Imagem: Ministério de Portos e Aeroportos
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Portos brasileiros têm movimentação recorde em 2024: 1,32 bilhão de toneladas

Em destaque a movimentação de contêineres, que cresceu 20% no ano passado

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Por mais um ano, a movimentação dos portos no Brasil cresceu e bateu novo recorde em 2024: de 1,32 bilhão de toneladas, registrando alta de 1,18% em comparação com 2023, ano em que já havia registrado seu maior resultado. Segundo o balanço anual feito pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), os portos públicos foram responsáveis por movimentar 474,38 milhões de toneladas, uma alta de 5,13% em relação ao ano anterior.

Em seu último dia de mandato, o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, celebrou o balanço positivo.

“A gente teve uma movimentação de minério de ferro expressiva, nosso óleo combustível também foi representativo. Na verdade, a gente acabou alcançando um recorde em relação ao ano de 2023 — pouco mais de 1% — mas a gente já vinha também de um recorde anterior, então são números muito positivos. Isso mostra que o nosso setor portuário vem atendendo a capacidade, a demanda, de maiores volumes de movimentação de carga.”

Em 2024, foram investidos mais de R$ 1 bilhão na modernização e expansão da infraestrutura portuária. A previsão para este ano, segundo anunciou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, é que os investimentos cheguem a R$ 1,7 bilhão. Valores que ajudam a impulsionar o comércio e o desenvolvimento econômico do país, além de estimular a competitividade do setor. 

O ministro Costa Filho também ressaltou a importância da desburocratização para o crescimento do  setor. 

“A gente precisa cada vez mais, através do Navegue Simples, ao lado do Tribunal de Contas da União, simplificar, desburocratizar, criar cada vez mais segurança jurídica para quem quer empreender no Brasil. É fundamental que a gente possa, cada vez mais, dar segurança àqueles que querem prover investimentos no setor portuário do Brasil”, declarou Costa Filho. 

O ministro destacou ainda o papel estratégico da iniciativa privada no impulsionamento do crescimento econômico, ressaltando que, somente em 2024, foram realizados oito leilões, atraindo mais de R$ 3,74 bilhões em investimentos. Entre os projetos mencionados, Costa Filho destacou o leilão do ITG 02, em Itaguaí (RJ), que será, segundo o ministro, o maior leilão da história do setor portuário brasileiro. 

Além disso, anunciou que no próximo dia 27 será formalizada a concessão do Túnel Santos-Guarujá, uma obra idealizada há quase 100 anos e que finalmente sairá do papel, com investimentos de R$ 6 bilhões, financiados conjuntamente pelos governos federal e estadual.

Contêineres

No balanço, o destaque foi para o aumento de 20% na movimentação da carga em contêineres, a chamada “carga conteinerizada”, que chegou a 153,33 milhões de toneladas circulando nos portos do país. Entre os produtos comercializados por meio de contêineres estão plásticos, produtos químicos orgânicos, ferro e aço. 

Para o diretor da Antaq, é preciso um olhar atento para que os portos continuem acompanhando esse crescimento, que promete ser ainda maior em 2025.

“Nós temos projetos em andamento, justamente para prover maior capacidade e fazer com que os nossos corpos tenham ainda mais eficiência para conseguir atender a novos aumentos de volume de carga”, conta Nery.


Fonte: MPOR

Maiores movimentos

Entre os terminais que apresentaram o melhor desempenho em 2024, destaque para os portos de Santos (SP), com crescimento de 2,05%, Itaguaí (RJ) com mais 8,78% e  Paranaguá (PR), com aumento de 1,65% no movimento. Só o Porto de Santos — que apresentou a maior movimentação do ano — somou 138,69 milhões de toneladas.

O trigo se destaca entre as mercadorias mais movimentadas — 9,03 milhões de toneladas — e crescimento de 39,51%; já o gás de petróleo movimentou 5,29 milhões de toneladas de cargas e teve alta de 35,31%. Combustíveis, óleos e produtos minerais — 4,06 milhões de toneladas de cargas — tiveram aumento de 23,63%.

É pelos portos brasileiros que saem 95% das exportações do país e o aumento da movimentação dos últimos seis anos provocou um impacto positivo na balança comercial, que alcançou o segundo maior superávit da história em 2024, com US$ 74,5 bilhões.

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