Mato Grosso

13/05/2023 04:00h

Termo de conciliação permite que a Coogaveja realize pesquisa de minério de ouro no município de Nova Bandeirante (MT)

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A Juruena Mineração e a Keystone Mineração assinaram termo de conciliação no qual permitem que a Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Juruena (COOGAVEJA), através de seus cooperados, realize pesquisa de minério de ouro no município de Nova Bandeirante (MT) sob o regime de Permissão de lavra garimpeira (PLG), nos termos das Leis 7.805/1989 e 11.685/2008, e em conformidade com os dispositivos previstos no documento.

A COOGAVEJA coloca-se como agente capaz de dirimir conflitos e atuar em prol de um ambiente favorável à produção ordeira e regular da garimpagem, nas áreas de abrangência ajustadas entre as partes. As duas mineradoras dão prazo de cinco anos para outorga de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG), a ser concedida pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A prorrogação do termo é automática, desde que sejam mantidos e cumpridos os compromissos assumidos por todas as partes.

Caso a renovação não seja realizada por escrito e assinado pelas partes, o acordo estará encerrado e a METAMAT, enquanto representante do Governo de Mato Grosso, responsabiliza a COOGAVEJA, isentando a Keystone e Juruena Mineração de qualquer responsabilidade e ação de recuperação ambiental dessas áreas de garimpo.

A COOGAVEJA assegurará que as mineradoras tenham pleno acesso às áreas em exploração pela COOGAVEJA, inseridas no Termo, sem prejuízo dos trabalhos da cooperativa e seus cooperados. No caso de conflito, entre as atividades de pesquisa mineral entre as três partes, as companhias terão novamente o direito de exploração na área, enquanto a cooperativa deverá suspender imediatamente suas atividades.

O descumprimento de qualquer das obrigações ou dos prazos estabelecidos no acordo acarretará à COOGAVEJA multa diária de mil reais, a ser destinada à ANM. Não incidirá multa se o descumprimnto de qualquer das cláusulas do compromisso decorrer de fatos supervenientes, de caráter imprevisível, desde que sejam imediatamente comunicados à ANM e inviabilizem absolutamente o cumprimento da obrigação.

Pelo acordo assinado, configura descumprimento ou violação, total ou parcial, dos compromissos das cláusulas, qualquer ação ou omissão imputável à COOGAVEJA, que diz respeito a realizar a garimpagem ilegal ou fora dos parâmetros definidos no acordo, por parte dos seus cooperados; a invasão de áreas fora da poligonal anuída para PLG no termo ensejará a anulação dos compromissos firmados, cancelando-se a PLG outorgada de forma imediata.

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24/04/2023 17:20h

O vazio sanitário é uma ferramenta adotada para inibir ou reduzir a propagação de doenças e pragas nas lavouras nacionais

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Os produtores brasileiros de soja já sabem quando devem começar o plantio da oleaginosa. Isso porque quem cultiva um dos produtos agrícolas mais exportados pelo País em 2022 deve respeitar o período de vazio sanitário imposto pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

O vazio sanitário é uma ferramenta adotada para inibir ou reduzir a propagação de doenças e pragas nas lavouras nacionais. No caso da cultura da soja de 2023, o período foi estabelecido pelo MAPA no último dia 10 de abril, com a publicação da portaria nº 781, que determina um calendário para cada estado produtor, em que, por pelo menos 90 dias, não se pode plantar soja, além de ser proibido a manutenção de plantas vivas do grão. Com a medida, o ministério visa controlar a incidência da Ferrugem Asiática, uma das principais vilãs da sojicultura nacional.

O pesquisador Rafael Moreira Soares, da Embrapa Soja, explica a importância do período de vazio sanitário para o combate ao fungo que causa a ferrugem asiática.

“O ideal seria pelo menos noventa dias, pois se consegue diminuir bastante a população do fungo. Você começa a nova safra de soja com uma população muito baixa no fungo, então a doença demora para aparecer e, com isso, é uma das formas e não ter tantos problemas com a doença na safra”, destaca.

De acordo com Soares, anualmente o custo para controle da ferrugem asiática no Brasil chega a R$ 10 bilhões. O pesquisador pontua que os principais gastos ocorrem com a utilização de fungicidas.

“Considerando o custo dos produtos e estimando um pouco de perdas que ela causa porque muitas vezes mesmo aplicando a doença evolui e causa prejuízo, é em torno desses dois US$ 2 bilhões por ano”, afirma.

Sorriso na liderança

O maior produtor de soja do Brasil é o município de Sorriso, no Mato Grosso. Dados recentes do Agrosatélite, plataforma que analisa a expansão da soja no País, mostra que na safra 2021/22, o primeiro colocado no ranking nacional teve uma área com 592.278 hectares produzidos.

O engenheiro agrônomo e produtor rural em Sorriso Rodrigo Pozzobon atribui alguns fatores como essenciais para o sucesso da produção na região, entre eles o solo.

“A gente tem um clima ideal, vontade de trabalhar por aqui e acho que o solo. O solo é fácil de se trabalhar também. Então é um lugar que acabou dando certo”, considera. 

Para ter êxito na cultura da oleaginosa, a região de Sorriso precisou se adaptar às mudanças causadas pela ferrugem asiática desde a introdução da doença em meados de 2001 no Brasil. Para Pozzobon, o respeito ao vazio sanitário, é crucial para o bom desenvolvimento da sojicultura local.

“Na época, evidentemente, a gente não gostou, não queria aceitar isso, mas hoje a gente olha e ninguém nem pestaneja em cumprir o vazio sanitário. Temos a agricultura que temos hoje em função desse vazio sanitário”, avalia.

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18/04/2023 15:40h

Requerida pelo deputado estadual Max Russi (PSB), que a preside, a CST tem 180 dias para concluir os trabalhos, podendo ser prorrogada por igual período

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso instalou uma Câmara Setorial Temática para estudos sobre a mineração no estado. O requerimento foi feito pelo deputado Max Russi, do PSB. Segundo Russi, a evolução legislativa sobre mineração registrada nas últimas décadas no Brasil tem sido marcada por mudanças significativas na regulamentação da exploração de recursos minerais.

Na legislação estadual de mato Grosso, o deputado lembrou da aprovação da Lei que instituiu a Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários. Além do Cadastro Estadual de Controle e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários. 

Dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico mostram que o Mato Grosso produziu só em 2022, total de R$ 6,8 bilhões em minérios. Isso coloca o estado em 6º lugar no ranking dos maiores produtores minerais do Brasil. A Câmara Setorial tem 180 dias para concluir os trabalhos, podendo ser prorrogada por igual período.

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Agronegócios
18/03/2023 04:00h

Mato Grosso lidera ranking dos estados com o maior número de abate de bovinos

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Os pecuaristas do Brasil abateram 29,80 milhões de cabeças de bovinos em 2022, aumento de 7,5%, após dois anos consecutivos de quedas. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que o resultado marca uma virada no ciclo pecuário para um nível maior de oferta de gado.

O abate de suínos também cresceu, alcançando um recorde, enquanto o de frango teve um leve recuo após uma máxima histórica em 2021, de acordo com o levantamento que considera abates realizados sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

Segundo o IBGE, todos os meses do ano de 2022 apresentaram variação positiva no abate de bovinos em relação aos respectivos períodos de 2021, com destaque para setembro, quando foi registrado um aumento comparativo de 33,6%. “Em 2022, foi retomado o abate de fêmeas após três anos de retração, com alta de 19,1% em relação ao ano anterior. Nessa comparação, houve queda de 8,5% nos preços médios”, afirmou Bernardo Viscardi, analista da pesquisa do IBGE.

Líder em abate

O Mato Grosso continua liderando o ranking dos estados em abate de bovinos em 2022, com 15,8% da participação nacional, seguido por São Paulo, com 11,5% e Mato Grosso do Sul, com 11,0%.  “O aumento de 19,1% do abate de fêmeas foi fundamental para essa retomada. São os ciclos da pecuária. Depois de um período de retenção das vacas para procriação, seguido pela entrada dos bezerros no mercado e sua consequente desvalorização pelo aumento da oferta, as fêmeas começam a ser destinadas ao abate”, justificou Viscardi.

No quarto trimestre do ano passado, foram abatidas 7,49 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, alta de 7,7% no ano. 

O consultor da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) Amado de Oliveira Filho explica que o estado tem uma característica importante na pecuária de corte. E que a pecuária mato-grossense tem trabalhado para elevar mais ainda a produção. 

“Não queremos mais ser apenas campeões em número de relações de cabeça de gado bovino. Nós queremos ser campeões, como o estado que mais produz arroba por hectare. Porque daí nós vamos continuar fazendo o que estamos fazendo. Nós transferimos área de pecuária para agricultura e nós temos o rebanho crescente. Mas estamos também aumentando o peso do animal, nós estamos reduzindo a idade do abate. E é isso que conta no final do dia, final do mês, final do ano, no nosso aumento de produtividade. A nossa produtividade média é acima da média brasileira”, comentou o consultor.

Frango e suínos

Em 2022, foram abatidos 56,15 milhões de cabeças de suínos, representando um aumento de 5,9% em relação a 2021 e um novo recorde para a pesquisa na série histórica desde 1997. “No acumulado de 2022, as exportações de carne suína in natura mantiveram-se em um patamar elevado, -0,1% abaixo do recorde do ano anterior”, pontuou o analista do IBGE.

Por outro lado, Viscardi afirma que o panorama para a suinocultura brasileira continuou desafiador, com altos custos de produção e oferta abundante, o que afetou o retorno da atividade para os produtores do animal. O abate de suínos somou 13,89 milhões de cabeças no quarto trimestre de 2022, com alta de 3,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2021. Foi o melhor quarto trimestre da série histórica, com aumentos em 16 das 24 unidades federativas, destacou o IBGE.

Sobre o frango, o volume de abates ficou em 6,11 bilhões de cabeças, recuo de 1,26 milhão no comparativo anual. Segundo o instituto esse resultado foi o segundo melhor da série histórica iniciada em 1997, superado apenas pelo de 2021.

O IBGE ressaltou que, em 2022, foi registrado novo recorde de exportações da carne de frango in natura e, no mercado interno, a oferta mais ajustada em boa parte do ano favoreceu os preços da avicultura. No quarto trimestre de 2022, foram abatidas 1,56 bilhão de cabeças de frango, alta de 2,2% no ano a ano.

Leite

Pelo segundo ano seguido, houve recuo na aquisição de leite cru feita por estabelecimentos sob inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal) no país. O volume caiu 5% em 2022, ante 2021, para 23,85 bilhões de litros. A diferença foi de 1,27 bilhão de litros a menos.

Na divulgação dos dados, o IBGE destacou que o ano de 2022 foi marcado por alto custo de produção e por secas no Sul do Brasil, ocasionadas pelo fenômeno La Niña. A restrição da oferta de leite levou a cotações recordes no terceiro trimestre e ao aumento das importações para atender às indústrias. Esses fatores, combinados à demanda incipiente dos consumidores pelos derivados lácteos, contribuíram para a queda.

No quarto trimestre, a aquisição de leite cru foi de 6,29 bilhões de litros. O valor correspondeu a redução de 3,2% em comparação ao volume registrado no quarto trimestre de 2021 e aumento de 2,5% em comparação ao obtido no terceiro trimestre de 2022.

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13/02/2023 18:48h

Pescar com uma simples vara para muitos significa um hobby, terapia, diversão em família, mas nos últimos anos o turismo de pesca, conhecido como Pesque e Solte tem movimentado um mercado milionário no país

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O Brasil pesca, e muito. Além de ser um hobby, o ato de pescar tem movimentado um mercado milionário. Com o avanço do tempo, a pesca deixou de ser apenas um método de obtenção de alimento, tornando-se um esporte e um estilo de vida para muitos por meio da pesca esportiva. No Brasil e no mundo a prática é conhecida pelo termo “Pesque e Solte”, ou seja, o pescador ao pegar o peixe deve devolvê-lo vivo ao seu habitat natural, proporcionando assim que outros pescadores tenham a mesma oportunidade de capturá-lo. 

A atividade cresce cada vez mais e no Brasil já movimenta em média R$ 1 bilhão ao ano, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Em outros países, estima-se que a prática da pesca amadora gere por ano US$ 8,2 bilhões na Alemanha; US$ 6,2 bilhões na Inglaterra e País de Gales; US$ 24 bilhões nos Estados Unidos e US$ 5 bilhões no Canadá. 

A atividade vai além do ato de pescar. O setor movimenta o mercado na produção dos materiais utilizados, insumos e na compra de barcos e motores. Em algumas regiões, o turismo está diretamente ligado com a pesca, sendo a principal causa para uma viagem de turismo ou lazer. A pesca movimenta muitos negócios e o empresário Francisco Viana viu no setor uma oportunidade de trabalho e diversão; aliou os dois e abriu uma agência de turismo. Ele conta que tem um público bem rigoroso, que busca a melhor experiência na hora de pescar. 

“A pescaria não é mais aquela coisa tradicional de barranco, de canoinha, não, ela tem uma estrutura assim amplamente sofisticada com lanchas, pousadas ou o próprio barco hotel. Tem toda uma infraestrutura para o pescador. Mesmo estando na mata, no rio, ele quer um pouco de conforto ao voltar da pesca. E a pescaria esportiva ela te dá essa condição. Ter esses lugares fantásticos, com um ambiente requintado para que você possa relaxar, mas com um bom espaço para que você possa pescar bem”, detalha o empresário.

Aliada ao turismo, a atividade tem gerado avanço econômico para o país. Contribuindo para a  criação de empregos no setor gastronômico, hoteleiro, indústria náutica e metalúrgica, guias de pesca, além de criadores de iscas, entre vários outros. Segundo dados da Associação Nacional de Ecologia Esportiva e Pesca Esportiva (Anepe), a atividade gera mais de 200 mil empregos diretos ou indiretos. Um exemplo são os pirangueiros ou piloteiros, pessoas contratadas para pilotar o barco e levar os pescadores para os melhores locais. 

Em face do crescimento do setor, cada vez mais empresas buscam se aprimorar para atender os pescadores da melhor forma possível, para que consigam oferecer uma experiência única e prazerosa. Há 20 anos atuando como guia de pesca no Mato Grosso, Marcos Beckmann acompanhou o crescimento desse mercado e viu uma oportunidade. “Com o tempo fui identificando o potencial de Sinop para o turismo. E vimos que vinha muita gente de fora do estado pra cá e com isso fomos aprimorando o nosso trabalho e nossa meta é atingir cada vez mais os pescadores de outros estados”. 

A pesca esportiva ainda é pouco explorada no Brasil, entretanto é inegável que o país tem grande potencial para sua expansão, devido a sua abundância de água. O Brasil possui 12% das reservas de água doce no mundo. A disponibilidade farta se torna um paraíso pela enorme diversidade de rios para a pesca. Outro fator que contribui para o avanço da atividade no país é a variedade de peixes, o que gera o interesse de pescadores do mundo inteiro. 

No Brasil, o peixe mais cobiçado pelos pescadores em água doce é o Tucunaré e os mais cobiçados em água salgada são o Marlim Azul e o Branco. Embora existam várias opções, algumas regiões são as preferidas entre os pescadores.  No Mato Grosso do Sul a pesca é uma das atividades mais festejadas e turísticas, tendo grande importância cultural e econômica para o estado. De acordo com o chefe da comunicação da Polícia Militar Ambiental, tenente-coronel Ednilson Queiroz, o pesque e solte, no estado, atrai gente do mundo todo. “É uma atividade que atrai muita gente e de todo o mundo. Normalmente não temos grandes problemas durante as fiscalizações porque são pecadores que têm consciência da importância da preservação". 

Pesca esportiva em Mato Grosso 

A região de Sinop, no Mato Grosso, tem atraído interessados na pesca esportiva. O município é banhado pelo rio Teles Pires que se estende por 1.370 Km, percorrendo os estados de Mato Grosso e Pará. Sua nascente se junta ao rio Juruena, formando o Tapajós, que é um dos maiores afluentes do Rio Amazonas. Além disso, outro atrativo é a extensa variedade de espécies, que tem contribuído para que a pesca esportiva caminhe a passos largos na região. 

“Sinop sempre foi fortalecido na questão de pesca, mas depois da chegada da usina, do alagado, nós conseguimos formar e melhorar ainda mais essa potencialidade. Primeiro porque Sinop tem uma grande variedade de espécies para pesca. Temos espécies como o embaixador Tucunaré, a Matrinxã, Cachorra-Larga, Bicuda, Trairão, Pintado, Cachara e Pacu e nossas leis de proteção de espécies como o Dourado e a Piraíba, que não podem ser abatidos, comercializados e transportados, desde 2013, conforme  a do estado de Mato Grosso que faz toda a diferença para preservação”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Sinop, Klayton Gonçalves.

Dados do observatório de Desenvolvimento do Mato Grosso apontam que o estado recebe cerca de 80 mil pessoas por ano com a carteira nacional de pescador e cerca de 10 mil com a carteira estadual expedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). E para dar conta de toda a demanda, o estado  investe cada vez mais em infraestrutura para garantir uma melhor experiência ao pescador. E em Sinop a realidade não é diferente. 

Klayton explica que o município mato-grossense conta com uma sede da Marinha do Brasil, o que garante segurança na navegação dos rios da região, além de um amplo trabalho de orientação. Além disso, o secretário de Desenvolvimento destaca que o pescador possui a sua disposição pousadas, lojas especializadas, voos diários, equipamentos de lazer e serviços, além de eventos de pesca.

“Nós temos aqui uma natureza muito rica e o município tem procurado formar profissionais capacitados e ter uma estrutura física. Nós temos uma  rede hoteleira muito forte para receber as pessoas que desejam vir aqui. Então, tanto esse cenário hoteleiro como um aeroporto muito bem conectado e os profissionais formados pela prefeitura têm ajudado Sinop a se fortalecer como um polo. E acreditamos que dentro de poucos anos queremos estar a frente a nível de estado desse cenário da pesca”.  A expectativa é que com o término da piracema, o número de turistas e embarcações nos rios da região cresça.

No Amazonas pesca esportiva gera renda a ribeirinhos

O Amazonas está no coração da Floresta Amazônica e possui diversos atrativos que envolvem desde visitação às belezas naturais da região, passeios com botos e rotas pelo polo industrial. Entre as mais diversas atrações turísticas do estado, está a pesca esportiva, que tem atraído muitos turistas e movimentando a economia dos ribeirinhos nos últimos anos. “Esse ano o Amazonas espera receber 32 mil pessoas interessadas em pesca esportiva, uma injeção de mais ou menos R$ 500 milhões direta e indiretamente na economia”, afirma  o presidente da Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur), Gustavo Sampaio. 

A infraestrutura no estado do Amazonas está em constante evolução e desenvolvimento. Segundo Sampaio, o governo vem trabalhando na ampliação da malha aérea. “Temos trabalhado nos aeroportos no interior do estado, com ampliação da malha aérea externa e interna, criando conectividade àquele que vem pescar no nosso estado. Temos barcos hotéis que proporcionam uma experiência da mais simples à mais luxuosa. Conciliando tudo com a preservação do meio ambiente”, explica. 

O presidente da Amazonastur comenta que um exemplo deste trabalho de preservação e conscientização é a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, considerada um grande potencial para o ecoturismo no estado. As pousadas da reserva atraem turistas que desejam capturar o tucunaré, espécie que vive nos rios da região e pode pesar até 10kg. 

Entre o público que procura a pesca estão principalmente brasileiros das regiões Sul e Sudeste, mas também norte-americanos, europeus e asiáticos. As altas temporadas para a pesca esportiva são entre os meses de setembro e dezembro, quando os pescadores saem em busca do peixe, entre o preferido pelos esportistas está o tucunaré e a Pirarara. Os custos para quem for se aventurar são a partir de R$ 3,5 mil a R$ 10 mil, para pacotes de 7 dias e 6 noites, o preço pode sofrer variação dependendo da estrutura e serviços oferecidos e rotas de interesse. 

Além de renda, o turismo no Amazonas tem gerado conscientização de preservação de espécies. A prática da atividade no estado possui regras definidas no Decreto de Lei Estadual n° 39.125/18 que visam proteger a fauna e a flora aquática. E para seguir no fomento à atividade turística e a preservação do meio ambiente, a prioridade é regularizar a prática do turismo esportivo. “Nossa prioridade para o setor é fortalecê-lo, a partir de um crescimento regularizado. Queremos ter a pesca entendida e compreendida como um segmento ligado ao turismo. É uma atividade indutora de muitos serviços, que gera emprego e renda. Por isso, queremos promover cada vez mais a prática esportiva a nível nacional e internacional”, conclui o presidente da Amazonastur, Gustavo Sampaio.  

Impactos da pesca predatória 

A cultura da pesca sempre foi a de matar o peixe. Porém com o crescimento do pesque e solte houve uma leve mudança nesse cenário, mas ainda assim é necessário uma conscientização e educação ambiental para toda a população. De acordo com Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), a pesca predatória é definida como qualquer pesca feita fora do período determinado em lei ou que se utilize de redes ou técnicas não permitidas como redes de arrasto, bombas, tarrafas, espinhéis, entre outros. A prática tem gerado a escassez de peixes ao longo do tempo e a extinção de diversas espécies.

Por isso, o Instituto reforça a necessidade de respeito à proibição de se pescar no período defeso, qual seja o momento da piracema, ela ocorre do mês de novembro a fevereiro e durante esse período não é permitida a pesca de um modo geral. Nesse período os cardumes de peixes nadam contra a correnteza, indo rio acima, em busca das nascentes e as cabeceiras dos rios para realizarem a desova dos ovos. O respeito à piracema é o fator imprescindível para que o peixe complete seu ciclo de vida e consiga dar prosseguimento à sua espécie.

Defeso

O defeso é a paralisação temporária da pesca para a preservação das espécies, tendo como motivação a reprodução, ou recrutamento, bem como paralisações causadas por fenômenos naturais ou acidentes. Nesse período é garantido por Lei ao pescador profissional artesanal o pagamento de seguro-defeso, no valor de um salário mínimo mensal, que é o seguro-desemprego especial, pago ao pescador. 

Aquele que pescar durante o período defeso dos peixes pode pagar multa de até 100 mil reais, com acréscimo de 20 reais por quilo ou fração do produto da pescaria, ou por espécime quando se tratar de produto de pesca para uso ornamental.

Licença de pesca Amadora 

A Licença para Pesca Amadora do MPA é válida por um ano em todo território nacional e, uma vez licenciado, o pescador pode pescar em qualquer região do país. No entanto, as normas estaduais devem ser respeitadas quando forem mais restritivas do que a norma federal. A licença definitiva só estará disponível para impressão via internet depois de passados dez dias da data de pagamento do boleto bancário.

O limite de cota de captura e de transporte de pescado por pescador é de 10 kg mais um exemplar para águas continentais e estuarinas e de 15 kg mais um exemplar para águas marinhas. A licença de pesca amadora é individual, portanto o boleto, após impresso, somente poderá ser pago uma única vez. A licença provisória terá validade por trinta dias mediante a apresentação do comprovante de pagamento bancário.

Confira algumas dicas essenciais para uma boa pesca esportiva

  • Manusear o peixe o maior tempo possível dentro d’água;
  • Manter as mãos molhadas para manusear o peixe fora d’água;
  • Use anzóis sem farpa ou com a farpa amassada;
  • Use iscas artificiais ou moscas;
  • Em caso de pesca em profundidade puxe o peixe de forma mais devagar;
  • Use uma linha de comprimento maior do que a recomendada, para não cansar o peixe;
  • Na hora de retirar o anzol do peixe, utilize um alicate de bico;
  • Seja rápido e gentil na hora de tirar o peixe para pesar, medir e fotografar o troféu;

 

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21/12/2022 13:12h

Desenvolvida pela UNICEF e pela UNDIME, a estratégia Busca Ativa Escolar envolve parcerias interinstitucionais no combate à evasão escolar nos 141 municípios mato-grossenses. Entre as ações realizadas na mobilização, uma campanha de comunicação com spots destinados para emissoras de rádio do Estado.

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Um grupo de trabalho encabeçado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) está mobilizado para o enfrentamento à evasão e ao abandono escolar no estado do Mato Grosso.

A mobilização envolve parcerias interinstitucionais para garantir a promoção do direito à educação de meninos e meninas mais vulneráveis nos 141 municípios mato-grossenses, por meio do projeto Busca Ativa Escolar

Desde o início deste ano, 2,3 mil crianças e adolescentes que estavam fora da escola foram identificadas e acompanhadas pela estratégia. 

Campanha de comunicação para rádios

Uma das ações realizadas na mobilização é a campanha de comunicação com spots destinados para emissoras de rádio do Estado. Esses áudios são de livre reprodução. Trazem mensagens de sensibilização e divulgam a estratégia da busca ativa.

Comunicador, faça parte do combate à evasão escolar no Mato Grosso. Baixe e utilize os spots em sua programação! 

Busca Ativa Escolar

A Busca Ativa Escolar é uma metodologia social e uma ferramenta tecnológica gratuita que auxilia os municípios na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes em situação de evasão, abandono ou infrequência escolar. A plataforma possibilita ao Estado e aos municípios disporem de dados concretos para o planejamento, desenvolvimento e implementação de políticas públicas que contribuam para a garantia de meninos e meninas.

Para Cláudio Melo, gerente de projetos do Instituto Peabiru, uma das organizações responsáveis por mobilizar os municípios para execução da estratégia, a realização de capacitações fortalece o projeto nos municípios e reflete diretamente no uso da plataforma. “Ao longo do ano, realizamos 8 capacitações remotas e presenciais para implementação da estratégia e uso da plataforma. Temos 665 profissionais capacitados em 122 municípios do Estado de Mato Grosso. De agosto pra cá, os números cresceram bastante, saímos de 400 (re)matrículas para 2.300 em dezembro. Sabemos que cada número desse representa uma criança ou adolescente com seu direito à educação garantido. O sistema ainda ajuda o município a entender o próprio cenário da exclusão escolar”, declara. 

Os coordenadores operacionais da Busca Ativa Escolar são profissionais técnicos responsáveis por executar a estratégia no município e que têm amplo acesso à plataforma. Eles foram o principal público-alvo das capacitações. Em Nova Mutum (MT), a coordenadora operacional Márcia Alves, que participou de um dos encontros presenciais realizados em outubro, explica como a experiência proporcionou uma melhor compreensão sobre o sistema. “A capacitação estadual foi importante para ampliar os conhecimentos acerca da estratégia da Busca Ativa Escolar, do uso da plataforma que é um dos grandes desafios observados entre os participantes. Destaco ainda que foi importante também para a troca de experiências vivenciadas em cada município”.

O projeto conta com as parcerias estratégicas e regime de colaboração com o Instituto Peabiru, Tribunal de Contas (TCE), Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Associação Para Desenvolvimento Social dos Municípios do Estado de Mato Grosso, Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência social (COEGEMAS), e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescentes (CEDCA – MT).  

Segundo a oficial de educação e proteção do UNICEF, Nayana Góes, uma das responsáveis por acompanhar a implementação da Busca Ativa Escolar no Estado, a estratégia está sendo muito útil na resposta ao combate à evasão escolar. “Nós viemos de uma situação de exclusão e fracasso escolar que foi agravada pela pandemia e a gente tem a oportunidade, por meio da Busca Ativa Escolar, de apoiar os municípios para que eles avancem no direito à educação de cada menino e de cada menina em Mato Grosso”. 

Uma das vidas impactadas é da Júlia Valentina (11) que vive no município de Jaciara (MT). A menina tem paralisia múltipla e estava matriculada na rede de ensino municipal desde os 2 anos de idade. No entanto, em meados de 2019 a família se mudou para outra cidade e não realizou mais sua matrícula em nenhuma escola. Com a pandemia, a criança retornou à Jaciara, mas continuou em situação de evasão escolar. 

Quando a equipe da Busca Ativa Escolar de Jaciara identificou Julia Valentina, começou uma mobilização intersetorial para garantir o seu retorno. “Conversamos com a família, falamos da necessidade da criança estar inserida em um ambiente inclusivo, que era seu direito estar na sala de aula, junto com seus pares, recebendo o que necessita”, explica a Ianara Tabosa, articuladora do Selo UNICEF e coordenadora da Busca Ativa Escolar em Jaciara. Hoje, a menina estuda com toda a estrutura que necessita para seu desenvolvimento, desde a sala de recursos até uma profissional de desenvolvimento infantil que a companha nas atividades. 

Para a mãe, Vanessa Garcia, é muito bom ver a garota estudando. “A Júlia é uma menina muito inteligente. Ela se comunica com as crianças e eu acho isso muito bom. Fico feliz em vê-la vindo para a escola porque se desenvolve bastante”, declara.  
 

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Desenvolvimento Regional
19/12/2022 15:10h

Ministério do Desenvolvimento Regional assinou, nesta sexta-feira (16), acordo de cooperação com a prefeitura e a Abrelpe para o fechamento ambientalmente correto do local

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Um acordo de cooperação técnica assinado nesta sexta-feira (16) entre o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a Prefeitura de Cuiabá (MT) e a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) deu início ao processo de fechamento do aterro sanitário da capital matogrossense, em funcionamento há 26 anos em condições inadequadas. A área será recuperada e sediará um memorial para as as vítimas da covid-19, com espaço de contemplação. 

Os resíduos sólidos produzidos pelos habitantes de Cuiabá passarão a ser destinados a um novo aterro sanitário, o Ecoparque Pantanal, que será administrado pela Orizon Valorização de Resíduo, vencedora do leilão de concessão do serviço. A empresa vai investir R$ 81 milhões no local, que contará com um Centro de Triagem de Resíduos. O contrato também prevê a instalação de ecopontos de coleta nas quatro regiões de Cuiabá. Esse trabalho será realizado em parceria com cooperativas de reciclagem e catadores que trabalham no atual aterro.

O processo de transição será executado de forma gradativa. Ainda neste mês, o Ecoparque Pantanal começará a receber 35% da coleta de resíduos da cidade. Em janeiro, o percentual sobe para 55% e, em fevereiro, para 75%, até chegar a capacidade máxima em março. A previsão é que mais de 300 catadores de recicláveis que operam na área sejam beneficiados pelo novo aterro sanitário.

O fechamento do aterro atende ao Novo Marco Legal de Saneamento Básico, que emitiu normas de referência sobre o fechamento dos mais de 3 mil lixões e aterros irregulares em funcionamento no País, além do manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais das cidades.

Uma das tarefas que terá a participação do MDR no processo de encerramento do aterro é a realização de um estudo para verificar o nível de comprometimento do terreno após anos de uso de forma irregular.

"O que acontece em muitos lugares é que o município deixa de colocar o resíduo no lixão ou aterro e depois deixa para lá, achando que o lugar se recupera sozinho. Não se recupera. Dependendo de onde ele estiver instalado, tem que fazer o estudo para saber o nível de problema que esse depósito de resíduo, durante tantos anos, causou ao meio ambiente", ressaltou o secretário nacional de Saneamento do MDR, Pedro Maranhão.

O secretário também afirmou que, mesmo a execução do projeto começando no final da atual gestão, a participação da Associação Brasileira de Empresa Limpeza Pública na parceria garante o encerramento do aterro. 

“E ninguém vai querer ser contra o encerramento de um lixão. Não tem ideologia nisso, é trabalho que todos querem. Essa parceria que estamos fazendo com as organizações é justamente para que o trabalho continue independente de quem esteja no cargo", disse. 

De acordo com a Prefeitura de Cuiabá, hoje, apenas 16% do que é descartado pela população é reciclado. Diariamente, o aterro sanitário recebe mais de mil toneladas de lixo orgânico e inorgânico, além de também ser destino final de resíduos da cidade de Santo Antônio do Leverger.

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23/11/2022 20:20h

Decreto publicado pelo governo estadual não é válido para áreas essenciais, como saúde e segurança pública

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Com o início da Copa do Mundo do Catar, os governos estaduais publicaram decretos que estabelecem o funcionamento dos serviços locais para os dias de jogo do Brasil. Em 11 de novembro, o Ministério da Economia já havia divulgado uma portaria definindo as regras para o expediente dos servidores federais. O Brasil estreia nesta quinta-feira (24), às 15h, contra a Sérvia. 

Em Mato Grosso, segundo a norma estabelecida pelo Executivo local para a primeira fase da competição, há horários definidos. Para os jogos que começam às 3h da tarde, casos da estreia e do último jogo, dia 2 de dezembro, o expediente vai ser das sete e meia até uma hora da tarde. Para a segunda partida, dia 28 de novembro, o expediente vai das sete e meia até às onze horas.

“Quanto às horas não trabalhadas, a regra é que haja a compensação. Pode utilizar do banco de horas, que pode já ter, ou então compensa, literalmente prolongando a jornada. A prorrogação é de no máximo duas horas por dia”, explica Washington Barbosa, mestre em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas. 

Barbosa destaca ainda que a compensação de horas é mais frequente na iniciativa privada. “A prática de banco de horas de compensação de jornada é comum tanto na administração privada quanto na pública. Na privada, ela é muito mais comum. De poucos anos para cá, a administração pública tem colocado controle de horário. Até a própria lei regula esse tipo de situação. Pode utilizar sim o banco de horas ou mesmo compensação de jornada”, enfatiza. 

Serviços essenciais

Segundo o Decreto, caberá aos dirigentes máximos dos órgãos e entidades da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo Estadual a preservação e o funcionamento dos serviços essenciais afetos às respectivas áreas de competência.

“Considera-se atividade especial aquelas que são essenciais ao desenvolvimento, à manutenção das pessoas. Podemos citar, por exemplo, postos de gasolina, serviços de segurança e saúde. Podemos falar da questão relacionada à manutenção de elevadores, caldeiras em indústrias. Neste caso, elas não podem, durante os jogos, serem afastadas do trabalho”, diz Barbosa. 

Copa do Mundo: servidores públicos federais vão ter expediente reduzido nos jogos do Brasil 

Bancos

Os bancos também seguirão expediente diferente em dias de jogo do Brasil no Catar, seguindo decisão comunicada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

No caso de jogos às 13h, o funcionamento das agências será das 8h30 às 11h30. Nos dias de jogos às 16h, o horário de funcionamento será das 9h às 14h. Em todos os casos, considera-se o horário de Brasília.

Caso o Brasil avance para as etapas seguintes e tenha algum jogo marcado para às 12h, o horário de atendimento ao público será das 9h às 11h e das 15h30 às 16h30. Segundo a Febraban, a decisão considera questões como a segurança das agências e de transporte de valores. 

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08/10/2022 03:00h

Especialistas recomendam atenção ao trabalho dos parlamentares nos próximos anos. Conheça quem são e o que fazem os deputados estaduais, federais e os senadores eleitos no estado. Veja também nova configuração das bancadas do Congresso Nacional a partir de 2023

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O Mato Grosso elegeu o senador Wellington Fagundes (PL) e  oito deputados federais no dia 2 de outubro. O candidato mais votado para deputado federal foi Fábio Garcia (União), com 98.704 votos. 

Confira todos os deputados federais eleitos em Mato Grosso:

UF

Candidato(a)

Partido/Coligação

Situação

Votos Computados

MT

FÁBIO GARCIA

UNIÃO

Eleito por QP

98.704

MT

ABÍLIO

PL

Eleito por QP

87.072

MT

JOSÉ MEDEIROS

PL

Eleito por média

82.182

MT

JUAREZ COSTA

MDB

Eleito por QP

77.528

MT

EMANUELZINHO

MDB

Eleito por média

74.720

MT

AMÁLIA BARROS

PL

Eleito por média

70.294

MT

CORONEL FERNANDA

PL

Eleito por média

60.304

MT

CORONEL ASSIS

UNIÃO

Eleito por média

47.479

Já para a Assembleia Estadual,  24 deputados estaduais foram eleitos. A mais votada foi Janaína Riva (MDB), com 82.124 votos.

Confira todos os deputados estaduais eleitos em Mato Grosso:

UF

Candidato(a)

Partido/Coligação

Situação

Votos Computados

MT

JANAÍNA RIVA

MDB

Eleito por QP

82.124

MT

MAX RUSSI

PSB

Eleito por QP

70.328

MT

BOTELHO

UNIÃO

Eleito por QP

51.998

MT

NININHO

PSD

Eleito por QP

50.875

MT

LÚDIO CABRAL

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

47.533

MT

GILBERTO CATTANI

PL

Eleito por QP

44.705

MT

DILMAR DAL BOSCO

UNIÃO

Eleito por QP

42.156

MT

JÚLIO CAMPOS

UNIÃO

Eleito por média

33.800

MT

THIAGO SILVA

MDB

Eleito por QP

30.506

MT

FAISSAL

CIDADANIA - Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA)

Eleito por QP

30.240

MT

FABINHO

PSB

Eleito por QP

29.709

MT

VALDIR BARRANCO

PT - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV)

Eleito por QP

29.359

MT

CARLOS AVALONE

PSDB - Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA)

Eleito por média

26.594

MT

BETO DOIS A UM

PSB

Eleito por QP

26.462

MT

CLAUDIO FERREIRA

PTB

Eleito por média

26.234

MT

DIEGO GUIMARÃES

REPUBLICANOS

Eleito por QP

25.907

MT

DR. EUGÊNIO

PSB

Eleito por média

25.378

MT

VALMIR MORETTO

REPUBLICANOS

Eleito por QP

25.207

MT

DR. JOÃO

MDB

Eleito por QP

24.957

MT

PAULO ARAUJO

PP

Eleito por QP

24.551

MT

WILSON SANTOS

PSD

Eleito por média

23.446

MT

ELIZEU NASCIMENTO

PL

Eleito por QP

22.415

MT

JUCA DO GUARANÁ FILHO

MDB

Eleito por média

20.723

O especialista em direito eleitoral Rafael Lage explica que o Artigo 24 da  Constituição Federal estabelece os temas que os estados podem legislar em concorrência com a União. Além disso, cada estado tem a própria constituição, com suas respectivas particularidades que refletem na atuação da Assembleia Legislativa. 

“Considerando que cada Assembleia Legislativa do estado tem um número de eleitos, geralmente eles estão espalhados por diversas regiões de cada estado. Então, geralmente em todas as regiões, presume-se que estão devidamente representadas. E aí esses eleitos vão basicamente levar as demandas das determinadas regiões dos seus respectivos estados para a casa legislativa e fazer essa aproximação com o próprio poder executivo estadual e tentar propor melhorias para suas respectivas regiões.”

A consultora legislativa e chefe da Unidade de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Olávia Bonfim, comenta as funções do poder legislativo: “É um poder no qual conseguimos observar com bastante clareza a democracia acontecer. Isso porque os deputados eleitos representam os variados segmentos da sociedade, e eles atuam de modo a promover as principais funções do poder legislativo, que são principalmente legislar e fiscalizar, e na função de fiscalizar se faz um verdadeiro controle do poder Executivo”.

O que fazem deputados federais e senadores

O deputado federal tem como principais responsabilidades legislar e fiscalizar. Ele pode propor novas leis, mas também sugerir mudanças ou o fim de normas que já existem, incluindo a própria Constituição Federal. 

Cabe a esses parlamentares analisar qualquer projeto de lei proposto pelo Executivo. Eles também discutem e votam as medidas provisórias (MPs) editadas pelo governo federal. Vale lembrar que nem todas as propostas são votadas no Plenário, ou seja, por todos os 513 parlamentares. Algumas pautas são decididas nas comissões temáticas da Câmara dos Deputados. 

Os deputados federais também devem controlar os atos do presidente da República e fiscalizar as ações do Executivo. Segundo a Constituição, a Câmara tem poder para autorizar a instauração de processo de impeachment contra o presidente e o vice-presidente, embora o julgamento seja papel do Senado. Eles também podem convocar ministros de Estado para prestar informações e julgar as concessões de emissoras de rádio e televisão, bem como a renovação desses contratos.

Pode-se dizer que os deputados estaduais têm as mesmas prerrogativas que os deputados federais. Ou seja, têm a missão de legislar e fiscalizar, mas enquanto um o faz isso no nível federal, na Câmara dos Deputados, o outro atua na Assembleia Legislativa, em nível estadual. 

Assim como os deputados federais, os senadores têm as atribuições de legislar e fiscalizar. Mas como o Senado é considerado a Câmara Alta do Poder Legislativo Federal, isso confere aos parlamentares da Casa alguns papéis exclusivos.

A primeira distinção se dá em relação ao tempo de mandato. Enquanto os deputados têm quatro anos no cargo, os senadores permanecem por oito anos. Além disso, o Senado representa o DF e os estados da federação, enquanto a Câmara representa o povo. É por isso que, diferentemente da Câmara, o Senado tem o mesmo número de parlamentares por estado, qualquer que seja o tamanho da população da unidade federativa. 

Quando o assunto é impeachment, cabe aos senadores julgar se o Presidente da República cometeu crime de responsabilidade. O mesmo vale para processos contra ministros de Estado. No caso de acusações envolvendo comandantes das Forças Armadas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República (PGR), os processos são de responsabilidade exclusiva do Senado, desde o início. Os senadores também decidem se aprovam os nomes indicados pelo Executivo ao STF, à PGR e ao Banco Central. 

Orçamento

Cabe aos deputados federais e aos senadores discutir e votar o orçamento da União. É a Comissão Mista de Orçamento (CMO), composta por parlamentares das duas casas legislativas, que analisa e vota a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). 

Cesar Lima, especialista em orçamento público, explica que todos os parlamentares podem apresentar emendas individuais. É por meio delas que eles podem alterar o orçamento, destinando recursos para a realização de obras específicas em seus estados e municípios. Isso é uma forma de atender os interesses e necessidades de seus eleitores.

Além das emendas individuais, existem as emendas de bancadas estaduais, explica Cesar. “As bancadas estaduais são formadas pelos parlamentares eleitos por cada estado, todos juntos. Eles podem apresentar cerca de R$ 260 milhões em emendas.  Só que ao contrário das emendas individuais, que podem ser para qualquer tipo de obra, as emendas de bancada têm que ter um caráter estruturante, ou seja, obras de maior porte, e só podem ser utilizadas dentro daquele estado que está indicando”, detalha. 

Os parlamentares também devem fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. Para isso, contam com a parceria do Tribunal de Contas da União, o TCU. “A Comissão Mista de Orçamento pode realizar diligências com os seus membros para fazer esse tipo de fiscalização, mas geralmente se utiliza o TCU, que já tem toda uma estrutura voltada para essa fiscalização, não só da correta aplicação dos recursos dentro das normas mas também sobre a efetividade das políticas públicas”, afirma Cesar. 

Papel do eleitor

A atuação dos eleitores continua depois da escolha feita na cabine de votação. É preciso acompanhar o trabalho dos representantes escolhidos para aprovar as leis que regem o cotidiano da população brasileira. 

O especialista em direito eleitoral, Alberto Rollo, destaca que além de eleger, é fundamental fiscalizar os trabalhos dos candidatos eleitos. “Porque se aquela pessoa que foi eleita cumprir o seu papel, cumprir os seus compromissos, vai merecer novamente o voto do eleitor. Se a pessoa que foi eleita não cumpriu nada, não fez nada do que prometeu, então não vai merecer de novo o voto, e a gente vai dar espaço, lugar para outra pessoa”, observa. 

No Congresso Nacional, 23 homens e quatro mulheres vão assumir funções no Senado a partir de 1º de fevereiro de 2023, para um mandato de oito anos. Cada um dos 26 estados e o DF elegeram uma pessoa como representante. 

A Câmara dos Deputados, com 513 eleitos para os próximos quatro anos de legislatura, será composta por 422 homens e 91 mulheres. O número de representantes por estados e DF é proporcional à população de cada unidade federativa, a partir dos dados mais recentes do IBGE. 

Nova configuração do Congresso Nacional

Das 81 cadeiras do Senado, o PL terá a maior bancada. A legenda do Presidente da República, Jair Bolsonaro, vai ocupar 15 vagas. São seis vagas a mais que antes do primeiro turno das eleições. Os senadores Marcos Rogério e Jorginho Mello, que compõem a bancada do PL, disputam o segundo turno para o governo de seus estados, Rondônia e Santa Catarina, respectivamente. Se ambos forem eleitos governadores, o partido de Bolsonaro será representado por 13 senadores.

O PSD, partido do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, terá a segunda maior bancada, com 11 senadores. A legenda perdeu uma vaga em relação ao cenário pré-eleições. A terceira maior bancada, por enquanto, pertence ao União Brasil. O partido terá dez senadores, quatro a mais do que tinha. A sigla, criada após fusão do DEM com o PSL, pode perder Rodrigo Cunha, candidato ao governo de Alagoas. Se ele vencer, a legenda ficará com nove cadeiras. 

Antes dono da maior bancada no Senado, o MDB perdeu três vagas e deve começar a próxima legislatura com nove senadores. Mesmo número do PT, que viu a bancada aumentar de sete para nove parlamentares. O partido, no entanto, aguarda o resultado do segundo turno das eleições em Sergipe, pois se Rogério Carvalho se eleger governador, a legenda terá oito representantes na Casa. 

Podemos e PP dividem o posto de sexta maior bancada, cada uma com seis senadores. PSDB, com quatro, Republicanos e PDT, com três, completam a lista das siglas que terão mais de um senador em 2023. Já PROS, PSB, PSC, Cidadania e Rede serão representados por apenas um senador.  

Vale lembrar que PSB, PSDB, MDB e PSD também estão de olho no segundo turno das eleições para governador. Isso porque cada um desses partidos têm um suplente que vai assumir uma cadeira no Senado, caso os parlamentares envolvidos nas disputas pelos governos estaduais vençam os pleitos. 

Confira abaixo a evolução das bancadas no Senado 

A maior bancada da Câmara dos Deputados é do Partido Liberal (PL), que passará de 76 a 99 deputados, um aumento de 23 vagas. Em segundo lugar, fica a federação PT-PCdoB-PV, com 80 deputados, 12 a mais que a legislatura atual. A terceira maior bancada é do União: 56 deputados eleitos, um crescimento de oito parlamentares na bancada. 

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22/09/2022 16:30h

Além de levar mais velocidade de navegação ao usuário comum, a nova tecnologia vai revolucionar o setor produtivo. Em Mato Grosso, a indústria rende mais de R$ 20,6 bilhões por ano e pode usar o 5G para ser mais produtiva

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O sinal 5G foi liberado em Cuiabá (MT) nessa segunda-feira (19) e a tecnologia promete mais velocidade de navegação ao usuário comum. Mas é no setor produtivo mato-grossense que a nova tecnologia de internet móvel pode promover uma revolução. Com maior tráfego de dados, menor tempo de resposta entre envio e recebimento de comandos e a possibilidade de várias conexões em uma mesma rede, o setor produtivo do estado pode se automatizar, inserir novos maquinários e tecnologias, e otimizar os processos.

Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Produto Interno Bruto industrial de Mato Grosso, em 2019, foi de R$ 20,6 bilhões, o que equivale a mais de 16% de todo o PIB do estado. O setor, que em 2020 chegou ao número de 9.428 empresas, também gera mais de 152 mil empregos, com destaque para construção, alimentos, derivados de petróleo e serviços industriais de utilidade pública – que devem ter forte evolução graças ao processo de universalização do saneamento básico.

Com o 5G, a tendência é que vários processos automatizados levem a uma maior economia e organização. E isso só é possível porque estima-se que a nova internet suporte aproximadamente a conexão simultânea de um milhão de dispositivos por quilômetro quadrado, o que leva à evolução da Internet das Coisas (IoT), em que máquina “conversa” com máquina para produzir uma análise mais rápida de dados.

Considerado o pilar da indústria 4.0, o 5G permitirá também que a Inteligência Artificial faça ajustes de forma contínua, para que a produção se mantenha sempre de acordo com a demanda, ou ainda monitoramento 24 horas por dia e otimização de desempenho e segurança. Homero Salum, diretor de Engenharia da TIM Brasil, diz que a internet de quinta geração vai impactar não só a rotina do dia a dia, como também revolucionar diversos setores no estado.

“Com conexões melhores e mais rápidas, o 5G é capaz de conectar máquinas, objetos, coisas e pessoas. Por isso, é chamada a tecnologia do futuro. Essas características vão impactar o Brasil em inúmeros segmentos da indústria, do setor de serviços, do agronegócio e até mesmo as rotinas das pessoas dentro das casas”, aponta Salum. “Na indústria, que vai gerar máquinas e equipamentos para toda essa conectividade, o impacto será revolucionário.”

Luciano Stutz, presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel), revela que o 5G vai impactar tanto as micro e pequenas empresas quanto as de maior porte. Para a grande indústria, a maior novidade será a possibilidade de criar redes privadas com a tecnologia, o que vai otimizar ainda mais os processos e ganhos. Ele ressalta, no entanto, que todo e qualquer produtor que tenha acesso vai começar a se beneficiar a partir de agora.

“O empresário que está incrustado dentro da cidade e que faz também o processo fabril, ou o pequeno agricultor que está na borda e pode se cobrir com esse 5G, ou um microempreendedor pode, sim, ter seus processos produtivos melhorados. Você vai ter uma indústria que vai trabalhar com 5G, esse já vai poder operar um equipamento à distância, seja um drone, um semeador, seja uma máquina agrícola, se ele já tiver acesso ao 5G. Aquelas indústrias que se prevalecem de meios mecânicos, automatizados para fazerem seu processo produtivo, se aproveitam do 5G na medida em que estão presentes”, destaca Stutz.

Em Mato Grosso, as micro e pequenas empresas são responsáveis por 95,8% do total de indústrias. Somente em 2021, segundo a CNI, a indústria local exportou US$ 902 milhões – o setor é responsável por mais de 4% de todas as exportações efetuadas pelo estado.

5G: seminário internacional debate impactos da tecnologia na educação e indústria

5G vai permitir que máquinas agrícolas “conversem entre si”

O 5G que está sendo instalado nas capitais está presente principalmente na área central. No caso de Cuiabá, segundo as regras do edital, as empresas Claro, Tim e Vivo devem ativar, pelo menos, oito estações de 5G, mas as operadoras estão disponibilizando uma quantidade de estruturas maior do que a mínima exigida. A capital mato-grossense tem hoje, pelo menos, 88 bairros atendidos com a nova tecnologia, entre eles Centro, Centro Norte, Cidade Alta, Duque de Caxias I, Jardim Alvorada, Jardim Tropical, Morada dos Nobres, Popular, Santa Rosa, Bosque, Centro Sul, Ipiranga, Jardim Aclimação, Pico do Amor e Centro Político Administrativo.

Além de Cuiabá, outras 21 capitais já receberam o 5G: Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Salvador (BA), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Palmas (TO), Vitória (ES), Florianópolis (SC), Recife (PE), Fortaleza (CE), Natal (RN), Aracaju (SE), Boavista (RR), Campo Grande (MS), Maceió (AL), São Luís (MA) e Teresina (PI). 

O cronograma inicial de ativação do 5G no Brasil previa que o sinal inicial estivesse disponível em todo o país já no fim de setembro, mas a Anatel prorrogou o prazo por até dois meses, devido a um atraso na importação de equipamentos para a limpeza da faixa onde transita a tecnologia. Com isso, nas outras cinco capitais onde o serviço ainda não está disponível, as companhias terão até 27 de novembro para ligar as estações e passar a oferecer o sinal de quinta geração.
 

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