A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania passou a analisar o projeto de lei 4.386/2020, que cria o Programa Ambiental de Proteção de Encostas e Revitalização de Bacias Hidrográficas em Áreas Urbanas (Reflorestar). A apreciação do colegiado terá caráter conclusivo.
Na última etapa de sua tramitação, a proposta havia sido aprovada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. O intuito da matéria é prevenir enchentes, conter danos ambientais e promover o aproveitamento social e recreativo das áreas reflorestadas.
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Para isso, o PL prevê o uso de recursos de fundos públicos, com a concessão de créditos reembolsáveis e não reembolsáveis destinados à implantação do programa Reflorestar. De acordo com o texto, a contratação de pessoal vai poder ocorrer por meio de contratos temporários.
Como justificativa, a proposta destaca que a vegetação de encostas e de margens de cursos d’água é favorável ao controle das enchentes. Alguns pontos causadores desses desastres estão relacionados a edificações em áreas propícias às inundações naturais dos rios, assim como excesso de impermeabilização do solo urbano e desmatamento da vegetação ciliar.
Com a inclusão dos povos quilombolas nos grupos prioritários no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, os 11 municípios da microrregião de Januária vacinaram mais de sete mil pessoas dessas comunidades. De acordo com o IBGE, Minas Gerais é o segundo estado com o maior número de localidades quilombolas, ficando atrás apenas da Bahia.
A região de Januária é uma das que possui o maior número de quilombolas do estado, aproximadamente 11.975, de acordo com o IBGE. Os municípios que compõem a microrregião são: Bonito de Minas, Manga, São Francisco, Matias Cardoso, Chapada Gaúcha, Januária, Montalvânia, Pedras de Maria da Cruz, Cônego Marinho, Juvenília e Pintópolis.
Número de quilombolas vacinados com a primeira e a segunda dose na microrregião de Januária, de acordo com o Painel Nacional de Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde:
Januária – primeira dose: 2.777 / segunda dose: 68
Manga – primeira dose: 1.543 / segunda dose: 564
São Francisco – primeira dose: 885 / segunda dose: 9
Matia Cardoso – primeira dose: 330 / segunda dose: 8
Chapada Gaúcha – primeira dose: 578 / segunda dose: 8
Pedras de Maria da Cruz – primeira dose: 490 / segunda dose: 2
Cônego Marinho – primeira dose: 73 / segunda dose: 53
Bonito de Minas – primeira dose: 824 / segunda dose: 2
Juvenília, Pintópolis e Montalvânia – até o fechamento desta reportagem, os municípios não disponibilizaram os dados no Painel.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”
A transmissão do vírus da Covid-19 tende a ser mais intensa em povos e comunidades quilombolas, devido a maneira como estão condicionados na sociedade. Dessa forma, o Ministério da Saúde alerta que o controle de casos e vigilância nestas comunidades impõem desafios logísticos, de forma que a própria vacinação teria um efeito protetor altamente efetivo.
A secretária de Saúde de Bonito de Minas, Lilian Xavier, reforça que a população quilombola possui um nível elevado de vulnerabilidade e está suscetível a um maior impacto ocasionado pela Covid-19. “Os quilombolas, por serem um grupo de maior vulnerabilidade, têm o risco mais elevado para quadros graves e óbitos pela doença, necessitando de maior proteção, que é fornecida pela vacinação”, alerta.
Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, a imunização é uma das principais formas de combater o novo coronavírus. Conforme o Ministério da Saúde, todos os imunizantes usados no Brasil passam por rigorosos testes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. A vacina não impede que a pessoa contraia o vírus, mas contribui para que a doença não se desenvolva para um quadro clínico mais grave e, consequentemente, ao óbito.
Imunizados, sim!
Quatro trabalhadores quilombolas de serviços gerais, da Comunidade Quilombola de Mandus, se infectaram com vírus da Covid-19 e, após cumprirem a quarentena e passado por um longo período da infecção, conseguiram se vacinar. Marcos Barcellona, um dos integrantes desse grupo e presidente da associação dessa comunidade, conta sobre sua experiência e faz um alerta sobre o vírus.
“Trabalho com serviços gerais. Eu e meus colegas de trabalho pegamos a Covid-19. Não fizemos tratamento pois nossos sintomas foram leves, febre, dor de cabeça, dor nos olhos, dor no corpo e perda de paladar. Infelizmente, o contágio aconteceu, mas todos nós tomamos a primeira dose da vacina”, conta Marcos.
O quilombola ainda faz uma ressalva: “Estamos trabalhando de máscara, mesmo com o calor que faz aqui. Trabalhamos de máscara e usamos álcool gel sempre que necessário. A nossa política é a política da prevenção. A política da prevenção é a que está salvando vidas.”
Marcos Barcellona, presidente e líder da Associação Remanescente de Quilombolas Mandus, recebe a primeira dose do imunizante contra a Covid-19. Foto: Arquivo Pessoal/Marcos Barcellona
Em outra região, o líder quilombola da Comunidade Cabeceira de Rancharia, Itamar Salobo, revela estar muito contente por ter recebido a vacina e diz que não houve resistência em sua comunidade para receber o imunizante. “A sensação de receber a vacina foi de muita alegria, a gente não esperava que iria ter essa prioridade, então, ficamos muito felizes e agradecemos a Deus também. Não houve nenhuma resistência de nenhum (quilombola), todos receberam a primeira dose muito alegre e satisfeitos”, relatou Itamar, que ainda fez um apelo a todos os quilombolas do País que não quiseram receber o imunizante: “Tomem a vacina. Essa é a melhor forma de combater o vírus.”
Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico imediato. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Mesmo com a vacinação, é preciso seguir com os protocolos de segurança, como: o uso de máscara, higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool 70%; manutenção dos ambientes limpos e evite aglomerações.
Por meio do aplicativo “Conecte SUS”, lançado pelo Ministério da Saúde, é possível acompanhar seu histórico clínico, dados de vacinas e medicamentos retirados. Além disso, é possível encontrar as unidades de saúde mais próximas de sua casa. A partir do momento que os usuários receberem os imunizantes contra a Covid-19, já podem consultar o aplicativo: o tipo de vacina aplicada, a data em que foi tomada a dose e o lote de fabricação. O Conecte SUS também emite o Certificado Nacional de Vacinação para o coronavírus. Ele pode ser acessado pela internet e está disponível no Google Play e na App Store.
De acordo com o Vacinômetro de Minas, o estado recebeu do Ministério da Saúde 12.663.304 doses da vacina contra a Covid-19. Segundo dados da pasta, 66.503 imunizantes foram aplicadas em povos quilombolas ao longo do estado. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Proteja-se. Juntos podemos salvar vidas!
Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.
A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da microrregião de Salgueiro, no Pernambuco. A região é formada por cinco municípios, que juntos concentram mais de 7.111 pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Na região, 3.529 quilombolas receberam a primeira dose do imunizante, conforme dados do Ministério da Saúde.
Pernambuco é o quinto estado com o maior número de localidades quilombolas, sendo o município de Salgueiro o que possui a maior concentração de membros, aproximadamente 5.827. Outras cidades que compõem a microrregião são: Mirandiba (1.055), São José do Belmonte (213), Verdejante (10) e Parnamirim (6), de acordo com o IBGE.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”
Segundo a Secretária Municipal de Salgueiro, mais de 90% dos quilombolas, cerca de 2.358, já receberam a primeira dose do imunizante. Entretanto, há uma discrepância nos dados oficiais do Ministério da Saúde, que apontam que na região 2.182 habitantes quilombolas receberam o primeiro imunizante.
Número de quilombolas vacinados com a primeira e a segunda dose na microrregião de Salgueiro, de acordo com o Painel Nacional de Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde:
Salgueiro – primeira dose: 2.182 / segunda dose: 1.524
Mirandiba – primeira dose: 1.221 / segunda dose: 0
São José do Belmonte – primeira dose: 126 / segunda dose: 0
Parnamirim e Verdejante – até o fechamento dessa matéria, os municípios não disponibilizaram os dados no Painel.
A transmissão do vírus da Covid-19 tende a ser mais intensa em povos e comunidades quilombolas, devido à maneira como estão condicionados na sociedade. Dessa forma, o Ministério da Saúde alerta que o controle de casos e vigilância nestas comunidades impõem desafios logísticos, de forma que a própria vacinação tem um efeito protetor altamente efetivo.
Nesse mesmo sentido, o líder comunitário, Antônio João Mendes, mais conhecido como Antônio Crioulo, do Território quilombola de Conceição das Crioulas, em Salgueiro-PE, explica que a importância da vacina nessa população deve-se pelo fato dos vínculos em grupo. “As relações nas comunidades quilombolas são comunitárias, nossas ações são sempre coletivas, então, a partir do momento que você tem uma pessoa infectada em uma comunidade, você corre o risco de expandir com mais facilidade. O vírus pode se tornar comunitário com muito mais facilidade nas nossas comunidades”.
O agricultor João Alfredo de Souza, de 62 anos, do quilombo da Conceição das Crioulas, foi imunizado e relembra a sensação que sentiu ao ser contemplado com a vacina. “Me sinto feliz com está vacina, ainda mais porque imunizou a todos os quilombolas maiores de 18 anos. Para os quilombolas, é muito importante, considerando que nós estamos muito expostos às vulnerabilidades sociais. Está vacina é sinal de esperança para o povo. Viva a Vida!”.
Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Apesar da vacinação, é preciso continuar seguindo os protocolos de segurança, como: usar máscara, lavar as mãos, evitar aglomerações, abraços ou apertos de mão e utilizar álcool em gel após tocar qualquer objeto ou superfície.
Imunizado, Antônio Crioulo faz um apelo aos demais membros de sua e de outras comunidades sobre a relevância de receber o imunizante. “É muito importante que a população brasileira e a população quilombola se cuide, porque estamos passando por várias transformações. E mesmo pessoas que já foram infectados pelo coronavírus, estão se reinfectando e, inclusive, estão morrendo com a segunda cepa do vírus. Então, é muito importante que a gente se cuide”.
Foto: Antônio Crioulo, do Território quilombola de Conceição das Crioulas, em Salgueiro-PE, recebe a primeira dose do imunizante contra a Covid-19. (Foto:Arquivo Pessoal/Antônio Crioulo)
De acordo com o vacinômetro, Pernambuco já aplicou 3.970.075 doses na população geral do estado. Do total de doses aplicadas, 48.669 foram em quilombolas, sendo 43.367 da primeira dose e 5.302 da segunda. A vacina é segura e uma das principais formas de combater a pandemia no novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.
Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saúde ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.
A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da região de Seabra, na Bahia. A microrregião é formada por 15 municípios, que juntos conseguiram imunizar cerca de 7.324 pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados com a primeira dose, de acordo com o Painel da Vacinação, do Ministério da Saúde.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a Bahia é o estado que possui o maior número de localidades quilombolas do país. Na microrregião de Seabra há 18.726 pessoas pertencentes a esse grupo. Os municípios que compõem a região são: Bonito, o que possui a maior concentração de membros, aproximadamente 6.345; Piatã (4.723); Seabra (2.713); Boninal (1.676); Itaeté (961); Palmeiras (498); Rio de Contas (417); Lençóis (361); Barra da Estiva (334); Nova Redenção (243); Ibicoara (192); Mucugê (160); Contendas do Sincorá (46); Andaraí (44); e Abaíra (13), conforme dados do Instituto.
Quadro - Número de quilombolas vacinados com a primeira e a segunda dose na microrregião de Seabra, de acordo com o Painel Nacional de Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde:
Município | 1ª Dose | 2ª Dose |
---|---|---|
Bonito | 3.408 | 8 |
Piatã | 899 | 44 |
Seabra | 660 | 1 |
Boninal | 591 | 6 |
Palmeiras | 226 | 0 |
Rio de Contas | 290 | 51 |
Lençóis | 320 | 40 |
Barra da Estiva | 229 | 0 |
Mucugê | 128 | 8 |
Contendas do Sincorá | 117 | 6 |
Andaraí | 18 | 0 |
Abaíra | 438 | 11 |
*Itaeté, Nova Redenção e Ibicoara- até o fechamento desta reportagem, os municípios não disponibilizaram os dados no Painel.
A transmissão do vírus da Covid-19 tende a ser mais intensa em povos e comunidades quilombolas, devido a maneira como estão condicionados na sociedade. Dessa forma, o Ministério da Saúde alerta que o controle de casos e vigilância nestas comunidades impõe desafios logísticos, de forma que a própria vacinação tem um efeito protetor altamente efetivo.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica que a importância da vacina nas comunidades quilombolas deve-se ao fato das relações comunitárias. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito”, alertou ela.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação é uma das principais formas de prevenir o novo coronavírus. Conforme o Ministério da Saúde, todos os imunizantes usados no Brasil passam por rigorosos testes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nesse mesmo sentido, a coordenadora afirma que os imunizantes utilizados no país são seguros.
“Todas as vacinas da Covid-19 que estão disponíveis hoje, no Programa Nacional de Imunizações (PNI), são seguras. Seja para a população quilombola, ou seja, para a população em geral. Todas elas passaram pela avaliação da agência regulatória e comprovaram a sua eficácia e segurança”, ressaltou Francieli.
Ao sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico imediato. O Ministério da Saúde recomenda que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Apesar da vacinação, é preciso continuar seguindo os protocolos de segurança como: usar máscara, lavar as mãos, evitar aglomerações, abraços ou apertos de mão e utilizar álcool em gel após tocar qualquer objeto ou superfície.
Os quilombolas são prioridades no calendário nacional de imunização do Ministério da Saúde. O coordenador da Associação Comunitária Remanescente do Quilombo do Ginete, de Barra da Estiva, Gilmar Pereira Alves, fala sobre a sensação de receber o imunizante e deixa uma mensagem para outros quilombolas. “A sensação de receber a vacina foi muito boa, é um sinal de esperança em dias melhores. Nossa comunidade ficou muito feliz. A mensagem que eu deixo tanto para os quilombolas quanto para a população geral é: vacina, sim! Viva o SUS e viva a ciência!”
De acordo com o Painel de Acompanhamento da Cobertura Vacinal da Bahia, o estado já aplicou 4.515.288 vacinas com a primeira dose. Desse número, 135.422 foram destinadas aos quilombolas do estado. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.
Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saúde ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.
Com a inclusão dos povos quilombolas nos grupos prioritários no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19, os nove municípios da microrregião de Janaúba vacinaram cerca de 4.567 pessoas dessa faixa, de acordo com o Painel da Vacinação, do Ministério da Saúde. Para muitas comunidades a vacina é um sinal de esperança.
A microrregião de Janaúba tem aproximadamente 6.769 quilombolas. Os municípios que compõem a região são: Pai Pedro, o que possui a maior concentração de membros, aproximadamente 1.638; Porteirinha (1.622); Janaúba (1.554); Monte Azul (888); Gameleiras (358); Jaíba (355); Catuti (142); Riacho dos Machado(131); e Serranópolis de Minas (81) , de acordo com dados do IBGE. Minas Gerais é o segundo estado com o maior número de localidades quilombolas, ficando atrás apenas da Bahia.
Quadro - Número de quilombolas vacinados com a primeira e a segunda dose na microrregião de Janaúba, de acordo com o Painel Nacional de Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde:
Município | 1ª Dose | 2ª Dose |
---|---|---|
Pai Pedro | 610 | 1 |
Porteirinha | 3 | 0 |
Janaúba | 1.768 | 3 |
Monte Azul | 1.009 | 50 |
Gameleiras | 153 | 0 |
Jaíba | 328 | 0 |
Catuti | 322 | 0 |
Riacho dos Machados | 173 | 0 |
Serranópolis de Minas | 201 | 1 |
A transmissão do vírus da Covid-19 tende a ser mais intensa em povos e comunidades quilombolas, devido a maneira como estão condicionados na sociedade. Dessa forma, o Ministério da Saúde alerta que o controle de casos e vigilância nestas comunidades impõe desafios logísticos, de forma que a própria vacinação tem um efeito protetor altamente efetivo.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica que a importância da vacina nas comunidades quilombolas deve-se ao fato das relações comunitárias. As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”
Em janeiro, na Comunidade Quilombola de São Sebastião, do Território Quilombola do Gorutuba, em Monte Azul, todos os membros contraíram o vírus, apesar da dificuldade enfrentada, Silvana Soares, líder comunitária, afirma que a chegada da vacina deixou as pessoas surpreendidas e empolgadas. “A comunidade foi infestada com o coronavírus, eu peguei. Muitas pessoas ficaram mal, foi muito difícil, uma tristeza muito grande, mas graças a Deus ninguém faleceu. A vacina veio depois e para nós foi uma alegria enorme, ninguém esperava. Hoje, nosso povo é encantado com a vacina.”
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a imunização é uma das principais formas de combater o novo coronavírus. A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fantinato, alerta que mesmo aquelas pessoas que já contraíram o vírus devem se vacinar. “Sim. Todas as pessoas que tiveram Covid-19 precisam se vacinar com as duas doses. A orientação da vacinação é de que ela ocorra após quatro semanas do início dos primeiros sintomas ou quatro semanas do primeiro exame positivo de RT-PCR em pessoas que não desenvolveram sintomas.”
Ao sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico imediato. O Ministério da Saúde recomenda que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Apesar da vacinação, é preciso continuar seguindo os protocolos de segurança como: usar máscara, lavar as mãos, evitar aglomerações, abraços ou apertos de mão e utilizar álcool em gel após tocar qualquer objeto ou superfície.
Imunizada, Silvana Soares faz um apelo aos demais membros de sua e de outras comunidades sobre a relevância de receber o imunizante. “Tomei a vacina e incentivo as pessoas a não terem resistência ao imunizante. Não fique sem se vacinar, porque é importante para nós. Eu falo de coração, não fique sem se vacinar.”
De acordo com o Vacinômetro de Minas, o estado recebeu do Ministério da Saúde 11.528.304 doses da vacina contra a Covid-19. Segundo dados da pasta, 74.671 imunizantes foram aplicados em povos quilombolas ao longo do estado, entre primeira e segunda dose. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.
Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saúde ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.
A vacinação contra a Covid-19 chegou para os povos tradicionais quilombolas da microrregião de Batalha, em Alagoas. Na região, 1.480 quilombolas receberam a primeira dose do imunizante, conforme dados do Ministério da Saúde. Apesar do quantitativo, ainda há resistência de alguns quilombolas para receberem a vacina.
Na Comunidade Quilombola de Baixas, de Jacaré dos Homens, apesar de praticamente todos se imunizarem, um membro se negou, o que gerou um certo desconforto no grupo. “Por incrível que pareça na comunidade houve uma resistência e por ele não ter aceitado a tomar a vacina, ele teve que assinar um termo de responsabilidade. As pessoas ficaram muito espantadas, pois o indivíduo tem o direito de se imunizar contra um vírus desse e a pessoa não quer, então, a comunidade ficou pasmada”, diz Antônio Epímaco, morador e líder dessa comunidade.
Por esse não ser um caso isolado, o líder comunitário alerta a todos quilombolas sobre a importância de tomar a vacina para combater o coronavírus. “A mensagem que eu deixo para as outras comunidades quilombolas é que todos tomem a vacina. Quem tiver direito e oportunidade, se vacinem, essa é a maneira mais eficaz contra esse vírus maldito. É de grande importância, principalmente para nós quilombolas, nos imunizarmos. É a única maneira de nos sentirmos um pouco mais seguros”, informou ele.
Um dos motivos alegados por alguns quilombolas para não receberem o imunizante é de que já tiveram a doença. Diante disso, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, afirma que mesmo quem já teve Covid-19 precisa se vacinar. “Sim. Todas as pessoas que tiveram Covid-19 precisam, sim, se vacinar com as duas doses. Mas a orientação da vacinação é de que ela ocorra após quatro semanas do início dos primeiros sintomas ou quatro semanas do primeiro exame positivo de RT-PCR em pessoas que não desenvolveram sintomas”, explica.
A microrregião de Batalha é formada por seis municípios, que juntos concentram mais de 7.067 pessoas autodeclaradas descendentes e remanescentes de escravizados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Os municípios que compõem a região são: Major Isidoro, o que possui a maior concentração de membros, aproximadamente 3.716; Jacaré dos Homens (1.053); Monteirópolis (951); Olho d’Água das Flores (901); Batalha (441); e Belo Monte (5), de acordo com dados do IBGE.
Número de quilombolas vacinados com a primeira e a segunda dose na microrregião de Batalha, de acordo com o Painel Nacional de Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde:
Município | 1ª Dose | 2ª Dose |
---|---|---|
Major Isidoro | 180 | 1 |
Monteirópolis | 270 | 1 |
Olho d’Água das Flores | 314 | 0 |
Jacaré dos Homens | 502 | 1 |
Batalha | 209 | 0 |
Belo Monte | 5 | 0 |
A transmissão do vírus da Covid-19 tende a ser mais intensa em povos e comunidades quilombolas, devido a maneira como estão condicionados na sociedade. Dessa forma, o Ministério da Saúde alerta que o controle de casos e vigilância nestas comunidades impõe desafios logísticos, de forma que a própria vacinação tem um efeito protetor altamente efetivo.
A secretária municipal de saúde, Santina Dolores Silva de Melo, de Jacaré dos Homens, explica que a inclusão dos povos quilombolas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 representa uma conquista no controle de doenças para essas comunidades. “O povo quilombola faz parte do grupo socialmente vulnerável, devendo por tanto ter a prioridade em ser protegido, visto que a comunidade quilombola apresenta maior acometimento de infecções e que o país tem uma enorme dívida social com a população negra.”
Ao sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. O Ministério da Saúde recomenda que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve. Apesar da vacinação, é preciso continuar seguindo os protocolos de segurança, como: usar máscara, lavar as mãos, evitar aglomerações, abraços ou apertos de mão e utilizar álcool em gel após tocar qualquer objeto ou superfície.
De acordo com o Painel da Vacinação da Covid-19, do Ministério da Saúde, o estado já aplicou 1.241.548 doses da vacina, são 908.165 pessoas imunizadas com a primeira dose e 333.383 com a segunda. Desses números, 12.150 foram destinadas para a população quilombola. A vacina é segura e uma das principais formas de prevenção do novo coronavírus. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saúde.
* O quantitativo de vacinas refere-se as doses aplicadas e registradas na base nacional do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal gov.br/saúde ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.