Veja o que suas articulações dizem sobre a sua saúde
Você sente dor nas juntas, inchaço ou dificuldade de se movimentar? Esses sinais podem indicar que algo não vai bem com suas articulações.
Saiba que quando estão saudáveis, as articulações funcionam sem dor, inchaço ou calor. Mas, alguns sinais devem acender o alerta: dificuldade para mover dedos, braços ou pernas; dor ao se movimentar; e articulações inchadas ou quentes ao toque.
Além disso, sintomas como dor intensa no dedão do pé (pode ser gota), dedos em formato de “baqueta de bateria” (podem indicar problema pulmonar ou cardíaco), e dor nas mãos ao torcer panos (possível artrose) também precisam de atenção.
“Se você sente dor em várias articulações ao mesmo tempo ou uma dor nas costas persistente, pode estar diante de um problema mais sério, como inflamação ou doença autoimune”, alerta a Dra. Emily Figueiredo Neves Yuki, Reumatologista (CRM: 144.237/ SP).
Fique atento aos sinais do seu corpo e procure um reumatologista para avaliação.
Pessoas com sintomas como sede excessiva, urinar demais, perda de peso, feridas que não cicatrizam e visão embaçada devem fazer o exame para diabetes.
A testagem também é recomendada para todas as pessoas a partir dos 35 anos e, em qualquer idade, para quem tem sobrepeso e outros fatores de risco, como hipertensão, sedentarismo, histórico familiar de diabetes e síndrome dos ovários policísticos.
Quem teve diabetes gestacional deve ser testado após a gravidez e a cada três anos. Já aqueles com pré-diabetes devem realizar exames regularmente.
Além disso, o uso de certos medicamentos, como corticóides e antipsicóticos, pode exigir testes frequentes. Para mais informações, consulte um médico endocrinologista.
Veja ao vídeo com a explicação do especialista:
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A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada na quinta-feira (10), revela que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) parou de crescer ou está em queda na maior parte do país. O estudo é referente à Semana Epidemiológica 27, de 29 de junho a 5 de julho.
O cenário reflete a interrupção do crescimento ou diminuição das hospitalizações por vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas e de influenza A em idosos.
Apesar da tendência de redução dos casos, ainda existem locais com crescimento pontual em algumas faixas etárias e os números de hospitalizações por SRAG ainda são considerados altos. Com isso, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância das medidas preventivas:
“É importante que todos estejam em dia com a vacina contra a gripe, continuem tomando alguns cuidados e mantendo a etiqueta respiratória, como fazer isolamento ou sair de casa usando máscaras em casos de aparecimento de sintomas de gripe, ou resfriado, além de usar máscara em postos de saúde, locais fechados e com muita aglomeração de pessoas”, ressalta.
SRAG permanece elevada em 25 estados
O Boletim aponta incidência elevada de SRAG em 25 estados, com tendência de aumento entre idosos, especialmente nos estados do Nordeste, como Paraíba e Sergipe, associada à Influenza A. Já em Roraima, observa-se aumento de casos entre crianças pequenas, relacionado ao VSR.
Observa-se ainda que a incidência de SRAG em crianças pequenas permanece elevada na maioria dos estados, com exceção do Tocantins e Distrito Federal.
Em idosos, os casos seguem em níveis de moderado a muito alto em todos os estados da região Centro-Sul, bem como em parte do Norte (Amapá, Rondônia e Roraima) e Nordeste (Alagoas, Sergipe, Maranhão e Paraíba).
Além disso, 20 capitais ainda apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas.
Covid-19
A análise também evidencia estabilidade nos casos de SRAG causados por Covid-19 na maior parte do país. Porém, há um leve crescimento no estado do Rio de Janeiro. Por isso, a pesquisadora enfatiza a necessidade de manter o calendário vacinal atualizado.
“Pedimos que as pessoas verifiquem se estão em dia com a vacina contra a Covid-19, lembrando que idosos e pessoas imunocomprometidas precisam tomar doses de reforço a cada seis meses”.
Cenário nacional
Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 126.828 casos de SRAG, sendo 52,5% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos:
Vírus |
Prevalência (%) |
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) |
45,8% |
Influenza A |
26,8% |
Rinovírus |
22,2% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) |
7,6% |
Influenza B |
1,1% |
A luxação do ombro ocorre quando os ossos da articulação saem do lugar, geralmente, devido a quedas ou impactos fortes, como em esportes de contato. Os principais sintomas incluem dor intensa, incapacidade de mover o ombro e deformidade visível, solicitando atendimento médico imediato.
O tratamento envolve reposicionar o ombro, exames e cirurgia, em alguns casos. A recuperação pode incluir o uso de tipoia e fisioterapia. Se não for tratada corretamente, a luxação pode se tornar recorrente e causar complicações como fraturas e lesões nos nervos.
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A confirmação de dois casos de raiva em morcegos frugívoros no Distrito Federal colocou as autoridades de saúde em estado de alerta. Segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES/DF), os animais foram recolhidos em áreas urbanas das regiões administrativas de Sobradinho (5/6) e Planaltina (2/7), após contato com cães. Não houve exposição humana.
Os morcegos pertencem à espécie Artibeus lituratus, comuns na área urbana do DF e conhecidos por se alimentarem de frutas. Apesar disso, testaram positivo para raiva em exames realizados no laboratório de diagnóstico da própria secretaria.
A bióloga Gabriela Toledo, da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses do DF, esclarece que os casos são considerados episódios isolados, mas a circulação do vírus entre animais silvestres requer atenção permanente. “O Artibeus lituratus é um morcego maior, que consegue voar com mais facilidade. Então, quando a gente tem a entrada dessa espécie no laboratório, a gente já acende um alerta, porque provavelmente o animal está doente”, explicou a bióloga.
A vigilância da raiva em morcegos no DF ocorre desde a década de 1980. Segundo Gabriela, todos os anos há registros positivos da doença, principalmente em morcegos, bovinos ou equinos. Neste ano, foram registrados apenas esses morcegos, até o momento. E não há registro de raiva em cães e gatos no DF desde o ano 2000.
Após as confirmações dos casos, um comunicado circulou pelo WhatsApp dos moradores das regiões, indicando que os morcegos seriam hematófagos, ou seja, que se alimentam de sangue. Gabriela corrigiu a informação, pois os animais diagnosticados com raiva eram frugívoros e não representam risco se estiverem em comportamento normal.
A bióloga lembrou ainda que os morcegos são animais silvestres protegidos por lei e exercem funções importantes no ecossistema, como a polinização, o controle de insetos e a dispersão de sementes. “A gente tem já bem estabelecida essa questão dos morcegos em área urbana. Então, é muito importante lembrar isso, porque não há necessidade de que as pessoas matem os morcegos a partir desses casos positivos. Enquanto o morcego está com o comportamento habitual dele, não tem risco para a população”, destacou.
Nos dois casos, os morcegos infectados tiveram contato apenas com cães. Por precaução, os animais estão sendo acompanhados pela Zoonoses e foram submetidos ao protocolo pós-exposição, que inclui doses de vacina antirrábica e observação por até 180 dias.
O que fazer ao encontrar um morcego
Gabriela reforça que, ao identificar um morcego suspeito, a população jamais deve manipulá-lo. A recomendação é isolar o animal com segurança, com um balde ou caixa de papelão e com peso por cima, por exemplo, e entrar em contato imediatamente com a Zoonoses para o recolhimento.
Acidentes com animais devem ser avaliados em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) do DF, que indicará a necessidade de vacina ou soro. A Zoonoses também realiza visitas técnicas em imóveis onde há presença frequente de morcegos, como telhados ou juntas de dilatação. A equipe não faz captura, mas orienta sobre como afastar os animais com segurança, sem causar desequilíbrio ecológico.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou quatro casos de raiva humana em 2023, três deles transmitidos por morcegos. Embora a doença em humanos seja rara, continua sendo letal em quase todos os casos, após o início dos sintomas. A vacinação preventiva e o atendimento imediato em caso de acidentes são as principais formas de proteção.
Orientações à população
Em 10 anos, o Brasil registrou uma redução de 50% no coeficiente de mortalidade por hepatite B. De 0,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2014, passou para 0,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2024. A contenção também foi verificada para hepatite C - menos 60% no mesmo período. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (8).
A distribuição das hepatites por região segue concentrada com as hepatites B e C nos centros urbanos, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. A hepatite D está concentrada na Região Norte, em áreas remotas, com 72% dos casos registrados. Já a hepatite A, registrou queda global nas regiões Norte e Nordeste, onde, historicamente, teve maior incidência.
Conforme o Ministério da Saúde, após entrar para o calendário vacinal em dose única para crianças entre 15 meses e 4 anos, a vacina contra a hepatite A
reduziu 99,9% dos casos entre pessoas menores de 10 anos. Em 2014, foram notificados 2.853 casos para a faixa etária; e 43 casos em 2024.
No entanto, a partir de 2022, houve aumento da doença nas regiões Sul e Sudeste. Os casos estão concentrados na população adulta entre 20 e 40 anos, na proporção de três homens para uma mulher.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o combate às hepatites virais compete à toda a sociedade. “Temos vacinas, temos testes, temos orientações claras de como se infecta. Sabemos como acontece o processo de transmissão. Cabe a cada um de nós, os profissionais de saúde, orientar e alertar as pessoas sobre isso. Cabe aos gestores dispor aquilo que o ministério distribui. E cabe à população procurar aproveitar as oportunidades ao máximo”, afirmou.
Hepatite A
De acordo com Mario Gonzalez, coordenador-geral de Vigilância das Hepatites Virais, o aumento do número de casos de hepatite A entre jovens adultos reflete uma transição epidemiológica. No entanto, já existe uma estratégia de enfrentamento, via conscientização e vacina.
“Nós tínhamos uma altíssima prevalência de anticorpos contra hepatite A na população geral porque as pessoas se contaminavam na infância. Aconteceu que o vírus está circulando menos, então os adultos jovens são mais suscetíveis e são suscetíveis ao contato, à transmissão com contato íntimo ou contato sexual. Por isso que nós fizemos uma estratégia de fornecer vacina”, explica Gonzalez.
Segundo o coordenador, serão considerados população prioritária para vacina tanto o perfil registrado, quanto seus contatos íntimos: “É muito importante alguém que teve o diagnóstico de hepatite A comunicar aos seus contatos íntimos para que essas pessoas, em até 15 dias depois do contato, possam procurar a vacina”.
Hepatite B
Mais de 50% dos casos de hepatite B ainda são de transmissão sexual, contudo houve queda de 55% na detecção da doença em gestantes ao longo desses 10 anos. Consequentemente, houve queda de 38% dos casos em menores de 5 anos.
Dados do Boletim epidemiológico mostram evolução na cobertura vacinal a partir de 2022. A primeira dose, que deve ocorrer de preferência nas primeiras 24 horas de vida, ou até 30 dias após o nascimento, passou de 72,7% para 94,19% em dois anos. A dose completa foi de 70% em 2019; 77% em 2022 e de 90% em 2024.
Hepatite C
Para o Ministério da Saúde, a redução de 60% no coeficiente de mortalidade da hepatite C foi influenciada pela oferta dos antivirais de ação direta no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de 2014.
Em 2024, 76% dos casos da doença se concentram em pessoas acima de 40 anos. Segundo o coordenador-geral Gonzalez, possivelmente, são pessoas que foram expostas a objetos cortantes na infância, entre os anos 1980 e 1990. Além disso, transmitida apenas através do sangue, há registro de aumento dos casos via relações sexuais.
Hepatite D
A série histórica para a hepatite B segue com poucos casos, concentrados na Região Norte. Ao longo de 25 anos, há cerca de 4 mil casos relatados. A redução do número de casos da hepatite D acontece de duas formas: a partir da vacinação da hepatite B, já que para causar a infecção pelo vírus D é necessária a presença do vírus B; e pelo acompanhamento da carga viral das pessoas com hepatite B, de forma a evitar a evolução para a D.
Julho Amarelo
A divulgação do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2025 ocorre em meio ao Julho Amarelo, campanha nacional de conscientização sobre as hepatites virais.
Acesse o Boletim na íntegra, neste link.
O Ministério da Saúde incentiva que toda pessoa adulta faça o teste gratuitamente nas UBS, de forma a prevenir e a tratar as hepatites. Hepatite B pode ser controlada com medicações adequadas. Hepatite C tem cura. Mas todas podem ser prevenidas.
O Ministério da Saúde publicou a Portaria GM/MS Nº 7.350, de 30 de junho de 2025, que estabelece os valores da assistência financeira complementar federal referente à competência de junho de 2025. Ao todo, foram destinados R$ 790.917.224,44 a estados e municípios, para auxiliar no pagamento do Piso Salarial Nacional da Enfermagem, conforme previsto no Título IX-A da Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017.
A medida garante o repasse mensal de recursos da União a entes federativos para o cumprimento da legislação vigente, que institui o piso nacional da categoria. Os valores correspondem à complementação federal para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, além de parteiras, que atuam em órgãos públicos ou no Sistema Único de Saúde (SUS).
Valores repassados
Segundo os dados da portaria, os estados que mais receberam recursos em junho foram:
A capital mineira lidera entre os municípios, com mais de R$ 9 milhões repassados. Também receberam valores expressivos, as cidades do Rio de Janeiro (R$ 7,8 milhões), Fortaleza (R$ 6,1 milhões), Campo Grande (R$ 4,7 milhões) e Campina Grande - PB (R$ 4,7 milhões).
Região | UF | Valor Transferido para Estado | Valor Transferido para Município | Valor Transferido em junho - Total |
---|---|---|---|---|
Centro-Oeste | DF | 368.966,21 | - | 368.966,21 |
Centro-Oeste | GO | 5.386.828,53 | 10.633.463,43 | 16.020.291,96 |
Centro-Oeste | MS | 1.812.558,42 | 9.990.851,60 | 11.803.410,02 |
Centro-Oeste | MT | 2.105.376,67 | 9.626.350,16 | 11.731.726,83 |
Nordeste | AL | 2.009.563,59 | 15.411.681,48 | 17.421.245,07 |
Nordeste | BA | 24.227.548,27 | 52.890.734,36 | 77.118.282,63 |
Nordeste | CE | 5.327.282,14 | 37.696.067,95 | 43.023.350,09 |
Nordeste | MA | 14.884.587,04 | 44.867.931,31 | 59.752.518,35 |
Nordeste | PB | 6.609.276,20 | 27.224.311,52 | 33.833.587,72 |
Nordeste | PE | 36.249.742,27 | 31.694.509,36 | 67.944.251,63 |
Nordeste | PI | 3.302.405,72 | 15.643.488,98 | 18.945.894,70 |
Nordeste | RN | 3.958.302,58 | 16.346.817,67 | 20.305.120,25 |
Nordeste | SE | 9.354.555,03 | 5.737.433,85 | 15.091.988,88 |
Norte | AC | 2.336.911,25 | 1.025.801,61 | 3.362.712,86 |
Norte | AM | 9.834.673,96 | 11.645.601,41 | 21.480.275,37 |
Norte | AP | 594.320,86 | 4.380.874,49 | 4.975.195,35 |
Norte | PA | 12.547.421,60 | 35.619.646,25 | 48.167.067,85 |
Norte | RO | 1.429.212,76 | 5.602.028,08 | 7.031.240,84 |
Norte | RR | - | 853.861,34 | 853.861,34 |
Norte | TO | 4.686.915,25 | 6.433.479,58 | 11.120.394,83 |
Sudeste | ES | 9.220.679,09 | 7.744.712,73 | 16.965.391,82 |
Sudeste | MG | 4.791.930,45 | 105.404.920,01 | 110.196.850,46 |
Sudeste | RJ | 9.945.647,08 | 44.096.632,42 | 54.042.279,50 |
Sudeste | SP | 15.184.221,78 | 32.413.972,03 | 47.598.193,81 |
Sul | PR | 16.725.057,91 | 13.828.477,63 | 30.553.535,54 |
Sul | RS | 10.929.486,55 | 15.962.859,79 | 26.892.346,34 |
Sul | SC | 8.384.383,76 | 5.932.860,43 | 14.317.244,19 |
A presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Solange Caetano, participou da audiência pública realizada, no dia 1º de julho, no município de Bebedouro (SP), para discutir sobre o descumprimento do piso salarial da categoria. A audiência foi promovida pelo o vereador Professor Antônio Gandini Júnior (PT).
Solange lembrou da primeira derrota que os enfermeiros enfrentaram na luta pelo piso salarial. “O primeiro revés foi o veto do então presidente Bolsonaro, à época, por conta do reajuste anual que existia dentro do projeto do piso. Quando voltou para o Congresso Nacional, apesar de toda a mobilização, nós não conseguimos derrubar o veto. Hoje nós temos um piso salarial congelado. Se não tiver um debate com o governo municipal, se não tiver um debate com o governo estadual para, de fato, reajustar, o piso vai ser corroído. Quando a gente prestar atenção, ele já não vai estar valendo absolutamente mais nada, o nosso poder de compra vai estar zerado”, alertou à categoria para a situação.
Como utilizar os recursos
Os valores devem ser utilizados exclusivamente para o pagamento do piso da enfermagem, conforme regras estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Cabe aos gestores locais acompanhar os lançamentos nos sistemas oficiais e garantir a correta alocação dos repasses.
A atualização mensal dos valores segue o cronograma de execução financeira do programa, com base nas informações enviadas pelos entes federativos.
Acesse a íntegra da Portaria:
Portaria GM/MS Nº 7.350, de 30 de junho de 2025
Para se alinhar à média internacional de gastos em saúde, o Brasil precisa dobrar o investimento vigente: passar dos atuais 9,1% do PIB para 19%. A afirmação é do estudo “Cenários de longo prazo para a necessidade de financiamento da saúde”, da Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado Federal. Apresentado nesta segunda-feira (7), em Brasília, o documento também afirma que o envelhecimento da população não é o principal fator de aumento dos custos em saúde até 2070.
O estudo projeta as necessidades de financiamento do Sistema de Atenção à Saúde brasileiro nos próximos 45 anos (2025-2070), tendo em vista as mudanças no perfil demográfico da população; a dinâmica da inflação setorial, somada à introdução de novas tecnologias; e a ampliação do acesso aos serviços de saúde.
Segundo o IFI, se a despesa per capita com saúde no Brasil por faixa etária fosse igual à média observada entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), passaria dos atuais R$ 5.027,5 para R$ 10.486,3, e poderia chegar a R$ 16.855,00 em 2050. A projeção considera tanto as despesas privadas quanto as públicas, incluindo todos os níveis federativos (União, estados e municípios).
A análise também concluiu que o financiamento da saúde se torna fiscalmente insustentável quando são incorporados outros fatores que afetam as despesas do setor. Entre esses fatores, estão a cobertura populacional dos serviços, a inflação e a tecnologia.
Assim, para Alessandro Casalecchi, analista econômico e autor do estudo, – sob a ótica do Regime Fiscal Sustentável (RFS) – o principal desafio do Brasil nas próximas décadas é alocar o orçamento da saúde tendo em vista a sustentabilidade fiscal.
“O atendimento pleno da necessidade de financiamento da saúde não é sustentável, ou seja, não é compatível com o atual arcabouço fiscal, se toda essa necessidade for atendida e não houver uma realocação de gastos. O que é muito difícil, porque outros gastos estão, por exemplo, na Previdência, que é uma despesa obrigatória que também cresce impulsionada por fatores semelhantes aos da Saúde”, disse o analista.
De acordo com Casalecchi, a transição demográfica, que costuma ser vista como principal causa de crescimento da necessidade de financiamento em saúde, não é o fator mais relevante no cenário brasileiro para as próximas décadas.
“O envelhecimento da população vai levar a um aumento da necessidade, mas não é o protagonista desse movimento. Quando a gente inclui outros fatores, como a ampliação de cobertura do sistema público para incluir os desassistidos e também inflação e tecnologia, temos um impacto mais significativo e a necessidade de financiamento passa a crescer de forma mais acelerada”, afirmou.
Leia o estudo na íntegra, neste link.
Na última quarta-feira (2), 3.173 médicos selecionados pelo Programa Mais Médicos 2025 iniciam suas atividades em 1.618 municípios e 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Do total, 3.065 profissionais atuarão nas Equipes de Saúde da Família e 108 atenderão exclusivamente nos DSEIs. O edital mais recente bateu recorde de inscrições, com mais de 45 mil candidatos interessados.
A oferta das vagas seguiu os dados da Demografia Médica 2025, estudo realizado pelo Ministério da Saúde (MS), Universidade de São Paulo (USP) e Associação Médica Brasileira (AMB). O levantamento apontou desigualdades na proporção de médicos por habitante entre as regiões do país.
Entre os dias 2 e 7 de julho, os municípios recebem os médicos formados no Brasil com registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM). Os médicos formados no exterior participarão, a partir de 4 de agosto, do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), treinamento que prepara os profissionais de saúde para situações de urgência, emergência e doenças nas regiões de atuação.
O Programa priorizou a alocação em áreas de maior vulnerabilidade e escassez de profissionais, fortalecendo a atenção primária com foco em:
O Programa Mais Médicos é uma política pública que enfrenta o desafio para a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS. Atualmente, o Mais Médicos conta com cerca de 24,7 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios, o que representa 94% do território nacional coberto.
Saiba o motivo de ir tantas vezes ao banheiro
Você sabia que a bexiga também envelhece? Com o passar dos anos, o músculo da bexiga pode perder força e elasticidade, dificultando o armazenamento e a eliminação da urina. Isso pode levar a problemas como incontinência urinária, necessidade de urinar à noite, infecções frequentes e até retenção urinária.
O médico Urologista Dr. Fabio Ortega explica sobre a função e o que é a bexiga. "A bexiga é como um reservatório inteligente que armazena a urina produzida pelos rins e libera quando estamos prontos para ir ao banheiro. É um órgão muscular, com capacidade de se expandir e contrair, adaptando-se a quantidade de urina armazenada".
Nas mulheres, o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico pode causar escapes de urina e até o prolapso da bexiga, quando ela “cai” em direção à vagina. Já nos homens, o aumento da próstata pode atrapalhar o esvaziamento da bexiga.
Mas, a boa notícia é que é possível prevenir ou controlar esses problemas com hábitos simples, como:
Se você percebeu alterações urinárias com o tempo, não ignore os sinais. Procure um urologista e cuide da sua saúde urinária. Isso faz toda a diferença na qualidade de vida.