O Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat) ofereceu capacitações aos profissionais desta área para os projetos de logística desenvolvidos pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).
A instituição oferece cursos especializados em temas como direção defensiva, conduta no trânsito, eficiência energética, atualização sobre a legislação do setor e transporte cidadão, entre outros.
A parceria foi firmada em um encontro na última terça-feira (13) na sede da superintendência em Brasília. Segundo a diretora-executiva do serviço social, Nicole Goulart, as capacitações podem gerar impacto positivo no tráfego das estradas e cidades, além das despesas dos gestores de transportes.
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O titular da superintendência do Centro-Oeste, Nelson Vieira Fraga Filho, afirmou que a parceria pode melhorar a aplicação dos recursos federais nas prefeituras. Com o convênio, a expectativa é de aprimoramento da logística local com repasse de recursos para as administrações municipais adquirem equipamentos e a capacitação correta dos condutores.
“Com a habilitação correta dos condutores e a adoção de boas práticas de direção, a prefeitura economiza mais com combustível e manutenção, e pode até aumentar a vida útil dos equipamentos”, conclui Nelson.
Por meio de videoconferência, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, se reuniu, nesta quinta-feira (18), com representantes de transportadores de cargas no país. O intuito do encontro era apresentar os benefícios para o país do equilíbrio da matriz de transporte brasileira a partir da integração de diferentes modais.
A reunião teve como foco o programa de incentivo à cabotagem, conhecido como BR do Mar, que busca incentivar o transporte de cargas entre portos brasileiros, permitindo a variedade na matriz logística.
O ministro garantiu que o transporte rodoviário vai continuar crescendo, apesar de o governo estar investindo em ferrovias e cabotagem. Segundo Freitas, "quando o transporte cresce como um todo, é bom para todo mundo, principalmente, para o caminhoneiro.”
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O ministro explicou, ainda, que a utilização da cabotagem não acontece sozinha, uma vez que é utilizada de forma complementar e gera a necessidade da contratação de um frete de curta distância na origem e no destino.
A rodovia BR-163 não é simplesmente uma estrada que finalmente foi concluída 43 anos depois de sua inauguração. Pelos seus 3579 km de extensão entre Tenente Portela (RS) e Santarém (PA), estende-se um eixo onde se viabilizam negócios entre mercados produtores e consumidores nacionais e estrangeiros. O que surgirá, com a conclusão das obras, ainda neste trimestre, é a finalização de um dos mais potentes corredores estratégicos de desenvolvimento do País.
Em pleno funcionamento, a BR-163 aumentará a capacidade de escoamento de grãos pelas nove rotas, detalhadas pelo relatório de Corredores Logísticos Estratégicos, publicado em 2017 pelo Departamento de Política e Planejamento Integrado. Hoje, menos da metade da safra gigante do Mato Grosso escoa pelos portos do Arco Norte, que, juntos, têm capacidade de absorver 70 milhões de toneladas de grãos.
Numa safra que só cresce e impacta positivamente o Produto Interno Bruto (PIB), o gargalo dos portos e estradas é o freio para retomada de crescimento. Não à-toa, o Ministério da Infraestrutura tem como metas estratégicas as ações nos portos do Arco Norte e na finalização da BR-163. “Vamos entregar em 2022 uma infraestrutura muito melhor do que recebemos”, anuncia o ministro Tarcísio Gomes de Freitas.
Disposto a desatar o nó do escoamento pela região Norte, o ministro trabalha em pleno diálogo com diversos setores. “Buscamos soluções adequadas para atender as principais demandas dos portos, das rodovias e das ferrovias, para que sejam solucionadas durante meu mandato.”
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CHEIRO DE SAFRA RECORDE
A projeção para safra 2019/2020 exige essa ação forte do Executivo. A expectativa é de que Mato Grosso possa colher uma safra recorde de grãos. De acordo com os primeiros dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado poderá colher 67,96 milhões de toneladas, projetando 0,9% acima do recorde atual, 67,37 milhões toneladas.
Hoje, o maior produtor de grãos e fibras do Brasil pelo nono ano consecutivo, Mato Grosso é responsável pela produção de 60% de toda a soja e milho cultivados no Brasil. Porém, apenas 26% dessa produção é escoada pela BR-163. A maior parte segue para os portos de Santos-SP e Paranaguá-PR, com fretes mais caros já que as rotas ultrapassam os 1000 quilômetros, distância indicada para que um caminhão não dê prejuízo no transporte de carga.
A projeção é de que, com a finalização da BR-163, os custos combinados de transportes (terrestre e hidroviário) caiam em 40%, já que muitos produtores de Mato Grosso deixarão de seguir para os distantes portos de Santos(SP) e Paranaguá (PR).
A preferência pelo porto de Miritituba (PA) em comparação aos portos das regiões Sudeste e Sul ocorre porque os grãos chegam em Santarém carregados em barcaças, o que facilita a logística de transporte para os consumidores externos, como China e Europa, pois as operações são realizadas no interior do porto.
SONHOS AO NORTE
As expectativas da potencialização desses corredores lógicos que cruzam a BR-163 alimentam os projetos de desenvolvimento da Prefeitura de Sorriso (MT). A projeção é de que os investimentos cresçam nos arredores. “Com a saída de produtos, a industrialização será um fator predominante para nossa região. Não é só agronegócio que se beneficiará dessa rodovia, mas também a indústria, o comércio e outras cadeias produtivas”, comemora o prefeito Ari Lafin.