Chikungunya

17/04/2024 19:00h

A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, fala sobre os sintomas das três arboviroses

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Dengue, zika e chikungunya. Três arboviroses, que são doenças transmitidas por artrópodes, e que chegam ao ser humano através do mesmo vetor – o mosquito Aedes aegypti. Apesar disso, tratam-se de vírus diferentes. O que faz com que a gente confunda os três são os sintomas, todos muito semelhantes.

A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, explica que sintomas são esses. “Febre, dor no corpo, dor nas articulações, cansaço, manchas no corpo. São doenças que podem levar à morte, então há o risco e o que diferencia elas são a evolução posterior.”

Segundo a doutora Alda, o maior risco da infecção pelo Zika é a Síndrome Congênita nas mães, com a transmissão para o bebê e o consequente aparecimento de microcefalia e doenças neurológicas. “O paciente com chikungunya pode evoluir durante muito tempo com dores nas articulações. Já a dengue pode ter uma evolução com uma morte muito abrupta.”

Confira 8 dicas para eliminar criadouros do mosquito

Entre as três doenças, a dengue é a que predomina na maior parte do Brasil.  Mas, em algumas regiões, há aumento dos casos de chikungunya. Como todas são transmitidas pelo Aedes, a principal tarefa diária, para todos os brasileiros, é trabalhar no combate ao mosquito. Limpar a casa e se atentar a locais onde possa ter água limpa acumulada é fundamental para evitar os criadouros e a proliferação dos transmissores.

Conheça os sintomas da dengue

Além do combate ao mosquito, é importante estar alerta ao aparecimento dos sintomas da dengue. São sinais de alerta:

  • Febre alta e/ou persistente
  • Dores musculares e nas articulações
  • Manchas vermelhas (exantema)
  • Dor de cabeça ou atrás dos olhos
  • Diarreia e/ou dor forte na barriga
  • Pressão baixa
  • Náusea e vômitos frequentes
  • Agitação ou sonolência 
  • Sangramento espontâneo 
  • Diminuição da urina 
  • Extremidades frias

E não se esqueça: são apenas 10 minutos por semana para proteger sua família e vizinhos da dengue. 

Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.
 

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08/04/2024 00:03h

Até o momento, o Brasil contabilizou 2.747.643 casos prováveis de dengue, resultando em 1.078 mortes associadas ao vírus

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O aumento de casos de dengue neste ano fez com que 288 municípios, de 6 estados, entrassem em situação de emergência  por Arboviroses. A informação é do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Social (MIDR). Até o momento, o Brasil contabilizou mais de 2,7 milhões de casos prováveis de dengue e mais de mil mortes associadas ao vírus da doença.

De acordo com os dados ministério, órgão do Executivo federal responsável pelo reconhecimento da situação de emergência, 246 municípios são localizados no estado de Goiás, 23 no Paraná, 3 no Amapá, 11 no Rio Grande do Sul, 3 em Minas Gerais e 2 em Santa Catarina.  

Em Goiás, Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência em todo o estado devido ao aumento dos casos. De acordo com último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás, foram contabilizados, neste ano, 80,3 mil casos. Até o momento, 118 mortes em investigação. No período, foram mais de 1,9 mil internações pela doença em hospitais da rede da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.

Já o Paraná registrou cerca de 45 mil notificações e 23,3 mil casos confirmados de dengue em uma semana, segundo último informe semanal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Ainda de acordo com o boletim, os 399 municípios do Estado já registraram notificações de dengue e 389 tiveram casos confirmados. 

Desde 30 de julho do ano passado, o estado paranaense contabilizou 351 mil notificações e 77 óbitos. Essas mortes ocorreram em 36 municípios, como Cascavel, Londrina e Maringá.

A infectologista Larissa Tiberto atribui os altos índices de infecção pela dengue ao aumento das chuvas, aumento da temperatura e falta de controle dos reservatórios dos mosquitos. Ela destaca que a vacinação contra a dengue é importante para prevenir casos graves da doença.

“Outras maneiras de evitar formas graves da doença são: Ingerir muita água, fazer repouso, não ingerir antiinflamatórios não esteroidais e o principal é limpar e remover possíveis locais de acúmulo de água em casa, repelente, telas em janelas para se proteger contra a picada do inseto”, explica.

Vacinação

Em abril, o Ministério da Saúde recebeu mais 930 mil doses da vacina contra a dengue, destinadas aos 521 municípios já selecionados e a outros 165 recém contemplados. De acordo com a pasta, a seleção dos novos municípios seguiu critérios como grande porte, população acima de 100 mil habitantes, alta incidência de dengue na última década e a predominância do sorotipo DENV-2, além do número de casos no período de 2023/2024. Atualmente, a vacinação foca em jovens de 10 a 14 anos, por ser a faixa etária com maior taxa de hospitalizações por dengue.

O estudante de fisioterapia de 23 anos e morador de Caldas Novas - GO, Alisson Coutinho conta que quando teve dengue, sentiu muita dor de cabeça e no corpo e febre alta. Ele afirma que para evitar a proliferação do mosquito, coloca areia nos potes de planta para evitar o acúmulo de água. 

Alisson diz que pretende tomar a vacina contra a dengue assim que possível. “Eu acho que ela é muito boa para prevenir que as pessoas se contaminem e, se pegar ou se contaminar, seja mais tranquilo, porque o corpo já estará mais acostumado com o vírus. Então, eu acho que é bem útil e necessário para a nossa população”, comenta.

Outros tipos de Arboviroses 

Em relação aos casos prováveis de Zika e Chikungunya, foram registrados 3.600 e 122.216 casos, respectivamente. Quanto às mortes, não há registros por Zika, enquanto a Chikungunya resultou em 49 mortes confirmadas, com outras 83 ainda sob investigação. 
 

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02/04/2024 00:01h

Dos casos reportados, 55,4% correspondem a mulheres e 44,6% a homens

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Até o momento, o Brasil contabilizou cerca de 2.573.293 casos prováveis de dengue, resultando em 923 mortes associadas ao vírus. Dos casos reportados, 55,4%  correspondem a mulheres e 44,6% a homens. Os maiores índices de casos prováveis estão concentrados em sete estados, além do Distrito Federal, com Minas Gerais liderando com 832.393 casos, seguido por São Paulo com 535.316 e Paraná com 246.444.

Hemerson Luz, infectologista, atribui o aumento de casos da doença no começo do ano a uma combinação de fatores, destacando-se o aumento da temperatura e o acúmulo de chuvas. Essas condições climáticas favorecem a criação de ambientes propícios para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

O especialista, porém, destaca que a diminuição da temperatura — com o final do verão e a diminuição do volume de chuvas — poderá contribuir com a diminuição dos casos de dengue.

“Para evitar outros casos, outras contaminações, o ideal é evitar aqueles objetos que venham acumular água nos terrenos baldios, nos quintais e também usar repelente durante o dia. Lembrando que se você enxergar mosquito dentro da sua casa, o transmissor da dengue, é porque deve ter alguma coleção de água em pelo menos um perímetro de 200 metros, que é a autonomia do mosquito”, explica.

Tatiana Araújo, estudante de 24 anos e moradora de Brasília, conta sua experiência com a dengue, destacando que os primeiros sintomas foram as pintinhas pelo corpo que inicialmente eram leves, mas se intensificaram causando coceira. Ela também teve febre alta e fortes dores de cabeça.

“Para evitar a proliferação do mosquito, são as mesmas medidas que eu tomava, inclusive antes de pegar. Que é evitar deixar água parada. Evitar o acúmulo de água na calha e também colocamos um produto químico para evitar a proliferação do mosquito”, relata.

Vacinação 

De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos um terço das doses enviadas aos 521 municípios foram aplicadas até agora. Das 1.235.119 doses distribuídas, 534.631 foram registradas como aplicadas, enquanto 700.488 ainda não tiveram esse registro. 

O governo recebeu uma nova remessa — com 930 mil doses — que serão distribuídas para os 521 municípios anteriormente selecionados e para os 154 previstos na ampliação. Dessa forma, será possível garantir que a vacinação continue, sem que haja falta do imunizante. 

O grupo prioritário para essa fase de vacinação é de jovens de 10 a 14 anos.

Outros tipos de Arboviroses

Em relação aos casos prováveis de Zika e Chikungunya, foram registrados 1.318 e 115.441 casos, respectivamente. Quanto às mortes, não há registros por Zika, enquanto a Chikungunya resultou em 46 mortes confirmadas, com outras 71 ainda sob investigação.
 

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22/02/2024 21:30h

Veja as principais medidas para combater a proliferação dessas pragas

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de chuvas intensas e rajadas de vento para a região Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Essas condições podem contribuir para o aumento de pragas urbanas, insetos e pequenos animais que se proliferam desordenadamente nessas áreas e oferecem risco à saúde humana. O alerta é do vice-presidente executivo da Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (Aprag), Sérgio Bocalini.

“Falando sobre insetos e aracnídeos, principalmente, vamos ter a relação da umidade e a temperatura elevada, principalmente nessa época do ano, acelerando o ciclo biológico desses animais e fazendo com que o processo reprodutivo deles também fique mais acelerados, dessa forma, deixando muito mais descendentes  — e eles passam a ocupar os espaços com grande facilidade, em grande número”, explica Bocalini.

Um exemplo dessa praga urbana é o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. Em 2023, o Brasil registrou um aumento de 15,8% nos casos de dengue (1.601.848), na comparação com o mesmo período de 2022 (1.382.665). Também houve aumento de 5,4% no número de mortes em 2023, em relação a 2022.

Com relação à chikungunya, foram registrados 149.901 casos da doença, uma redução de 43% se comparado com 2022. Já a zika registrou um crescimento de 1% nos casos em relação à 2022

As informações são do Ministério da Saúde.

Além disso, focando em roedores urbanos, como ratazanas, as chuvas influenciam no aumento deles também. Sérgio Bocalini pontua que algumas áreas ficam alagadas, fazendo com que esses animais se desloquem para o interior de edificações, como residências, comércios ou indústrias.

Como evitar pragas urbanas?

O vice-presidente executivo explica que são quatro fatores principais que propiciam a proliferação de pragas: os 4A’s: água, alimento, abrigo e acesso. De acordo com ele, pragas como baratas, roedores, mosquitos e escorpiões podem ser evitadas por meio do:

  • descarte correto de alimentos;
  • limpeza de gavetas e armários;
  • monitoramento de vias de acesso à casa, como buracos e rachaduras.

“As pessoas podem fazer nas suas residências, nos seus quintais, no comércio e até em áreas maiores, é não deixar uma série de atrativos que fiquem à disposição desses animais, principalmente a questão do lixo. Então se a gente não tem essa situação favorável, consequentemente a gente acaba diminuindo a presença delas [pragas]", completa. 

Além disso, Bocalini  ressalta que o trabalho de empresas especializadas no controle de pragas pode contribuir para evitar a presença delas, mas é preciso estar atento para encontrar uma “boa” empresa.

Em parceria com a Aprag, o Sindicato das Empresas de Controle de Vetores e Pragas Urbanas e a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes, o Conselho Federal de Química divulgou o segundo volume da cartilha “Enfrentando estragos causados por chuvas fortes, alagamentos e enchentes”, com foco no controle de pragas.

A cartilha está disponível no portal do CFQ.

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20/02/2024 04:30h

Segundo a instituição, pessoas que possuem doenças crônicas correm mais risco de ter a doença de base descompensada

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Em meio à epidemia de dengue e ao aumento de casos por febre chikungunya, um estudo realizado pela Fiocruz Bahia indica que há risco de morte de pessoas infectadas pelo vírus por até três meses após o início dos sintomas da doença — além da fase aguda da doença, sendo os primeiros 14 dias.

Segundo a Fiocruz, o estudo comparou o risco de morte de pessoas infectadas com pessoas que não tiveram a doença. As pessoas infectadas tiveram um risco 8,4 vezes maior de morte do que as pessoas não infectadas entre 1 e 7 dias. Já entre 57 e 84 dias, o risco diminuiu para 2,26 vezes maior que as pessoas sem a doença. Após esse período, não houve diferença significativa no risco de morte entre os grupos expostos e não expostos.

Também foram analisados os dados de 1.933 pessoas que tiveram a doença do vírus chikungunya e morreram em um tempo médio de 294 dias — menos de um ano. Dos casos por morte natural, o risco foi maior entre o primeiro e o sétimo dia do início dos sintomas da doença pelo vírus, com um risco de 8,75 vezes maior em comparação com outros períodos, diminuindo para 1,59 entre 57 e 84 dias.

De acordo com o pesquisador Thiago Cerqueira, o primeiro autor do estudo, o levantamento apresentou evidências sobre o risco aumentado de mortalidade natural e de morte associado com outras doenças crônicas. 

“A gente não consegue dizer exatamente o porquê que está tendo esse aumento. A gente consegue mostrar que tem um aumento. Mas na literatura, vem sendo pressuposto que tem um desbalanço com as pessoas que têm com comorbidades prévias, então você tem uma descompensação das comorbidades. Então, quem tem diabete acaba tendo um descontrolo glicêmico — e isso acaba prejudicando a doença e pode levar a óbito. Ou também se as infecções podem causar mais um desbalanço no sistema de coagulação e predispor a eventos cardiovasculares”, explica.

Conforme os pesquisadores, em um cenário com 100 mil pessoas doentes por chikungunya, é esperado cerca de 170 mortes a mais nos primeiros 84 dias do que em um contexto sem a doença. O pesquisador da Fiocruz Bahia ainda reforça a necessidade de os profissionais de saúde acompanharem de perto os infectados por chikungunya.

“Em termos de profissional de saúde, quando se vê um caso de chikungunya, lembrar que pode ter essa duplicação a longo prazo. Não é só os primeiros 14 dias que tem que estar atentos. Então, tem que ter esse olhar mais atento ao paciente, tanto com o chikungunya quanto com o dengue, que eles podem ter complicação depois que passa a fase aguda da doença”, destaca.

O estudo utilizou dados da do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), do Sistema Nacional de Informação sobre Doenças de Notificação Notificável (Sinan) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Ao todo, foram avaliados 143.787 casos de doenças causadas pelo vírus da chikungunya entre o período de 1ª de janeiro de 2015 a  31 de dezembro de 2018.

Chikungunya no Brasil 

De acordo com o Ministério da Saúde, até a sexta semana epidemiológica de 2024, o Brasil já registrou 32.483 casos prováveis da doença. O número é 18,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, (26.493). Também foram confirmadas 4 mortes pela doença e 34 estão sob investigação.

Segundo o médico infectologista Daniel Pompetti, embora a dengue, zika e chikungunya sejam arboviroses transmitidas pelo mesmo mosquito — Aedes aegypti — e possuem sintomas similares, há algumas diferenças que ajudam a diferenciar uma para a outra. 

“No caso da chikungunya, esta apresenta no início, de forma súbita, febre alta. Porém, diferente da dengue, que pode durar até 7 dias, na chikungunya o período febril pode ser um pouquinho mais curto. Uma diferença importante da chikungunya é a artralgia, ou seja, a dor nas articulações, que pode ser bem intensa e pode estar acompanhada de inflamação chamada de artrite — e que em alguns casos, ela pode permanecer no tempo e se transformar em sequela. Assim como na dengue, na infecção por chikungunya o paciente pode apresentar dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares menos intensas que na dengue. O paciente pode ter também vermelhidão no corpo e fadiga”, explica.

O infectologista destaca que não existem antivirais específicos para tratamento a chikungunya. Ele explica como é realizado o tratamento contra a doença.

“Infelizmente, até o momento não há um medicamento antiviral específico para chikungunya. Então, a terapia utilizada é sintomática, ou seja, tratamento dos sintomas específicos, que seria principalmente manejo da dor e hidratação. Inicialmente, na fase aguda da doença, é importante incentivar a hidratação oral dos pacientes. Já no manejo da dor é recomendado o uso de paracetamol ou dipirona. É importante destacar que por se tratar de uma doença viral, o uso de antibióticos não está indicado e muitas vezes, devido ao envolvimento de dores crônicas articulares com esta doença, os pacientes podem precisar de fisioterapia”, completa.

Prevenção

De acordo com o médico infectologista, o mais importante para prevenir a doença é evitar os criadouros dos mosquitos que podem transmitir a doença. Isso previne não só a transmissão de chikungunya, como também de dengue e Zika.

“No que respeita a vigilância em saúde, é importante manter e alimentar os sistemas de informações de arboviroses, com o objetivo de gerar indicadores epidemiológicos para orientar ações de prevenção e controle. Além do aprimoramento da vigilância e do controle do vetor, que nesse caso é o mosquito. É importante também a identificação de locais de reprodução de mosquito e de áreas com maior número de casos, para assim orientar ações de prevenção para a população e intensificar as ações de visita domiciliar. E é necessário ressaltar a importância da eliminação de água armazenada, que pode se tornar criadouro — e o uso também de repelentes adequados para diminuir a chance de picada pelo mosquito”, ressalta.
 

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25/01/2024 07:00h

Até o momento, 600 municípios de Minas Gerais apresentaram casos de dengue, com destaque para a região central do estado

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Em 2023, Minas Gerais registrou 327.238 casos de dengue e 204 mortes. Neste ano, até o dia 22 de janeiro, foram notificados 11.490 casos confirmados, 14 mortes em investigação e uma confirmada no estado. Os dados são do Painel de Arboviroses, divulgado pela Secretaria de Saúde mineira (SES - MG). 

Até o momento, 600 municípios de Minas Gerais apresentaram casos de dengue, com destaque para a região Central. 

Karina Tomiasi, médica que atua na área de saúde da família, explica que a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti, facilmente encontrado em domicílios, estabelecimentos comerciais e escolas. 

“A dengue é uma doença bem chata, dá dor de cabeça, febre, dor no corpo. Ela abaixa as plaquetas e você pode ficar desidratado. A fase mais perigosa da dengue é quando a febre começa a efervescer, quando surgem as principais complicações”, explica.

Prevenção

De acordo com Tomiasi, a prevenção do mosquito é “facilmente” feita quando evita-se a procriação do Aedes Aegypti. Algumas formas de evitar são:

  • Colocar terra em pratinhos das plantas;
  • Não acumular garrafas e entulhos;
  • Fazer a limpeza regular das calhas;
  • Usar repelentes e mosquiteiros.

Veja outros cuidados:

Vacina contra a dengue

Uma outra forma de prevenção da dengue é por meio da vacinação. Segundo a SES-MG, o Ministério da Saúde deve encaminhar as doses da vacina contra a doença  para os estados com números elevados de casos, incluindo Minas Gerais.

Quando as doses estiverem disponíveis, será feito um cronograma de vacinação e a definição do público-alvo. A previsão é que a vacinação seja iniciada em fevereiro para o público prioritário no estado.

Tratamento

Em caso de suspeita de dengue, a médica pontua que o ideal é ir até á unidade de saúde mais próxima para confirmar. 

“A dengue, nas formas mais leves em adultos sem comorbidades, pode ser tratada ambulatorialmente em casa acompanhada pelo médico do posto de saúde. Ele vai saber seguir os protocolos e encaminhar os pacientes de maior risco para os atendimentos secundários”, informa.

Chikungunya

A chikungunya é uma doença também transmitida por meio do Aedes Aegypti, causando febre, dores intensas nas articulações e outras dores no corpo.

Até o momento, foram notificados 4.353 casos prováveis de chikungunya, 3.067 casos confirmados da doença, duas mortes em investigação e uma morte confirmada.

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08/01/2024 08:30h

As regiões administrativas com mais casos prováveis de dengue no DF foram Ceilândia, Samambaia, Brazlândia, Recanto das Emas e Planaltina

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O Distrito Federal registrou 37.698 casos prováveis de dengue, até a Semana Epidemiológica 51 de 2023, uma redução de 49,2% em relação ao ano anterior. As regiões administrativas com mais casos prováveis de dengue no DF foram Ceilândia com 4.517 casos prováveis, seguida por Samambaia com 3.250, Brazlândia com 2.397, Recanto das Emas com 2.340 e Planaltina com 2.131, somando 41,17% do total. 

Durante o período, o DF registrou 10 casos graves e uma morte. Os dados são do último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

Com o objetivo de reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya, com o início das chuvas, o Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou, a pulverização de inseticida de ultrabaixo volume (UBV) nas ruas, o fumacê. 

A pulverização do fumacê ocorre das 17h30 às 22h e das 5h às 10h.

Regiões atendidas na primeira semana de janeiro:

  • Lago Sul; 
  • Recanto das Emas; 
  • Taguatinga; 
  • Ceilândia;
  • Jardim Botânico; 
  • Planaltina.

A aplicação do inseticida iniciou no último dia 2 e já passou pelas regiões da Asa Sul, Vila Planalto, Taguatinga, Samambaia e Jardim Botânico.

Sintomas e Prevenção

Robson Reis, infectologista, avalia que a febre é o principal sintoma da dengue e é importante ficar atento caso a doença evolua para uma forma mais grave. 

“A febre alta e dor no corpo são as características mais comuns num paciente com dengue, também podendo ter cefaleia, dores articulares, mas as mais importantes seriam essas duas [primeiras]. Paciente com dengue também pode evoluir para formas mais graves da doença, vindo a apresentar acometimento hepático e encefalite pelo vírus da dengue — e sangramentos, podendo esse paciente vir a óbito”, explica.  

Patrick Jaber, estudante de 22 anos e morador de Brasília - DF, relata que pegou dengue quatro vezes em 2020. Ele conta que sentiu fraqueza, manchas na pele e febre. Hoje ele continua com os cuidados para evitar a proliferação do mosquito. 

“Não deixar objetos acumulando água parada; toda vez que eu vejo alguma coisa com água parada eu tiro”, conta.

Para combater a dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, é importante eliminar pontos de acúmulo de água, evitando assim a proliferação do mosquito. Medidas preventivas incluem remover água parada de locais como pneus, recipientes plásticos, vasos de plantas, garrafas, calhas e lajes. Para proteção adicional contra as picadas do mosquito, também é recomendado o uso de repelentes e a instalação de telas em portas e janelas. 

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14/12/2023 15:10h

Na última semana, de 5 a 12 de dezembro, houve 2.825 novas notificações, com 6.472 casos ainda em investigação e 19.642 descartados

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No Paraná, foram registrados 5.048 casos confirmados de dengue até o momento, representando um acréscimo de 650 casos em relação ao boletim semanal da dengue anterior. Na última semana, de 5 a 12 de dezembro, houve 2.825 novas notificações, com 6.472 casos ainda em investigação e 19.642 descartados. Os números fazem parte do 16º Informe Epidemiológico da Secretaria de estado da Saúde (Sesa), referentes ao período sazonal 2023/2024 de dengue, que teve início em 30 de julho e totaliza, 33.540 casos notificados.

Casos

  • Dos 399 municípios paranaenses, 223 têm casos confirmados de dengue. Londrina, Maringá e Paranavaí são as cidades com maior número de casos confirmados, com 841, 580 e 231, respectivamente. 
  • Neste período, houve 33 notificações de zica vìrus, mas nenhuma confirmação e nenhuma morte registrada. 
  • Quanto à chikungunya, o último boletim confirmou 2 novos casos, um deles autóctone, totalizando 317 notificações e 23 casos confirmados desde o início do período sazonal.

Sintomas e Tratamento

Werciley Júnior, médico infectologista, explica que a dengue é uma doença que causa dor no corpo, febre, dor nas juntas, dor acima dos olhos ou no fundo dos olhos, náuseas, vômitos e tem pessoas que evoluem com desidratação.

“Não obrigatoriamente a pessoa tem que ter todos, mas alguns deles ela vai sentir. Essa é a dengue clássica, e pode evoluir conforme a desidratação até o aparecimento de manchas pelo corpo e gerar até quadro de sangramento que a gente chama de dengue hemorrágica”, expõe.

O infectologista informa que existe apenas um tratamento para a doença, que é a hidratação e acompanhamento. Ele aponta que os remédios usados no hospital são apenas para tirar os sintomas fortes, mas o tratamento base para a dengue é a hidratação.

“Ou seja, a pessoa com dengue tem que estar muito bem hidratada, tem que ser acompanhada. Se tem sintomas que a gente chama de alerta, que são náuseas, vômitos, intolerância de se hidratar ou pontos vermelhos, tem que ir para o pronto socorro, ser hidratado por via venosa”, avalia.

Prevenção

Para combater a dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, é importante eliminar pontos de acúmulo de água, evitando assim a proliferação do mosquito. Medidas preventivas incluem remover água parada de locais como pneus, recipientes plásticos, vasos de plantas, garrafas, calhas e lajes. Para proteção adicional contra as picadas do mosquito, também é recomendado o uso de repelentes e a instalação de telas em portas e janelas.
 

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11/12/2023 21:40h

Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina são estados com maior incidência

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O fim do ano no Brasil é marcado por fortes chuvas e aumento das temperaturas, momento propício para a proliferação do Aedes aegypti e, consequentemente, aumento no número de casos das doenças transmitidas pelo mosquito. Até 2 de dezembro deste ano, o país registrou um crescimento de 15,8% nos casos de dengue (1.601.848), quando comparado ao mesmo período de 2022 (1.382.665). 

Os estados com maior incidência da doença são Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás. Também houve aumento no número de mortes, em 5,4% (1.053) com relação ao mesmo período de 2022 (999). 

Já em relação a Zika, o país registrou aumento de 1% nos casos de janeiro até agosto (7.275), quando comparado ao mesmo período de 2022 (7.218), com uma morte em investigação.

A única doença que registrou queda foi a chikungunya, com redução de 43% se comparado ao mesmo período de 2022 (264.365). Foram 149.901 casos da doença e 100 mortes —  aumento de 7,5%. Os dados foram atualizados no último sábado (9).

Os sintomas das três arboviroses mais conhecidas têm semelhanças mas também possuem diferenças significativas, principalmente na evolução do quadro, de acordo com o médico infectologista e professor da Faculdade Bahiana de Medicina, Robson Reis. 

“Na dengue, o paciente costuma apresentar febre de início abrupto, muito alta, acima de 38,5, e a dor no corpo é muito marcante. O paciente com chikungunya vai ter febre e dor articular, pode apresentar lesões de pele, que chamamos de rash cutâneo, e costumam aparecer no quarto ou quinto dia. O que é mais comum na Zika é o rash cutâneo, dor no corpo e pode ter dor nas articulações e febre”, explica. 

Ele orienta que, em qualquer suspeita, é importante buscar uma unidade de saúde para fazer uma avaliação, já que alguns pacientes apresentam maior risco de complicações do que outros.

A jornalista baiana Janayna Moradillo foi diagnosticada com zika na adolescência e conta que a recuperação foi lenta, mas não precisou ficar internada.

“Eu estava na escola quando meus dedos das mãos começaram a doer bastante, chegou ao ponto do meu pai precisar me carregar para me levar para casa e me colocar na cama, porque doía muito. Fiquei com bastante dor nas articulações, febre alta, as pintinhas todas da zika pelo corpo, tive várias”, lembra. 

Prevenção e investimentos

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), possíveis efeitos do El Niño podem contribuir para o aumento de casos no verão, além do ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus no Brasil.

O infectologista Robson Reis ressalta que, além de usar repelente para evitar o mosquito neste momento, a medida mais importante é em relação à água parada. 

“Sem dúvidas é importante que as pessoas fiquem atentas aos reservatórios. Não podemos deixar esses reservatórios surgirem e se manterem. Em qualquer local, até mesmo uma tampa de refrigerante, pode existir foco do mosquito, as larvas, que rapidamente vão virar mosquitos”, alerta. 

O Ministério da Saúde anunciou que vai investir R$ 256 milhões para combater as arboviroses no país. Destes, R$ 111,5 milhões serão efetivados até o fim de 2023, em parcela única, para fortalecer as ações de vigilância e contenção do Aedes aegypti, sendo R$ 39,5 milhões para estados e o Distrito Federal e outros R$ 72 milhões para municípios.  

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08/12/2023 10:00h

Até o último dia 4, foram registrados 299.268 confirmações de casos de dengue e 192 mortes. Para a Chikungunya, 75.238 foram confirmados, incluindo 42 mortes. Em relação ao Zika, houve 144 casos prováveis e 32 confirmados e nenhuma morte foi registrada até o momento no estado

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Minas Gerais registrou até o último dia 4, 395.853 casos prováveis de dengue, com 299.268 confirmações e 192 mortes confirmadas. Para a Chikungunya, foram reportados 91.948 casos prováveis, dos quais 75.238 foram confirmados, incluindo 42 mortes. Em relação ao Zika, houve 144 casos prováveis e 32 confirmados e nenhuma morte foi registrada até o momento no estado. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika.

Para combater as arboviroses, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) vai repassar R$ 80,5 milhões aos municípios. Os 47 municípios com mais de 80 mil habitantes receberão R$ 3,50 por habitante, os 71 municípios com população entre 30 mil e 80 mil terão R$ 2 por habitante, e os 735 municípios com até 30 mil habitantes receberão um valor fixo de R$ 50 mil cada. 

Entre os municípios com mais casos de dengue estão:

  • Belo Horizonte - 13.372 casos;
  • Betim - 10.768 casos;
  • Montes Claros - 8.219 casos;
  • Nova Serrana - 7.759 casos;
  • Ribeirão Das Neves - 6.687 casos;
  • Monte Carmelo - 5.015 casos;
  • Manhuaçu - 4.641 casos;
  • Lavras - 4.085 casos.

Entre os municípios com mais casos de Chikungunya estão:

  • Montes Claros - 11.576 casos;
  • Ipatinga - 7.094 casos;
  • Sete Lagoas - 5.130 casos;
  • Ribeirão Das Neves - 3.380 casos;
  • Januária - 3.260 casos;
  • Teófilo Otoni - 3.135 casos;
  • Santa Luzia - 2.603 casos;
  • Nova Serrana - 1.043 casos.

Entre os municípios com mais casos de Zika estão:

  • Nova Serrana - 14 casos;
  • Governador Valadares - 10 casos;
  • Guaraciama - 9 casos;
  • Sabará - 4 casos;
  • Santa Efigênia De Minas - 4 casos;
  • Barão De Monte Alto - 3 casos;
  • Bocaiúva - 3 casos;
  • Botumirim - 3 casos.

Para a prevenção da dengue e dos outros vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, as autoridades de saúde ressaltam a necessidade de eliminar locais de acúmulo de água parada para impedir a reprodução do vetor da doença. É recomendado a remoção de água acumulada em pneus, recipientes plásticos, vasos de plantas, garrafas, calhas e lajes. Além disso, é aconselhável utilizar repelentes e instalar telas em portas e janelas para proteger-se das picadas do mosquito.

Claudilson Bastos, infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde destaca a importância do cuidado no dia a dia.

“Então é importante que a gente não olhe só a nossa casa, olhe a casa do outro também, a vizinhança e a comunidade. Porque não adianta eu cuidar da minha casa com isso e na outra casa ter esses materiais, principalmente em época de chuva”, avalia. 

Sintomas da dengue:

  • Febre alta, acima de 38,6°C;
  • Dores musculares bem fortes;
  • Dor ao movimentar os olhos; 
  • Dor de cabeça; 
  • Falta de apetite; 
  • Mal-estar geral;
  • Manchas avermelhadas pelo corpo.  
     

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