver políticas bem estruturadas, mas elas não serão eficientes se não levarmos em conta as particularidades de cada local”, completou.

O ministro Waldez Góes ressaltou que a assinatura do pacto com todos os estados brasileiros, além do Distrito Federal, vai exatamente permitir que as ações sejam mais bem planejadas e executadas. "Temos instrumentos legais, temos as regulações, mas se não observarmos que vivemos em um país diverso e respeitarmos essas diferenças, não iremos construir alternativas para a melhor governança desse nosso potencial. Certamente não é uma política nacional por si só que vai nos dar respostas. Afinal, quem melhor do que os mato-grossenses, que conhecem o estado, para saber o que é prioritário para o Mato Grosso", comentou.

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, destacou a importância que a agricultura tem para o estado e que ainda há muito espaço para ampliar o uso da irrigação. "Nós temos no estado 12 milhões de hectares plantados e apenas 172 mil são feitos com irrigação, que é um processo que traz ganhos importantes de produtividade e de segurança”, afirmou. “Agradeço a oportunidade de cooperar com o Governo Federal na gestão das águas. A ANA tem conhecimentos técnicos que nos dão certeza de que estaremos tomando um caminho correto. Vamos criar essa sinergia para utilizar o dinheiro público para obter o melhor resultado”, ressaltou.

A diretora-presidente da ANA, Verônica Sánchez, enfatizou a importância da adesão do Mato Grosso ao Pacto. “O Mato Grosso é o estado mais pujante do Brasil no setor do agronegócio. É muito importante termos uma interlocução direta com vocês em prol dessa agenda tão importante quanto a dos recursos hídricos, que inclui, no estado, a revitalização do Rio Paraguai, a recomposição de matas ciliares e ações para evitar o assoreamento do Araguaia, entre outros”, afirmou.

Além de Mato Grosso, também já aderiram ao Pacto os estados do Acre, Amazonas, Piauí, Maranhão e Tocantins. Na próxima semana, está prevista a assinatura do estado do Ceará.

Sobre o Pacto pela Governança da Água

A iniciativa, coordenada pelo MIDR, por meio da ANA, tem três objetivos principais:

I – Aprimorar a integração da gestão de recursos hídricos em bacias hidrográficas de atuação compartilhada entre a União e as Unidades da Federação, por meio do fortalecimento da regulação, da governança, dos instrumentos de gestão, do conhecimento, do monitoramento da quantidade e qualidade da água, da adaptação à mudança climática e da conservação e uso racional da água.

II – Aprimorar e harmonizar a regulação dos serviços de saneamento, por meio da articulação para a melhoria e fortalecimento da governança e capacitação do corpo técnico das Entidades Reguladoras Infranacionais (ERIs)

III – Aprimorar os mecanismos de gestão, operação e manutenção da infraestrutura hídrica, inclusive os concernentes à segurança de barragens, por meio do fortalecimento da governança e da sustentabilidade financeira, da requalificação da infraestrutura e dos instrumentos da Política Nacional de Segurança de Barragens

Os temas e ações prioritárias serão definidos em oficina realizada entre a ANA e a unidade da Federação, após a adesão do ao Pacto. No encontro, será produzido um Plano de Ações, com a especificação das ações, responsáveis e prazos de execução, entre outros.

O Pacto pela Governança da Água não prevê a realização de repasses financeiros entre os participantes, devendo cada instituição responsabilizar-se pelos meios para a execução das atividades pertinentes.

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07/06/2023 04:15h

Conhecido como transporte zero, o projeto de lei foi aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso na última semana. Associação critica iniciativa

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Um projeto de lei do Mato Grosso tem causado protestos dos pescadores profissionais. A Assembleia Legislativa estadual (ALMT) aprovou em primeira votação, na última semana, a matéria que acrescenta e altera dispositivos à Lei n° 9.096, que dispõe sobre a Política de Pesca no estado. A proposta prevê que durante cinco anos será proibida a pesca comercial em Mato Grosso, sendo permitida somente a modalidade “pesque e solte” e as capturas de peixes às margens do rio destinados ao consumo no local ou de subsistência.

Conhecida como lei “Transporte Zero”, a proposta proíbe o transporte, armazenamento e comercialização do pescado a partir de 1° de janeiro de 2024. A presidente da Associação do Segmento de Pesca de Mato Grosso Nilma Silva explica sobre a perda que o projeto causa aos trabalhadores do setor. “Ele vai causar um prejuízo irreversível, tanto culturalmente quanto socialmente. Além disso, nós estamos falando de 60 mil pessoas que vivem diretamente do rio todos os dias, e eu ainda nem estou acrescentando a cadeia da pesca”, enumerou.

Nilma explica que, de forma direta ou indireta, a pesca está presente em praticamente todas as cidades do estado, visto que são três bacias em Mato Grosso - a bacia do Alto Paraguai, a Amazônica e a do Rio Araguaia. 

Um estudo conduzido pela Embrapa Pantanal, Agência Nacional de Águas e outras instituições do país monitorou a pesca profissional artesanal em toda a Bacia do Alto Paraguai, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul entre 2016 e 2020. Segundo os dados levantados, a atividade movimenta cerca de R$ 70 milhões por ano. As principais colônias de pescadores no estado são as de Cuiabá, Barão de Melgaço, Várzea Grande e Cáceres

Contrário à proposta, o deputado estadual Wilson Santos (PSD-MT) destaca que o projeto não está bem embasado. “Ele está propondo a extinção de uma categoria profissional, que é o pescador profissional, ele chegou a assembleia sem estudo nenhum, sem nenhum estudo científico e sem nenhum estudo técnico, nenhuma instituição séria e respeitável assina o projeto, endossa o projeto”, explica.

O governo defende que a medida é importante por causa da redução dos estoques pesqueiros, o que coloca em risco várias espécies nativas de Mato Grosso. Já o deputado Wilson Santos (PSD-MT) destaca que o ideal é combater outras causas da diminuição do estoque pesqueiro, como construção de barragens  e hidroelétricas, esgoto a céu aberto que acaba por cair nos rios, desmatamento, assoreamento, o funcionamento de dragas no período da piracema, entre outros.

A modalidade "pesque e solte”, na qual os peixes continuam no meio ambiente, segue liberada pelo projeto de lei. O presidente da Federação Mato-grossense de Pesca Esportiva, Marcelo Moreira, comenta que a legislação preserva a biodiversidade e o potencial turístico da região. “Essa lei não só pretende contribuir no combate da pesca predatória, também diminuir os impactos negativos ao meio ambiente. E também o reconhecimento e a valorização dessas espécies vivas, e o que ocasiona para a economia local”, ponderou. Moreira também afirma que o projeto de lei vai exigir um melhor planejamento dos municípios nas regiões que têm a pesca esportiva como produto.
 

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03/02/2022 09:00h

População do Mato Grosso deve completar o esquema vacinal e tomar a dose de reforço após quatro meses

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Em Mato Grosso, mais de 440 mil pessoas se imunizaram com o reforço, e 2 milhões e 180 mil já têm as duas doses da vacina, de acordo com os dados da Secretaria Estadual de Saúde, atualizados nesta quarta-feira (2). 

Os mato-grossenses que ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19 precisam procurar uma unidade de saúde, o quanto antes, e completar o esquema vacinal. Quem já tomou a segunda dose há pelo menos quatro meses, está na hora de ir atrás do reforço.

“Peço que fiquem atentos ao calendário vacinal e procure um posto de vacinação quando chegar a sua vez. A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir internações e óbitos aqui em nosso estado”, chama a atenção o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.”

A professora e pedagoga Cryslaine Monteiro (34) é moradora de Jaciara, município que fica a 140 quilômetros da capital Cuiabá. Por fazer parte do grupo de risco não perdeu o chamado da Secretaria de Saúde e está com o cartão em dia.

“Tomei a primeira, segunda e a terceira dose, a dose de reforço da vacina. E cada vez que eu pude tomar essas doses foi assim um  momento muito  gratificante, um momento de muita esperança. Pra mim que sou cardíaca, essa vacina foi muito válida", comemorou.

Número de doses da vacina contra a Covid-19 aplicadas no Maranhão ultrapassa 8,9 milhões

Para estimular a população a completar o ciclo vacinal, o Ministério da Saúde promove ações de imunização em massa. A estratégia de oferecer a terceira dose funciona como um auxílio para manter os anticorpos em níveis suficientes para combater a Covid-19.

Além da vacina, a orientação é manter com os cuidados sanitários como usar álcool gel, manter o distanciamento mínimo necessário e os ambientes ventilados.

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06/12/2021 01:15h

Instituto Amazônia+21 deve apostar na produção de biogás, prática que poderia trabalhar em conjunto com o projeto Fazenda Pantaneira Sustentável

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Um dos primeiros projetos de negócios sustentáveis na região amazônica a serem desenvolvidos pelo Instituto Amazônia+21 será o de biogás, produção de combustível verde proveniente da decomposição de resíduos orgânicos. E como a geração de energia elétrica, térmica e veicular pode ser feita aproveitando, entre outros materiais, os restos da bovinocultura, o Mato Grosso oferece as condições para os próximos passos do projeto. Mesmo porque o estado já desenvolve, há dois anos, o Fazenda Pantaneira Sustentável, projeto-piloto criado para auxiliar produtores rurais locais a se desenvolverem economicamente na região de forma sustentável.

Segundo a Embrapa, o Pantanal é o bioma mais preservado do Brasil, por manter cerca de 84% de sua paisagem original. E isso se mantém por conta da convivência entre produtores e natureza, já que o estado é forte em criação de bovinos, mas se aproveita de campos fartos e pastagens nativas. Neri Geller, deputado federal pelo PP de Mato Grosso e vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, destaca que iniciativas como a do Instituto Amazônia+21, que pretendem fazer a ligação de investidores com potenciais negócios sustentáveis, são necessárias não apenas para preservar o ambiente, mas também para desenvolver a economia verde local e fortalecer o comércio com o exterior.

“É extremamente importante para a economia do estado, é importante pra questão do desenvolvimento socioeconômico, para gerar emprego, renda, oportunidade de vida. Então, é muito importante que a gente consiga fazer essa comunicação daqui para fora, que nós não somos degradadores do meio ambiente, não, a gente trabalha dentro da legislação mais exigente do mundo e é assim que a gente quer ser visto lá fora”, ressalta.

O projeto Fazenda Pantaneira Sustentável, lançado entre 2018 e 2019, é uma cooperação entre a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e a Embrapa Pantanal. A ideia, nos cinco anos da iniciativa, é fazer diagnósticos ambientais, sociais e econômicos em cada uma das 15 propriedades rurais assistidas, localizadas em cinco municípios do estado: Poconé, Cáceres, Rondonópolis, Itiquira e Barão de Melgaço.

Ida Beatriz Machado, presidente do Sindicato Rural de Mato Grosso, explica que o projeto emprega tecnologia para avaliar o potencial da atividade pecuária no Pantanal, de modo que a produção se ampare nos pilares da sustentabilidade, uma vez que é necessário preservar o equilíbrio deste bioma. “Como é que nós podemos trabalhar no Pantanal com a forma que ele está hoje? Então, nós trabalhamos com essa preocupação, com a nossa equipe, com toda a tecnologia envolvida, para melhorar exatamente as questões econômicas, sociais e ambientais. Porque nós sabemos que quando a gente não tem uma estrutura econômica plausível, nós não conseguimos realmente tocar nem o social, nem o ambiental.”

A presidente do sindicato ressalta que a biodiversidade do estado só tem a ganhar com iniciativas como o Amazônia+21, que pode identificar outros negócios sustentáveis na região, e o Programa Pró-Pantanal, lançado recentemente pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Sebrae – iniciativa que visa ações de apoio aos empreendimentos com gestão e produção sustentável. “Não estamos com a produção de biogás ainda, mas estamos estruturando parcerias com o Sebrae Sustentabilidade, que trabalha com biogás, biocultura. E o projeto do Amazônia+21 tem tudo a ver com a nossa realidade”, destaca Ida.

Como diversas fazendas já trabalham com os princípios de sustentabilidade em Mato Grosso, vai ser ainda mais fácil aplicar no estado a produção do biogás, um dos primeiros projetos do Instituto Amazônia+21 e que deve gerar parcerias já em 2022. Segundo estudo do Instituto Escolhas, publicado em agosto. Mato Grosso tem potencial para gerar 77 milhões de metros cúbicos de biogás por ano, o suficiente para gerar 160 GWh de eletricidade e abastecer 80 mil residências. Isso beneficiaria mais de 260 mil pessoas, o equivalente a 40% da população da capital, Cuiabá.

Além das sobras de abatedouros de bovinos e demais produções da bovinocultura, Mato Grosso ainda tem outra abundante matéria-prima para a geração de biogás: a piscicultura. O estado é o segundo maior da Amazônia em potencial de produção do combustível verde pelo abate de peixes, podendo gerar, só neste setor, 1,5 milhão de metros cúbicos de biogás por ano, o equivalente à 3 GWh de eletricidade, que poderia servir, por exemplo, para abastecer as necessidades de todos os frigoríficos.

ESG e Economia Verde

O Instituto é voltado para fomentar novos modelos de negócios capazes de promover o desenvolvimento sustentável nos estados da região amazônica. A ideia é proteger a biodiversidade com adoção de práticas produtivas de baixa emissão de gases poluentes e alinhadas com as metas estabelecidas pela chamada economia verde, apoiada em três pilares: ambiental, social e governança (da sigla em inglês ESG).

O estado de Mato Grosso começou a investir na questão ambiental em 2006, antes do Código Florestal, com o projeto "Lucas do Rio Verde Legal". A iniciativa tinha investimento privado e contava com a parceria da prefeitura de Lucas do Rio Verde com produtores rurais para adequar propriedades à legislação ambiental e ajudar a recuperar áreas de preservação permanente.

Karen Oliveira, gerente para Políticas Públicas e Relações Governamentais da TNC Brasil, organização não governamental que atua há 30 anos na Amazônia, explica que o mercado mundial está cada vez mais atento à economia verde, ou seja, produtos provenientes de empreendimentos que se preocupam com as questões sociais e ambientais.

“Quando a gente fala da economia verde nós estamos nos baseando numa economia que não é intensiva em carbono, o que a gente chama de uma transição para uma economia de baixo carbono, baseada no uso sustentável da floresta e que respeita os povos da floresta, respeitas as comunidades tradicionais, respeita os indígenas que vivem nessa região e que busca conciliar desenvolvimento com conservação”, explica Karen.

A ideia do Instituto Amazônia+21 é que as federações de indústria, em cada um dos estados da Amazônia Legal, possam levantar dados como a quantidade de resíduos sólidos daquela região, quais as possibilidades apresentadas e que usinas de geração de biogás podem ser construídas no local. Outro projeto inicial do Instituto é a integração da lavoura e da pecuária com a floresta.

A presença física do Instituto nos estados será feita por meio das federações de indústria, como a FIEMT, no Mato Grosso, e o site da iniciativa será lançado em breve, onde os produtores e possíveis investidores terão acesso a mais dados e informações sobre os projetos idealizados.
 

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Brasil
09/12/2019 04:00h

Estratégica, rodovia é ponto chave para integrar safras recordes de Mato Grosso com portos de exportações ao Norte

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A rodovia BR-163 não é simplesmente uma estrada que finalmente foi concluída 43 anos depois de sua inauguração. Pelos seus 3579 km de extensão entre Tenente Portela (RS) e Santarém (PA), estende-se um eixo onde se viabilizam negócios entre mercados produtores e consumidores nacionais e estrangeiros. O que surgirá, com a conclusão das obras, ainda neste trimestre, é a finalização de um dos mais potentes corredores estratégicos de desenvolvimento do País.

BR-163 é composta de corredores logísticos

 

Em pleno funcionamento, a BR-163 aumentará a capacidade de escoamento de grãos pelas nove rotas, detalhadas pelo relatório de Corredores Logísticos Estratégicos, publicado em 2017 pelo Departamento de Política e Planejamento Integrado. Hoje, menos da metade da safra gigante do Mato Grosso escoa pelos portos do Arco Norte, que, juntos, têm capacidade de absorver 70 milhões de toneladas de grãos.

Numa safra que só cresce e impacta positivamente o Produto Interno Bruto (PIB), o gargalo dos portos e estradas é o freio para retomada de crescimento. Não à-toa, o Ministério da Infraestrutura tem como metas estratégicas as ações nos portos do Arco Norte e na finalização da BR-163. “Vamos entregar em 2022 uma infraestrutura muito melhor do que recebemos”, anuncia o ministro Tarcísio Gomes de Freitas.

Disposto a desatar o nó do escoamento pela região Norte, o ministro trabalha em pleno diálogo com diversos setores. “Buscamos soluções adequadas para atender as principais demandas dos portos, das rodovias e das ferrovias, para que sejam solucionadas durante meu mandato.”

BR-163: A epopeia de uma estrada quase sem fim

Entenda a matemática da sigla das rodovias federais

Arco Norte põe Brasil com os pés no futuro

CHEIRO DE SAFRA RECORDE

A projeção para safra 2019/2020 exige essa ação forte do Executivo. A expectativa é de que Mato Grosso possa colher uma safra recorde de grãos. De acordo com os primeiros dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado poderá colher 67,96 milhões de toneladas, projetando 0,9% acima do recorde atual, 67,37 milhões toneladas.

Hoje, o maior produtor de grãos e fibras do Brasil pelo nono ano consecutivo, Mato Grosso é responsável pela produção de 60% de toda a soja e milho cultivados no Brasil. Porém, apenas 26% dessa produção é escoada pela BR-163. A maior parte segue para os portos de Santos-SP e Paranaguá-PR, com fretes mais caros já que as rotas ultrapassam os 1000 quilômetros, distância indicada para que um caminhão não dê prejuízo no transporte de carga.

A projeção é de que, com a finalização da BR-163, os custos combinados de transportes (terrestre e hidroviário) caiam em 40%, já que muitos produtores de Mato Grosso deixarão de seguir para os distantes portos de Santos(SP) e Paranaguá (PR). 

A preferência pelo porto de Miritituba (PA) em comparação aos portos das regiões Sudeste e Sul ocorre porque os grãos chegam em Santarém carregados em barcaças, o que facilita a logística de transporte para os consumidores externos, como China e Europa, pois as operações são realizadas no interior do porto.

SONHOS AO NORTE

As expectativas da potencialização desses corredores lógicos que cruzam a BR-163 alimentam os projetos de desenvolvimento da Prefeitura de Sorriso (MT). A projeção é de que os investimentos cresçam nos arredores. “Com a saída de produtos, a industrialização será um fator predominante para nossa região. Não é só agronegócio que se beneficiará dessa rodovia, mas também a indústria, o comércio e outras cadeias produtivas”, comemora o prefeito Ari Lafin.

 

 

 

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